Escolhas , escrita por Elizabeth


Capítulo 5
Capítulo 4 – Convite Inesperado.


Notas iniciais do capítulo

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Capítulo 4 – Convite Inesperado.

“A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas”.(Francis Bacon).

O sol era intenso, eu podia sentir a vitamina D fluir no ar.

Enquanto o sol era meu motivo de felicidade, era a tristeza dos Cullen. Eles passariam o dia em casa trancados, enquanto eu iria para o colégio. Não que o ir para a escola fosse à melhor coisa do mundo, longe disso, mas o sol me deixava feliz, era algo automático.

Alice protestou é claro, já que ela ficaria queria que eu ficasse também, falou que Carlisle conversaria com meus professores e explicaria que eu supostamente fui “acampar” com eles. Mas eu não gostava disso, não gostava de mentir, então ela finalmente cedeu.

Eu não tinha certeza do que vestir. O que as pessoas daqui usavam em dias de sol? Eu não fazia mínima ideia. Então pensei no que eu usaria em dia normal na minha antiga casa. Escolhi um vestido simples e uma sapatilha para combinar. Ao contrário dos outros dias que passei aqui, não exagerei no lápis de olho. Passei uma sombra bege e um delineador, nada muito forte.

Prendi meu cabelo em coque frouxo deixando que alguns fios mais curtos caíssem em torno do meu rosto. Peguei uma bolsa preta e um anel qualquer. Fui ao encontro de Alice.

Ela estava deitada no tapete da sala com uma cara nada amigável. Aproximei-me sorrateiramente e a chamei.

- Alice?

Ela parou de fitar o teto e me encarou mortalmente.

- Sim? – respondeu.

- Tudo bem? – perguntei.

- Não. Você vai para a escola e vai me deixar sozinha. – falou ela com voz chorosa.

- Alice, não fique assim.

- Só se você me prometer uma coisa. – disse com uma cara sapeca.

- Claro, o que é?

Ela se levantou e veio até mim.

- Esse fim de semana nós duas vamos ao shopping. Nada de Rosalie, Emmett ou qualquer outro, só nós duas.

Eu não gostava de shoppings. Para ser sincera nunca gostei, mas era pelo bem da baixinha.

- Tudo bem, tudo bem, mas nada de ataques novamente.

- Certo, agora vai logo pro colégio, não pode se atrasar.

A encarei incrédula. Há poucos minutos atrás ela implorava para que eu não fosse para o colégio, e agora praticamente me despacha.

Decidi seguir seu conselho e ir logo para a escola.

Fui uma das primeiras a chegar o que facilitou tudo pra mim. Estacionei meu carro na mesma vaga de ontem e fui me sentar em uma das mesinhas para piquenique que raramente eram usadas. Larguei minha bolsa em cima da mesa e peguei meu notebook, desde que cheguei á Forks havia abandonado minha vida social. Não que eu tivesse muitas amigas, é claro, apenas duas, Spencer e Emily. Nos conhecemos na ultima vez em que cursei o colegial, elas como são humanas seguiram a vida, cada uma foi pra um lado, mas ainda sim não deixamos de nos falar.

Havia uma mensagem da Emmy:

“Lili estou com muitas saudades.
Eu estou adorando tudo aqui, depois do nosso amado Brasil é o melhor lugar do mundo.
Mas então, Spenc me contou que você foi para uma cidadezinha chamada Forks, largou a faculdade ou apenas se transferiu?
Sabia que ela está noiva? Dá pra acreditar? Spencer noiva? Eu acho que ela vai nos convidar pra madrinhas ou damas de honra no mínimo, afinal nós somos suas melhores amigas.
Eu e ela marcamos de nos encontrar nas férias de verão, você vem não é? Todas nós juntas no Havaí, um sonho a ser realizado.
Beijos, Emmy.”

Não pude conter o sorriso. Eram minhas amigas, felizes e realizadas. Senti um espasmo de felicidade tão grande que respondi imediatamente.

“Emmy, fico feliz em saber que o seu entusiasmo continua o mesmo.
Spenc comentou comigo que ia se casar, mas admito que ainda não acreditei .E sobre sermos damas de honra, não sei, ela deve ter feito outas amigas. Vamos esperar pra ter certeza.
Eu não larguei a faculdade não. Seria totalmente idiota fazer isso. Apenas me transferi.
Sobre o Havaí, não sei. É claro que seria maravilhoso, mas acabei descobrir que tenho um pai. Vim pra Forks pra morar com ele. É incrivelmente bom ter um pai,você tinha razão.
Bom, eu paro por aqui. Beijos Lili. ”

Pensei em mim no Havaí, deitada em uma cadeira de praia
rodeada pelas minhas amigas e drinks de frutas tropicais. Hilário, com certeza hilário. Eu estava feliz, por um momento esqueci meus problemas e sorri
largamente. Que bom que minhas amigas estavam bem e felizes, os poucos anos que passamos juntas foram suficientes para que criasse um laço muito forte com elas, mas o tempo nos afastou, levando Emmy ao Havaí para cursar engenharia marítima e Ash á Nova York, cursar moda, e eu, á supostamente fazer designer.

Tentei mudar o rumo dos meus pensamentos ou daqui a pouco eu
estaria totalmente debulhada em lágrimas.

Fechei meus e-mails e guardei o computador.

- Oi. – a voz me fez dar um salto.

Música: All i Believe in

Link: http://www.youtube.com/watch?v=F6dEwZxftAl

 

Era ele, Jacob. Ele estava sentado ao meu lado, eu devia estar realmente muito distraída para não ter notado um homem daquele tamanho se sentar ao meu lado.

- Ãn, oi.

Ele sorriu meio envergonhado.

- Desculpe te assustar, você estava tão distraída que nem me viu chegar. – falou ele.

- Não, tudo bem. Eu estava realmente distraída. – falei olhando na direção da secretaria, se eu o encarasse era capaz de ficar tonta.

-Então, gostando do sol? – perguntou.

- Sim, faz muita falta.

- Pensei que vampiros não saíssem no sol.

O choque passou pelo me rosto. Eu o encarei arqueando as sobrancelhas. Como ele sabia? Quer dizer, humanos não sabem, certo?

Imagens passaram em minha mente, o dia anterior, quando eu o
conheci. As dúvidas voltaram com força total.

- Como...?

Seu sorriso se alargou.

- Lobisomem. – falou apontando pro próprio peito.

Minha boca se abriu.

Eu já tinha ouvido boatos sobre os lobisomens, e Jacob se encaixava perfeitamente. Corpo forte e musculoso, cheiro diferente, tudo...

- Mas, espere aí, você não fede. Pelo que eu sei você devia ser a criatura com o cheiro mais repugnante do mundo.

Ele riu alto.

- Acredite, os outros vampiros também tem um cheiro horrível. Muito doce e gelado. – ele fez uma pausa. - Eu não cheiro mal pra você?

- Não. Aroma de ervas, nada ruim.

- Isso é bom. – e aquele lindo sorriso continuava em seu rosto. – Você também não cheira mal.

Eu sorri.

- Obrigada. – falei.

– Disponha. – respondeu.

- Por quê? – perguntei. – Quero dizer, por que não cheiramos
mal um para o outro? – pensei melhor. – Não responda, já descobri.

Ele me olhou confuso.

- Como?

- Eu sou diferente.

- Eu reparei que você não era normal. – o encarei incrédula,
ele me chamou de anormal? – Desculpe, eu quis dizer que você era diferente. Não quis me matar quando me viu e nem rosnou pra mim, ao contrário, me respondeu com toda doçura e educação possível. – inclinei a cabeça para o lado e o fitei – Meus amigos falaram que eu estava ficando louco, mas ainda sim insisti na idéia de que você era um pouco mais normal.

Ele me achava normal? Meu inimigo mortal me achava normal.

Meu celular tocou. Desviei meus olhos do rosto de Jacob e
procurei meu celular dentro da bolsa. Assim que o peguei notei que era Alice.

- Alice?

- Lili, eu não sei o que você fez, ou está fazendo, mas seu futuro sumiu.

- Como?

- Não sei está tudo negro, não vejo nada. Venha pra casa, e
vamos tentar descobrir o porquê esse bloqueio.

- Alice querida, o sol está brilhando forte no céu e eu estou sentada em uma daquelas mesinhas pra piquenique, o que pode acontecer? Um meteoro cair na minha cabeça? – Jacob ao meu lado segurava o riso. – E você sabe que se realmente um cair eu posso pegá-lo com facilidade.

- Lilian Marie Hale, venha pra casa AGORA!

- Desculpe Alice, mas é um dos poucos dias de sol em Forks,
eu vou aproveitar.

Desliguei na cara da baixinha. Eu podia até ver, Rose e Emmett
– que tinham voltado da viagem de caça hoje de manhã - rindo, Alice pulando de um lado para outro brava e Jasper tentando acalmá-la. Ainda bem que Esme e Carlisle tinham ido caçar, seria uma enorme vergonha eles virem o que acabo de fazer.

- Isso foi incrível. – Jacob estava de pé quicando como Alice fazia às vezes.

- Não foi não. Estou com medo do que me espera quando chegar em casa.

- Relaxa, eu te dou apoio moral.

- Claro. Carlisle com certeza vai adorar saber que eu ando conversando com um lobisomem.

- Por que você se preocupa tanto com o que ele vai pensar?

- Demorei anos para encontrar meu pai, não quero perdê-lo agora. – abaixei a cabeça.

- Não sei por que pensa assim afinal, é só um cara que você
conheceu.  Nada de laços de sangue ou coisa do gênero.

- Não é bem assim.

Ele se sentou ao meu lado e me olhou.

- Carlisle é mais que um simples estranho. Ele é meu pai, pai de verdade.

- Mas como? – disse Jacob confuso.

- Esse é o grande mistério. – suspirei.

- Isso é estranho.

- Ai está você me chamando novamente de estranha. – falei.

- Desculpe. – ele sorriu amarelo.

Meu celular tocou de novo. Alice novamente.

- Tenho que ir. – eu disse. – Alice deve estar uma fera.

Pela primeira vez, o sorriso dele falhou.

- Ah, não. Agora não. – ele falou com a voz doce.

- Eu tenho realmente que ir. Mas nos vemos amanhã, certo? - perguntei.

- Claro. Você virá amanhã?

- Tentarei.

- Ótimo. Foi muito bom te ver Lilian.

Eu assenti. Foi bom vê-lo também.

Peguei minha bolsa e sai em direção ao meu carro.

Eu podia sentir a escola toda me encarando, ainda mais intensamente que ontem.

Não dei muita atenção. Dirigi rapidamente até em casa. E apesar
de saber que sou imortal só de imaginar encontrar Alice, eu via a hora da minha morte.

A casa estava silenciosa, respirei fundo antes de abrir a
porta. Estavam todos na sala, Emmett encostado em uma das altas vigas da sala, Edward sentado na poltrona onde eu passei a maior parte da minha tarde ontem, Rose, Alice, - que tinha uma expressão nada amigável – e Jasper sentados no largosofá branco.

- Então...? – comecei.

- Não sei o que aconteceu, ficou tudo preto, seu futuro desapareceu. – falou Alice.

- Como assim? O que isso significa? – perguntei.

- Nunca aconteceu antes, eu via tudo, quando você ia trocar de roupa, ler um livro, tudo... – a voz dela foi morrendo aos poucos.

- Carlisle e Esme já estão á caminho, já iremos descobrir. – falou Edward.

Ficamos todos em silêncio, não havia o que dizer.

Eu fiquei preocupada.

- Lilian, não me leve á mal, mas você está com um cheiro horrível. – falou Rose.

Só então eu percebi. Eu estava com o cheiro de Jacob.

- Er, é que conversei com um lobisomem, deve ser isso. – falei meio confusa.

- VOCÊ O QUE? – gritou Alice.

- Ãn, eu estava sentada naquelas mesinhas de piquenique
lendo meus e-mails quando um lobisomem veio falar comigo.

Agora estavam todos de pé, meio aturdidos com meu relatório.

- E o que ele queria? – perguntou Edward.

 Eu não podia falar á eles que havia simpatizado com um lobisomem, podia?

- Ele,... Ele quis saber como eu conseguia sair no sol. – falei.

- Só isso? – perguntou Rose.

- Sim.

- Deve ser isso, - começou Edward – os lobisomens devem bloquear as suas visões, um instinto natural talvez.

- Mas então porque não vejo nada agora? – Alice falou
confusa.

- Ele está ligado ao futuro dela. – as palavras de Edward
estavam carregadas de um rancor que eu nunca tinha visto antes.

- Como? Espera ai, como assim ligado ao meu futuro? Eu
conheci ele ontem. – falei.

- Ontem? Perguntou Jasper.

- Sim, ele tem aula de trigonometria comigo.

-Então você sabe quem ele é.

- Jacob, Jacob Black.

- Lilian escute bem, - Alice começou – lobisomens não são
boa companhia. Eles não têm o controle sobre si mesmos, além de federem muito. Então fique longe desse Black.

- Eles não fedem pra mim. – sussurrei.

- Não? – Emmett disse. – Uou, isso é estranho, bem estranho.

- Eu sou estranha. – falei. – Com licença.

Me retirei da sala e nem me dei ao trabalho de ouvir o que
eles ficaram conversando, não estava com paciência pra broncas. Fui direto tomar um banho, precisava descansar.

Mal saí do banho e meu celular tocou, nova mensagem.



“Não me pergunte como consegui seu número, tenho meus meios.
Nós quileutes vamos ter uma festa com fogueira essa noite, e bem eu pensei que
pudesse vir e participar, eu ficaria muito feliz.
Não se preocupe com o tratado, você tem a minha permissão pra passar. Nos
encontramos na fronteira às nove horas.
Até, Jacob Black.”


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Notas finais do capítulo

Olá meninas, tudo bom?
Então, o que acharam do capítulo?
Eu ainda não comecei o 5º capítulo e não sei bem o que vai acontecer, o que acham de me dar umas dicas?
Um beeijo bem grande pra sophie_LABS, vava e pra vicsalles que comentaram no último capítulo.
Um agradecimento especial pra Camila2102 - ou como eu prefiro chamar, Camila - por estar acompanhando a fanfic desde o começo e por me prometer que vai continuar acompanhando. Parabéns pela sua fic que é maravilhosa.
Beeijos, Beeth H.