Todos a volta lamentava. Serrei meus punhos e me aproximei do corpo. Vi sua expressão vazia, não parecia ele, pois quando vivo sempre sorria, mas agora tudo estava diferente, ele já não sorria para ninguém.

Era irônico, pois aquele era exatamente seu dia, o dia dos pais. Um dia atrás tinha morrido. Eu poderia ter o salvado, mas quando cheguei o ladrão já havia o matado. A justiça não foi feita e o assassino acabou escapando.

Sorri, lembrei quando ele recebera meu presente:

“Corria até ele com o maior sorriso que eu podia. Ele abaixou o livro que lia e deu um sorriso.

-Pai – Disse com os braços para trás.

-O que é meu filho? –Perguntou deixando na mesinha no lado, me pegou e colocou em seu colo.

-Feliz dia dos pais – Disse, esticando o braço e mostrando uma caixa toda enfeitada, ele arregalou os olhos e deu seu clássico sorriso.

 Aquele sorriso sempre era contagiante, era impossível ele sorri e você não retribui. Aqueles tempos eram tranqüilos. Mas quando fiquei adulto acabei brigando com ele.Já casado ele mim convidou para sua casa, um dia antes de seu dia. Decidir para em um posto. “Alguns minutos de atraso não faz mal, né?”, como eu fui ingênuo.

Toquei a campainha um, duas, três vezes. Percebi que a porta estava entre aberta. Logo na porta vi: O sangue corria pelo chão, o corpo dele estava na escada, sem vida.”

Mim culpava, aquilo não teria acontecido se eu não tivesse parado no posto. Droga! Olhei para o tumulo, agora ele estava seiláonde, mas a única coisa que queria era que neste lugar ele estivesse feliz.

Pai, me perdoe, eu acho que não fui o filho que você queria. Pai, este homem que sou agora devo tudo a você.

Pai... Eu te amo no fundo de meu coração.

Hoje é o dia de seu pai, este dia pode ser o ultimo, então vá lá e abrace ele, pois um dia você não poderá mais fazer isso.