A Magia do Amor escrita por IsaJordao


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá meus caros leitores!Essa é mais uma das outras mil histórias sobre Harry Potter.No entanto, o foco está em uma das minhas personagens favoritas da série: Hermione Granger.Por ela possuir pais trouxas, eu fiquei imaginando como deveria ter sido sua vida "pré-Hogwarts", como ela e sua família devem ter lidado com essa grande aventura em suas vidas que, aparentemente, era perfeita?Espero, sinceramente, que vocês gostem desse primeiro capítulo, e que continuem a ler.Boa leitura!



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CAPÍTULO 1

O Presente de Formatura


Era uma manhã cinzenta quando Harrison Granger despertara em uma pequena casa de aluguel localizada no centro de Londres. Se é que pode dizer que ele acordara, pois parecia que ele passou a noite em claro devido à grande ansiedade que sentia. Dali algumas horas ele estaria realizando o seu grande sonho de se formar em odontologia pela cobiçada Universidade de Londres.


Ele contemplava o teto sujo relembrando o dia em que dissera aos pais que queria ser dentista. Tinha apenas dezessete anos na época. Seu pai, o senhor Frank Granger, era um homem muito astuto, porém extremamente severo e cabeça dura. Ele trabalhava nas minas e queria que o filho seguisse a mesma carreira perigosa e decadente, pois ele não ganhara mais do que cinco libras por semana, trabalhando como um burro. Quando Harrison lhe disse o que pretendera fazer da vida, Frank lhe deu um tapa, advertindo-o de que tal profissão era de pessoas fracas que não enfrentavam a realidade da vida como ele. O problema de Frank é que ele achava que trabalhos considerados mais perigosos, e que exigiam certo esforço físico por parte do trabalhador, era trabalho honesto. Harrison amava seu pai, apesar de sua brutalidade, pois ele acreditava que ele possuía essa atitude devido ao seu avô John Granger, que lutou em guerra, e lhe passara esse mesmo “lema” ao filho.

Já sua mãe Mary Granger, era uma doce mulher, pois ela era muito ligada à família. Quando se casou com Frank ela passou a se dedicar somente aos afazeres domésticos e ao seu marido. Mary trabalhava antes como enfermeira num hospital público, pouco conhecido, em Liverpool. Depois de um longo dia de trabalho, Frank estava a caminho para casa quando foi atropelado por um carro e levado, às pressas, para um pronto socorro mais próximo onde, por força do destino, conhecera Mary e depois de duas semanas a tinha pedido em casamento.

Quando Mary soube que o filho queria ser dentista, ela o apoiou e lhe dissera para ir a Londres entrar numa faculdade, pois ela sabia que seu filho era inteligente e que iria ter uma vida melhor sem seguir os passos de Frank. E foi exatamente o que Harrison fez. Ele economizou um dinheirinho com trabalhos voluntários, e viajou para Londres, onde fez a prova da Universidade de Londres e passou.

–Puxa vida! Parece que foi ontem! – Exclamou Harrison olhando para o seu reflexo no espelho localizado acima da pia, razoavelmente limpa, do pequeno banheiro pouco iluminado, com uma toalhinha branca de rosto pendurada num gancho grudado na parede imunda, e um Box protegido por uma espécie de capa.

Assim que Harrison foi à cozinha, composta apenas por uma geladeira, um fogão e uma mesinha de centro, tomar o seu café, o telefone toca. Era Jack Owen, seu colega de faculdade.


– E aí cara, alguma novidade? – Jack perguntou ofegante à Harrison.


– Até agora, só que daqui a algumas horas eu estarei formado! Aliás, nós estaremos formados!

– Dá para acreditar, cara? Parece que foi ontem que a gente se conheceu!

– Pois é cara, nem me fale!

– E a Astrid? Falou com ela? – Jack perguntou entusiasmado, pois este sabia que o amigo era doido por essa garota.

– A gente se falou ontem. Mas, pelo que eu conheço dela, não duvido de que daqui a pouco ela liga aqui pra casa. – Respondeu Harrison com certo entusiasmo em sua voz.


Astrid Jane é a namorada de Harrison. Também irá se formar em odontologia com os rapazes. Ela é dona de uma personalidade ativa e decisiva e sempre está pronta para se aventurar, razão pela qual fez Harrison se apaixonar perdidamente por ela.


Ele a conheceu numa festa de faculdade, na qual consistia em arrecadar fundos para uma clínica de odontologia pública, para pagar custos em aparelhos e ferramentas odontológicas necessárias e, claro, para poder providenciar atendimento gratuito às pessoas necessitadas.


O lugar estava decorado com muitas lantejoulas coloridas, tinha alguns pufs espalhados pela sala, um vinil conectado a um amplificador que estava localizado ao fundo desta e no lado leste da sala havia uma espécie de barzinho, onde as pessoas se aglomeravam em volta. Apesar de o lugar não ser muito grande, deveria haver umas cinquenta pessoas por lá.


Foi quando Harrison estava circulando com Jack, a fim de adaptar sua visão ao colorido exuberante do lugar, que ele pousou os olhos em uma garota bem interessante que estava no lado oposto do bar.

Ela estava rodeada de pessoas, bastantes embebedadas, rindo das piadas e até contando algumas. Apesar de usar jeans, a garota parecia mais bonita que as meninas mais enfeitadas à sua volta.

Harrison adorou o fato de a moça possuir cabelos volumosos e castanhos, ele percebeu, também, que ela tinha olhos de cor castanhos escuros e havia algum entusiasmo nela para atrair as pessoas para perto de si, o que lhe chamou a atenção. Apesar de não conhecê-la, ele percebeu que o único defeito dela é que quando está focada em alguma coisa parecia que ela se esquecia do mundo à sua volta, visto que, além dele, havia mais um rapaz olhando para ela a qual nem dava importância aos dois.

Então ela tinha ido buscar mais algumas cervejas no bar. Harrison deixou Jack paquerando uma loira em um canto, e decidiu ir falar com ela.


– Eu gostaria de mais cinco garrafas de cerveja, por favor. – A garota pediu ao barman.


– Eu também gostaria de uma garrafa de cerveja. – Harrison se intrometeu. – Estou morrendo de sede. Oi eu sou o Harrison Granger – apresentou-se a Astrid.

– Astrid Jane, prazer.

– E então, você é caloura?

– Não, estou no segundo ano. Você é? – Perguntou Astrid com um olhar de interesse.

– Não, para falar a verdade, eu estou no segundo ano também. Mas, desculpe, eu nunca te vi antes. – Harrison disse tentando se lembrar se tivera avistado-a antes em alguma matéria.

– E nem me verá, eu faço aulas de noite.

– Ah! Que bom... quer dizer, que pena! – ele falou rapidamente, corando. - Que pena, pois tenho certeza que nós dois iríamos nos dar bem nas aulas, não? – Como ele foi estúpido de se atropelar nas palavras daquele jeito! E com uma garota linda daquelas!

– É uma pena mesmo, pois eu tenho certeza que nós dois iríamos nos dar muito bem, não é mesmo? – disse Astrid com um olhar sedutor. – Eu e meus amigos vamos para um lugar legal daqui a pouco. Você gostaria de ir conosco?

Harrison olhou para ela, procurando algum ar brincalhão, mas não encontrou nada, parecia que ela realmente o estava convidando para se juntar aos seus amigos.

– Tudo bem então. É algum outro pub?

– Na verdade é um lugar muito mais legal. – Astrid lhe disse com um ar misterioso.

Então, após Astrid apresentar Harrison aos amigos hippies, o grupo de jovens pegou uma Kombi de aspecto psicodélico e dirigiam através da estrada para ir a um lugar mais espaçoso, uma espécie de gramado onde havia outros jovens fumando haxixe e contemplando, o que poderia ser um morro.

– Então, está gostando? – Astrid tentou puxar assunto ao seu novo amigo.

– Na verdade, estou louco para chegar nesse tal lugar legal. – Falou Harrison meio amedrontado.

– Relaxa a gente já está chegando. – respondeu-lhe Astrid. Trinta minutos depois, o motorista hippie estacionou a Kombi diante do morro de aproximadamente vinte metros, e o resto dos jovens tornaram a subi-la.

– Você está brincando que a gente vai escalar isso aí... – Harrison disse a Astrid meio preocupado.

– Prometo a você que quando a gente estiver no topo, você não vai querer descer.

Por mais que Harrison estivesse se sentindo um pouco nervoso, no fundo ele estava adorando a ideia de enfrentar o desconhecido, pois isso não era exatamente o que ele estava acostumado a fazer, apesar de ter enfrentado Londres sozinho quando queria estudar numa faculdade.

E assim os dois jovens escalaram o morro, e realmente valeu apena, pois, apesar de ambos não estarem em um lugar muito alto, eles podiam contemplar uma vista maravilhosa dali. Em volta havia uma natureza, ampla, infestada pela flora local, e ao longe podia ver o centro de Londres iluminado pelas luzes da cidade. Como era linda aquela vista!

– Uau! Como eu nunca soube deste lugar antes? – Exclamou entusiasmado Harrison.

– Provavelmente por você ser uma pessoa muito presa ao cotidiano. Você deveria explorar um pouco mais o mundo afora, sabia? – Astrid lhe disse com um tom de voz encorajador. Puxa! Essa garota sabia interpretar as pessoas sem nem conhecê-la. Que interessante...

– Você fala isso como se fosse a coisa mais fácil do mundo.

– Mas o pior é que é mesmo! É só você querer! - disse Astrid tentando convencê-lo dessa ideia.

– Mas eu meio que escapuli do meu cotidiano. – Disse Harrison.

– É mesmo? O que você fez?

– Economizei um pouco e vim para Londres estudar.

– Ah! Então está explicado o seu sotaque! De onde você veio? – Astrid perguntou visivelmente interessada.

– Eu vim de Liverpool. Meu sotaque é tão ruim assim? – Harrison perguntou-lhe em tom brincalhão.

– Claro que não, é até bonitinho! – Respondeu, rapidamente, Astrid.

– Acho que você é a primeira pessoa no mundo que fala que um sotaque é bonitinho, sabia?

– Pode ser.

Em seguida, Harrison não aguentou esperar e lhe tascou um beijo intenso em Astrid. Era a primeira vez em sua vida que ele sentia uma atração muito forte por uma garota. Apesar de nem ao menos conhecê-la... Primeiramente Harrison achou que estivesse suficientemente alcoolizado, mas esse beijo parecia ser algo mais intenso, verdadeiro e puro.

Depois de mais algumas semanas se encontrando e se aventurando em muitos outros “lugares legais”, como dizia Astrid, Harrison a pediu em namoro e permanecem juntos até hoje.


***



Harrison foi ao seu quarto abrir a gaveta do criado mudo, onde estava o presente de formatura para Astrid. Essa noite ele iria convidá-la a encarar uma aventura muito mais intensa e a mais importante de suas vidas, se ela topar, é claro. O telefone toca, arrancando Harrison de seus pensamentos.



– Alô?


– Oi amor, tudo bem?

– Oi Astrid! Melhor o impossível!

– Não vejo a hora de a gente se formar! – Astrid lhe disse com um entusiasmo exagerado.

– Pois é, nem eu! - respondeu Harrison. – Sabe que eu te amo? – Ele não conseguiu deixar de perguntar.

– Claro que sim, meu amor! Eu também te amo! – Astrid realmente estava feliz ao telefone.

– Estava me lembrando do dia em que a gente se conheceu. – Harrison tentou puxar assunto.

– Você quer dizer da noite em que nos conhecemos... – Astrid disse dando risadinhas. Subitamente, Harrison se lembrou que depois de muitos papos “cabeça”, eles haviam transado naquela noite. Foi a melhor noite de toda a sua vida.


– Sim, da noite... Você era muito maluca, sério! Achei que você tivesse algum problema!


– Seu bobo! Então agora eu não sou mais maluca para você?

– Deixa de ser boba, claro que você é! – Harrison respondeu, fazendo-a rir ainda mais.

Puxa vida, “Acho que tomei uma decisão certa”, Harrison pensou, “Tomara que a Astrid também pense o mesmo...”.

Depois de um longo dia de ansiedade, e de muitos telefonemas de familiares distantes, que não iriam à sua formatura, Harrison pegou o presente de Astrid e rumou à sua “festa” que irá mudar a sua vida para sempre.


O lugar estava decorado com as cores vermelho vinho e preto, havia um grande palco central, onde os professores e mestres estavam cumprimentando os formandos, e em frente, havia uma grande quantidade de pessoas conversando, rindo e se abraçando.



– Harrison! – Seus amigos o chamaram.


– Fala Jack! Oi Paul, e aí James!

– Cara dá pra acreditar?! – exclamou Paul.

– Tudo isso é muito louco, cara! – Exclamou, em seguida, James.

– Pois é, né?

Enquanto se divertia com seus amigos, Harrison nem percebeu que Astrid tinha acabado de chegar com as suas amigas.


– Astrid!


– Oi amor! – Astrid chegou, e lhe tascou um beijo. – Que saudades!

Depois de ter cumprimentado a todos, Harrison sentiu que chegou a hora.

– Querida, eu tenho algo para propor a você, mas antes eu gostaria de chamar a atenção de todos. – Pediu Harrison. Houve silêncio na “rodinha” de amigos, todos meio que entendendo o que Harrison iria propor a Astrid, mas não deram o braço a torcer.

– Astrid, eu sempre fui uma pessoa muito racional e sistemático. Eu sempre procurava fazer as coisas em sua devida ordem e tempo, achando que para tudo existia uma regra, quando na verdade nunca houve, pois você me ensinou isso. – Harrison ia dizendo isso, e Astrid estava começando a se emocionar. – Pois você sempre foi uma pessoa que está disposta a vivenciar a vida com gosto, como se o mundo fosse acabar amanhã, o que, é claro, não irá acontecer, eu espero, - todos deram risadinhas- até porque seria muito cedo ainda, pois eu quero conhecer mais dessa vida e você pode me guiar nessa aventura. Então, o que eu estou tentando te dizer, Astrid, é que eu quero saber – Harrison se apoiou em um joelho e pegou uma caixinha de seu bolso, e a abriu – se você aceita se casar comigo?


A essa altura, já estava todos emocionados, e Astrid chorando de alegria gritou um “sim”, a ponto de todos no salão olharem para a pequena roda de amigos.


– Sim! Eu aceito! – Astrid beijou Harrison pulando de alegria, - Olha o que você me fez fazer! Borrei toda a maquiagem! – disse Astrid, rindo.

E então, todos estavam se abraçando e parabenizando os noivos, todos estavam lhe desejando felicidades.


– O meu filho vai se casar? – Ao escutar isso, Harrison não acreditou que fosse realmente a pessoa que ele esperava encontrar nessa festa.


– Pai! Você veio!

– Só vim porque a sua mãe ficou insistindo.

– Isso não é verdade, Harrison, seu pai veio porque ele ama você e tem orgulho de você, certo Frank? – Mary lançou um olhar severo a Frank. E em seguida, abraçou o filho. – Estou orgulhosa de você Harrison! Nem acredito que irá se casar! – disse emocionada.

– Pois é mãe, já estava mais que na hora de eu me casar, certo? – disse Harrison rindo e dizendo em seguida - Estava com muitas saudades da senhora. Aliás, de vocês dois. – disse abraçando ambos os pais.

– E quero te apresentar a minha futura esposa. – disse Harrison com orgulho, pegando na mão de Astrid. - Pai, mãe, esta é a Astrid. Astrid, meu pai Frank e minha mãe Mary.

– Prazer em finalmente conhecê-los.

– O prazer é todo nosso, querida. – lhe disse Mary.

– Não posso negar Harrison, mas você realmente fez uma excelente escolha. – Disse Frank analisando Astrid de cima a baixo.

– Frank, tenha modos com a moça! – Mary exclamou ruborizada, o que fez com que todos os amigos em comum dessem uma risadinha.


Depois de todos se conhecerem, é chegada a hora de os formandos permanecerem em seus lugares, em frente ao palco, onde os professores e mestres fizeram um discurso de incentivo e esperanças aos jovens formandos quando enfrentarem, não só o mercado de trabalho, como a vida em si.


Harrison e Astrid formavam um casal muito bonito, porém ambos não sabiam o que a vida lhe havia reservado. Que a aventura comece!





















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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Até mais! :D



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