Dont Die Before... escrita por Persefonne Moon


Capítulo 4
Capítulo Quarto




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Rafaela tinha dores no corpo quando acordou, no dia seguinte ao show. Havia grandes olheiras pousando sob seus olhos azuis e sua voz falhava ao pronunciar os S, sinal que apenas sua mãe notou. Após o café da manhã as duas se sentaram na varanda e Antonieta começou. – Eu sei onde você estava ontem à noite. Não, me deixe falar. Eu não vou contar ao seu pai, com a condição de que você se cuide melhor. – Antonieta fez uma pausa, parecendo mais velha do que era. – Você está pálida, com olheiras e sua voz falha, minha filha. Seu pai não iria notar sua voz, mas sua palidez lhe diria exatamente o tipo de pessoa com quem você tem andado. – A jovem se levantou sem respostas a dar à mãe, que lhe entregou uma latinha de balas sortidas com um sorriso carinhoso nos lábios.

Rafaela passou o dia olhando para aquelas balas. Algo lhe dizia que não devia comê-las, mas elas em nada se diferenciavam de outras quaisquer. Enquanto as observava resolveu escrever sobre como se sentia e, horas depois, descobriu-se descrevendo Till como homem ideal. Sentiu-se em meio a um misto de felicidade, vergonha e medo. Era a primeira vez que se sentia assim. 

Tornou a olhar as balas antes de sair para se encontrar com ele. Till havia ligado mais cedo procurando por seu pai, como dissesse que ele não se encontrava, marcaram de ir ao mesmo café onde se conheceram. Rafaela acalentava a esperança de que ele se declarasse, como um Romeu moderno, com seu sotaque enrolado, mas decepcionou-se ao encontrá-lo com uma garota. Ela logo se foi, assim que Rafaela se aproximou. Se abraçaram e ela tornou a sentir aquele arrepio que tornara-se pouco a pouco costumeiro. Pediram café e leite. 

Conversaram sobre muitas coisas, das quais sequer necessita ser mencionada, de forma que Rafaela sentiu-se à vontade o bastante para lhe mostrar o que escrevera mais cedo. De um dos bolsos do vestido que usava tirou uma folha de papel muito bem dobrada, onde uma caneta de cor vermelha pousara sua letra de forma delicada. O que as palavras diziam, porém, era de um ódio tão intenso e tão palpável que Till sentiu – pena? vergonha de ler aquilo? raiva por ela tê-lo escrito? – dela. Terminou de ler e ante o olhar cheio de expectativa dela não lhe restou alternativa que não fosse dizer que era uma ótima letra. 

– Mas, como assim uma 'ótima letra'? Só isso? – e ele soube que definitivamente nada sabia sobre as mulheres. Explicou-lhe como escrever uma boa letra, consistente, e sem que ele precisasse lhe pedir ela alterou algumas estrofes, tornando a música mais agradável sem perder a intensidade do sentimento. Ele precisou admitir que a letra estava melhor do que as que escrevera, e ela alegrou-se com o silêncio que se seguiu após as alterações. 


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Notas finais do capítulo

Capítulo nem tão bom, mas a autora aprecia comentários da mesma forma.



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