What If ? escrita por Jéssica


Capítulo 9
Capítulo 8 (Mudanças)


Notas iniciais do capítulo

Heeey! Desculpem a demora...
O cap já tava pronto só q nunca dava pra eu postar rsrsrs :)
E também tinha uns ajustes q nunca dava tempo.
Espero q gstem desse cap! *_*



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Eu havia decidido ignorar o Edward, mas começava a pensar que isso não seria necessário porque ele não falava comigo a mais de três semanas. Eu também não tentei conversar ou demonstrar qualquer tipo de benevolência para com ele.  Se ele não queria ser meu amigo eu também não seria dele. Já era demais que eu tivesse que sofrer pelo amor desesperado e não correspondido que eu sentia por ele. Não agüentaria também problemas de amizade.  Então resolvi ignorá-lo. Outra decisão que eu tomei foi não afastar-me de ninguém por causa da Tânia. Então neste momento estava almoçando com meus amigos.  Ângela também estava ali. Eu não quis contar a ela o porquê, mas a convidei para sentar-se conosco naquele dia. Eu precisaria de um apoio e ela seria perfeita. Ninguém pareceu importar-se muito com a nova integrante.  Alice foi mais receptiva que Rose como sempre. Emmentt a recebeu muito bem brincando sobre ela ter tirado uma melhor nota que a minha no ultimo teste. E Jasper estava quieto conversando apenas com Alice. Então éramos três invisíveis na mesa dos “Grandes”.

Naquele momento percebi que vinham em nossa direção Edward e Tânia que não ficavam ali sempre, mas que nas vezes que estavam eu não estava. Tânia usava o uniforme das lideres de torcida e ele estava com uma camisa de mangas cinza claro combinada a calça jeans escura.  Eles pareceram surpresos por me ver ali. E mais surpresos ainda por eu não ter saído.  Rose e Alice pareceram cautelosas e preocupadas com essa nova situação. Emmentt alheio fazendo piadas como sempre. E Jasper parecia encantado com Allie bem desligado de todo o resto.  Rose deu um sorriso amarelo para os dois. Rose e Tânia meio que fizeram as pazes desde a última briga. Mas ela contara que não era como antes. Não importava uma vez que eu não as via tão juntas como antes. Pelo que Rosalie me dissera Edward não sabia dessa briga. Eu apostava que deveria ser apenas por isso que Tânia voltara a ser amiga dela. Mas eu nunca havia dito para a Rosalie.

-Olá casal! –Alice cumprimentou. Os dois sorriram e corresponderam cumprimentando-nos com um “Oi pessoas!” Todos responderam menos eu. E Ângela. Que pareceu meio intimidada com a presença da Tânia. “Que surpresa!” Ela era como uma cobra venenosa para todos que não a seguiam. 

-Olá Ângela! –Edward falou com sua comum simpatia. –Nova amiga da Bella? –Ângela sorriu e ele virou-se furtivamente para mim lançando-me um sorriso que eu fingi não ver. E depois se voltou rapidamente para ela. Como se não quisesse que os outros percebessem.  Ela respondeu seu cumprimento, um pouco contida. Ele sentou-se à mesa junto com a Tânia. Eu quase ri quando vi que a maluca trazia na bandeja uma maçã, barra de cereal e suco natural. Edward fora mais livre quando apareceu, já comia um sanduiche, sujando o canto de seus lábios com Ketchup. Eu devia sentir raiva dele. Mas não conseguia deixar de achar engraçado e fofo tudo o que ele fazia. Os movimentos com as mãos enquanto ele falava alguma piada tirando a atenção de todos que se virava para ouvi-lo. Hora sorria fazendo uma cara de duvida Hora tombava a cabeça e fazia uma expressão como se dissesse “Isso não era obvio?”.  Ás vezes quando ele tentava dar lições moralistas ao Emmentt quando ele era muito mau em suas brincadeiras. Eu não conseguia deixar de sorrir como uma boba. Uma boba apaixonada que eu era. Começaram a falar sobre o time. E Emmentt entusiasmou-se.

-O time esta indo bem. Vencemos quase todos os jogos dessa temporada.  Acho que na próxima estaremos bastante avençados. Os caras de Seattle que nos aguardem!

-Com os Slodewrs não tem para ninguém! – Alice falou com o típico ritmo das lideres de torcida.

–Sloooooooooodeeewrs! –Rose entrou na brincadeira alongando o nome do time.

Nós rimos. Edward entrou na conversa parecendo animado em poder falar sobre o time. Ele não era muito modesto com certeza. Ri de novo com isso.

-Bem, as lideres de torcida são tão importantes como os jogadores! –Alice falou. Respondendo ao Emmentt que insinuara que as lideres de torcida eram menos importantes. E para mim eram mesmo. Para mim, ser líder de torcida era uma perda de vida.

-Claro que não! Pode haver jogo sem lideres de torcida, mas não sem jogadores! –Edward defendeu-se.

-Ah! Sim claro! Tenho certeza que todos aqueles malandros vão aos jogos na intenção de ver um bando de caras se matando e correndo atrás de uma bola!

-Como conhecedora de esportes Rosalie deveria saber que futebol americano é muito mais que isso que você disse! –Emmentt retrucou.

-A rose esta certa! Muitos deles vão lá para nos ver! Porque somos fantasias de muitos... vocês sabem! E eles com certeza têm o que ver.  –Tânia falou completamente narcisista e passou a mão pela perna esquerda.

-Já pensou em fazer o teste para ser líder de torcida Bella? – Emmentt perguntou de repente. Ele estava louco? Eu líder de torcida? Que ridículo!

-Ah! Sim estava pensando nisso agora! Mas vocês as desfavoreceram tanto que eu desistir.

-Ah! Bells todo mundo já recebeu um não na vida sabia? –Edward falou divertido. Estava falando comigo?

-Acho que seria legal! –Alice falou provavelmente percebendo que eu não tinha a intenção de responder. Tânia suspirou.

-Olha Bella. –Notei o olhar de Edward na Tânia quando ela me chamou. –Eu até mexo uns pauzinhos para você por que... –Ela deu um sorriso malicioso. Edward não desviou o olhar dela. –Vai ser realmente interessante ver você como líder de torcida... –Ela gargalhou. Todos a olharam estranho.

-Eu acho que seria ótimo para você Bella. –Rose falou.

-Hmm... É verdade. Posso até te imaginar usando o uniforme das lideres de torcida. – Rose deu um tapinha em Emmentt que sorriu para mim com um ar divertido.

-Isso eu vou querer ver. –Edward de novo falando comigo. É chato não responder as pessoas. Não era só porque era o Edward. Eu ri para o Emmentt.

-Ah Por favor! A Bella Líder de torcida? –Ela deu um sorriso irônico. Notei Alice ficar preocupada. Emmentt ria como se estivesse na expectativa. E Edward passou a mão pelos cabelos fazendo uma cara feia. O problema era dele. Eu me defenderia da Tânia. Não me importava se ele ficasse com raiva. –Ridículo!Posso até ver suas pernas magras fazendo os nossos malabarismos. –E gargalhou. –Ridículo! –Suspirei mal humorada. Fazia algum tempo que eu tinha raiva da Tânia e não ficaria calada daquela vez. Edward abriu a boca como se fosse falar alguma coisa e depois fechou. E quando eu pretendia falar.

-É você tem razão Tânia. Quase tão ridículo quanto você fazendo essa cena toda. Não percebeu que é uma brincadeira? –Emmentt falou de repente defendendo-me. Eu não queria ser defendida. Eu podia fazer isso sozinha. Mas fiquei muito surpreendida. Tudo isso durara menos que meio segundo.

-É verdade. –Concordei irônica. E sorri da mesma forma que ela. Ouvi uma risada que eu não pude identificar e Tânia ficou irritada, mas sorriu amarelo.

-Eu também só estava brincando Emmentt. – Ela falou parecendo sem graça e pouco natural.

-Brincadeira. –Edward murmurou baixíssimo. Ela riu para ele acariciando seu cabelo. Desviei o olhar, decidida a não testemunhar cenas de casais. Ângela deitou a cabeça sobre meu ombro. E eu suspirei. E assim percebemos que não havia muitas pessoas ali. Edward foi o primeiro a se levantar e eu estranhei o fato dele não ter arrastado a Tânia consigo. Saiu sozinho sem se despedir de ninguém nem mesmo dela. Tânia o olhou confusa e ele fingiu não perceber. Entrei para a minha sala.

Na aula de biologia eu já estava acostumada a ignorar e ser ignorada então estava tudo bem. Ele sentou-se ao lado da Tânia como sempre e eu continuei na nossa antiga mesa. Normalmente eu não me maltratava mais vendo o que os dois faziam ou conversavam mas, a conversa daquele dia libertara a obsessão que estivera um pouco tapada nas ultimas semanas. Então eu não consegui não prestar atenção. Ele tinha a postura rígida a expressão grave. Olhando-a. Ela mantinha o queixo arrogantemente erguido olhando com os lábios apertados. Ele tentou falar algo e ela o interrompeu, falando outra coisa. Os dois daí tiveram um pequena discussão. Ela o olhou frustrada como se ele não tivesse atingindo o que ela esperava e ele como se defendesse sua causa. Eles murmuravam muito baixo, e estavam  quietos por isso eu era incapaz de ouvir qualquer coisa.

-Sr. Cullen? –De repente o Sr Banner percebeu a conversa dos dois e chamou o meu amigo. Ele o olhou com uma expressão surpresa e irritada.

-Você poderia responder minha ultima pergunta? Ou esta muito ocupado com a Srta. Denally? –Edward suspirou entediado. Ele pareceu pensar, franziu a testa e depois olhou para o Sr Banner. O professor o olhava com uma expectativa cruel nos olhos. Aquela expectativa que alguns professores têm na intenção de humilhar um aluno diante da sala para que isso fosse dado como lição. Senti vontade de passar a resposta, mas eu não o faria.  Então eu vi um movimento furtivo que ele fazia para mim quando precisava de ajuda. Mas dessa vez ele nem precisava contar comigo. No entanto com certeza alguém já estaria pronto para ajudar o Sr capitão do time. 

-O ciclo dos caranguejos. –Respondeu com confiança parecendo um pouco presunçoso. Ouvi algumas risadinhas. Acabei rindo também balançando a cabeça em desgosto. Ele virou-se para mim dando de língua, eu o fuzilei e depois ouvi uma risada. Não consegui deixar de gostar disso como qualquer louca. Mas depois me senti irritada. “Não ache que será tão fácil quanto da ultima vez Edward.” Pensei aborrecida com a situação. Porque ele tinha que ser tão perfeito e ao mesmo tempo tão imbecil?

 Se Edward fosse apenas Edward o tempo todo tudo seria mais fácil.

Sai da sala com pressa e notei o casal no corredor que ainda parecia em uma pequena discussão. No entanto não demorou até que os dois entraram em um acordo e se beijaram. Edward sorriu, mas pareceu infeliz. Como se quisesse reconciliar-se com ela a qualquer custo e não concordasse com seus argumentos.  Ele passou a mão pelo cabelo, com os lábios presos aos dela. Então decidiu-se beijando-a com mais entusiasmo. Os dois então foram em uma direção diferente da sala que costumavam ir. E pelo que eu sabia essa aula deles não era junta.

Fiz um esforço para não pensar nos dois e fui para a aula de educação física. Vi o Mike e a Jéssica que estavam de frente um para o outro encostados em uns armários. Ela tinha os braços ao redor de seu pescoço e parecia implorá-lo alguma coisa, mas ele parecia permanentemente preso em sua decisão.  Então andando com um pouco de mais pressa vi um cartaz que anunciava uma coisa. Uma coisa horrível que eu odiava. Uma coisa chamada “Baile de primavera” Na verdade eu odiava todos os tipos de bailes. Lembrei-me da primeira e única vez em que fui ao baile. Estava na sétima serie. Fora com o Edward. Quando ele me convidou eu realmente fiquei surpresa tanto que achei que ele estava fazendo piada.  Mas depois notei que era serio e confesso que fiquei bastante interessada na idéia de abraçá-lo durante a noite toda e no final ser surpreendida com um beijo apaixonado do amor da minha vida... Óbvio que isso não aconteceria o máximo que eu teria eram danças. Mas no inicio eu pensava que Edward estava fazendo isso apenas porque sentia pena de me ver sozinha em casa durante as noites dos bailes. Eu não gostava de ir a bailes. Eu não costumava ser convidada mas isso não me importava porque eu não gostava de ir a bailes. Eu os odiava. Odiava danças. Odiava pagar mico enquanto dançava. Odiava a musica. Odiava ver os adolescentes dançando, com ponche e enfeites... A idéia me causava arrepios. Nas poucas vezes em que fui convidada recusei e naquele momento a pessoa mais importante da minha vida me convidava. Era um pouco irônico. Mas eu sabia que não tinha o mesmo significado para ele. E pior a idéia de vê-lo fazer isso por pena me assombrava. Eu não precisava de pena. Eu realmente não gostava de bailes. Então foi necessária muita insistência para fazê-lo desistir de me arrastar para aquele lugar.

Depois entendi que na verdade ele odiava as garotas que queriam ir com ele por sua popularidade ou beleza.  E por isso me convidara. Isso não me convencera. Eu não gostava de bailes. E então em um dia qualquer Alice resolveu me ensopar de loucuras. Naquele dia eu a vi comprando um vestido que me aterrorizava só de olhar. Ele era azul escuro caia até a metade da coxa. Em pontas soltas ele tinha um estilo caído largo. Mas era bastante apertado no busto. Alice enrolara meu cabelo em ondas regulares e bem planejadas nas pontas com uma tiara elegantemente colocada sobre os fios. Eu me lembrava de me sentir ridícula naquilo. E ela dizia que era importante para Renée que iria a um casamento de uma amiga. E minha mãe ficara mais de uma semana azucrinando-me sobre o suposto casamento. Ela dizia que eu teria que estar linda. Obvio que não passava de uma grande armação para eu ser surpreendida por sorrisos cúmplices na frente do ridículo baile que seria no ginásio da escola. E eu estava lá. Sendo “Conduzida” (A palavra certa seria arrastada) em direção aos outros alunos. E a Ally também estava lá com um rapaz chamado Rick, as vezes me olhava com um sorriso de desculpas ,outras ficava encarando o jazz.

Esta fora a única e ultima vez em que eu fui ao baile. Por sorte era um baile de mascaras então ninguém com exceção de Edward e Alice me reconheceu.

A dança com certeza fora a melhor de minha vida. Seus braços envolviam-me com carinho e nas primeiras partes da musicas parecemos muito intimidados com a situação nova ainda mais com todos os acontecimentos...

Levei meus braços ao redor de seu pescoço e me encolhi contra o seu peito. Movíamo-nos cuidadosamente. Ele foi aos poucos me ditando algumas lições e mostrando-me o que fazer. Talvez tudo isso fosse dar certo se o próprio não estivesse tirando toda minha concentração sussurrando em meu ouvido o que fazer. Como ele esperava que eu fosse ouvir alguma coisa? Podia ver seu peito tremendo algumas vezes pelas risadas pacientes que ele soltava. Hora por minha dificuldade na dança hora por suas piadas bobas que ele fazia sobre o momento. Inacreditavelmente algumas delas faziam meu coração acelerar ainda mais, mas eram apenas piadas.  

A noite em si fora um fracasso. Talvez não tão fracassado assim. Eu até conseguia dançar, mas não era nada elaborado. Na verdade o melhor de tudo naquele baile foi que aquela fora a ultima vez em que o vi tão envolvido quanto eu. Tão envolvido como no natal de 2004 mas eu não gostava de pensar no natal de 2004.

No entanto eu sabia que hoje ele nem se lembrava de nada. Nem do baile e muito menos ainda do natal. Tudo estava permanentemente apagado em sua memória egoísta. Por que para o Edward nada disso fora importante.

 Eu estava acostumada a me sentir mal por Edward. Estava acostumada a sofrer por amá-lo e isso às vezes me incomodava. Eu tinha 17 anos e estava acostumada ao sofrimento. Estava acostumada a depressão.

O gordo treinador Clapp deu um sorriso engraçado ao me entregar a raquete. Ele esperava que eu não percebesse quando me lançou um olhar como o de alguém que entrega uma arma a uma criança.  Naquela aula teríamos de jogar Tennis. Alice sorriu ao ver-me, ofereceu-se para ser minha dupla.

-Ou eu ou ninguém. Então é bom me suportar. –Chegou falando ameaçadora. Bufei.

-Melhor ninguém... –Resmunguei. Alice arregalou os olhos numa expressão muito dramática, sua boca aberta. Revirei os olhos.

-Vou fingir que não ouvi e absolver você Bella. –Falou fechando os olhos como se estivesse fazendo uma grande boa ação. Nós rimos. Alice era uma boa jogadora então não ficamos em ultimo lugar no placar. No entanto eu não participei muitas vezes daquele jogo. Eu não participei nenhuma vez. Ela sorria o jogo todo e falava sobre algumas coisas amenas. Os alunos ficavam muito competitivos nesses joguinhos bobos. Ally parecia bem distraída.

No final fomos em direção ao vestiário. As meninas falavam de mais. Estava em um dos chuveiros e Ally lado falando sem parar. Fiquei pensando se ela achava que eu estava ouvindo. E sorri balançando a cabeça. Minha amiga era uma figura.

Saímos e em pouco tempo eu já estava pronta. Ally passava um gloss vermelho nos lábios. Havia varias garotas que também ficavam naquele vicio obsessivo por beleza.

Fomos andando juntas e sentamos em um banco que havia naquele corredor.

-Podemos conversar? –Ela não percebia que tínhamos aula?

-Precisa ser rápida. –Respondi. Ela assentiu sorrindo. E revirando os olhos. Eu precisava ir à recepção entregar um relatório a Sra. Coper. Fora um pedido do Sr Mason.

-Só quero perguntar o que esta havendo com você e meu irmão que mal se falam. –Ela soltou tudo. Fechei a cara. –Eu tentei falar um pouco sobre isso com o Edward, mas ele mentiu dizendo que estava tudo bem entre vocês.  –Passei a mão pelo cabelo levando o para trás.

- Hã... Eu não sei. Para mim esta tudo bem. – falei naturalmente. Alice estreitou os olhos.

-Hmmm... Se eu não estivesse atrasada o traria aqui e arrancaria nem que fosse sobre tortura isso de vocês dois. Mas estou. Então na saída, se você quiser conversaremos sozinhas. –Ela sorriu. Estava claro que aquele “se você quiser” referia-se a conversar sozinha. Suspirei. De mim ela não arrancaria nada. Eu não sabia de nada mesmo.

-Então? O que esta acontecendo? –Alice nem me cumprimentou quando se agarrou ao meu pescoço totalmente de repente me assustando e já cuspindo a pergunta.

-Droga Alice! –Reclamei de mal humor. - Nada. Eu já disse.

-Então porque vocês não estão se falando? Hoje no almoço você não o respondeu.

-Você fez isso por mim esqueceu?

-Você não ia responder Bella. Acha que sou boba? –Suspirei.

-Era uma pergunta retórica. –Ela me olhou mostrando que não estava convencida. –Olha ally. Eu não sei mesmo do que você esta falando. Para mim esta tudo bem. Ele anda ocupado e eu também tenho outras coisas da vida alem de Edward certo? Tudo tem que se resumir a ele? – Ela franziu a sobrancelha e alguns segundos depois riu.

-Nem parece a Bella que estava chorando no quarto da Rosalie há algumas semanas atrás. – Eu ri. Era a mesma Bella sim. Com a diferença de que essa sabia fingir melhor. E estava enganando a si mesma também. Depois a olhei seria.

–Eu preciso me livrar um pouco dele Ally. Preciso criar uma vida a parte dele. Acha que será sempre assim? Não vamos ficar juntos para sempre! E eu não quero agüentar segurar tudo isso para sempre. É ridículo!

-Você tem razão. Só não vá se magoar. – “Ah! não se preocupe Ally! Eu não vou me magoar. Eu já estou magoada.” Eu não ia responder isso então apenas assenti. Ela sorriu radiante.

-Eu tenho que procurar o Jazz! –Falou depois de alguns minutos que conversávamos futilidades.

-Aproveite! –Respondi sorrindo. Ela foi genuinamente alegre come sempre. E correndo meio saltitante. Balancei a cabeça. Quem visse isso pensaria que ela é louca. Não que ela não fosse.

A idéia que Alice passava para as pessoas é de que ela era alguém plenamente feliz. E Ela era. Mas, todos pensariam que ela não tem nenhum problema. Eu pensei assim por muito tempo. Ela tinha problemas. Como todo mundo. Mas ela conseguia estar acima de seus problemas. Ela podia ver a felicidade através das coisas ruins que a rodeavam.  Como ela conseguia isso eu não sabia.

Talvez fosse essa a diferença entre ela e Edward. Edward pensava que havia lidado bem com seus problemas, mas era claro que ele não havia superado lidado ou resolvido nada. Ele apenas se enganava. Ally conseguira isso. Apesar de sofrer ela conseguia estar por cima de tudo.

Talvez se eu tivesse essa capacidade eu não sofresse tanto. Se nós dois tivéssemos isso não sofreríamos tanto. Embora por motivos diferentes. Perguntei-me como Alice se sairia se tivesse problemas com Jazz. As únicas vezes em que isso aconteceu foi quando ela era mais nova e o amava secretamente. Ally tinha medo do que todos pensariam ao vê-la com Jazz. E também tinha muito mais medo de ele não a querer. Então ela teve a coragem que eu nunca tive e revelou tudo para ele. Inacreditavelmente Jasper também sentia a mesma coisa. Mas é claro que nunca diria. E desde então os dois estavam juntos.

Claro que houveram muitas brincadeiras e zombarias mas os dois superam sem cicatrizes. Ally continuou popular e Jasper “Nerd”. Afinal ela era uma Cullen. E não se irritava os Cullen se você quisesse ter algum tipo de vida social.

Passei pela grama úmida de minha casa e guardei minhas coisas no quarto já descendo com pressa. Fiquei lá sentada por alguns segundos, chuviscava fraco naquele dia. E então desisti de parecer maluca e fui em direção a trilha da floresta.

Tudo estava muito molhado por causa da tempestade da noite passada. Eu já estava acostumada com água e frio. Entrei pelas arvores. Eu sempre tinha uma sensação boa quando estava na floresta. Uma sensação fosse de nostalgia ou qualquer outra coisa. O que importava era que me fazia sentir. Sentir a emoção dentro de mim. Senti aquilo, fosse bom ou ruim dentro de mim. Como uma espécie de alivio ou vazio. Era com certeza nostálgica. Sentei-me em um tronco e desejei um livro. Liguei o Ipod em uma seleção de musicas. Eram lentas, clássicas e tristes. Sorri. Que belo dia era aquele! Eu estava no poço. Em pouco tempo estaria em uma mesa de bar bebendo e chorando enquanto cantava Celine Dion. Ri mais. Desejei que Edward estivesse ali comigo. Fazíamos aquilo às vezes. Eram as musicas que eu ouvia com ele que eu estava ouvindo sozinha naquele momento. Então provavelmente a fossa tinha uma origem. Gostávamos de ouvir juntos, essas musicas em dias nublados no meio da floresta. Então o desejo de estar ali também tinha uma origem. Uma lagrima escorregou pelo meu rosto.

Comecei a cantarolar a musica para mim mesma.

-Why is everything so confusing? Maybe I’m just out of my mind… Yeah yeah yeah…

Eu havia desistido de parecer maluca sentada olhando para o nada na grama da minha casa e agora estava no meio da floresta cantando, rindo e chorando sozinha. O que qualquer pessoa pensaria se me vesse naquele estado? O rosto molhado sentada na lama e rindo ou cantando? Ri mais com o rumo com que minha mente me levava. Era um completo desequilíbrio emocional ou loucura mesmo. Balancei a cabeça em desgosto e continuei ali por mais algumas horas.

Minha calça estava suja de lama. Mas fora isso eu chegaria em casa num estado aceitável. Nada de estar encharcada ou imunda ou cheia de lagrimas ou nada disso. Pelo menos era o que eu pensava até que totalmente do nada os chuviscos se tornaram uma chuva forte eu me levantei e tive que sair de onde estava e correr pela floresta. Guardei o Ipod no bolso da blusa grossa que eu usava por baixo do casaco e corri evitando que ele se molhasse.

Abri a porta completamente molhada deixando possas por onde passava. Renée estava sentada no sofá e fez uma careta ao ver a bagunça. Emmentt estava ao seu lado sorrindo.

-Então não é só na minha casa que você volta desse jeito não é Bella? Qualquer dia vou sair com você para radicalizar também! - Ele gargalhou. E eu também. Por motivos diferentes. Fiquei pensando no quão radical era ficar chorando no meio do mato ouvindo músicas de poço.

-O que você esta fazendo aqui? –Perguntei logo. Eu fiquei confusa.

-É assim que ela trata as visitas tia Renée? Você é tão atenciosa porque a Bella é desse jeito e ainda por cima sempre volta para casa parecendo que andou fazendo altas loucuras. – Eu gargalhei mais. Emmentt ia amar sair comigo. Renée riu e olhou-me mais uma vez.

-Onde você estava?- Ela perguntou critica.

-Fui da uma volta na floresta.

-Você se perdeu na trilha? –Emmentt perguntou serio. Ela tinha que esta fazendo piada. Não era possível. Ele realmente me achava distraída a esse ponto? Aquela parte da floresta eu conhecia totalmente desde bebe. E ainda ele falou na trilha. E não da trilha. Quem é capaz de se perder na trilha?

Fuzilei-o com os olhos e ele sorriu zombateiro.

-Você? É possível mesmo. –Renée falou naturalmente. Bufei. E me sentei ao lado deles.

-Piadas à custa dos outros é tão divertido certo? O que estamos fazendo? -Perguntei

-Esperando a Rosalie com uma torta de chocolate que ela viu e quis comprar mais cedo, mas nós estávamos com pressa. Estamos te esperando a algum tempo. –Emmentt respondeu.

-Hmmm... –O olhei ele estava olhando o teto e depois sorrindo. Franzi a sobrancelha. “Eu pensando que sou louca” Balancei minha cabeça.

-Cara eu estava me perguntando o que a Rose tem de tão legal para falar... Aposto que é sobre esse baile... Já tem um monte de cartazezinhos por aí. Se os bailes soubessem o quanto eu não gosto deles nem existiriam serio! E você Bells? Tem algum pretendente a vista? Rose estava falando do Jake. –Ele falou tudo serio.

-Sabe que eu odeio bailes Emmentt! – Ele gargalhou.

-Pelo menos eu não sou o único. Mas eu vou.

 -Não sei porque você vai. Eu os detesto.

-Você não gosta porque não sabe dançar.

-também. – Ele gargalhou.

De repente a porta abriu-se com força e a rose apareceu sorrindo com uma embalagem bonita nas mãos. No entanto ela estava toda encharcada.

-Heey! Que bom que esta aqui Bella! Pensei que você fosse demorar. –Ela falou e eu a cumprimentei. –Nossa estamos parecendo dois cães perdidos. –Então me lembrei que eu estava molhada e não havia me trocado.

-Eu estava na floresta.

-E bem em Forks não há aquele “Esperar a chuva acabar”... Eu odeio esse lugar! – Nós rimos.

Ela foi em direção a meia parede que separava a cozinha da sala e colocou a torta ali depois tirou uma fatia grande para si. Esperamos até que ela se preocupasse conosco e ela se sentou ao nosso lado comendo tranquilamente. Levantamos e fizemos o mesmo. Quando terminamos falando sobre bobagens Rose se levantou e se colocou a minha frente.   

-Bella, estou aqui para anunciar oficialmente o Baile de Primavera. –Claro. –Você não esta sendo convidada. – Tinha isso de ser convidado? Que maravilha! Eu não iria. E ninguém me obrigaria. –Esta sendo sujeitada a ir. Não importa o que aconteça. Você irá. Dessa vez. Porque agora... Rosalie Hale, –Ela jogou o cabelo para trás. –Estou aqui e não vou deixar você desperdiçar a sua vida em casa. –Renée gargalhou.

-Eu não vou e Rosalie Hale não vai obrigar. –Ela fez uma cara parecida com a Alice quando queria algo. –Por favor. –Sussurrou.

-É Bella você não pode fazer isso! –Eu absolutamente não esperava ouvir a voz da Alice e vê-la  aparecer de repente na minha frente com os cantos da sobrancelhas para cima e fazendo beicinho. –Dessa vez você precisa ir conosco. Não precisa ser com o Edward, mas vamos! Por favor, Bellzinha nós te amamos.

-Não amam não! Se amassem não fariam isso. –Reclamei.

-Bella vamos, por favor! –Emmentt se uniu a liga da traição.

-Nãão! Nem pensar! Eu odeio bailes. –Falei com raiva.

-Nós podemos ensiná-la a dançar e vamos te deixar perfeita. Aposto que o Edward vai até passar mal! -Alice soltou. Ela havia se esquecido do Emmentt? Ele fingiu que não percebeu. –Ele e principalmente o Jacob não é Rose? E todos os garotos da escola. – Fechei a cara.

-Eu não vou a Bailes. A única pessoa que me interessaria impressionar seria o Jake e mesmo assim ele não vale a pena. Então não e pronto Alice. –Ela fez um beicinho e depois mordeu o lábio, preocupada por falar demais. Maldição!

 -Seria legal. –Rose falou por fim. Talvez minha sorte fosse assim. Sempre acompanhada por algo ruim. Porque eu sabia que pela Alice ter falado o que não devia, elas não iam querer me importunar mais. No entanto era um problema, Emmentt tinha ouvido.

Fiquei menos preocupada com isso quando eu lembrei que o Emmentt era meio lentinho quando se fala em coisas implícitas. Ele era lento em coisas explicitas também então Rose daria um jeito de enrolá-lo. Isso me tranqüilizou, mas Ally não escaparia.

-Mary Alice Brando Cullen o que você estava pensando? Só podia estar louca quando falou aquilo na frente do Emmentt. –Acusei. Eu as deixaria bem culpadas.  Assim elas me deixariam em paz.

Não foi difícil fazer isso, pois elas já estavam mal consigo mesmas. Fiquei feliz com isso. As piores já haviam sido eliminadas. Pensei em Edward e lembrei-me que ele não iria insistir para que eu fosse ao baile porque ele não era mais meu amigo. Entristeci-me com isso, mas não perdi o meu foco. Renée não me enganaria com nenhuma historia de casamento. Daquela vez eu estaria alerta as datas. Realmente estava tudo bem.

No estacionamento chovia muito. Coloquei uma capa e abri um guarda-chuva preto.  Era estranho porque eu usava um suéter cinza e jeans desbotados então eu tinha um ar meio sinistro. Andei em direção aos alunos que estavam na cafeteria protegendo-se da tempestade. Eca! Aquele era o típico dia que nos fazia odiar ainda mais Forks. Eu não tardaria em sair daquela cidade assim que eu pudesse. Eu ainda não sabia como, mas em Forks eu não ficaria.

Aproximei-me da cafeteria e meus olhos foram até Jake. Fui em sua direção.

-Hey! Como vai Jake? –Falei animada. Ele deu um sorriso largo e reconfortante.

-Estou muito bem. E como vai a senhorita? – Ri com o modo com que ele me chamou.

-Ótima! – Respondi honestamente. Honestamente porque eu estava bem, no máximo possível que pessoas como eu poderiam estar. 

-Que bom! –Ele riu passando e me conduziu para parte mais fechada e movimentada da cafeteria. Ele foi cumprimentado por no mínimo 5 garotas e 2 rapazes antes de se sentar em uma cadeira de descanso que havia por ali. Fiquei na sua frente de pé. Liguei o Ipod deixando que as músicas se alternassem livres. E olhei para o outro lado. Meus olhos inconscientemente vagando por ali. Procurando por ele. Então Jacob tirou a peça do meu ouvido.

-Está me ouvindo Bella?- Mordi o lábio e depois ri pega. Ele riu e balançou a cabeça.

-Você passa muito tempo com essa coisa.- Revirei os olhos.

-Você fala como minha avó. –Repreendi. –Essa coisa. –Imitei –Por sinal muito mal - a voz da minha avó. Ele riu.

-Mas é verdade. Sabe que isso pode te causar problemas na terceira idade ou até antes.

-Eu nem sei se eu vou estar viva até lá. –Falei com um ar doentio. Ele me olhou com uma cara estranha e ao mesmo tempo critica. Depois sua expressão tornou-se de escárnio e ele balançava a cabeça em desgosto. Eu ri de mim mesma.

Então fiquei automaticamente rígida ao vê-lo aproximar-se de nós dois. Seu olhar encontrou-se com o meu por um segundo. Sua expressão era seria. E eu desviei o olhar voltando-me para Jacob que não havia percebido a mudança.

-Hey Jake! –Ele chamou engoli em seco. E virei o meu olhar para o Jake que sorriu para Edward com uma naturalidade quase assustadora.

-Qual é cara? –Ele cumprimentou alegremente. Edward sorriu para ele. E não se virou para mim nem um segundo. Jacob passou a mão por meu ombro e eu fiquei internamente agradecida assim eu não estar totalmente de fora, como uma excluída.

-Eu queria falar com você. –Ele deu um sorriso malicioso. E um segundo depois olhou para os braços de Jacob ao redor do meu ombro. E depois se voltou para Jacob.

-Pode mandar! –Jake respondeu. Balancei minha cabeça pasma com a mudança absolutamente absurda de comportamento dos dois. Pareciam amigos. Franzi a testa buscando alguma razão para aquilo.

-Jacob eu preciso entrar. Você sabe como o Sr. Varner fica quando nos atrasamos. - Sorri. Era a desculpa mais estúpida que eu poderia encontrar. Mas eu precisava sair dali.

-Só um minuto Bells, eu quero falar algo importante. –Ele respondeu. Edward pigarreou. Ele era um idiota mesmo. Eu não estava deixada de lado a um segundo atrás? Contrariada fiquei parada abraçada ao Jacob.  Jake riu. O Infeliz não estava percebendo nada mesmo?

-Fala cara! – Edward riu.

-Esta bem. Era sobre o time. Acho que pode esperar. –Ele riu de novo.

-Sobre o time. Qual é Edward? –Jake respondeu com a sobrancelha franzida. Por que ele não falava logo? Odiei-me por estar curiosa. Edward revirou os olhos. Ele suspirou e sua expressão tornou-se algo como “Quer calar a boca e esperar a hora certa?”. Sua mão estava levantada. Com os dedos apontados para o queixo. Exatamente como se dissesse isso. O entendimento passou por Jake e ele riu amarelo. “Serio que agora os dois terão segredinhos?” Pensei realmente irritada. Ele sorriu.

-Hã... Então Ok. Tchau Jake, te vejo na aula Bella. – Sua voz tornou-se grave quando ele se despediu de mim. Eu não respondi não só porque pretendia ignorá-lo, mas também porque estava agora perdida em pensamentos. Tentava adivinhar o que causara aquela mudança de comportamento tão súbita do meu ex-amigo/quase irmão. Ele parecia ter raiva de mim. Como se estivesse esforçando-se para fazer com que eu me sentisse mal sem realmente tentar me atingir diretamente.  Mas o que realmente me incomodava era o porquê daquilo. Eu não sabia. Suspirei.

-O que você queria falar Jake? –Perguntei subitamente mal humorada. Ele ergueu as sobrancelhas e eu fingi não notar.

-Hã não é nada. Há algo errado com vocês dois? –Ele perguntou. “Nãããooo Imaginaaaa...”

-Não. Esta tudo bem... Jake? –Chamei para atrair sua atenção. Ele me olhou com curiosidade.

-Sim? – O que eu diria? Sorri.

-Terminou o trabalho do Sr. Mason, de Inglês? Aquele que tinha que fazer um resumo do livro MacBeth. – Eu já havia terminado.

-Hmm... Não. Para quando é? –Ele perguntou.

-Eu terei que entregar nesta quinta.

-Você terminou?

-Não. Contava que você tivesse terminado. –Nós rimos. Eu não gostava de mentir mas algumas vezes era inevitável.

-Acho que estamos na mesma! Edward já terminou. Acho que ele esta querendo deixar de ser sacana e começar a se esforçar mais... Vai ficar nerd igual a você... Fale com ele, sua aula é de trigonometria agora. Certo? –Ele sabia que a aula do Edward era de trigonometria, mas não tinha certeza se a minha era? Balancei a cabeça ainda sem acreditar naquela mudança.

-Vou falar com ele. – É claro que eu estava mentindo.

Quando cheguei à sala ele estava sentado em sua comum cadeira ao lado da Tânia e os dois se abraçavam. O Sr. Varner ainda não estava ali. Suspirei. Então notei seu olhar em mim. Ele estava serio. Não duro ou frio. Apenas serio, mas com a expressão suave. Depois sua sobrancelha se franziu e os lábios também. De novo havia aquela luta interna que eu vira em uma das ultimas vezes que nos falamos. Dessa vez notei uma angustia estranha que me fez amolecer um pouco. Uma angustia que não cedia na expressão confusa dele. Perdi uma batida do coração e arfei. Senti uma estranha necessidade de consolá-lo. Dizer que estava tudo bem. Mas eu não faria isso. Eu nem mesmo podia porque eu não sabia se estava tudo bem, não sabia o que estava acontecendo e principalmente não sabia como consolá-lo. Balancei minha cabeça rapidamente para clarear minha mente. Mas tudo estava nublado enquanto seus olhos verdes agoniados não desviavam dos meus. “Que droga!” xinguei mentalmente. “Desvie Bella!”

Virei meu rosto para Ângela que estava do meu lado e iniciei uma conversa boba. Pelo canto do olho vi que ele se virou e passou a conversar com Tânia que sorriu beijando-lhe a testa. Ele sorriu e eu me concentrei apenas em Ângela.

Nas outras aulas eu achei que ia passar mal. Tudo o que eu conseguia fazer era me sentar e ouvir musica. Fui algumas vezes surpreendida e repreendida pelo Sr Mason na aula de inglês. E em educação cívica também. E agora eu estava na aula de Espanhol.

Eu gostava de espanhol e achava que seria importante eu saber. No entanto naquele momento essa aula não me parecia nem um pouco atraente. A Sra. Goff tentava conversar com os alunos que se mantinham quietos. Era nessas horas que eu ficava agradecida por ter um leitor de E-Books sempre a mão. Sentada nos fundos da sala me perdi em uma nova versão de “Orgulho e Preconceito” da coleção de Jane Austin.

No almoço nem Edward nem Tânia estava ali. Felizmente ou não. Nós cinco ficamos conversando sobre algumas bobagens.

As aulas de biologia e educação física foram como sempre. Banner me fuzilando e o sr.Clapp preocupado enquanto a Ally fazia piadas. 

O outro dia seguiu-se exatamente como esse. O tempo todo eu sentia que estava cada mais dificil ficar longe dele. Do meu melhor amigo. Ele estava sempre distante e tudo não fazia sentido.

FIM


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Notas finais do capítulo

Eu ñ sei se v6 notaram mas houve uma pequena mudança nos profs da Bells.
Ta assim
*Trigonometria. -> Varner
*Inglês -> Sr Mason
*Biologia -> Banner
Trara algumas outras mudanças mas as importantes foram essas. Rsrs
Eu fiz isso pq sou lerda e não notei q eu stava trocando tudo. Desculpem! :)
(O horario ta como sempre)
Espero q ñ se importem rsrs
Bjssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss
Até o proximo cap! :D



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