Come And Save Me Tonight escrita por Lively Storm


Capítulo 11
Não é justo!


Notas iniciais do capítulo

Hey, galera ;P
Eu fiquei muito feliz que vocês não me abandonaram.
Estou perdoada?
Prometo que não abandono essa fic, gente.



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Data, hora e local:

Terça-Feira, 10:53 AM, William McKinley High School - Corredores


Indivíduos envolvidos:

R. B. B.– 17 anos e 4 meses, olhos e cabelos castanhos, 1,57 m, pele naturalmente bronzeada e dona de um par de pernas que Ohio nunca tinha visto igual (segundo Noah Puckerman).

L. Q. F. – 17 anos e 9 meses, olhos dourados e cabelos loiros, 1,73 m, pele branca como porcelana, nariz petulante e o abdômen mais propício para ser utilizado como recipiente no consumo de bebidas alcoólicas encontrado na face da Terra (também segundo Noah Puckerman).

F. D. H.– 16 anos e 11 meses, olhos e cabelos castanhos, 1,91 m, caucasiano e com a coordenação motora de um saco de batatas (LOPEZ, Santana).

A. A. – 17 anos e 7 meses, olhos e cabelos castanhos, 1,89 m, afrodescendente, tamanho e força de um urso e cérebro de molusco.


O ocorrido:

Eis que R. B. B., aka RuPaul, aka hobbit, aka ManHands, líder do clube de coral da escola em questão, após a apresentação de um suposto trabalho apresentado à disciplina de Inglês e Literatura, encontrava-se à frente de seu armário (disponibilizado pela instituição de ensino para maior conforto dos alunos), quando A. A., munido de um copo cheio de suco congelado sabor uva, aka slushie, se aproximou. Antes que a vítima pudesse se proteger, mesmo que desconfiasse das intenções de A. A., o malaco atirou-lhe o conteúdo todo do copo atingindo principalmente rosto e colo de R. B. B.

L. Q. F., aka Ice Queen, aka filhote de Sylvester, companheira de R. B. B. no projeto de inglês em questão assistia a cena quando relata ter visto F. D. H., aka Finnbecil, sorrindo vitoriosamente enquanto se aproximava de R. B. B., que por acaso é sua ex-namorada.

L. Q. F. relata ainda que F. D. H. aproximando-se da vítima, sussurrou-lhe algo no ouvido, fazendo com que R. B. B. voltasse sua atenção para L. Q. F.

Testemunhas relataram então que cento e cinquenta e sete centímetros de pura indignação gritaram contra o rosto de L. Q. F. que aquele tipo de comportamento era muito esperado vindo de sua pessoa enquanto F. D. H. pegava A. A. pelo colarinho e em tom de absurda ameaça, dizendo para que deixe R. B. B. em paz.

Enfim, F. D. H. pega R. B. B. pela mão e olhando feio para A. A., sai em direção ao banheiro mais próximo. Relatam ainda que contrariando toda e qualquer regra imposta pela direção, acompanhou-a banheiro adentro. O diretor da escola, quando procurado pela investigação, afirmou que não sendo F. D. H. de muita ameaça à integridade das alunas do colégio, qualquer punição além de aulas extras, seria exagerada.





Ainda estática, parada em frente ao armário de Rachel, Quinn observava a judia sendo guiada por entre os adolescentes que não se preocupavam em disfarçar o riso. Finn tinha-lhe um dos braços sobre os ombros, protetor como nunca havia sido. Barbra olhava sobre o ombro, enquanto acompanhava Finn Daniel Hudson guiar sua menina escola adentro e para a moça loira, ela nunca parecera tão desolada. Só quando sumiram por uma das inúmeras esquinas do McKinley High que Quinn conseguiu prestar atenção ao mundo novamente. Azimio ajeitava a gola da jaqueta amassada por Finn, sem pressa nenhuma se encaminhava ao restaurante da escola. Quinn franziu o cenho. Em qualquer outra situação, quando alguém que é relativamente mais fraco que você te desafia na frente de meia dezena de pessoas, o mínimo que você faz é ficar extremamente bravo.

Quando percebeu, Fabray estava alguns passos de distância do menino negro. Ele parou e ela parou também, por instinto se escondendo para que não fosse vista.

Azimio não parou no refeitório, como era previsto. Seguiu, saindo pela porta lateral e ganhando o pátio que precedia o campo de futebol. Uma das muitas árvores foi a escolhida e ele simplesmente se recostou, brincando com ambas as mãos que trazia enfiadas nos bolsos do casaco vermelho.

Para todo o resto da escola, aquela era uma cena absurdamente normal, mas Lucy Quinn Fabray ainda continuou a observar Azimio por meia dúzia de minutos. O estômago reclamou e Mick suspirou. O susto foi inevitável. Quinn nunca se acostumaria a ter alguém vinte e quatro horas por dia em seu encalço e em momentos de extrema concentração como este, ela simplesmente se esquecia que Mick existia. O anjo respondeu ao questionamento de Quinn de onde diabos ela tinha surgido com um revirar de olhos e se postou ao lado de Quinn em um dos bancos mais afastados do pátio.

Hudson apareceu alguns minutos mais tarde. Uma toalha pendurada no pescoço e a barra da camiseta branca molhada. Olhava para os lados, a linguagem corporal gritando que ele não poderia estar ali, procurou por Adams e depois de uma conversa de pouco mais de dois minutos e algumas notas na mão de Azimio, Finn voltou para dentro da escola. O sorriso irritantemente vitorioso presente nos lábios finos outra vez.

Quinn franziu o cenho.

Não... não era possível.

Ou era?

O corpo agiu por vontade própria e quando deu por si, Quinn tinha Azimio à sua frente. Os olhos um pouco maiores do que costumavam ser, indicando que o rapaz negro não estava acostumado a ser interpelado de outra maneira. Mick mantinha a mesma postura petulante, encarando uma menina dois tons de pele mais clara e alguns anos mais jovem que Azimio Adams.

– Fale sobre a pixação do muro de trás da escola.

– HEY! - A menina negra reclamou, empertigando-se enquanto se aproximava de Mick.

A expressão de Quinn endureceu. O dedo indicador também, e ganhou o posto de alguns centímetros apenas do nariz de Azimio.

– O que ele queria?

Foi a vez de Adams franzir o cenho em incredulidade.

– Você só pode estar brincando comigo.

Quinn se aproximou um passo a mais.

– Eu quero saber porque Finn Hudson está te dando dinheiro.

– Porque todos me dão dinheiro. VOCÊ devaria me dar dinheiro!

– Eu não tenho muito tempo pra você, Adams. Desembucha.

– E o que te faz acreditar que eu vou te contar? Só porque você é loira e gostosa?!

– Porque eu sei algumas coisas interessantes sobre aquilo que escreveram sobre o Figgins na parte de trás do colégio. E ele vai ficar contente de saber também. E se por algum acaso aparecerem mais inscrições daquele tipo depois dele saber quem foi que fez, não vai pensar duas vezes na hora de culpar alguém já com precedentes.

Os olhos do rapaz dobraram de tamanho por um milésimo de segundo, mas logo o auto-controle tomou conta novamente e um sorriso de puro escárnio se desenhou nos lábios grossos.

– E porque alguém acreditaria em você?

– Porque a lata de tinta ainda está no seu armário.

Novamente os olhos de Azimio de arregalaram, mas dessa vez, permaneceram assim enquanto Quinn Fabray estava por perto.

– Você vai me contar... Ou é melhor procurar outro estado para viver.


– Aí a nossa princesa, cafajeste e loira hipster pegou o Finn falando descaradamente pra Rachel que Azimio tinha voltado a perseguí-la por insistência dela. Quinn gritou com Finn, Finn gritou com Quinn, Rachel gritou com Quinn, Quinn gritou com Rachel, Finn tentou gritar com Quinn, que pulou em cima dele, arranhou um pouco o que ela chamou de cara de pau, Rachel separou, elas gritaram uma com a outra mais um pouco depois minha princesa judia foi embora, dizendo que não conversariam enquanto Quinn estivesse fora de si. O babaca do Hudson ficou para trás de alegre e se não fosse por mim uma hora dessas ele muito provavelmente não teria mais pele no rosto.

Santana fechou a boca, aberta inconscientemente em alguma parte da narração de Puck. Pigarreou, antes de falar. Deixar Sanana Lopez impressionada com certeza era uma coisa muito difícil, mas quando Quinn Fabray parte para a violência com um ex-namorado tendo Rachel Berry como catalizador da discussão, até mesmo Santana Lopez se deixava impressionar.

– E você assistiu tudo isso?

Noah sorriu, cafajeste, vitorioso, cafajeste, orgulhoso e cafajeste (eu já falei cafajeste?).

– A parte da porrada? De camarote!

– E deixou a Q rasgar a cara do amontoado de lipídios?!

– Deixei. - O sorriso de Puck aumentou.

– Noah, você perdeu o juízo?

– Perdi... a mamá Q bravinha rouba o juízo de qualquer cidadão.

Santana revirou os olhos com um suspiro, agradecendo ao fato de que não se precisa necessariamente ser um homem para poder gostar de garotas.






Pólvora.

Chocolate.

Laxante.

Pólvora.

Pólvora.

Pólvora Plus.

Tubos PVC.

Fita Isolante.

Pólvora.

Barbante.

Quinn segurava o pequeno caderninho cor de rosa enquanto andava de um lado a outro do próprio quarto. Tinha a ponta da caneta esferográfica preta na boca enquanto mordia o que um dia fora sua tampa. Mick acompanhava o movimento com o canto dos olhos, sem dar muita importância e recostada à cabeceira da cama. A lixa de unhas trabalhava no mesmo ritmo que os pés descalços de Quinn batiam contra o piso.

– Eu preciso colocar isqueiro na lista? Nós ainda temos aquele que eu roubei do papai na época das skanks?

– Você pretende o que? Explodir uma ilha ou alguma coisa assim?

– Só se o Hudson estiver nele.

Quinn adicionou veneno de rato à lista que tinha em mãos e voltou a morder a tampa da caneta.

– Já colocou um ramalhete nessa lista? - Mick perguntou indiferente.

Quinn processou a pergunta por alguns pares de segundos antes de erguer os olhos para Mick, por fim parando de andar em círculos.

– O que? Flores? Tipo coroa de flores? Depois o pessoal do Glee manda.

– Um ramalhete de flores, ó princesa romancista.

– Porque eu mandaria flores pro animal do Hudson?

– Se você continuar se fazendo de idiota, eu vou ali buscar o esmalte, porque não vamos sair daqui tão cedo.

Quinn bufou, colocando o tal ramalhete de flores na lista.

– Mas porque diabos eu tenho que comprar flores, Jesus Cristo?!

– Pra fazer as pazes com ela.

A descarga de adrenalina em Quinn foi violenta. Estacou no meio do quarto, olhando para Mick sem entender muita coisa.

– Ela?

– Rachel.

– Rachel?

– Rachel!

– Porque eu iria querer fazer as pazes com a Berry? Ficou louca? Quem em sã consciencia iria querer ser amiga da Berry?! Aliás, em primeiro lugar, porque diabos eu vou me desculpar por uma coisa que eu não fiz?!

- Ok, eu concordo que você não fez nada... Nada além de "pega esse seu namoradio e enfia no..."

- Ok, ok, eu entendi. Fui malcriada, eu sei. Mas de qualquer maneira, eu já estava cansada dela em todos os lugares também. Dela e daqueles sueteres e daquelas saias e daqueles solos e daque...

Mick revirou os olhos, entediada, ao contrário de Quinn, não desviou os olhos das unhas.

– Quinn, eu já te falei que essa sua implicância sem sentido é extramente entediante?

– Não é sem sentido!

– Não?

– Não!

– Ok, senhorita "não quero Rachel Berry por perto", então me diz porque você está pensando em que tipo de flores vai comprar?

– Não é justo brigar com você.

– Porque será, né?!

Quinn se sentou na cama com um suspiro de resignação.

– Isso não é nenhum pouco justo.

Ela nunca disse a qual situação se referia, se a dela com Rachel ou se a dela com Mick.

Tampouco foi necessário que dissesse.


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Notas finais do capítulo

whit luv