E as labaredas dançavam freneticamente

Uma dança elementar revoltosa contra os céus

Como se quisesse queimá-lo por inteiro

Uma tortura silenciosa em amostra

De seu poder único, supremo, mas não divino

Mas as temíveis gotas de chuva o lavaram

Gentilmente... Caída direta dos céus

Porque apenas a água tinha esse direito

Repousar junto ao domínio celeste

E depois então correr livre pela terra

Como uma alma límpida e pura

E o fogo um cruel vilão destruidor

Destinado a consumir os pecadores

Como castigo por suas almas sujas, contaminadas

Alucinado e Irado ele se espalhou então

Matando sonhos e esperanças

Contribuindo para a alheia dor...

Tornando-se um pecador

Perdeu a afronta atacado pela água

Tornando-se solitário...

Mas assim são os guerreiros, não desistiria

Sempre em guerra, fogo e água

Eternos contraditórios lutando pelo domínio

A água agora reinava, mas ao fogo ainda algo restava

Permanecer vivo, com sua mais íntima derrota fecunda em si

Alimentando a coragem para a próxima chance

O próximo ataque, onde o fogo, simples se revelaria

Primitivo, instintivo... Selvagem.