No Mundo Shugo Chara escrita por _Mah_Fer_


Capítulo 17
Capítulo 17 - Talvez iremos voltar...




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Pov Maria

Estávamos exatamente 10 minutos no ônibus para o aeroporto e a Saaya não parava de cantar, eu juro que se eu ouvir mais um grito desafinado e esganiçado, eu vou pegar as meias do Nikaido-sensei (que por motivo desconhecido por nós, as colocou na mão e as usava como fantoches) e colocar na boca dela com cola!

Eu ouvi um suspiro, ou melhor outro suspiro, e olhei para o lado vendo Clara encostada com a cabeça na janela. Ela implorou para eu sentar ao seu lado no ônibus, e me puxou pelo braço(arrastou) até o banco.

- Tenho um leve palpite que esses seus 15 suspiros são por causa de um certo ruivo jogador de futebol. – Eu falei baixo, pois sabia que ela iria ficar brava caso o assunto da minha conversa ouvisse, já que esta sentado atrás de nó com o meu namorado. Adoro falar isso!

- O que? Claro que não, por que você acharia isso, não...não e não – Já comentei que ela é uma péssima mentirosa?

- Você acho que eu sou trouxa? Eu vi o seu quase beijo, e você iria aceitar e sabe disso.

- Eu... – Ela suspirou. 16 – só estou confusa e com medo, não é que eu não goste dele e você sabe disso, mas é muito rápido para eu digerir. – Ela agora olhava para mim.

- Quer que eu seja o exemplo do contrario? – Eu perguntei com a sobrancelha arqueada.

- Você não entendeu, é rápido para mim, eu não sei se consigo me relacionar de novo, tenho medo. – Ela se encolheu no banco, e eu a abracei, agora eu entendia.

Mas vou deixar essa história mais para frente, é difícil ver ela assim. Clara foi sempre uma pessoa alegre e extrovertida e quem a visse por fora de sua vida, pensaria que era perfeita. Posso falar que não reparo, mas nunca gostei de ser o centro da atenções e com o povo “ discreto” da escola, é praticamente impossível não ouvir o que eles falam. E sempre pensam que a Clara é uma linda garota, esperta, divertida e sempre com um sorriso no rosto, mas não percebem o quanto ela esta machucada.

Clara sacrificou muito por mim e vou ser sempre grata, e sei que a machuquei também, as vezes penso que seria melhor se ela tivesse feito como os outros e ficado longe de mim.

- Clara, eu... me des-

- Bem Minna!!! Chegamos ao aeroporto

- Finalmente! Eu pensei que teria que arrancar os meus próprios ouvidos, para não sofrer mais. Se você não conseguir emprego, pode ser torturadora da prisão, Yamabuki -san – Saaya olhou indignada para mim, enquanto o resto do ônibus ria e eu batia um high five com o Kukai.

- Boa Mah, não sei como aquelas seguidoras dela aguentam. – ele disse pegando na mão da Clara, que claro corou, e saindo em direção ao portão.

- Um dos grandes mistérios da vida, amigo – Pulei nas costas do meu namorado.

- Hey! Você é magra, mas eu não sou burro de carga – Ele disse brincalhão, e me fiz de indignada, e sai de suas costas.

- Ok então, se sou uma carga para você, mas acho que algum dos meninos da outra escola vai adorar me carregar. – Ele me olhou com um “você não faria isso “. E eu levantei a sobrancelha o desafiando, quando ia me virar para me “dirigir” a algum outro menino, ele me puxou pela cintura bufando.

- Pare com essas brincadeira, você sabe que eu não quis dizer aquilo. – Soltei uma gargalhado com a cara dele.

- Também só estava brincando, meu cuimentinho. – Lhe dei um selinho e fui ao lado da Nadeshiko.

- Você ainda mata o meu irmão. – ela disse rindo, olhando para o irmão que ainda esta emburrado.

- Tenho que garantir o que é meu.

Pov Clara

Acho que nunca vou parar de corar com a aproximação dele. Mesmo tendo me acostumado um pouco, mas eu gosto.

- Kukai-kun, você esta bem? Esta meio nervoso.

- uh? Ah, é só que tem sempre algo para nos interromper e eu não pude me sentar com você no ônibus, então é melhor a gente ficar na frente para conseguir fazer o check-in logo e ficamos juntos.

Eu nunca percebi que ele era tão direto.

Depois de meia hora para que todos fizéssemos o necessário para o embarque, entramos no avião e nos preparamos para as próximas 24 horas no avião.

- Olá, querem algumas coisa? – Uma mulher, nova para ser aeromoça, com a roupa muito colada parou do nosso lado e perguntou com o olhar direcionado ao Kukai com um sorrisinho que não me agradou nada.

- Não obrigada, não precisamos de nada, não é meu amor? – Eu não sei como tive coragem para fazer isso mas não aguentei. Peguei a mão do Kukai e deitei em seu ombro, dando um sorriso sínico para a mulher. O ruivo exclamou surpreso com o meu gesto e assentiu meio bob. – Viu? Você pode se retirar agora.

Ela me olhou com nojo e saiu andando.

- Do que você me chamou? – Droga, tinha esquecido do que iria acontecer depois. Levantei a cabeça e vi ele sorrindo para mim, aberto e com os olhos brilhando.

- E-eu .. e-l-la estava muito atrevid-d-a, nã-o deve ficar dand-o em cima dos- - Eu não terminei pois quando o Kukai passou a mão na minha bochecha e foi se aproximando de vagar, e me deu um selinho demorado. Eu fiquei boba.

- Queria ter feito isso desde a primeira vez que eu te vi. – Eu simplesmente agarrei a nuca dele e o beijei com muita vontade e ele ficou surpreso, mas depois me segurou pela cintura.

Quando tivemos que nos separar para respirar eu mantive os meus olhos fechados, com medo de ver a sua reação, mas ao sentir ele distribuir beijos no meu rosto, eu abri os olhos e vi um sorriso que parecia que iria rasgar o seu rosto.

- obrigada por ter desejado estar aqui comigo. – Ele disse, mas antes que eu pudesse responder, vi um flashe atrás de nós e uma Nadeshiko sorridente, e uma Amu com uma câmera.

- Isso foi tão lindoooooo. – Maria gritou e vi que metade do avião olhava para nós e eu só pude corar e esconder o rosto no ombro do esportista, que ria.

- Povo intrometido pode voltar a dormir ou fazer algo, ela esta constrangida, não estão vendo. – Naddy tentava voltar a um clima melhor. – Nós também. – Ela empurrava Amu e Maria para seus acentos, e piscou para mim.

- Que tal um filme? – Kukai perguntou para mim, e eu assenti como resposta. Ele puxou a mini teve em cima de nós, e pegou o cobertor embaixo do acento nos cobrindo, eu nem percebi qual filme ele escolheu. Eu só não conseguia parar se sorrir, e cai no sono enquanto sentia carinhos na minha cintura e beijos no topo da minha cabeça.

Pov Maria

EU O-D-E-I-O AVIOES!!!!

E acabei de descobrir isso. O momento fofo de agora apouco da minha melhor amiga, não foi o suficiente para me distrair. Estou super feliz por ela, mas olhem pelo o meu lado, eu nunca andei de avião e não sou muito fã de estar em algo que eu sei como voa, mas ainda é estranho, pois deve pensar uma tonelada.

- Meu amor você esta bem? – Nagihiko que estava no banheiro, voltou e pegou na minha mão me olhando preocupado. E eu apertei sua mão com força. – Aconteceu algo? Por que esta tao nervosa?

- Eu nunca andei de avião. – Eu falei meio nervosa, tremendo.

- Você tem medo, é isso que quer dizer? – Ele me olhou divertido.

- Não acho graça, eu me imagino caindo o tempo todo. – eu falei, agora brava.

- Desculpa, não queria te insultar, mas é que você é uma ninja não? Não tem que treinar em lugares altos ou algo assim?

- É bem diferente, porque não é tão alto. – Apesar de estar brava, eu me agarrei a ele, pelo menos me sinto mais segura nos seus braços.

- Não se preocupe ok? Eu estou aqui, e é só você ficar nos meus braços que nunca acontecera nada de mal com você. – Ele disse me apertando e me dando um selinho.

Derreti agora.

- Eu te amo.

- Eu sei.

Eu sorri e nem me lembrava mais da altura ou do medo. Ele sempre será o meu porto seguro, mas eu não consigo parar de maus pressentimentos.

----- FlashBack -------

Tinhamos acabo de chegar na escola e eu me ofereci para levar as autorizações da viagem para o Nikaido-sensei enquanto os outros iriam direto para o Royal Garden.

E nos corredores, quando abri a porta dos professores, encontrei Tsukasa-san sentado na mesa.

- uh, o Nikaido-sensei saiu? – Eu perguntei desconfiada. Eu gostava do Tsukasa-san, mas me sentia desconfortável com ele, desda nossa ultima convesa particular.

- Ela saiu, foi limpar a blusa. Derrubou chocolate quente nela. – Ele disse com o mesmo sorriso, e eu não pude evitar imaginar a cena e uma gota parecer na minha cabeça.

- Você estava me esperando não estava? Posso não estar a muito tempo aqui, mas sei quando alguém quer me falar algo. – Anos de convivência com a minha mãe leva a isso.

- Você é bem esperta. – E o sorriso do seu rosto sumiu. – Mas não trago boas noticias.

E isso fez meu estomago revirar.

- Você e a Clara vieram para esse mundo, mas seus pais não estão aqui, ou seus parentes e amigos. – Eu não tinha pensado nisso. – Eu pesquisei para garantir. Sua casa no Brasil e a da Clara nesse mundo não existem.

- Não vejo como isso pode ser um problema.

- Isso em si não é o problema e sim a justificativa dele. – Eu o olhei confusa. – Maria, eu estou tentando entender como vocês conseguiram passar entre as fendas dimensionais e virem parar aqui. E como eu disse uma vez: vocês não pertencem a esse mundo, apesar que eu não achei nenhuma consequência disso. Até ontem. – Ele suspirou e eu não conseguia falar nada. – Quando você veio para esse mundo, como posso dizer... uma “brecha” foi deixada entre os mundos. Pode ser difícil de entender. Mas eu acredito que vocês podem não ser as únicas que vieram aqui.

- Como assim?! Não pode ser, só estava a Clara e eu no quarto, não deveria ser transferido só nós duas?

- Eu acreditava que sim, mas acho que alguém que estava perto de você, algo como ao redor da casa também conseguiu passar. Mas parece que acabou se transferindo para outro lugar e eu acredito que ele ou ela, ao contrario de vocês, não se lembra exatamente da vida passada, se não já estaria desesperado, pois no caso dessa pessoa não pediu para estar aqui e sim para seguir vocês.

Eu não sabia o que fazer. Alguém veio junto, mas quem poderia estar perto da Clara e eu? Essa pessoa queria algo com ela ou comigo, ou com nós duas.

- Você sabe o físico dessa pessoa? Ou a onde ela foi parar?

Ele negou com a cabeça

- Estou procurando pela energia que vocês, de outro mundo tem aqui, mas são mais de 6 bilhões de pessoas aqui também então dificulta. Pedi ajuda para ex-guardiões, porem não tivemos resultados até agora.

- Se o achar o que irão fazer? – Eu perguntei e ele se calou por um tempo.

- Vocês iram voltar.

Não fiquei surpresa.

- Você não nos quer aqui de verdade, não é – Eu falei meio triste.

- Eu sinto muito Maria, mas vocês não são daqui e a brecha que vocês deixaram pode afetar os dois mundo e eu não posso correr esse risco.

- Eu entendo. Agora se me da licença Tsukasa-san.

Eu sai de lá e me odiei por ter feito aquele pedido, por que agora eu não sei como vou deixar o Nagihiko e os outros.

--- Fim do Flashback ---

Como eu iria me afastar dele agora?

E eu dormi engolindo uma enorme vontade de chorar

------E uma praia mais vazia ----

- Finalmente iremos nos reencontrar, minha bela Clara. E dessa vez tudo ira sair certinho, irei terminar o que deixei para trás. – Um menino, bonito, vestido com uma bermuda apenas e deixava mulheres olhando para ele pelo seu corpo e suas feições bonitas. Mas o mesmo escondia um sorriso malicioso, e os olhos castanhos escuros olhavam para o horizonte do mar perdido em lembranças boas para ele, mas que para alguns seriam cruéis. – Minha rosa...

Continua...


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