What If ? escrita por Jéssica


Capítulo 25
Capítulo 23 (BONUS EDWARD CULLEN PARTE II


Notas iniciais do capítulo

OOiiiii! Gente! Capítulo prontinho aí pra v6!
(QUEM VIU A NOVA CAPINHA???)GOSTARAM??? Acham que significa algo??? hehehe....
*Bellaaaaaaaaaaa! Linda! GOSTOSA!!! KKK A-M-E-I a recomendação! Eu n tava esperando e eu fiquei super feliz!!!
Foi muito legal. Na verdade, eu estava olhando as coisas que v6 escreveram fiquei meio mole... *_*
Gente eu fico assim! Tão feliZ! mUITO LEGAL.
a HELENA OFF que também recomendou... É muito fofo! Dexa agente muito feliz! E a Gabih e a Thais.
Todo mundo que recomenda e comenta, nos deeeiiixaa SUPER ALEGRE! QUERENDO PULAAAAR!Muito bom! ^_^
Sérioo, eu to bem feliz com v6! Com as sugestões, as idéias! AIIN!
~*~
PRONTO! Cap arrumado! Ufa!
Da raiva ler ele qd n está normal. Eu to até enjoada de tanto reler esse capítulo! kkkkk
E para calar a boca (FINALMENTE) ... Se bem que eu acho que é só isso mesmo. (SÓ???) bjss
boa leitura! =^_^=



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“Se eu pudesse teria feito tudo de novo. Pergunto-me onde errei e não encontro a resposta. Se eu pudesse recomeçar minhas escolhas seriam diferentes?”

Era sábado. Estava no meu quarto adivinhando o que Carlisle estaria pensando sobre mim. Eu me torturava imaginando o quanto eu o tinha magoado. Meu pai não falava mais comigo, sequer me parabenizara pelo jogo e pelas boas notas que agora me esforçava para atingir.
Talvez fosse apenas tarde para pensar em agir como um homem. Eu ainda me entristecia por ele me olhar com desprezo nas poucas vezes em que jantávamos juntos, me fazendo sentir como se eu não pertencesse mais a família.
É claro que eu não o culpava, claro que ele estava completamente certo em me desprezar. Eu não pertencia mais, não como antes, a minha família. Não depois de ter fugido de casa, não depois de ter agido como um covarde. Na época eu não podia ver outra solução, na verdade mesmo ali depois de tudo, eu não via outra solução.

Eu me sentia completamente quebrado, completamente despedaçado na época. Eu havia magoado a Bella, que benevolentemente me perdoara mais rápido do que o que eu merecia, magoado meu pai, sendo a droga de um fracassado, abandonado meus sonhos para o futuro. Tudo. Eu era um merda. A pior parte se resumia a Carlisle e Esme. Carlisle com seus constantes ataques de mal humor e as vezes em que Esme se encontrava com Billy.
O ódio atravessou meu corpo. Peguei a garrafa de uísque engolindo tudo o que ainda havia ali em um gole, sentindo o liquido quente descer pela minha garganta. Dei uma risada boba e me levantei buscando mais uma na gaveta. Eu andava tendo que escondê-las no meu quarto e, pensei rindo, ficando mais tempo trancado ali do que o necessário. Franzi a testa levemente irritado notando que a única coisa que havia ali era uma garrafa vazia. Talvez eu tivesse bebido mais do que o que eu havia imaginado, partindo dessa informação, me irritei mais lembrando-me das insinuações de Bella. Eu sabia que andava bebendo um pouco. Sabia que não era uma boa idéia também, mas eu estava consciente do que estava fazendo. Eu não era nenhum louco com tendência a vícios e doenças de dependência química. Revirei os olhos sorrindo, lembrando das caretas dela ao me ver bebendo. Talvez eu não devesse fazer isso na frente de Bella, ela ficava desnecessariamente preocupada. Bocejei desistindo de beber, eu podia correr para o primeiro bar e tomar uma dose, mas isso era o que uma pessoa com tendência ao vicio faria.

Molhei os lábios e desci sorrindo para minha mãe e meus irmãos que se aninhavam num filme bobo. Não fazia muito tempo que eu voltara para casa e muitas vezes as cenas "Família" faziam meu coração se aquecer. Emmett completamente grande abraçando a pequenina Alice, ela parecia indefesa ali com ele. Senti vontade de me juntar aos três, mas eu ainda tinha que visitar a Tânia. Fiz careta. Tânia e eu havíamos brigado no jogo. Eu não estava feliz com a implicância dela e com Bella e Alice, mas nós não estávamos mais brigados. Num acordo tácito decidimos ficar bem. "A FHS agora voltaria a ter seus reis." Cai na gargalhada ao lembrar das palavras proferidas por Tânia ao me agarrar quando voltamos. Minha mãe me olhou como se eu fosse louco. E eu nem preciso citar Alice e Emmett. Eu também me senti levemente preocupado com minhas oscilações rápidas de humor, estavam mais freqüentes do que o razoável.
Andei em direção a porta da frente despedindo-me de meus irmãos, Esme ergueu a cabeça me olhando como certificando que eu não fugiria. A idéia me fez sentir enjoado de mim mesmo.

–Volto antes do jantar, mãe- Ela sorriu parecendo levemente constrangida, fui até ela para abraçá-la antes de sair.
Muitas vezes a descoberta de seus encontros com Billy abalara nossa relação, por minha parte claro. Eu me ressentia dela e muitas vezes desvalorizava a. Eram nesses momentos que eu me odiava com todas as forças por ser um moleque frágil.

Dei meia volta ao chegar na casa da Tânia. Esse era outro ponto da minha vida que se ligava por elásticos finos. Nos últimos dias Tânia andava se mostrando competitiva e egoísta, não fazia mais questão de esconder sua aversão pelos meus amigos, em especial por Bella e Alice. Justo Bella e Alice? E eu simplesmente não conseguia ver isso como sendo natural, como antigamente eu fazia. Ela brigara de bater com Bella no dia do jogo, e o mais frustrante era que nenhuma delas fizera questão de me contar a razão, brigara com a Alice por causa das lideres de torcida e o que me deixara realmente afastado dela, atrapalhado a confiança da Bella em sua música. Eu estava decidido a concertar algumas lacunas, que eu tivesse condição de melhorar, uma delas era com a Bella. A melhor maneira para fazer isso era ajudando onde a Bella precisava. Na música e em sua confiança. Essa era uma tarefa difícil e extremamente complicada. Eu estava falando em uma garota de Forks se tornar uma cantora conhecida, e não era mais fácil com a Tânia gritando com ela na cafeteria! Eu fiquei realmente orgulhoso por ela ter revidado e entrado no concurso, e me sentido um lixo por que havia sido Jacob a encorajá-la e não eu. Eu andava realmente me sentindo um idiota, mas decidido a não demonstrar isso a ninguém. No concurso Tânia não largava do meu pé, como se eu devesse torcer por ela em qualquer situação.
Era ali que morava o problema. Eu havia mudado. Fosse o tempo na casa do Damon, fosse nas coisas que aconteceram, alguma coisa estava diferente em mim. Ficar afastado da Tânia, mesmo gostando muito dela, fizera-me notar melhor os defeitos. Talvez eu tivesse um pouco mais de maturidade. Quando percebemos que nem tudo se resume a colegial e popularidade... Que a vida é bem maior que isso. Quando entendemos o que é o colegial, a escola e suas hierarquias, que na verdade são desigualdades que só existem na cabeça dos alunos. Uns se sentindo especial, e outros acreditando nisso. Essa era a questão, eu havia simplesmente evoluído disso, mas Tânia não. Algo estava diferente em mim e isso me afastava dela. Eu estava tentando mudar, me aproximar da garota de novo. E eu faria isso. Peguei meu telefone, lutando contra vontade de visitar o Damon ou beber e liguei para Tânia marcando um encontro no parque mais próximo.

Tânia estava como sempre. Completamente cheia de estilo e linda. Dessa vez ela optara por minissaia, meia calça grossa, e bota ugg. Bella gostava de botas ugg, fiz careta. Não era muito a minha cara.

–Oi gata! Senti sua falta. -Falei sinceramente, mas não exatamente feliz por estar ali.

–Eu também, gostoso. - sorri pelo apelido e a beijei. Evitei pensar em coisas que me fariam desanimar, mesmo assim eu me sentia culpado quando eu pensava que ela magoava meus amigos.
Ouvi meu telefone tocar, não totalmente contrariado atendi, sentindo Tânia afastando-se de mim.

–Que é Emmentt?

–Cara, hoje agente tem treino. Não esquece!

–ta! Não esqueci!

–uh-Hum, mas eu tenho a impressão que Você está é comendo sua vadia particular, ao em vez de dirigindo atrasado? -Pulei do banco, meio aliviado por não precisar passar a tarde ao lado de Tânia e com meu corpo totalmente frustrado por isso.

– Ai! Treino hoje Tânia, viajei! To indo nessa gatinha! -Eu disse piscando. Ela sorriu entendendo.

–Me deixa em casa? -Perguntou alegre.

–Claro! Vai ser ótimo te usar no caminho. -Falei com um sorriso malicioso.

~*~

O treinador me lançou um olhar irritado assim que parei no campo. Já havia me trocado, por isso estava ainda mais atrasado. Ele, assim como alguns garotos -Que negavam permanentemente- não haviam me perdoado pela fugida. Achava que ele nunca me aceitaria se houvesse outra solução para o time. Bocejei entediado pela aula teórica que ele decidira dar. eu odiava aulas teóricas e era o tipo de coisa que eu me esforçaria para não prestar atenção sem ser notado, mas hoje estava na frente, o iPod guardado e não escondido, com a expressão realmente seria, tentando me concentrar em todas as chatices que ele falava. Um passo para agir menos como um moleque. Logo depois, começamos a nos exercitar longa e sistematicamente. Pensei em mim comendo cereal ou bebendo com Damon. Se eu me concentrasse no exercício tornava-se mais cansativo, embora meu corpo já estivesse completamente preparado para tal.
Os meninos saíram gritando e conversando alto entre si, com alguma intenção a qual meu cérebro não conseguia acompanhar. Ri. Aquilo havia soado tão Bella! Emmett me olhou fazendo uma careta.

–Conversando sozinho, gargalhadas... Cara você devia procurar um médico, não To de brincadeira contigo! -Gargalhamos enquanto íamos até o vestiário.

–Sério que esses FDPs precisam cantar no chuveiro? Vocês estão parecendo a minha vó! - Emmett gritou na ultima parte.

–Vai se fuder runningback! I Love the Way you move...(you move) your bodyyyyyy! Tandatandannn!

–Isso porra! Estão mandando bem nesse solo de guitarra! Estou até emocionado. -Zombei, gargalhando. Emmett estava mesmo com raiva. Dei uma risada antes de abrir a ducha enquanto pensava em irritá-lo.

–When I met you girl
My heart went knock (knock)
Now the butterflies in my stomach
Won't stop (stop) -Eu gritei os versos de "One Time/Justin Bieber" e uma gargalhada em uníssono se iniciou.

–Ta vendo! A mulherada gosta é de homem viado! É assim que tu conquisto aTânia? -Eles riram.

–Tem que ser gostoso também! E sensibilidade, claro! -Zombei.

~*~

Depois do treino eu e Emmett decidimos passar numa sorveteria nova que havia perto do campo. Não era o tipo de negocio que duraria em Forks, mas enquanto estivesse ali era melhor aproveitar. Eu gostava de sorvete, mesmo no frio. Emmett encarava o Milk Shake de chocolate pensativo. Mas beber milks shakes de chocolate não era o tipo de coisa que Emmett pensava para fazer.

–Que foi Emm? -Ele fez careta franzindo a testa, como se se esforçasse para pensar.

–Seilá cara...

–Qual o Lance?

–Seilá! Acho que é a Rose.

–Mulher! Que surpresa.

–Olhe para você.

–O que tem a Rose? -Emmett balançou a cabeça.

–O que tem a Rose?- Repetiu a pergunta para si mesmo, e então focou-se em mim. -Eu não sei. Ela está meio estranha! Solitária. Não sei. Parece triste Edward! Ela diz que está tudo bem, mas eu vejo que há algo estranho. E ela não diz nada.

–Eu não notei nada. Só que ela está mais gostosa... -Emmett fez careta. Eu ri. -Calma! Gostosa, mas é sua!

–Não notei. -Ergui a sobrancelha.

–Serio? As pernas dela? Estão de morrer, e me desculpa, mas aqueles peitos. -Dei uma sonora gargalhada. Emmett espirrou Milk shake em mim.

–Merda!- Reclamei. -Só estou brincando! - E eu estava mesmo. Eu olhava para Rosalie como para a Alice. Mas as pernas dela estavam mesmo mais grossas e os seios também pareciam maiores. Ele riu.

–Acha mesmo que ela está mais gostosa? Pois eu também. Ela ta mais animada que antes... Tipo...

–Não me conte os detalhes.-Já fui logo cortando. Nunca era agradável ouvir sobre como o seu irmão gosta de transar com a namorada.

–uh? Falou o cara que nunca viu um vídeo pornô! -Ironizou.

–É diferente. - nos rimos e depois nosso tópico tornou-se mais baixo.

...

–Eu ainda tenho que visitar o Damon. -Comentei depois que amenizarmos nossa conversa.

–Hmmm... Então era na casa daquele malandro que você estava se escondendo, né?

–Era -Gargalhei.

–A Bella sabia! Vivia lá.

–Eu não sei como o Damon viveu lá sem ela. Serio, eu morreria de fome e más condições se não fosse a Bells. -Eu ri, me lembrando da zona que era o Apartamento do Damon.

–Isso aproximou vocês de novo, certo? O Damon ficou muito tempo escondido.

–é... Nós meio que perdemos o contato. Principalmente com a Bella. Eu ainda falava muito com ele.

–E agora ele ta comendo a Bella! -Fechei a cara.

–Não é como se ele fosse fazer isso. Bella não é assim. -Falei cortante.

–Eu sei, cara! Calma! Você entendeu o espírito da coisa.- Fiz careta.

–Ah! Eu não sou totalmente a favor dos dois namorarem! Acho isso estranho. Eles são amigos. Você pegava sua melhor amiga?

–Rosalie é minha melhor amiga. Acho que você está é com ciúme! Também não gosto de pensar na Alice trepando com o jasper lerdo. - passei a mão irritado pelo cabelo. Bella não tre... transava com o Damon. Não! Lembrei-me do dia em que eu os havia interrompido. Eu estava animado em contar para Bella que o Stevie havia me ligado e me indicado para um produtor musical, embora agora fosse quase frustrante pensar que ele era o Stefan, que seduzira a Elena. Mas, quando eu entrei, eu encontrei a Bella semi nua e o Damon em cima, No sofá, Num amasso quente! Foi um choque. Depois daquele dia eu parei de apoiar os dois, eu me sentia, de certa forma traído. Eles deviam ser responsáveis! Bella ficara inacreditavelmente constrangida, mais vermelha que uma pimenta mexicana. Quando ela fugiu da sala para se trocar, eu e Damon discutimos por causa da cena, mas eu tive que ceder quando notei que eu não podia me intrometer. Bella não era minha filha ou irmã! Mas sempre que eu lembrava ainda me contorcia de raiva e ressentimento por Damon.

–Calma Edward! Relaxa. Você não pode fazer nada. Ela não vai virar freira, nem morrer virgem.

–Tinha que fazer só depois do casamento! Mais uns dez anos de espera! Ela é nova! -Emmett ergueu a sobrancelha.

–Casamento? Dez anos? Você deve ter comido a sua primeira com doze!

–Treze. Mas eu sou homem, é diferente. -Defini irritando-me com Emmett.

–Machismo.-Encarei o cético.


–Você agora é feminista?

–Não. To no grupo dos realistas. -Ele riu. Ridículo. Eu estava realmente me irritando com a história da Bella com o Damon. E pensar nos dois fazendo qualquer coisa além de pegar na mão incomodava-me. Do jeito que eu andava, nem pegar na mão.

No mesmo instante outra imagem irritante tomou forma em minha mente. Na ultima audição. Bella cantando, Tânia dançando. Balancei a cabeça irritado com o modo como ela cantara com ele. Os dois pareceram felizes com aquela canção. Eu não gostava particularmente de "Luck" eu na verdade, odiava aquela música. Eu não sabia se meu ódio vinha daquilo ou da Tânia rebolando para os jurados. Eu primeiramente reconheci minha raiva como ciúme dela mas, era mais desgosto. Eu não sabia explicar, desgosto pela atitude dela, sem confiar no próprio talento partiu para aquela apresentação apelativa. Eu não esperava isso de uma namorada. Essa minha sensação de não poder sorrir e abraçar minha namorada como Damon fizera. Um pouco de inveja, eu não sabia. E como não gostava de me sentir um invejoso, engoli minha raiva rapidamente. Fiquei imaginando se a Tânia achava que minha rápida melhora era por seu poder de persuasão. Balancei a cabeça. Ter me afastado dela ouvindo Damon chamando-a vadia o tempo todo não fora uma boa idéia. E eu não gostava de me sentir daquele jeito. Eu queria a Tânia, gostava de me sentir o rei, o mais tudo do colégio, o cara que conseguira fisgar a capitã das cheers.

–Acalme-se Edward! -Emmett riu. -Você está parecendo o chefe Swan.

–Eu me sinto o chefe Swan.

–Papai, né? Acho que entendo. -Ele falou condescendente, com um sorrisinho estranho. Estreitei os olhos.

–O que está insinuando? - falei ameaçador.

–Essa não é a questão. Seu ciúme é meio estranho.

–Não é por aí, Emmett. Você sabe que eu a vejo como irmã. Não sei, é muito ruim ela com o Damon. Ele é mais velho, sabe? Se ela pelo menos falasse com o Charlie, fosse algo sério. O Damon nem a pediu em namoro. Ele disse que está inseguro. E depois eles estavam quase se comendo na sala. Imagine a Alice, Emmett! -Emmett fez careta com a imagem que eu pintei.

–Acho que entendo, mas ainda te acho meio exagerado.


–Cada um é cada um. Se Alice estivesse na mesma situação eu ainda teria a mesma reação.

–Não quero imaginar o Jasper comendo a Ally. Se ele fizer isso vai apanhar feio! Será que eles fazem? -Perguntou com uma careta.

–Quer mesmo discutir a vida sexual da nossa irmã?

–Não! -Gargalhamos. O iPhone vibrou no meu bolso antes que o irritante toque começasse. Emmett fez careta para mim,

–Compra um toque para essa porcaria, cara!

–Eu não tenho grana para compra nem bala! Carlisle suspendeu minha mesada.

–Oh oh que bonitinho! Ele vive de mesada. Trabalhe! -Ignorei minha vontade de xingar o Emmett, ele também vivia de mesada, e atendi o telefone, sem olhar o visor.
–Alô. -Comecei serio.

–Boa tarde, Edward.- Fiz careta para voz irônica ao meu ouvido. Eu devia ter deixado tocar. Suspirei.

–Olá Stefan. - falhei miseravelmente em disfarçar minha irritação. Como num clic, percebi que Stefan sabia que era eu o tempo todo. Antes da descoberta ele nunca me ligava, apenas a secretária passava os recados. E por mais ridículo, eu não pensei em como ele saberia quem eu era.
Revirei os olhos. Quanta infantilidade!- O que você quer? -Perguntei em seguida. Pelo telefone notei um som constrangido.

–Bem, eu gostaria de confirmar o jantar na apartamento do meu irmão. -Sua voz mais grave ao citar Damon me incitou a imaginar o que ele sentia quanto ao irmão. Era palpável seu incomodo ao se imaginar ao lado dele novamente, em sua casa. Emmett se concentrou no Milk Shake, ignorando-me.

–Tanto faz para mim Stefan. Damon concordou e Eu estarei lá.

–Elena? -O nome despertou em mim o antigo rancor mais fortemente.

–O que tem Elena? -perguntei tentando soar casual.

–Ela me acompanhará. - ouvir isso liberou uma raiva desconhecida. Um ódio protetor me inundou com a imagem de Damon revendo a traidora da Elena. Rangi os dentes, com uma reação inesperada. "Droga!" sussurrou para não gritar. Emmett levantou os olhos me perguntando qual era problema. Eu mal conseguia pensar. "Stefan tinha merda na cabeça?" Ele não podia fazer isso! Controlei a raiva e a vontade de gritar novamente. Podia sentir minha mandíbula travada. Emmett ficou ainda mais confuso.

–O que pretende com isso, idiota?- Cuspi entre dentes.

–Nada Edward! Juro. Ela insisti em me acompanhar.

–Negue. Não queremos vê-la. Diga para Elena que queremos que ela esteja morta, o que quiser, Não quero a Elena aqui! Damon vai odiar isso.

–Não posso!

–Não me irrite Stefan. Quer a Bella, certo?

–Isabella deveria tomar as próprias decisões.

–Cale a boca! Com certeza ela odiaria ver a Elena.

–Contou o que houve.

–Ela merecia saber.

–Elena me acompanhará.

–não!

–Está decidido. Se quiser dizer que não quer vê-la, que deseja a sua morte diga você mesmo. Elena me acompanha. -Sem me controlar desliguei o maldito telefone e quase o joguei na parede, mas antes pude lembrar que Carlisle não me ajudaria em um novo. Saí bruscamente da mesa, marchando em direção a saída, atraí varias pessoas que me olharam assustados. Bufei constrangido com os os vários olhares maldosos. Emmett me seguiu horrorizado, provavelmente achando que eu estava louco.
Talvez fosse isso, mas meu ódio era justificável. Rever Elena faria um mal enorme para Damon. Ele talvez pudesse lutar com todas as forças que tinha e nunca falar sobre Elena, mas de alguma forma eu sabia no que ele estava pensando quando se isolava, num minuto silencioso à noite.
Suspirei completamente irritado.

–Vai para casa? -Meu irmão perguntou-me enquanto tentava acompanhar meus passos. Ponderei por um segundo. Casa devia ser o ultimo lugar para onde eu iria. Arranquei minhas chave jogando-as em suas mãos. De novo ele questionou-me, perguntando o que estava acontecendo. Eu estava perto de explodir com Emmett, apenas neguei com a cabeça e mudei o caminho, feliz em saber que ele respeitaria minha decisão.

Demorou alguns instantes para que eu me sentisse mais calmo. Para que eu Visse com clareza. Peguei mais um cigarro do bolso e o acendi, soprando a fumaça. A sensação relaxante me ajudou a pensar.
A idéia do desgraçado do Stefan era indiscutivelmente Ridícula e inaceitável, mas o filho da puta estava decidido. O melhor era aceitar e deixar o Damon ser pego de surpresa, contudo, talvez fosse melhor prepará-lo ou... Chutei o chão culpando-o. Com certeza o universo não estava do meu lado. As flores se desmancharam ao meu redor, fumaça mais uma vez escapou por meus lábios.
Aquela reserva era regada de esconderijos, lugares que exploradores sabiam a existência. Eu tinha sorte de ser um. Estava descontando mau humor ruim numa clareira que eu havia descoberto com uma das pessoas mais importantes da minha vida, minha melhor amiga, mas eu não estava pensando nisso. Não estava nem mesmo pensando, apenas odiando. Eu queria um pouco de uísque, isso sim iria me ajudar. Um bom Red Label. Pensei como um viciado. Fiquei imaginando o que me trouxera até ali. Eu realmente não concordava com a Elena reencontrar Damon, mas talvez eu estivesse sendo exagerado.
Não se passaram alguns minutos, mas horas em crise, tentando imaginar uma maneira de limpar a merda do Stefan. Não me surpreendeu não ter conseguido pensar em nada. Estava claro que eu não podia fazer nada, mas mesmo assim eu não conseguia parar de me culpar, de pensar que eu era responsável por manter a ordem.
Desci a pequena ladeira, e comecei a caminhar pela floresta. Aquelas árvores, plantas, sempre traziam consigo um sentimento de nostalgia. Uma calmaria interessante, a beleza oculta. Guardei o sétimo cigarro da tarde, voltando com ele ao bolço. O verde musgo dominava quase tudo, troncos invadidos por lodo, e algumas flores silvestres. Um pequeno manto de gelo derreteu do céu, cobrindo-nos com gotas geladas. Os troncos gemiam agora, um som de desespero, de falta de amparo. Eu me sentia assim. Elas atacavam por todo lado... Quem estava por trás das rochas? Era claro que as folhas ressecadas não sabiam responder. Afinal, alguém sabia?
Senti um aperto, uma sensação ruim cuja a origem tornava-se uma variável. Algumas lágrimas furtivas correram por meu rosto, e eu mal sabia o motivo. Não era o Stefan levar Elena ao Damon, eu não era tão altruísta. Era mais forte, mais agonizante, algo que me fazia sentir vazio. Ou talvez fosse apenas tudo. Pensar em Carlisle afastado de minha mãe, pensar nela com o maldito Billy, pensar no meu pai tão decepcionado comigo, talvez ele me odiasse, em meus irmãos, na Bella e nas bobagens que eu havia aprontado, com nunca ter conseguido ser com ela o que eu achava que era ou que podia ser. Não apenas com Bella, mas com ninguém. A sensação de ninguém te defender dos seus próprios erros ou daquilo que não está no seu controle, da tempestade te alcançar. Não tinha percebido, mas estava sentado, escorado no lodo verde, com algumas lágrimas frescas na minha bochecha, levantei-me confuso e voltei a caminhar pelos arbustos com dificuldade, sem pressa ou ansiedade, na verdade. Tentando viver o momento, porque o abrigo sempre fugia das minhas mãos e eu submergia. O alivio era temporário, a nostalgia passava e eu me esquecia dela, me esquivava dos sentimentos, por que eles me assustavam.

Continuei andando em meio aos arbustos, tirando com as mãos alguns espinhos. Notei o céu que parecia claro e e o sol reluzia entre as árvores. Num timming perfeito, consegui sair de entre as árvores me livrando das folhas e espinhos que me prendiam na floresta, e
o sol se pós aos meus olhos, reluzindo em sua luz prateada. Dava um brilho lindo, um espectro de tons alaranjados ofuscaram levemente meus olhos enquanto eu sorria, naquele momento mais calmo. Esquecendo-me das coisas bobas que me atormentavam. Do vazio estranho. Respirei, consciente do movimento. E me livrando do segundo mágico voltei a andar em direção a casa, amaldiçoando-me por ter entregado o carro ao Emmett. Como eu chegaria em casa? Peguei o celular e disquei o número do meu irmão.

–Já estou na sorveteria. -Ele foi logo falando. Sem zombaria ou crítica. Apenas feliz em me ajudar e ter acertado. Ri.

–Valeu cara!

–Fica me devendo, Hein?

–Vou pagar.

–Eu sei. Meu Milk shake turbo de chocolate não ficou barato. -Toda minha diversão desceu pelo ralo depois da última frase. Praguejei no telefone e ele riu da minha cara antes de nos despedirmos.

Depois de pagar o Milk Shake caro do meu irmão, ele me deu a chave e dirigíamos para casa agora. Contei o que houve e ele dissera que eu devia falar com a Bella porque ela saberia o que fazer. Eu não queria falar com a Bella. Seria uma chatisse ela com ciúme da Elena. Esse era o tópico que eu não queria nem pensar. Suspirei. Quando chegamos em casa Alice não estava lá. Ou Esme. Disquei o numero da primeira rapidamente e ela foi logo avisando que estava com a Bella, mas que não demoraria. E minha mãe... Essa não atendia o telefone de Emmett ou o meu. Suspirei evitando pensamentos bobos. Um pouco incomodado corri até a cozinha. Eu estava com fome.
Fiz uma careta ao examinar a geladeira.

–Emmett? Meu bolo, cara! Cadê?

–Bem, acho que eu fiquei te devendo primeiro? -Eu ri.

–Saco! -Reclamei e peguei um suco de laranja.
Emmett pegou dois sacos de batatas chips.

–Toma ai! -Agarrei o plástico antes que o conteúdo se espatifasse.

–Suco? Você é meio gay! -Ele disse abrindo uma coca.

–Desde quando gostar da minha saúde define minha sexualidade?-Ele estava prestes a me dar uma daquelas respostas que me fazia querer sangrar lentamente até a morte.

–Meninos! -Uma voz de repreensão soou pela cozinha.

–Mãe? -Falei incomodado.

–Guardem essas batatas! Pretendem jantar com essas porcaria no estômago?

–Onde está a Abgail? - Emmett perguntou. Era Nossa nova cozinheira, desde que a ultima fugira assustada com os gritos da Alice e Emmett. Isso foi antes de eu voltar, então tinha minha consciência tranquila. Abri o chips para ela não notar.

–Guardem isso. Abgail estava comigo.

–Oi meninos! - Abgail cumprimentou-nos alegre. Emmett fez cara de criança.

–Mãe! -Ele reclamou. -O jantar vai demorar!
Saí da cozinha largando o chips. Sabe, eu entendia crianças não comerem bobagens antes do almoço, eu tinha dezessete anos, aquilo já era um absurdo. Emmett riu.

–Amo quando ela me trata como se eu tivesse 11 anos!

–Você é retardado. Por que não me atendeu, mãe?-Intercalei um grito a Esme.

–Deixei no silencioso. Não estou afim de atender Carlisle! - Suspirei.

–Ok. -Respondi. Emmett bocejou com uma cara bem humorada, sem dar a mínima para o último comentário da Esme. Liguei a TV. Alguns minutos se passaram e Alice também estava em casa. O cabelo espetado, o corpo magro e pequeno se infiltrou comigo e Emmett no sofá e ficamos ali vendo um filme bobo. Eu me senti bem, afinal. Fazer parte da família era ótimo. Alice abraçou meu pescoço e eu a aninhei ao meu lado. Emmett fez biquinho.

–Também quero abraço. -Falou se juntando a nós e me agarrando também. Saco!

–Me solta cara!

–Da beijinho?

–Que nojo Emmett! Edward é homem! Da beijinho em mim. -Alice falou, fazendo um biquinho horrível! Emmett a abraçou fazendo biquinho também.

–Ai sai! Ta me achando com cara de Jasper.

–Oh! Você não tem tanta sorte.

–Que bom!

–As discussão das Mulas. O filme!

–Cala a boca! Outro que não chega nem aos pés do Jasper.

–Ai ai! Todo nerdão! -Zombei.

–Ra ra! Bella também é nerd.

–Mas Bella é gostosa e tem talento. -Emmett defendeu.

–Olha o respeito! -Reclamei.

–Edward casa com a Bella! Oh Deus! não pode nem falar que a menina é gostosa perto dele. -Alice riu.

–Uii! Olha o Damon!

–Vocês são duas mulas!

–Ooh! Ficou ofendido! Ta afim da Bells! Beward está de volta! -Fiz careta. Eu não gostava daquelas insinuações bobas. Principalmente porque eu não gostava dela daquele modo. Eu me sentia estranho em pensar nisso. Impuro? Fechei a cara. Era como estar afim da Alice.

–Vocês podem parar. -Falei afiado. Eles recuaram.

–Todo mundo fica com medo quando o papai ou o Eddie usam o tom do mal. -Franzi a testa para a Alice, rindo.

–Tom do mal?


–Esse seu jeito de falar que põe medo até no satanás.

–Isso é coisa de Edward. Você é muito mal humorado. Se importa demais. -Emmett falou rindo.

–Não posso controlar isso. -Reclamei. Alice riu.

–Igual a um velho resmungão. Bella não se casaria com você, só se ela fosse louca. A Tânia te merece...
–Eu não vou me casar. -Os dois gargalharam.

–você pede para ser zuado Edward. Só não é humilhado na FHS porque é bonitão.

–Que chatisse! Quero ver o filme. Calem a boca. -Eles riam mais. Coisa mais chata.

–Papai estará de volta hoje. -Alice voltou a tagarelar, depois de rir da minha cara.

–Legal. - Respondi vazio.

–Será que ele vai trazer presente?

–Ele sempre traz.

–A discussão das mulas está de volta nos cinemas! agora com sua mais nova versão: o diálogo das mulas! -Zombei irritado.

–Oh Edward que é chato né?

Jantamos os 4 reclamando sobre coisas triviais. Emmett e Alice não desistiram do "Beward" irritante deles. E eu fiquei ali, sendo incomodado. Até a Esme resolveu implicar!
Não era que eu repudiasse a idéia, mas realmente me fazia sentir esquisito. Como eu havia citado, impuro. Como se insinuassem minha irmã. Corri para o quarto quando senti a mudança no clima. De ansiedade. Não demoraria até que Carlisle estivesse em casa. Liguei para minha namorada. Podia me diverti no telefone com ela até sentir sono. Sorri, a menina realmente sabia como me agradar.

~*~
Era mais que claro que eu não ia conseguir dormir. Ouvindo as risadas. Carlisle estava em casa. Saí do quarto descendo sutilmente as escadas.

–Allie!

–Carlisle chamou com a voz divertida. Assisti tudo com um sorriso, escondido atras da escada a esquerda. Minha irmã correu como uma criança, pulando em seu colo! Eu não sabia como eles, Alice e Emmett, conseguiam aquela proeza de serem simplesmente felizes. Emmett também foi em sua direção mais retraído, mas seu sorriso infantil era cura para o homem dele. Uma dor forte me inundou. Eu queria estar ali. Com meu pai.
De repente, Esme se aproximou de mim, Dando-me um beijo. Sorri um pouco constrangido por ser flagrado espiando.

–Oh meu bebê. -Ela me abraçou e eu me senti seguro. Eu não sabia explicar, consolado. -Por que não fala com ele? É seu pai Edward!

–Melhor não Esme.

–Aposto que ele tem algo para você também. Carlisle te ama, mais do que você imagina. -Senti-me completo e absolutamente adolescente. Criança horrorizada com a idéia de não ser aceita.

–Eu vou para meu quarto.

–Vá lá! Prometo proibir a Alice de falar Beward. -Eu ri.

–Jura?

–não duvide de minha palavra Cullen.

–Não mãe! Deixa ele se acalmar.

–Mais que aquilo eu duvido. –Ela Apontou para os três rolando alegremente pelo chão. A encarei desolado. E sorri fraco para os três. Um sentimento ruim me atravessou. Uma mistura de ciúme e desgosto. Era uma cena tão bonita quanto difícil de se ver. Esme desceu elegantemente em suas direção. Encorajando-me. Um brilho genuinamente apaixonado reluziu em seus olhos verdes. Se Havia uma coisa inegável e imutável em meu pai era seu amor por Esme. Mas a verdade era que ele nunca soubera como tornar aquilo realidade. Um nó ardeu em minha garganta. E eu senti meus olhos umedecerem. Eu era um homem! E já havia chorado naquele dia. Rangi os dentes e limpei bravamente a primeira lagrima fugitiva. Encarei-os mais abertamente e a dor me pegou surpreendido. Os olhos da minha irmã se encontraram com os meus por um segundo e eu subi incapaz de aceitar a dor e a pena em seus olhos. Subi para meu quarto como um bebê garoto*.

Eu era um menino e podia chorar. Um homem não chora, mas se levanta. Eu era um bebê, caía e chorava.

Eu e Carlisle tínhamos um relacionamento especial. Não era algo como favoritismo ou coisa parecida, mas especial. Eu era Edward, eu tinha mais dele que todos os outros. Não era só a aparência, o mesmo tom de verde nos olhos, mas nossas maneiras. Eu sempre imitara meu pai, numa devoção perigosa. As consequências estavam esfregadas no meu rosto.
Eu fiquei lá até que todos estavam dormindo. Até que o som da felicidade cessasse. Desci as escadas a procura de nada. Acendi a luz de uma das salas me dirigindo para cozinha e me assustei ao ver a luz fraca e amarelada da geladeira dando forma ao breu. Meus olhos se acostumaram com as trevas rapidamente e eu reconheci a silhueta, e sua sombra tirando uma jarra de leite. Esperei que ele não me notasse, mas sabendo que era bobagem. Fiquei parado observando seus movimentos. Por que ele me odiava tanto, afinal? Porque eu não fui o que ele esperava? Carlisle pensava o que? Se fosse Alice ou Emmett eu tinha certeza que seria diferente.

–Pai? -Chamei num tom ácido que eu esperava ocultar. Longe de todos os olhares era mais fácil encará-lo. Acendi a luz. Ele me observava frio, apenas desgostoso. Me apertei diante de sua presença marcante.

–O que é, Edward? - surpreendi-me com a resposta. Esperava que ele fosse me ignorar. No entanto, a maneira com que ele formulou a frase me fez recuar.

–Nada. Pode me passar o leite? -Perguntei ridiculamente pegando um copo grande e enchendo-o. Ele arqueou uma sobrancelha esperando. Foi uma deixa? Perguntei-me ansioso, mas sem dar sinais de desistência. Qual de nós era mais orgulhoso? Ele! Engoli o leite gelado rápido e bebi água logo em seguida.

–Que sede. -Carlisle comentou ameno. Não sabia se devia responder, mas não achei nada convincente para falar.

–Vai me ignorar, então? -Perguntou com desgosto. Eu amava ter seu orgulho, mas o que eu ganhava?

–O que devo dizer? -Perguntei com um tom levemente desesperado. Ele fez um som com a língua de decepção.

–tse tse tse... Ele Não precisou da minha ajuda para fugir de casa... -Comentou sozinho. -E agora ele está pedindo permissão para falar...

–Talvez eu tenha tido sua ajuda. -Soltei afiado. Ele me encarou com raiva.

–Por que eu ainda estou Tentando com você?

–Desculpe. -Abaixei-me sabendo que eu lhe devia no mínimo o respeito. Ele suspirou.

–Tenho uma coisa para você, também sabe... Acho que vai gostar. Talvez.

–Não precisava.

–É bom lembrar de vocês, Edward. Acha que não sinto suas faltas?

–Não sei. Se sente nunca demonstrou. Suas lembrancinhas não fazem todo o trabalho. -Soltei sem me conter e me amaldiçoei. -Desculpe de novo, pai. -Eu gostava de chamá-lo de pai, me fazia sentir mais Edward.

–Tudo bem. -Murmurou. E eu percebi que ele estava se esforçando. -Na verdade, eu sei que para você uma lembrancinha não é suficiente. Não é de dinheiro que você precisa. -Eu precisava sim. Tive vontade de falar. Ele remexeu em uma bolsa. Era mais pessoal do que o que ele costumava usar. De couro marrom velho e cordas. Franzi a testa.

–Nunca tinha visto essa bolsa.

–Não a uso com frequencia. -Sorri. Ela era tão Carlisle, e então me entristeci novamente, pensando que ela era muito velho Carlisle. Depois de remexer por alguns segundos ele pegou um saco de papel, um tanto acabado. E de lá ele tirou uma corrente de prata com o símbolo da medicina. Ele deu um sorriso envergonhado.

–Desconsidere o pingente. Sei que odeia minha profissão. Edward me deu quando eu me formei. Ele não podia comprar algo muito caro, na verdade. -Ele franziu a testa. -Para ele, prata era um sacrifício. Não tínhamos muita condição... E a Ivy league só piorou isso. Por mais que eu tenha me esforçado o inferno, precisei muito da ajuda dele. Sua morte foi horrível para mim. -Fora um discurso longo e ele parecia escolher cuidadosamente as palavras.

–Qu-Quem era Edward? -Perguntei me sentindo um idiota.

–Meu pai, ou seu avô que nunca conheceu, como preferir. -Falou com frieza entregando-me a corrente. peguei o pingente analisando-o. Era bem trabalhada, com detalhes incríveis. Fiquei impressionado. Era lindo.

–Muito bonito. Obrigada, na verdade, ma.. Mas eu não posso aceitar isso. -Um leve tom de revolta pingou em minha voz.

–Não me venha com pieguices bobas. Não combina com você.

–Meu nome foi uma homenagem.

–Da sua mãe. -Franzi a boca.

–Legal. -Esperei um tempo e suspirei. -O pingente é seu Carlisle. -

–É meu e eu dou para quem eu quiser. Escolhi você. Agora use-o.

–Bom, se é meu estou te dando de volta.

–Essa opção não existe para você. -Um leve sorriso escapou por seus lábios. Fiz careta, colocando em meu pescoço.

–Obrigada.

–Não há de que. Estou subindo.

–Pai? -Ele parou.

–Sim?

–Somos amigos de novo? -Perguntei como uma criança boba.

–Não. Sempre serei seu amigo, Edward. Não existe esse "De novo". Mas se está me perguntando se eu te perdoei por ter fugido de mim, A resposta continua sendo não. Mas fazer o que? Meu filho é um revoltado. Rebelde.

–Qual é? -Reclamei com um sorriso. Ele veio até mim, me abraçando. Correspondi meio confuso.

–Vamos conversar? Então, como amigos? -Convidei o sabendo que seria uma bobagem. Não dava certo. Nós dois não éramos exatamente encaixáveis.

Tentei falar sobre o Edward, meu avô. Eu havia me esquecido de algumas historias que Carlisle contara sobre ele. Fiquei impressionado com a história dos dois.
–Sabe por que eu escolhi ser o que sou Edward? Pode achar que foi por altruísmo ou coisas do tipo, mas na verdade, tem apenas a ver com meu egoísmo. -O olhei confuso. -Meu pai era um doente. Eu precisava salvá-lo, não foi por dinheiro, status, não foi na intenção de salvar vidas, ou de ser algo melhor. Foi para salvá-lo. De alguma forma eu sabia. Eu sem estudos consegui diagnosticar e eu quis salvá-lo. Na época era preciso estudos e dinheiro para a cura.

–Pai eu...

–Ta. já sei o que vai dizer. Não quero ouvir.

–Ok, mas sabe, não foi egoísmo. Egoísmo seria se o tivesse feito por status ou grana.

–O que acha que me levou a ser o que sou, quando meu pai morreu?

–Dinheiro ... Status...

–Pois é. Como todo mundo.

–Eu queria salvar vidas quando achava que queria me formar na Ivy league.

–Você queria apenas ser como eu. Não minta para si mesmo. -Ele me cortou. Eu fiz careta engolindo a vontade de retrucar. Suspirei.

–Então em sua visão, não existe altruísmo?

–Na minha visão existe Ego. Pessoas podem ser altruístas, mas o amor que sentem por si mesmas sempre dominará.
–Não acredito em você, sabe?

–Então você acredita na mentira. -Ele definiu. Fiquei em silêncio por alguns minutos e fui atingido por uma irritação repentina, e eu não sabia a razão. Franzi a testa.

–Está tudo bem?- Carlisle perguntou.

–Uh?... É, sim.

–Você anda meio triste. Como estão as coisas?- O olhei incrédulo.

–O que?

–Você fala inglês? -dei um sorriso.

–Eu To bem, pai.

–E o time?

–Vencemos a ultima temporada. Estamos ótimos. -Ele riu.

–Por sua causa.

–Acho que sim. -Falei levemente presunçoso. Carlisle riu.

–Hmmm... E o que tem feito? Você, o folgado do Damon, e a sua traidora preferida. -

–A quem está se referindo?

–a sua eterna cúmplice. Bella é claro. Ou por acaso pensa que eu não sabia que ela estava te escondendo?- Gargalhei.

–Estão todos bem.

–Soube que ela está namorando. Charlie não sabe dessa história.

–E não é para contar. Ela e Damon ainda não estão preparados.

–E o que você acha?

–Tanto faz para mim. Às vezes é um pouco chato porque eles me excluem e ficam se beijando. Eca! Sabe quando a Allie começou a namorar o nerd do Jasper e ela fazia questão de esfregar na nossa cara o quanto estava apaixonada? Ela fazia para nos torturar. -Carlisle fez uma careta engraçada.

–Acho que eu lembro.

–Eu estou vivendo isso de novo.

–Bella gosta de te torturar? -Ele perguntou rindo.

–Não é por querer.

–Claro.

–E o Damon?

–Ele está bem. Lembra da Elena?

–Aquela que fugiu com o tal do Stefan?

–A própria. Vamos fazer um jantar no apartamento do Damon e a vadia decidiu acompanhar o paspalho do Stefan de qualquer jeito. Ela só pode estar tentando maltratar meu amigo!

–É isso que te preocupa?

–Também. -Suspirei- Tudo me preocupa.

–E o que seria tudo, Edward?

–O mais idiota é que eu não sei. - confessei completamente frustrado. De novo um silêncio súbito e fúnebre assolou o ambiente.

–Porque justo agora vocês decidiram rever o Stefan? -Numa pergunta pouco sóbria, ele quebrou o silencio forçosamente.

–Ahh, essa sim é uma longa história! -Exclamei entediado.
–Sorte que eu não estou com sono. - E eu estava irritado. Resumi a história rapidamente. Ele ouviu tudo com atenção. Como se analisasse cada ponto de vista. Contei sobre como descobrimos quem era o Produtor Musical e a alegria da Bella. Sua empolgação.

–Wow! Não acredito! Bella está se esforçando. Estou feliz que queira ajudá-la.

–É o mínimo que eu posso fazer. Fui tão imbecil com ela algumas vezes... Armei para que ela não ficasse com Jacob... Embora não tenha dado muito certo. -Eu ri. -Também Tânia meio que me obrigava a ficar longe dela. De todo mundo...

–Como?

–É... Tânia tinha ciúme da Bella. -Fiz careta. -da para acreditar?

–Oh! Não. -Ele sorriu. -Não da para acreditar que meu filho além de revoltado, deixa a namorada dominar. -Ele riu.

–Hey! Não é para tanto... -Defendi-me. -Tânia só domina o quadril dela. -Carlisle explodiu em uma gargalhada Sonora.

–Isso foi mal. -Eu ri. Continuamos conversando algumas amenidades e eu me senti mais leve, mas no fundo eu sentia que parecia tudo diferente entre eu e meu pai. Eu me sentia intimidado, e sempre via decepção em seus olhos. No fundo eu sabia que nada voltaria a ser como era antes. Pensei sobre minha vida antes de dormir. Ensaiando alguns diálogos com Carlisle, Damon... Pensei em Bella, em seu namoro com Damon. De repente o alívio que eu sentira anteriormente parecia abstrato. Carlisle e eu não voltaríamos a ser o que éramos, ele continuaria decepcionado comigo, infeliz com minhas escolhas, Bella e Damon ainda estavam envolvidos num relacionamento estranho que me preocupava, minha mãe continuava se encontrando com Billy... Acabei apagando imerso em meus problemas.


Acordei com alguns gritos irritados vindos da sala.
Franzi a testa ignorando a confusão. Bocejei completamente preguiçoso e cambaleei tomando uma ducha rápida. Terminei minhas coisas e escolhi um moletom meio desbotado. Eu estava parecendo a Bella, uma preguiça, nem no meu cabelo tinha mexido. Encarei-me no espelho.

–Modéstia é o que não te falta Edward. -Falei para meu reflexo. É se eu fosse uma mulher eu me pegava. Desci as escadas rumo a bagunça e Carlisle e Esme discutiam.

–Ridículo o horário do ontem Carlisle.

–O nome disso é trabalho!

–Não! O nome é falta de responsabilidade.

–Falta de responsabilidade é o que você faz! Onde estava seus filhos quando você sumiu para La Push?- Ela hesitou por alguns segundos.

–Agora está preocupado com as crianças? -Resolvi fazer o que eu fazia melhor. Ignorar. Entrei na cozinha pegando uma barra de cereal e avisei que estava saindo.

–Não vou discutir isso com você! Cale a boca Esme. Emmett pegue aquele arquivo morto no sótão para mim agora. Eu preciso ir para o hospital. - deram um intervalo para a briga. Alice comia em silêncio, meu irmão não reagiu ao pedido de Carlisle e apenas o encarava.

–Emmett, o arquivo morto. -Meu pai falou lentamente. Meu irmão continuou parado. Peguei meu fone de ouvido do bolso encaixando-o no iPod. Carlisle irritou-se.

–Vai logo a porra do arquivo morto, Emmett! - Carlisle irritou-se.

–Mas pai! Como é que eu vou saber se o treco está vivo ou morto?- Ele perguntou desesperado. Explodi em uma gargalhada sonora e quase engasguei. Eu mal podia respirar. Acompanhando-me Alice também engasgou com o cereal, deixando uma porção na mesa, rindo. Carlisle apenas o encarou como se ele fosse louco.

–E eu achava que o desgosto da família era Edward. - ele falou divertido. Continuei rindo pensando que eu devia ter nascido em outra família. Que loucura!

Subi para meu quarto trocando de roupa. E pensar que eu pretendia mesmo ficar em casa. De novo brinquei com meu reflexo antes de fugir dali. Dirigi para Port Angellis em direção ao apartamento do Damon.
Fiz careta pensando que Bella, provavelmente estaria lá. E me convenci de que os dois iriam se comportar.

~*~

Dei uma espiada na porta antes de entrar. Fiquei internamente agradecido de que apesar de Bella estar lá, ela e Damon apenas conversavam, melhor, discutiam!

–Bom dia galera! - cumprimentei. Bella me olhou com raiva levantando-se do sofá e marchando em direção a porta. Prendi a, rindo de sua raiva. -Para que esse stress, gracinha? -Era muito engraçado o leve tom de vermelho que seu rosto adquiria com elogios e melhor, a raiva dela. Aquilo sempre foi algo cômico para mim e Damon.
Mas ali ele parecia triste. Me senti mal por zombar dos dois. Eu certamente não concordava com o romance bobo, mas não queria vê-los sofrer.
Bella me deu um murro no peito.

–Vaza da minha frente! -Gritou a rainha da educação.

–Qual a palavrinha magica.

–Vai se fuder Edward! - Gargalhei ao vê-lá usar palavrões. Estava mesmo passando muito tempo com Damon. Ela tentou passar por meus braços, Damon saiu da sala com raiva. De novo uma onda de mal estar passou por mim ao vê-los sofrer. Bella me encarou mal humorada.

–O que houve? -Perguntei serio.

–Nada. -Fechou mais a carranca.

–Me conte, Bells. Talvez te ajude.

–Vai me ajudar sumindo da minha frente! -Gritou. Agora eu tive vontade de rir. Aproximei-me dela. -Se não disser quando ele se acalmar, vou perguntá-lo e ele vai me atualizar e com detalhes. -Dei uma piscadela maliciosa afastando meu rosto do seu. Ela piscou algumas vezes provavelmente pesando suas opções. Olhei em seus olhos perguntando-me se ela ainda se
convencia olhando-me nos olhos. Estranhei meu súbito interesse nos dois, mas eu não queria que eles sofressem. Queria ajudar. -Eu só quero ajudar, Bellinha. Por favor. -Pedi implorando. Encarei-a profundamente, Deixando minha voz mais doce que açúcar. Funcionava com a maioria das mulheres. Até Esme. Sorri. Vi nos seus olhos a hesitação, partindo para confusão.
Estava no papo! Ela sorriu e me deu um tapa.

–Você é muito ordinário! - declarou. Eu fui pego.

–O que? -Ela me olhou com uma raiva contida. E se dirigiu ao sofá. Sentei-me ao seu lado. Ficou em silencio por uns minutos. Esperei.

–Acho que eu sou uma boba. -A olhei sem querer interrompê-la. Ela fez beicinho. Bonitinho... Pensei rindo. Ela me olhou em interrogação. Eu apenas neguei com a cabeça.

–Por que acha isso?- Perguntei Notando finalmente que ela não ia falar. Bella franziu a testa.

–Fiquei irritada com ele.

–Por quê? -Fiquei confusa.

–É culpa do Stefan! Aquele mané! Está querendo trazer a sua querida vadia! -Franzi a testa irritado. Stefan então já havia dado a (i)noticia. De certa forma me sentia aliviado por não o intercessor.

–Ahh... Ele me contou. -Ela me olhou irritada. E eu me senti mal, como havia previsto, por vê-la com ciúme. Suspirei. -Não precisa ter ciúme Bella.

–Não estou com ciúme. - Falou orgulhosa. Revirei os olhos.

–Claro, só está insegura. -Falei tentando disfarçar a ironia. Ela bufou. -Não se sinta mal. Ele te ama Bella.

–Acha que ele a esqueceu? Tipo, Completamente? - ela me olhou esperançosa. Eu me senti péssimo. Despedaçando. Eu não queria ter que mentir para ela.

–sim. -Falei olhando em seus olhos, evitando me sentir um bom mentiroso. Uma vez ela havia me contado que eu sempre ficava presunçoso quando mentia. Talvez intercalar uma verdade ajudasse. -Não precisaria ser inteligente para esquecer qualquer mulher por você, Bells. - sua boca se projetou em uma linha rígida. Não estava convencida. Nem mesmo um traço de confiança passou por seus olhos.

Ouvir *-*("Hear you me -Jimmy eat the world")

Ela virou o rosto, encarando o infinito.

–Eu estou sendo ridiculamente egoísta, mas duvido que se esqueça um grande amor.

–Bom, eu duvido da existência do amor. -Sua boca se abriu, ela sempre parecia incrédula quando eu confessava minha opinião em relação ao amor. Ela me olhou com o cenho franzido. Com raiva, mas em questão de segundos seus músculos pareceram relaxar.

–Tanto faz. Me jura que o Damon não sente mais nada por ela?-levei um soco no estômago. Como eu ia jurar isso?

–Não posso. Eu juro que acredito nisso. -Ela sorriu.

–Passou no teste. - Eu sabia. Se eu tivesse dito que sim, ela provavelmente tomaria tudo o que eu disse como mentira. Eu também ri.

–Agora vai lá pedir desculpas. -Ela fez uma careta irritada e não respondeu. Virou o rosto para o outro lado.

–Bella. -Repreendi. Sua expressão se amenizou.

–Não sou a única que devo desculpas. Ele que ficou todo chateadinho com a tal da Elena. -Revirei os olhos.

–está sendo infantil.

–não estou.

–Ok, o namoro é seu. Quem está caminhando para o buraco é você e Damon. Nem faço questão de vocês dois mesmo. -Falei, lavando minhas mãos. Revirei os olhos. Ela me olhou irritada. Levantou-se e caminhou em direção ao quarto. Sorri. Estava tudo bem agora.
...

Bem até de mais. Pensei de mal humor. Os dois depois que se reconciliaram estavam um nojo. Era um tal de "Baby Love"!

–Sério, vocês estão fazendo isso é para me irritar! Que porra é essa de Baby Love? Eu vou vomitar! - Bella riu, abraçando o pescoço de Damon, ele também sorriu.

–Deixa de ser resmungão Edward.

–Vocês estão quase transando aí! Inferno! -Dessa vez Damon gargalhou e Bella só corou.

–Engraçado. -Ela murmurou sem graça. Eu ri. Tudo bem que me irritasse um pouco, mas às vezes o namoro deles era bem engraçado. Em determinado momento eu me senti imperdoavelmente intruso ali. Casais sempre deixam as pessoas deslocadas. Eu lembrava de quando saia com Emmett e Rose. Era um saco. Despedi-me dos dois. Damon me agradeceu por ter falado com Bella. Primeira vez que ele me abraçava sem zombaria. Bella também parecia feliz e eu me senti um pouco mais aliviado.

Talvez uma conversa com ela, uns conselhos e eu fosse me sentir tranquilo. Bella seria capaz de me bater se eu a chamasse para uma conversa sobre responsabilidade sexual.
Seu rosto corado parecia uma imagem completamente concreta em minha cabeça. Gargalhei enquanto dirigia. Liguei para minha namorada na intenção de me encontrar com ela no Shopping de Port Angellis. Podia levá-la para jantar. Sorri com a perspectiva de um fim de tarde normal, com minha namorada normal. Sem família louca. Sem amigos em crise. Gente normal. Até a Tânia surtar é claro.

–Alô amor. -Cumprimentei-a. Ela Exultou com o apelido. Não era o tipo de apelido que eu usava, nem gostava. Eu preferia que Tânia entendesse como seria nosso relacionamento. Não era como se eu não sentisse um forte apego, e atração por ela. Eu sentia. E como! Mas a questão era que eu definitivamente não conseguia pensar em paixão e todas aquelas bobagens poéticas. Simplesmente não fazia o meu estilo.

–Agente se encontra as sete?

–Ai Eddie! Não vai dar tempo! Nove em ponto eu estarei aí, lindo. -Suspirei.

–Por que você precisa de três horas Tânia?

–Coisa de mulher Eddie!

–Argh! Oito e meia. Se não me ligar estarei indo embora!

–Meia hora? Para com isso! Nove.-Inferno! Foi o que pude pensar.

–Tanto faz. -cedi de má vontade.

–Ahh Amor, perdão! Estarei aí as 8. Desculpe. Eu te amo. - Ela baixou o tom.

–Te espero o tempo que quiser, Tânia. - O que eu podia fazer? Ela deu um gritinho e se despediu antes de desligar. Fiquei olhando pelo para-brisa, chuviscava levemente. A sensação de poder pensar me acalmava, mas também me trazia um tipo de dor. Como se eu me desse conta de que tudo mudava, como quando você percebe que realmente nada pode ser como era antes. E normalmente eu não sabia onde eu queria voltar. Peguei uma goma de mascar no porta luvas.

–Que merda eu vou fazer agora?- Resmunguei. Estava cansado e entediado. Rodei pela cidade por alguns minutos e me senti um mané. Ficar até nove horas esperando a namorada era absurdo.

Inacreditavelmente, Não foi tão deprimente ficar em Port Angellis sozinho e sem rumo. Parei em uma biblioteca e quase me assustei com o som do telefone, quando ela me ligou. Eu me dirigi em direção ao Shopping irritado e o passeio em si não fora o melhor. Não havíamos discutido, apenas reclamei pela demora, mas mesmo daquela maneira.
Fui para casa, dessa vez sentindo que tudo estava ok. Ao menos por Carlisle e Damon com a vadia da Elena. Em minha casa, as coisas também pareciam mais tranquilas. Esme e Carlisle não gritavam, contudo, eu sentia o ambiente pesado.
Alice e Emmett mantinham-se alheios, proposital ou não.

Fingir que nada estava acontecendo não me parecia a melhor idéia e eu não desci para o Pseudo-jantar da pseudo-família feliz.

A semana se passou sem grandes notícias. Bella passou novamente nas audições, mas a data do Baile se aproximava cada vez mais, em contrapartida.
Emmett parecia cada vez mais afastado da Rosalie, que agora que eu procurava perceber, estava mesmo mais tímida e triste. E mais cheia. Ela e Bella pareciam bem próximas. O que era estranho. Aquele ano fora tão louco e cheio de novidades que muitas vezes eu me perdia.
Eu me perdi tanto que o tempo não podia apagar meus feitos. Em dois dias culminaríamos o "Jantar" no apartamento do Damon. Elena, Bella, Stefan, Damon e eu. Será que não dava para eu carregar alguma loira de esquina, também?

–Bella? -Chamei a.

–Hmm? -Ela falou de má vontade. É, para que incomodar sua digníssima pessoa respondendo-me? Pensei.

–Como acha que será o jantar?

–Uma porcaria, isso se eu não arrancar os cabelos da Elena. -Eu ri.

–Tanto ciúme assim, gracinha? -Ela fez careta.

–Não é ciúme! -Gargalhei divertido. Ela me olhou criticamente. -Eu só acho um absurdo que ela tenha simplesmente decidido que estava apaixonada pelo irmão do namorado e fugido com o tal. -Reclamou. E ela estava certa, eu também me sentia daquela mesma maneira.

–Entendo. -Falei sorrindo. -E a outra parte é ciúme. -Gargalhei. Ela bufou revirando os olhos. "Idiota." murmurou. Eu admitia que tinha ciúme da Tânia, e dela e até da Alice. Por que ela precisava ser tão travada?
Sorri ao vê-la lutar ardorosamente contra a mostarda no cachorro quente. Por fim ela se contentou com o molho amarelado. Fiz um pedido sem mostarda. Ela estreitou os olhos.

–Fez isso para me irritar. -Gargalhei.

–Sabe que eu também odeio mostarda. Mas para sua sorte, fiz isso por você, mas depois de sua acusação, esqueça. -Ela fez uma careta transtornada.

–Qual é? -Reclamou. Mordi o cachorro quente.

–O molho está ótimo, acho que o gosto horrível da mostarda vai estragar isso. -Sugeri inocentemente. Ela fez careta.

–hunf! Eu não gosto desse molho do colégio. É repleto de pimentões. Eca!

–Você parece criança.

–Não gosto! -Cruzou os braços. Balancei a cabeça em desgosto.

–Pior é que eu fico aqui adulando a garotinha. - Nós rimos. Troquei os sanduíches sem ela ver só para não ficar com aquela expressão de quem cedeu.

–Amor? -Tânia soprou minha nuca abraçando minha cintura, suas mãos alisando minha barriga sobre o suéter. Beijou meu ombro.

–Hey Lindinha. - cumprimentei-a. Ela trazia uma bandeja cheia de saladas. Bella vestiu uma expressão mal humorada e saiu duramente para se encontrar com os meninos. Nem para se despedir. Tudo bem que ela não gostava da Tânia, mas... Suspirei.

–Vamos? -Chamei-a sorrindo. Tânia seguiu-me e eu me sentei uma mesa afastada, no canto inferior da cafeteria.

–Por que estamos aqui? -Sorri, sem entender sua pergunta.

–O que?

–Vamos para a mesa das meninas.

–Ai não! Elas parecem um bando de drama queens... -Reclamei. Tânia riu e revirou os olhos. Fechei a cara.


“As escolhas de nossas vidas nos conduzem ao nosso destino. Não é um fim imutável, o futuro é sinônimo de resultado. Precisei de algum tempo para entender isso.”

( FIM Do Bonus Edward Cullen Parte II )



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Notas finais do capítulo

Quem notou o tamanho monstro desse cap??? :D
Hoje eu estava na Lan house #usandoobonusdairmã# kkk e nãO IA DAR para eu falar igual o burro do Shrek, né? Kkk
Mas aí, o que v6 acharam? Fui muito chata com Tânia?
Será que o Edward ta acordando?????
Hehehe ciumentinho! *_* amuh! Kkk
Ta parei...
BJSSSSSSSSSSSSSS



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