Yoru no Tenshi escrita por Debora-chan


Capítulo 9
Capítulo 8 - Voltando a realidade (Reescrito)


Notas iniciais do capítulo

bem... deixarei os dois capítulos (original e reescrito) durante um tempo pra quem quiser comparar.

Espero que gostem e vou tentar escrever o próximo capítulo... espero não demorar.



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No outro dia durante a manhã, decidiram, então, sairem da taverna. Nadia com seu habitual visual: cabelos e olhos negros; mas mesmo assim com seu vestido de mesma cor, o qual por poucas vezes abandonou, andava pelas ruas acompanhada de Thiago, que ia sorridente como um grande bobo. Porém, ao ver alguém passar ao seu lado, não resistia às recheadas sacolas de moedas.

 

Andavam por ruas estreitas com casas de tijolos de barro. Ao redor, moças com seus cabelos presos e tampados por um lenço e vestidos longos, tão pobres quanto as donas, faziam seus afazeres domésticos, como varrer a calçada ou pendurar as roupas. Elas olhavam para Nadia com estranheza, afinal, não eram roupas comuns à época, muito menos àquela cidade.

 

Repentinamente, gritos começaram; as pessoas correram para suas casas ou outros abrigos, desesperadas. Saqueadores invadiram a cidade, percorrendo as ruas com seus cavalos e destruíndo casas. Aproveitavam-se de mulheres, desvirginavam moças inocentes e matavam todos que tentavam se defender, com sorrisos perversos em seus rostos, os quais nem com lenços eram tampados.

 

O casal tentava se esconder: Thiago ia um pouco à frente quando um grupo de saqueadores cercou Nadia. O rapaz pensou em voltar assim que viu a cena, mas ela fez sinal para que ele prosseguisse, claro que sem os outros homens perceberem.

 

Eram quatro saqueadores, um à cavalo e os outros três à pé. Rodeavam a moça com adagas nas mãos, olhavam-na de cima a baixo, mantendo um sorriso malicioso nos lábios, como se fossem abusar da mesma. Não seria de se estranhar que realmente o quisessem, mas foram interrompidos por mais um de seus colegas:

 

- Anjo! Finalmente te achamos! Temos contas a acertar, não? – falava um deles com um sorriso maléfico e tom sarcástico. Olhava fixamente nos olhos de Nadia, seus dentes amarelados e seu bafo trazia à morena sensação de medo e repúdio.

 

- Anjo? Do que vocês estão falando? – se fez de desentendida, mas estava realmente assustada. Além daqueles homens, dos quais não se lembrava, terem-na como inimiga, sabiam de seu disfarce. Pensava no que havia feito para que todos lhe desvendassem. Seu rosto amedrontado apenas divertia os malfeitores

 

Amarraram e arrastaram-na para o centro da cidade, uma área mais ampla, com ligações para quase todas as ruas e becos – uma espécie de praça, onde havia uma pequena fonte pouco danificada. Batiam na menina e gritavam: “Não adianta fingir, sabemos que é você.” E depois batiam ainda mais. Ela estava imóvel, em estado de choque talvez, ou então apenas esperando o momento certo, ainda que esperasse que eles realmente acreditassem que ela não era o Anjo.

 

Jogaram a moça contra o chão. Esta ficou de joelhos. O líder do grupo ficou a sua frente e puxou-lhe os cabelos fazendo com que os olhos de ambos ficassem frente a frente. Ele era um homem robusto e mal encarado com uma cicatriz no rosto, a qual atravessava quase todo o lado esquerdo. Tinha cabelos castanhos e bagunçados na altura dos ombros, e trajava roupas sujas e até mesmo rasgadas.

 

 

- Olhem quem está aqui, o anjo! – dizia utilizando-se de ironia. Sorria e, ainda puxando o cabelo da moça, mostrava-a aos outros como um troféu. Ao fim da frase, cuspiu nela. – O que foi? Está com medo de se transformar? – e deu-lhe um soco no seu lindo rosto, o qual, com tamanha força que o homem possuía, jogara a garota ao chão.

 

- É isso que vocês querem? Que eu me transforme? – tudo aquilo já havia lhe irritado. Levantou-se lentamente com uma voz ameaçadora, seus longos cabelos jogados sobre seu rosto, lhe dando um ar mais sombrio. – Seus idiotas, não conseguem me derrotar nem estando nesta forma medíocre, vão conseguir transformada? – já de pé, sorria maleficamente olhando nos olhos dos saqueadores, rodando para visualizar a todos – Mas vou dar o que querem. – Falara mais séria, com o rosto fechado e ainda mais ameaçador. Parou justamente em frente ao líder do bando.

 

 

Fitando os olhos dele, transformara os seus próprios; agora estavam como os de uma águia. Percebendo a mudança na fisionomia do homem, que de vitoriosa passou a assustada, ela deu um sorriso de canto de boca, afastando-se...

 

Repentinamente, uma gigantesca energia e um vento veloz, como de um furacão, empurravam os homens que estavam em volta de Nadia. Não mais a viam em sua frente; ela não estava mais ali. Olharam, então, para o alto, de onde podiam sentir aquela enorme energia, e avistaram aquele ser magnífico, que reluzia à luz do sol com cabelos e asas tão alvas quanto as nuvens. Parecia um verdadeiro anjo; um anjo guerreiro com sua espada na mão, pronta para atacar se necessário.

 

As únicas coisas que passavam naquele momento na mente daqueles homens era o arrependimento por terem pedido sua transformação. Seus rostos amedrontados traziam certo prazer à Nadia, já que eles a provocaram.

 

 

- Não era isso que vocês queriam? – falando de maneira firme – Então se arrependam! – como que lendo suas mentes, disse.

 

 

Não havia como reagirem, os poderes daquele ser eram imensuráveis. Não estava sendo usado nem um terço deste e os homens já estavam fugindo. Nadia nem chegou a atacar de fato, somente se posicionou e colocou uma magia que daria mais força para a espada.

 

A batalha que ela esperava naquele momento nem se principiara, mas também não a queria. Deixou-os fugir. Nenhum morrera, todavia, todos deixaram a cidade.

 

Nadia voltara a sua forma “normal”, entretanto, todos da cidade haviam visto a cena e, em vez de agradecê-la, expulsaram-na. O repudio dos moradores era uma coisa normal para ela, mas a entristecia.

 

Thiago, que permanecera escondido a pedido de Nadia, pensou em ir ajudá-la várias vezes, principalmente quando ela era agredida, mas acabava recuando: poderia prejudicá-la mais. Colocou-se junto à Nadia. Estava admirado com tamanho poder, o qual o tranquilizara no momento anterior. Havia visto pela primeira vez aquela transformação.

 

O rapaz a olhar para o povo da vila não entendia como podiam ser tão ingratos, pensou em falar, mas Nadia segurou sua mão e pediu-lhe que não.

 

A menina com poderes surpreendentes estava cabisbaixa, sabia que a partir daquele momento sua vida voltaria ao normal, que aqueles últimos dias seriam boas lembranças em tempos de guerra, que aquela paz que adquirira estava por terminar.

 

Pelo menos teria um companheiro em sua jornada. Este sabia dos riscos e estava pronto para enfrentá-los junto a ela.

 

A vida voltara ao normal, e os caminhos voltaram a ser perigosos; não havia mais disfarce, apenas outra forma. O que irá acontecer agora que voltaram a esta terrível realidade?


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Notas finais do capítulo

é isso aí, espero que gostem...
mandem reviews...



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