Sk High School escrita por hyunnie


Capítulo 20
Capítulo 18: Wonderful Tonight (Incompleto)


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, primeiro quero dizer que esse cap não era para ser postado agora porque não está completo. Porém, como alguns sabem, o plot de SK foi copiado por um outro "autor". Com isso, quero mostrar que, apesar do grande período de hiatus devido ao meu pouco tempo para escrever, a fic ainda está viva. Espero que leiam, compreendam, deixem reviews e aguardem até o final de semana. O restante do cap será postado aqui mesmo. Editarei essa página e publicarei um aviso.
Não está revisado, então peço que me desculpem caso haja erros.



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O relógio não marcava nem 6h quando acordei para ir ao colégio. Essa era uma das desvantagens de morar em uma região tão mal localizada. Tinha que madrugar para conseguir chegar até o centro a tempo da primeira aula.

Tomei meu banho às pressas e fui até a cozinha preparar meu café e já deixar o chá de TaeYeon pronto e quentinho para quando ela acordasse. Apesar de ser alguns anos mais novo, me sentia na obrigação de cuidar da minha noona.

– Para onde você está indo, Shinwoo? – TaeYeon surgiu na entrada do cômodo, ainda vestida com seu pijama e com cara de quem havia acabado de acordar.

– Sinto muito, noona. – respondi após beijar-lhe a testa e voltar à mesa para terminar meu café – Não queria te acordar. Estou indo para o colégio, onde mais?

– De bicicleta? – ela perguntou ao notar o capacete em cima de uma das cadeiras.

– Sim, noona. Afinal, não é mais confiável ir com você. – servi um pouco de chá em sua xícara e ela se sentou na cadeira a frente para me acompanhar – Chega atrasada todos os dias! – brinquei.

– Não posso deixar de concordar, mas hoje você vai para Seongkak comigo. Por isso acordei cedo.

Ela ordenou um tanto séria e eu concordei com a cabeça, apesar de ter me intrigado. Tomei mais um gole do meu café e esperei alguns segundos para perguntar o motivo daquela intimação.

– Alguma razão em especial?

– Hum, sim. Eu, você e a Sunny sairemos hoje à noite depois da aula.

– Ah, é? E aonde vamos? – perguntei fingindo estar interessado.

– A um noraebang que ela conhece. Acho que você vai gostar.

– Pra eu ter que ficar de vela? – perguntei rindo – Não, obrigado.

– Ai. Qual é, Shinwoo? Só quero me divertir um pouco com a minha namorada e o meu irmão favorito. – ela fez um bico com os lábios e colocou uma mão sobre a minha, usando todo o seu aegyo para tentar me convencer – Além do mais, foi você quem conspirou para nós ficarmos juntas. Agora temos que comemorar!

– Acho que você quis dizer que você tem o que comemorar, TaeYeon. – disse friamente e me levantei, dando as costas à minha irmã e cruzando os braços – Você tem a Sunny, seus amigos, suas boas notas, seu grupinho de música... E eu, o que tenho? – perguntei me virando novamente para ela e a encarando com um olhar tempestuoso – Um emprego ridículo de garçom, e mais nada.

Não gostava de ter que ser estúpido com a minha irmã, mas dessa vez a intenção era mesmo fazer com que ela me deixasse sozinho.

Mas minhas palavras sequer eram honestas.
Eu não me importava nem um pouco de ser um excluído sem amigos no colégio, um mero garçom no trabalho e a sombra de TaeYeon. Muito pelo contrário. Eu tinha um grande orgulho disso.

Minha irmã é a única pessoa que sempre teve meu amor e admiração incondicionais. Estar com ela é como estar em casa. Em Daegu, em Seoul... na Tchecoslováquia que fosse. Contanto que eu tenha TaeYeon ao meu lado, qualquer lugar se torna um lar para mim.

Além disso, ela é como um espelho pra mim. Desde pequeno, sempre segui seus passos. Se TaeYeon andava de skate, eu também andava. Se fazia aulas de luta, eu também fazia. Se tocava na banda do colégio, eu também tocava.

Nossa conexão sempre fora tão grande que parecíamos até mesmo irmãos de verdade. Quero dizer... Na prática sempre fomos, mas na teoria a história era outra. TaeYeon e eu éramos unidos pelo amor, mas separados pelo sangue.

Nunca guardei qualquer sentimento ruim por ser filho adotivo. Lembro até hoje de cada detalhe do dia em que o casal Kim apareceu no orfanato onde eu vivi até os meus seis anos de idade. E o dia que eu fiz as malas, entrei no carro dos Kim’s e encontrei a pequena TaeYeon toda sorridente sentada no banco de trás foi o mais feliz de toda a minha vida.

Todos esses fatos me tornavam um grande mentiroso. E daqueles bem péssimos.

Não, o trabalho não me incomodava. A falta de amigos muito menos.

A verdadeira razão para o meu atual estado de infelicidade tinha nome, endereço e um sorriso maravilhoso.

Gong ChanSik.

– Não. – TaeYeon quebrou o momento de silêncio que se formou com o meu suposto desabafo – Eu não acredito nisso, DongWoo. Suas aulas de teatro não estão dando certo. Seu problema é outro, e ambos sabemos qual.

Mesmo ainda de costas para ela, tinha certeza de que seus olhos estavam me fuzilando naquele momento. TaeYeon quase nunca me chamava pelo meu nome verdadeiro. Quando o fazia era porque definitivamente falava sério.

– Quer saber? Não importa!

Se mentindo não conseguia convencê-la, o jeito era “fugir”. Deixei TaeYeon falando sozinha e me tranquei no banheiro, escovando os dentes e amarrando meu cabelo rapidamente. Saindo de lá, voltei para a cozinha e para pegar meu capacete. TaeYeon já havia voltado para o seu quarto. “Melhor assim”, pensei. Peguei minha mochila e desci até o quartinho onde guardava minha bicicleta no prédio. A montei e segui meu longo caminho até Seongkak.

**

As aulas regulares daquela manhã passaram voando.

Normalmente aconteceria o contrário, mas eu estava tão absorto em meus pensamentos que mal percebi quando o sinal do almoço ecoou pelo pátio. Só fui me dar conta quando vi que estava praticamente sozinho na classe.
Juntei meu material, o coloquei de volta em minha mochila e desci sem pressa até o refeitório.

A fila para se servir estava vazia, e todas as mesas pareciam já estar ocupadas. Coloquei em meu prato apenas o suficiente para me manter em pé durante o resto do dia, já que não estava com um pingo de apetite. Meus olhos automaticamente buscaram a mesa onde eu costumava almoçar com TaeYeon, mas ela estava vazia. Algumas fileiras atrás a encontrei, acompanhada por Sunny, SungMin e GongChan.

Morrendo de arrependimento pela estupidez que cometi de manhã, me dirigi à mesa de sempre. Assim que me sentei, tirei a mochila das costas e procurei dentro dela o iPod que havia ganhado de TaeYeon no meu último aniversário. Imediatamente lembrei que ela teve que fazer hora extra por três semanas para conseguir juntar o dinheiro, e meu remorso aumentou ainda mais. O liguei e coloquei o volume no máximo, escolhendo a playslist de Jrock para abafar o falatório dos alunos que conversavam alegremente por todo o refeitório.

Essa seria a primeira vez que eu almoçaria sozinho em Seongkak.

Mas não foi.

Tentava me concentrar apenas na minha comida, mas era inevitável não olhar para trás e espiar a mesa de TaeYeon, principalmente quando a pessoa pelo qual você é apaixonado também está lá.

De repente fui surpreendido por uma voz masculina. O garoto surgiu do nada ao lado da minha mesa, e retirou o meu fone de ouvido para ser escutado.

– Eu perguntei se posso me sentar, Kim.

– C-claro!

O garoto sentou rapidamente no banco à minha frente. Vestia uma jaqueta preta tão elegante que parecia custar mais do que a minha casa, e seu cabelo estava perfeitamente penteado. Não trazia nenhuma bandeja consigo, então presumi que estava lá apenas para conversar. Achei esquisito, ainda mais por se tratar dele.

Sequer conhecia seu nome, mas sabia que era da outra turma do 1º ano, já que fazíamos Educação Física e Teatro juntos toda sexta-feira. Lembro que, toda vez que nossos olhares se encontravam por acaso, ele me encarava feio. Muito feio.

Larguei meus talheres e desliguei o iPod, prestando atenção no que ele tinha para dizer.

– Serei direto, Kim. – ele falou logo que se acomodou, cruzando os braços e me encarando com a mesma expressão sinistra das outras vezes – Ou você prefere que eu o chame de Shin?

– C-come é?

– Eu sei tudo sobre você, Shin DongWoo. Tudo.

Seu tom era mais do que ameaçador, e eu me apavorei ao ouvir aquelas palavras.

Como alguém que não era da família poderia conhecer meu nome original?

Todos os meus documentos pessoais foram atualizados com o nome “Kim ShinWoo” ainda quando eu era uma criança. Tinha certeza absoluta disso.

Meus olhos se arregalaram e comecei a suar frio. Tentei abrir a boca para respondê-lo, mas não consegui formar nenhuma palavra.

– O que eu tenho para dizer é bem simples, Shin. – o garoto diminuiu a voz e continuou, seus olhos ainda fixos nos meus – Você não quer ter o seu nome no nosso jornal, não é mesmo? Não quer que a escola inteira saiba que você é um bastardo, estou certo?

– Eu não sou bastardo.

Uma chama se acendeu dentro de mim, e criei coragem para enfrenta-lo. Mesmo não sabendo o porquê de tais ameaças, não podia deixar que ele ofendesse minhas raízes daquela forma. Jamais permitiria que um riquinho filho de papai me intimidasse daquela forma. – E exijo respeito.

– Bastardo, adotado... – ele deu de ombros, e sorriu em deboche – Dá na mesma, Shin. Nessa escola você é o que eu quiser que seja. Por isso serei bem claro com você.

Ele levou as mãos sobre a mesa e aproximou seu rosto, sussurrando suas últimas ordens:

“Nunca mexa com um Jung. E fique longe do meu namorado.”

**

Caminhei até a sala de pintura completamente perturbado com as ameaças que recebi no intervalo. O tal Jung não era ninguém para me tratar como um lixo, e estava muito enganado achando que me chantagearia com tão pouco. Nunca me importei com o que os outros falavam de mim.

Mas... o que raios ele quis dizer com “fique longe do meu namorado”?

Simplesmente não fazia sentido.

Eu não estava atrás de garoto nenhum naquele colégio.

A menos que...

Claro.

De repente, tudo fez sentido.

“É. Acho que você vai a um karaokê hoje, Shinwoo.”


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Notas finais do capítulo

Aguardando reviews. Espero não esperar em vão :3
[edit] Li por cima e vi que tem vários erros >< Prometo corrigi-los assim que postar o resto do capítulo.



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