Reminiscências escrita por Ayla Pupo


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Versão com cortes. Em breve, a versão original de "Reminiscências"



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Reminiscências

          Banhado com a luz fosca das velas que já ardiam há horas, Snape encontrava-se no banheiro de seu quarto. Estava em uma banheira de louça branca, que brilhava com o fogo que crepitava de tempos em tempos. A única janela do lugar, alta o bastante para atingir o solo do castelo e trazer um pouco de luz às masmorras, redonda e pequena, estava fechada, fazendo com que o pouco vapor que desprendía-se da água quente molhasse as paredes de pedra gelada e escura. O ambiente estava rodeado por uma estranha penumbra; os vidros do espelho, embaçados e um pouco sujos, não mostravam o reflexo do lugar; em alguma parte, uma goteira sem fim teimava em cair, fazendo um tilintar ritmado que ecoava por todas as pedras; e no chão, jogado como um monte sem importância, a roupa de Snape molhava-se com a água que já atingira metade do lugar.

          O professor estava mergulhado até a altura do pescoço. Os braços, colocados para fora da água, estavam grudados na borda da banheira, como se segurassem o corpo pesado e cansado do homem, impedindo que ele afundasse e, quem sabe, não retornasse a emergir. Era noite, e a lua não era visível através da pequena janela. Nem importava. Mesmo que a escuridão durasse a eternidade, Snape não mais se incomodaria, pois estar naquela água, deitado em conforto, com os pensamentos entorpecidos, era como um sonho e um desejo realizado.

          Olhava para frente, encarando apenas o negro. Não havia nada a se olhar e, ainda assim, o professor sentia-se imensamente fascinado por encarar o vazio. Não havia emoção, não havia idéias, nem lembranças reprimidas. Era apenas o nada, e no nada não há o que se temer.

          Uma bolha de sabão estourou perto de seu rosto, fazendo com que algumas gotas pingassem em seus olhos. Fechando-os, Snape sentiu um leve ardido e saiu de seu estupor. Novamente atento ao lugar, percebeu que uma das velas já estava quase a se apagar, pois a fina parafina que restava já quase tocava a derretida, parecendo que iria afogar-se e extingüir o fogo. O professor não queria levantar-se... estava em um envolvente ócio, e ter de cuidar da vela não parecia nada tentador. Deixou que se queimasse... ainda restavam duas, mesmo que também pequenas, e, ainda que viesse a cair na total escuridão, não se daria ao trabalho de acender alguma luz, pois sentiria-se à vontade na companhia da solidão e do vácuo.

          Porém, a mínima distração da bolha a estourar acabara por despertar Snape e fazer com que não mais pudesse se concentrar no nada. Resmungando baixinho, de modo que apenas seu interior pôde ouvir, o professor mal-disse o sabão e ajeitou-se na banheira. Olhou para o lado. Não havia reflexo no espelho... até mesmo a luz das velas quase não apareciam, e Snape sentiu como se estivesse a usar um aposento sem vida, que nem ao menos podia aparecer em um pedaço de espelho e mostrar que realmente existia.

          Respirou fundo e voltou a olhar para frente. Não podia concentrar-se no vácuo. E, por conseqüência disso, foi levado por sua mente a lugares e tempos distantes. Na parede que encarava, Snape observou materializar-se uma lembrança antiga... uma a que ele não mais se recordava de ter, mas que, como outras, às vezes aparecia sem prévio aviso, e enchia a mente do professor de pensamentos entorpecidos e, de certo modo, indesejados.

         

          Sentado em uma cama de madeira tosca e molas que rangiam, um menino, de aparentes oito anos, olhava para a parede. Era como um hobby. Ao fundo, fora do quarto, duas vozes adultas falavam em um tom sonoro e, estranhamente, ameaçador. Era uma mulher e um homem, o menino sabia, não poderia esquecer. Brigavam, xingavam e, às vezes, batiam também. Mais uma briga de pais, seguida por mais algumas horas a encarar o vazio, procurando no nada as respostas para tanta discórdia.

          Era um menino franzino, de pernas muito magras e brancas. Os cabelos eram pretos e estavam cortados na altura das orelhas; os olhos, de mesma cor, pareciam empapuçados e inchados, como se já estivessem cansados de derramar lágrimas, mas o menino não mais chorava, apenas deixava seus olhos semi-cerrados, vermelhos e secos.

          De repente, a porta do quarto abriu-se com força e, derrubando uma mesa pequena, um homem alto e forte entrou empurrando uma mulher. O menino não se ocupou em olhar para os dois, procurando fingir que não existiam, embora prestasse atenção em suas palavras.

          Apontando um dedo para o garoto, o homem disse algumas coisas, gritando, histérico, parecendo completamente desfigurado, como se a expressão de ódio em seu rosto pudesse entortar suas feições. A mulher berrava na mesma medida, apontando não para o menino, mas para o homem com quem travava aquela luta.

Criando coragem, finalmente encarou o casal que discutia. Logo, porém, não havia mais gritos de mulher nem berros de homem... apenas um chorinho fraco, vindo do chão, onde a mãe de Snape encontrava-se caída e com um filete de sangue no canto da boca. O homem ( a quem o menino não mais chamava de pai ) saiu do aposento e não voltou a aparecer, nem naquela noite, nem nunca mais.

Snape levou mais um leve susto. Um trovão estridente acabara de ressoar e estremeceu as paredes do castelo. Uma noite de chuva... Não demorou para que alguns pingos de água começassem a bater na janela pequena, fazendo um tilintar gostoso que, junto com o tilintar da goteira que ainda caia, formava uma musiquinha mal-feita porém agradável. O espelho ainda não refletia nada... e as outras duas velas ainda estavam acesas, embora vacilantes.

O professor voltou a ajeitar-se na banheira. Sentiu um forte desejo de colocar os braços dentro da água morna e protegê-los do frio que já crescia, mas não o fez, com verdadeiro receio de acabar por mergulhar e não voltar a reaparecer na superfície.

Pensou na lembrança que passara por sua mente. Odiava quando aquele tipo de recordação voltava. Odiava ter sido criança. Odiava ter tido pais. Odiava, às vezes, ter tido o infortúnio de nascer.

Mais um trovão ressoou, e Snape acabou por se deixar levar por aquele ruído estrondoso e por mais algumas de suas memórias...

O salão principal estava lotado. Até mesmo Snape, com sua frieza natural, não pôde deixar de se impressionar com a magnitude do lugar. A viagem pelos barcos passara rápida, embora obscura, e, agora, encarando os alunos e professores que já se encontravam no salão, os novos alunos sentiam-se intimidados e, por que não dizer, medrosos. Snape estava no meio da aglomeração. Sua cabeleira escura fundia-se com o preto das vestes, embora o rosto pálido denunciasse que ali se encontrava uma pessoa, e não um vulto preto. Uma mulher de terceira idade e de traços muito rígidos disse algumas breves palavras, conforme colocava um banquinho de madeira tosca no meio do salão e, em cima dele, um chapéu completamente rasgado e remendado.

O primeiro nome foi chamado e uma moça, de cabelos muito louros e pele clara, subiu no banquinho. Snape não ouviu direito seu nome, mas teve a impressão de ter sido algo como “Narcisa Black”. Após alguns segundos com o chapéu na cabeça, a menina foi encaminhada para a Sonserina.

De repente, Snape ouviu uma leve risada vinda à sua direita e, olhando para o lado, deparou-se com um rapaz de cabelos negros e bagunçados, olhos castanhos e corpo magro. Parecendo perceber o olhar de Snape, o garoto virou-se para ele, dando um sorriso maroto ( que instantaneamente fez com que Snape sentisse uma inesperada repulsa ), e comentou:

_ É um desperdício, não é mesmo ? Uma mocinha tão bonita ser jogada junto aos trapos da Sonserina. Acho que esse chapéu não funciona direito.

Não sentiu vontade de rebater. Em fato, mal ouvira o que o outro dissera; apenas ficara a encarar-lhe a face como se olhasse para uma figura particularmente asquerosa. Sentiu-se enojado como jamais tivera se sentido antes. Aquele menino, de sorriso esperto e cabelos bagunçados, não transmitia-lhe nada além de ódio. E Snape nem ao menos entendia o porquê.

Bufou. Lembrando-se daquele dia, o professor não pôde deixar de sentir mais uma vez o gosto amargo do ódio. Detestara James Potter desde o primeiro segundo em que se encararam. E, embora este não tivesse demonstrado na ocasião, tinha certeza de que o Potter sentira o mesmo. Asco... ambos nasceram para serem inimigos.

Agora, a chuva lá fora fazia com que a noite esfriasse cada vez mais. Os pêlos dos braços de Snape já começavam a ficarem ouriçados por causa do frio. Não mais resistiu: colocou-os para dentro da água ainda quente, e sentiu que seu corpo inteiro entrava em harmonia. Escorregou levemente, fazendo com que a água ficasse à altura da boca, mas não tapou o nariz. Embora ainda temesse escorregar e não retornar, Snape tinha completa confiança em si mesmo, e sabia que jamais se deixaria levar... Ou deixaria ?

Fechou os olhos. Não demoraria muito para que a água deixasse de ser quente. E as velas continuavam a queimar... na medida em que os pensamentos do homem fluíam.

Sentado com a barriga para cima, Snape observava o teto cinzento. Estava em uma cama confortável, coberta por um cobertor sedoso e verde-escuro. O cortinado do móvel estava aberto, embora o garoto tivesse imensa vontade em fechá-lo. Não o fez apenas porque queria admirar seu novo aposento... Passaria sete anos de sua vida encarando aquelas paredes e aquele teto escuros, iluminados apenas por archotes que tremulavam e projetavam sombras obscuras por todos os cantos. Apesar de não estar sorrindo, Snape sentia-se completamente feliz. Respirava tranqüilamente, como se tivesse acabado de sair de uma tempestade e pisasse em solo firme e seguro. Não mais vagava pelo mar da insegurança. Agora era um Sonserino... e sabia que confiar em si mesmo era a principal chave para se crescer naquela casa.

Olhou ao redor. No quarto quadrado encontrava-se também um outro aluno, de cabelos loiros como o ouro. Era um rapaz bonito. Tinha olhos cinzentos e usava roupas muito elegantes. Ao contrário de Snape, parecia ter muito dinheiro, pois, conforme desarrumava as malas, mostrava ter objetos, roupas e material de primeira mão. Snape observou o colega de quarto com enorme discrição, contudo, assim que o outro virou-se bruscamente para pegar algo no chão, Snape foi flagrado com os olhos nele. O garoto loiro pareceu não se abalar ou se importar e, encarando Snape, lançou um sorriso. Não era um sorriso amigável... era um sorriso de deboche.

_ Ah, olá. – disse o loiro, como se percebesse apenas agora que não estava sozinho.

Não obteve respostas. Snape apenas sentou-se na cama e desviou o olhar para a parede oposta.

_ Meu nome é Lucius Malfoy. E você ? Quem é ? – perguntava como se estivesse a falar com um qualquer. Nem ao menos parecia realmente interessado em saber o nome do companheiro de quarto, pois seu tom era formal, como se conversasse apenas por mera educação.

Alguns segundos de silêncio se passaram, e, ainda olhando para a parede, Snape respondeu:

_ Sou Severus Snape. – tinha a voz forte, apesar de ser um mero garoto de onze anos. Possuía um tom mais frio que o do menino Malfoy, embora não tão sádico. Agora, olhando para o loiro, Severus continuou – Mas me chame de Snape.

E virou-se para o outro lado, assim que deitou novamente, fechando as cortinas e permanecendo acolhido em sua cama.

Lucius... A figura imponente do antigo colega de quarto apareceu em frente aos olhos do professor. Seria Malfoy um aliado ou um inimigo ? Nesses tempos de guerra era impossível saber. Snape mal sabia se ele próprio era um inimigo ou um aliado de si mesmo. Estava perdido em seu próprio ser e, portanto, não estava em condições de julgar outras pessoas.

Mas a imagem de Malfoy ainda não saia de sua cabeça. Logo, porém, foi substituída por Narcisa, a bela garota que vira no Salão Principal, minutos antes de ser chamado para sentar no banquinho e ficar cego com o velho chapéu seletor tapando-lhe os olhos. Cisa... fora uma grande amiga e, ainda hoje, Snape nutria algum sentimento por ela. Qual seria ? O professor não poderia dizer. Nem ao menos tinha certeza se tinha capacidade de nutrir sentimentos por alguém.

A tempestade lá fora já diminuía, mas o frio ainda aumentava. A madrugada, já em seu meio, esfriava as almas desacordadas. As velas já quase não ardiam, a goteira ainda tilintava insistentemente, o espelho ainda estava escuro e a água não esquentava o suficiente. Mas, ainda assim, Snape sentia-se confortável, pois, apesar de detestar lembranças, a memória de sua primeira noite no quarto da Sonserina sempre lhe trazia conforto. O alívio daquele dia havia sido enorme e parecia refletir-se ainda nos dias atuais.

O dia estava claro, embora com um vento gelado e irritante. Um adolescente, com cerca de quinze anos, magrelo, com nariz de gancho, pele branca e cabelos escuros, estava sentado nos degraus que levavam ao saguão de entrada do castelo. Fazia algumas anotações no livro de poções que segurava desajeitadamente sobre os joelhos finos. Estava sozinho, e concentrava-se muito no que fazia, não percebendo as pessoas entrando e saindo de Hogwarts. Na verdade, muitos mal pareciam notá-lo também e, assim, Snape não era importunado por ninguém.

Era sábado de manhã e, ao longe, Snape ouviu vozes gritando de alegria. Vinham do estádio de Quadribol, onde a Sonserina disputava um jogo contra a Grifinória. Não sabia quem estava ganhando, e nem queria. E, pelo estardalhaço que faziam no campo, era perceptível que o jogo havia acabado.

Logo, os alunos já se aproximavam e, ignorando-os completamente, Snape moveu-se um pouco para o lado, indo mais para o canto da escadaria. Ainda escrevendo, de repente ouviu alguém chamando seu nome. Reconhecia a voz... e, fingindo não ter escutado, meteu o nariz enorme o máximo que pôde nas páginas do livro. Mas a voz que o chamara parecia insistente, pois continuou a soar, pronunciando o nome de Snape, até que aproximou-se o suficiente para saber que, se o outro não escutasse, era porque estava ignorando.

_ E, então, Snape ?

Não podendo mais impedir aquela situação desagradável, Snape olhou para cima, encarando a pessoa que falara com ele. Lucius Malfoy sorria de maneira triunfante, enquanto abraçava Narcisa Black. Estava com uma expressão doentia e, embora também sorrisse, Narcisa parecia um pouco entediada.

_ Ganhamos de duzentos e dez a cem. A Grifinória passou ridículo no campo. Você deveria ter visto.

Por algum motivo, não gostava de Lucius... algo nele não lhe agradava. Então, conforme voltava a olhar para o livro de poções, Snape respondeu:

_ Não, obrigado. Não tenho interesse nenhum em vê-los ganhar um jogo. Além do mais... – e demorou alguns segundos para completar a frase – ganhar esse jogo não quer dizer ganhar o campeonato. Pelo que eu saiba, vocês não têm chance alguma de pegar o primeiro prêmio.

Apesar de não ter visto, Snape soube que Malfoy franziu o cenho violentamente.

_ Talvez seja verdade, Severus. Mas espero que entenda o quanto é bom ganhar da Grifinória, nem que seja por uma causa perdida.

E, subindo as escadas, o loiro deixou que Snape soltasse uma frase para o vácuo, conforme encarava um grupo de alunos da Grifinória, o qual incluía James Potter:

_ Ah, mas como entendo, Lucius... como entendo. – contudo, logo desviou o olhar de seu inimigo declarado e virou-se para a entrada do castelo, onde visualizou um último contorno dos fios louros de Narcisa entrando no Salão Principal. Talvez, no fundo, seu maior rival não dormisse nas altas torres de Hogwarts, mas ao seu lado, cumprimentando-o sempre como a um companheiro.

Snape mergulhou a cabeça na água, prendendo completamente a respiração. Ainda receava não voltar, mas seu coração pulsante de aflição pediu que o professor descontasse o sentimento em algo. E esse algo só poderia ser ele mesmo. Dentro da banheira, perdeu totalmente a noção de tempo... o tilintar da água não mais chegava aos seus ouvidos, o frio não mais cortava sua pele, o espelho sem vida já não podia lhe incomodar. Mas sofria ainda... e tentava descobrir o porquê. Não pensava em Malfoy, nem mesmo em Potter, muito menos na rixa eterna entre leões e serpentes; seu coração, na verdade, parecia bater dolorosamente por causa de uma única visão: a de Narcisa, abraçada ao rapaz rico, bonito e triunfante. Seria feliz ? Snape jamais saberia dizer, mas tinha plena consciência de que, ao seu lado, Cisa nunca poderia ter tido as oportunidades que teve e, conseqüentemente, estaria melhor junto à Malfoy.

Emergindo de repente, Snape puxou o ar furiosamente. Fora por pouco, ele sabia... a tranqüilidade do ambiente aquático desligou-o do mundo real e levou-o ao mundo da tortura, e o professor acreditou, por alguns instantes, que, pouco a pouco, era tragado pela loucura e pela dor. Sua respiração ficou pesada. O frio pressionava seus pulmões, fazendo com que o ar não entrasse gentilmente. Encostou-se na banheira, ofegante, e novamente fechou os olhos.

Os trovões cessaram, junto com a chuva. As velas derretiam cada vez mais, trazendo a escuridão ao cômodo de pedra. O espelho continuava sem reflexos... e Snape, cerrando as pálpebras, lentamente adormeceu, como única maneira de interromper os pensamentos e isolar-se de sua realidade. A última chama viva de vela apagou-se, enfim.

Um bater na porta despertou o professor. Da pequena janela no alto, ele divisou uma claridade doce que indicava a chegada da manhã. Ouviu, então, a voz de Minerva, que perguntava-lhe se estava doente pois faltara à primeira aula do dia. Respondendo que estava bem, Snape levantou-se na banheira e tirou o corpo nu da água completamente fria. Ficou parado por alguns instantes, sem ação ou reação. Quando, porém, virou-se para o lado, encarou o espelho que, agora, mostrava-se brilhante e refletia a palidez do professor. Dando um sorriso de canto mal-humorado, Snape virou-se e foi em direção à porta.


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