Depois de sair da sala da Bibi sem uma resposta concreta nem algo assim, fui pra minha sala, tinha que adaptar os modelos para as lojas. Muitos croquis depois, termino e já é a hora do almoço, hoje é sexta feira e nada melhor que um lanche no Mcdonalds, sorri com meus pensamentos infantis. Segui a pé até o Mc mais perto, entrei e pedi um CBO crocante! Parei. Fui pra mesa e me sentei em uma ao lado da janela, olhei pra fora e fiquei vendo os carros passar, até que vejo no reflexo do vidro da janela Tom e Vanessa almoçando e ele com uma cara de idiota, se ele soubesse o quanto é fofo fazendo isso... Suspirei pesadamente e terminei o mais rápido possível meu lanche e fiz questão de passar bem ao lado da mesa deles, Tom me olhou e ficou sério, sorri pra Vanessa e a ouvi falar:
 -Bonita, não?
     Sai dando risada, minha franja caiu sobre meus olhos fazendo eu não enxergar direito e bater em um homem, nenhum de nós estávamos segurando nada, ainda bem, por que caímos no chão. Depois de me recompor e ver Tom quase indo me ajudar, olhei pra frente e vi lindos olhos azuis marcados por uma maquiagem pesada, ele estava me olhando preocupado, era alto, moreno e tinha uma boca linda.
       Sorri besta e segurei as mãos dele que estavam ali pra me ajudar, agradeci e olhei pra Tom que estava com raiva nos olhos, dei risada.
 -Brigada por me ajudar e desculpa por não te ver...
 -Tudo bem – Ele tinha a voz linda e roca – Eu também não vi – Sorriu – Então...
 -Você vem sempre aqui? Sim, mas só de sexta... – Deu risada sem graça.
 -Está tão na cara que eu estou meio bobo?
 -Meio? – Dei risada – Mentira está nada é que eu sou muito boa em decifrar tremedeira nas mãos que ainda estão junto as minhas... – Sorri.
 -Desculpa...
-Imagina! - Peguei um papel e uma caneta dentro da bolsa e escrevi meu telefone – Me liga.
    Sai sem olhar pra trás, á tempos não fazia isso, desde que comecei a “sair” com o Tom não sai com mais ninguém... Segui para o escritório pensando que Tom estava bem e não tinha visto o que aconteceu, engano meu, quando eu cheguei lá ele já estava lá, na minha sala ainda por cima! Corri pra lá e abri a porta meio assustada (Lê-se: apavorada), ver aqueles olhos amendoados, agora mais escuros do que ontem à noite, foi terrível, eu tinha feito algo que nunca pensei em fazer e eu nem sei o nome do cara.
 -O que você entregou pra ele?
 -Você devia estar no estúdio agora.
 -Não desvia o assunto! – Não respondi então ele me olhou bravo – Não quer falar? Ótimo!
         Ele veio até mim e me beijou com força, violência, ele nunca fez isso, não comigo. Ele se separou de mim pra fechar a porta e a trancar, voltou pra mim e me beijou de novo, começou a por a mão por de baixo da minha blusa apertando minhas costas, soltei um gemido por causa da dor. O empurrei.
  -Tom não! Aqui não! – Ele já havia me alcançado novamente e me beijava o pescoço.
 -Agora você fala? É tarde!
     Voltou ao meu pescoço o mordendo, lambendo e dando pequenos beijos nele, o arranhei as costas na esperança de afastá-lo, mas esse meu ato de alguma forma o excitou, eu não entendi, aliás, eu nunca o entendo, mas tentei mais uma vez, o que fez o apertar minha bunda.
 -Tom para! – Ele tampou minha boca.
    Há essa hora eu já o queria e ele tinha ganhado de novo. Comecei a o arranhar mais levemente o fazendo arrepiar, ele parou com o meu pescoço e foi pra minha boca e eu a cedi, como uma boba apaixonada, por ele, ele me pós sobre a mesa e derrubou algumas folhas, veio sobre mim e beijou meu colo até chegar ao primeiro botão da minha camisa, ele mordeu o botão e o desbotoou, estávamos desconfortáveis por isso eu coloquei minhas pernas no quadril dele, ele me disse no ouvido com raiva “Você é MINHA entendeu?”  e me mordeu a bochecha. Saiu de cima de mim e foi embora.
 -Eu não acredito! Cachorro só queria que eu o quisesse e depois se vai. Ai que ODIO!            
      Esbravejei e sai de cima da mesa, abotoei meu botão e peguei os papeis do chão, arrumei minha mesa e terminei meu serviço pensando em chegar em casa e tomar banho para tirar o cheiro dele de mim, eu chorava enquanto desenhava, enquanto ia pra casa... Tudo por que eu odeio depender tanto assim dele!
      Assim que cheguei fui direto para o meu quarto, tirei a roupa e a joguei em qualquer canto do quarto e fui para o banho, esfreguei cada parte de mim que Tom tocou hoje. Sai do banho, coloquei um roupão e fui para o closet, peguei uma lingerie rosa e preta, coloquei e fui me deitar. Quando eu estava quase dormindo meu celular toca, vejo no visor que é a Bibi.
 -Alô? – Digo sonolenta.
 -OII! Amiga levanta e se arruma.
 -Não estou muito afim Bibi... – Comecei a cheirar os lenções que estão com o cheiro de Tom.
 -Ah! Você está sim. Vai! Daqui vinte minutos eu estou ai...
      E desligou, corri coloquei um short de paetê preto, uma regata branca meio transparente e um sapato scarpin preto de mega salto e com meia pata, corri para o banheiro e coloquei um lápis preto e uma sombra rosa e coloquei muito brilho preto por cima, fui até a portaria e não demorou dois minutos a Bibi apareceu com a sua linda Ferrari preta com um rap mega alto tocando fazendo o chão tremer... Eu disse que ela é elegante? Esquece!
      Desci até o carro dela e entrei e a vi de saia grudada e rosa com brilho dos lados e uma regata preta, parou o rap e começou I Wanna Go da Britney Spears, começamos a dançar que nem as loucas que somos. Nos paramos e ela ligou o carro.
  -Viu! Você queria sim sair! – Ela disse convencida.
 -Não, pior que não... é que sei lá! Não quero sair, mas preciso.
 -Fiquei sabendo que o Tom te fez uma visita na empresa hoje... – Ela disse maliciosa.
 -Você aproveita que é a única além do Bill que sabe disso – Disse dando risada – Mas não foi bem uma visita, foi mais uma intervenção, por apenas uma pessoa, por que eu dei meu numero de celular pra um cara que eu esbarrei no Mc! Ai eu mereço, né?
 -Não acredito! Pelo menos ele tem ciúmes de você... – Riu, fiz cara feia e ela parou – Mas como foi essa “intervenção”?
 -Ele pediu pra que eu falasse o que eu tinha dado no papel para o cara lá... E eu não respondi, então ele me atacou...
 -Como assim atacou? – Ela fez uma cara de “Eu quero”.
 -Me beijou e trancou a porta, voltou a me beijar... Mas sei lá! Ele nunca tinha sido violento comigo... E você acredita que ele fez isso só pra eu me render e dai ele foi embora...
 -Pera, não rolou nada mais?
 -Não...
     Chegamos à frente de uma balada e a Bibi foi procurar lugar pra estacionar nos quintos dos infernos, vou te contar nunca vi uma pessoa tão atrapalhada... Quando ela finalmente acha um lugar pra estacionar, descemos e fomos até lá. Chegamos e ela como é louca apenas me disse tchau... Ela sabe há quanto tempo eu não vou a uma balada? Faz um seis meses!  Mas de qualquer forma eu  achei o cara do Mc no balcão sozinho... Fui até lá.
  -Oi – Disse alto por causa da musica, ele me olhou e sorriu.