PERCY JACKSON

O enterro do avô de Rachel foi... tenso. Rachel chorava mais do que nunca. Parecia que ela tinha um estoque infinito de lagrimas. Eu estava com ela, toda hora.

 Eu estava com pena dela e estava com raiva de mim mesmo por causa dessa pena. Era essa pena que atraplhava tudo. Se eu não estivesse sentindo isso, nada me impediria de ir atras de Annabeth Chase.

 - Percy, tenho que falar com você - Nico disse se aproximando.

 - Uhm, o que é? - perguntei.

 - É sobre...A - ele disse e eu fiquei confuso.

 - A A do Pretty Little Liars? - perguntei.

 - Não, sua anta, toupeira. A... - então ele mexeu somente os labios e eu entendi: Annabeth.

 - Oh... entendi - eu disse.

Seja lá o que ele queria dizer, não podia ser agora porque Rachel estava com a cabeça no meu ombro,segurando minha mão e olhando para o vazio.

Ainda bem que Nico era esperto. Ele pegou um copo de água e dsicretamente o jogou em mim, fazendo parecer um acidente. Pena que eu não me toquei.

 - Que porra é essa? - perguntei assustado por minha calça ficar molhada do nada. Rachel se assustou e se afastou um pouco de mim.

Uma prova de que Rachel estava incrivelmente abalada: se isso acontecesse em qualquer outro momento, ela gritaria com Nico e jogaria um balde de água gelada nele.

 - Desculpe Percy. Eu vou te ajudar a se secar. - Nico disse me puxando para levantar.

Ele me levou ( arrastou) até o banheiro. Pegou um bolo de papel e jogou para mim.

 - Annabeth sofreu um acidente - ele foi direto.

Nico era a pior pessoa do mundo para contar as coisas. Ele disse como se tivesse dito: Passe o sal, por favor. Como se não fosse algo importante, nesse caso, importantissimo

Diante dessa noticia, eu disse algo inteligente como:

 - Hã?

 - É isso. Annabeth sofreu um acidente - ele repetiu.

 - Como você sabe?

 - Ontem, eu estava em um encontro com Thalia...

 - Fala aí, você 'ta amarradão nessa punk né? - interrompi.

 - Vai se ferrar Percy. Continuando... então ela recebeu uma ligação do irmão dela...

 - ...Teu cunhado...

 -... e ele disse que Annabeth sofreu um acidente E SE VOCÊ ME INTERROMPER MAIS UMA VEZ, EU VOU FAZER VOCÊ COMER ESSE ROLO DE PAPEL DE HIGIENICO, entendeu? - ele disse, totalemente estressado e ameaçador.

 - Não vamos partir para  agressão - eu decidi. - Vai logo, o que mais?

 - Quando Thalia soube disso, ela tipo, pirou, falou um monte de coisas e foi embora. Enfim o ponto importante é: ela foi atropelada....

 - ATROPELADA?

- Moleque, você ta louco para comer esse rolo de papel, né?

 - Desculpa. Continua.

 - Ela foi atropelada por um carro. Mas calma, essa é a parte principal: ela foi atropelada porque tentou salvar um garoto. Essa historia é familar pra você?

 - Não pode ser...

Quais são as possibilidades do Destino estar conspirando a favor de um romance entre Annabeth e eu?

Ontem a tarde, minha mãe me ligou avisando que Tyson tinha quase sido atropelado por um carro, mas graças a Deus, uma garota o salvou.

Com Rachel choramingando no meu ouvido, eu não dei muita atenção a noticia, se Tyson estava vivo, era isso que importava. Nem pensei em como a garot estava.

 - Eu preciso ir para o hospital - eu disse de modo conclusivo.

 - Então vá - Nico disse de modo obvio.

 - E Rachel? - me lembrei.

 - Eu dou um jeito - ele disse.

 - Obrigado Nico - eu disse e si correndo do banheiro.

Então me lembrei de um coisa e voltei.

 - Só mais umq coisa - peguei o copo com água da mão dele e joguei em sua calça. - Agora estamos quites - e sai mais um vez correndo do banheiro.

Fui para o estacionamento. Entrei no carro e pedi para o motorista para irmos para o hospital. Mas antes, passei uma das  milhares floriculturas que existem perto do cemiterio e comprei um buque de flores para Annabeth.

Quando chegamos ao hospital eu sai antes que o motorista terminasse de estacionar o carro e sai andando apressado pelo estacionamento.

Um idiota de moto quase me atropelou, mas parou a tempo.

 - Cuidado!! - ele disse meio irritado.

 - Cuidado, você! Não me viu passando? - eu disse, também irritado.

Continuei andando para fora do estacionamento e entrei no hospital. Como todo hospital, ele estava cheio. Fui até a recepção.

 - Eu gostaria de ver uma paciente - eu disse para uma das recepionista.

- Nome?

 - Dela ou meu? - perguntei.

 - Da paciente.

 - Annabeth Chase - eu respondi.

Ela começou  mexer no computador, enquanto isso esperava eu olhei ao redor, então o cara da moto entrou. Eu sabia que era ele por causa do capacete que ele segurava uma das mãos e na outra um buque de rosas amarelas. Ele me olhou com cara feia e eu apenas ignorei. 

 - Você devia tomar cuidado quando sai andando por ai - ele me disse.

 - Você devia tomar cuidado quando sai dirigindo sua moto por ai.

 - Se eu não tivesse tomado cuidado, você estaria aqui como paciente não como visitante.

 - Mas faltou pouco.

 - Pare de mentir, eu nem cheguei perto! 

 - Senhores, isso aqui é um hospital - disse a outra recepicionista.

 - Desculpe - nós pedimos.

 - Olá de novo. Eu vi ver alguém que está internado. Seu nome é Annabeth Chase... - ele disse para a recepicionista.

 Quantas Annabeth Chase pode existir em um hospital? Aqiele mala não podia estar indo ver a minha Annabeth podia.

 - A Annabeth Chase que você veio ver não é aquela que foi atropelada, é?  - perguntei para ele.

 - Sim. Por que a pergunta?

 - Eu vim vê-la também... De onde você a conhece? - perguntei com cara de quem não quer nada.

 - Tivemos uma noite interessante ontem - ele disse.

 - VOCÊS O QUE? - perguntei em voz alta.

 - Nós dividimos o mesmo quarto ontem. Eu era um paciente - Luke se explicou. - Você um garoto com a mente muito suja.

 - Cuida sua vida, ok? - eu disse.

Aquele cara sabia me tirar do serio. Ele realmente sabia.

 - Annabeth é uma garota fantastica. Não merece o nome del envolvido nesse tipo de pensamento... - ele comentou.

 - Pelo amor de Deus! Você disse:Tivemos uma noite interessante ontem . O que queria que eu pensasse?

 - Ela está no quarto 152B - disse a recepcionista interrompendo minha conversa.

 - Obrigado - eu disse.

Finalmente eu podia sair de perto daquele cara antes que eu desse um soco na cara dele.

Meu coração saltou com a ideia de ver Annabeth. Entrei no elevador.

 - Segura o elevador  - disse o mala da moto, vindo para o elevador.

Escolhi esse momento para admirar o teto do elevador e ficar momentaneamente surdo.

Ele percebeu que eu não ia segurar o elevador para ele, então começou a correr. Sorri quando as portas do elevador começaram a fechar. Mas então uma mão apareceu e impediu que as portas se fechasse. Foi o segurança que estava do lado do elevador.

Então o cara da moto agradeceu ao segurança e entrou no elevador.

 - Você não podia esperar o outro elevador? - perguntei.

 - E dar essa alegria a você? - ele rebateu.

Não falamos mais nada até chegarmos o andar em que Annabeth estava. Cada um olhava para um lado, se ocupando com outras coisas. Idiotamente resolvi quebrar o silencio:

 - Essas são para Annabeth? - perguntei.

 - Sim, são para Annabeth - ele respondeu.

Eles se conheceram ontem e ele já aparece hoje com flores para ela? Perai, tem coisa errada ai. Será que eles só conversaram? Mais nada?

 Okay, sou um idiota. Eu estava com ciumes de  alguém que nem era minha namorada ( ainda ).

As portas do elevadore se abriu e nós dois saimos. Primeiro andamos calmamente pelo corredor. O quarto de Annabeth ficava no fim dele.

Então o ele começou a acelerar o passo. Eu não ia ficar para trás de jeito nenhum, então acelerei o passo também.

Então começamos a andar rapido pelo corredor e quando percebi, estavamos correndo. Sou um nadador, isso quer dizer que corrida não é a minha area. Mas parecia ser a area dele, porque ele corria bem. Mas eu não podia perder para ele. Então apelei para o golpe baixo ( e que fique bem claro que eu só faço isso em casos de urgencia), eu dei uma cotovelada em suas costelas e passei na sua frente.

Então finalmente parei na porta do quarto152B. Assim que segurei na maçaneta para abrir a porta ele apareceu e me empurrou. Começamos a brigar para ver quem entrava no quarto primeiro, lutando pela maçaneta.

Isso era estranho. Eu sentia que isso ia além de Annabeth. Era uma inimizade natural. Eu não gostava dele e ele não parecia gostar de mim nem um pouco. E não existia um motivo certo para isso, digo além de Annabeth.

 - Será possivel que ninguém normal visita essa garota? - disse uma enfermeira. - Parem com isso agora, vocês vão quebrar a porta!

Automaticamente, nós dois nos afastamos da porta envergonhados. Então foi a vez do cara da moto dar um golpe baixo: ele aproveitou que eu estava pegando o buque que trouxe para Annabeth e abriu a porta e entrou no quarto e ainda teve a coragem de dizer :

 - Perdeu playboy - e então fechou a porta.

Algém tem um revolver para me emprestar? Calma, não quero mata-lo, apenas dar um tiro no pé dele e faze-lo desaparecer da minha vida.

Eu o conhecia a menos de uma hora e já o odiava. É um novo recorde.

Um zelador estava passando e abriu a porta para mim por 10 reais.

O cara da moto estava sentado na cama ao lado e  Annabeth, ambos sorriam.

 - Percy!! - Annabeth disse quando me viu parado na porta.

Eu tinha certeza que eu não estava bonito. Tudo o que aconteceu até eu finalmente vê-la me deixou com a roupa amassada, o cabelo baguçado e um buque de flores destruido. E mesmo assim eu não me importava. Vê-la me deixou feliz. Eu zté me esqueci por que estava com raiva.

 - De novo você... - o motivo da minha raiva disse.

 - Luke, você conhece, Percy? - Annabeth perguntou confusa.

 - Conheci ele hoje - Luke disse. - Carinh interessante, esse seu namorado.

 - Percy não é meu namorado - Annabeth disse sem hesitar.

 - Não é? - Luke perguntou surpreso com um sorriso malicioso.

 - Não sou? - perguntei, não sei por que.

 - Você é? - Annabeth perguntou-me.

 - Não  - respondi.

Droga! Nico estava certo, eu era uma anta mesmo. Eu podia ter mentido, ter falado sim, mas o problema de mentir para Luke era que eu estaria mentindo para Annabeth também e isso não parecia certo.

 - É bom te ver - Annabeth disse sorrindo.

Me sentei na cama dela, ao lado oposto de Luke. Sua perna quebrada repousava perto de mim.

 - É bom te ver - eu disse também.

 - Eu sai cedo, você ainda estava dormindo - disse Luke, cortando o clima.

 - É, quando eu acordei você não estava mais aqui - Annabeth disse. - Que bom que você já melhorou.

 - Se já está melhor devia ir para casa certo? - eu disse para Luke.

 - Eu vou para casa, quando eu quiser. Eu gostei de conhecer Annabeth. - Luke disse.

Deus deve estar me testando. Só pode. Me testando para saber quanto tempo eu aguento antes de socar Luke.

 - Você também é legal - Annabeth sorriu.

Não sorria para ele! Sorria para mim!!

 - Eu não diria isso - eu comentei discretamente.

 - O que disse? - Luke perguntou.

 - Disse que Annabeth está bonita e que eu estou com saudades dela. - eu disse. - Depois daquela noite no Tartaro...

Eu não sei o que em mim. Eu apenas fiz. Eu beijei Annabeth. Me aproximei e a beijei. Mas uma vez aquela onda de emoções me atingiu quando ela correspondeu o beijo. Era como se algo em mim estivesse faltando até eu beija-la, então eu me sentia completo.

 - Eu acho que eu preciso ir - disse Luke olhando para o  relogio de pulso.

Fuck Yeah! Percy 1 x 0 Luke.

Então Luke se levantou, deu um beijo na testa de Annabeth e foi embora. Mas é claro antes de sair ele tinha que falar algo do tipo:

 - Talvez eu volte amanhã.

Então fiquei finalmente a sós com Annabeth.

 - Eu acho que vocês não se deram muito bem - Annabeth comentou. 

 - Impressão sua - eu disse.

 - Uhumm... impressão minha...

 - Você é incrivel sabia? - eu disse, segurando sua mão.

 - Por que? - ela perguntou.

 - Você salvou meu irmão - eu contei.

 - O garoto.. era seu irmão..?

 - Era sim, Tyson, meu irmão mais novo.

 - Serio? Tipo, serio mesmo? Mesmo, mesmo? - ela não acreditava.

 - Serio. Você salvou meu irmão - eu afirmei. - A família Jackson tem uma divida com você.

 - Wow... eu ainda não acredito. Seu irmão está bem?

 - Está sim. Ele não se machucou. Você merecia uma medalha.

 - Posso trocar a medalha por um beijo?

 - Só um?

 Eu a beijei novamente, e novamente e novamente. Era algo que não me cansava de fazer, eu simplesmente precisava me sentir proximo dela de algum modo.

 - Então... - Annabeth disse quando nos separamos - como vai aquela pessoa adoravel... qual é o nome dela..? Oh sim, Rachel, como vai ela?

Estava tudo tão bem, e Annabeth conseguiu acabar com tudo isso com uma simples pergunta.

Eu dizia a verdade ou mentia? Ou fazia algo melhor: enrolava?

 - Não sei - eu disse. - Como vai sua perna. Eu nunca quebrei a perna doi mundo? Posso assinar?

 - Doi, doi muito mesmo - ela respondeu. - Se você tiver uma caneta, pode assinar.

 - Eu não tenho. Assino depois - eu disse.

O resto do tempo que eu passei com ela foi incrivelmente agradavel. Ela me fazia esquecer os meus problemas ( Rachel, reprovação na escola, as brigas dos meus pais, tudo isso sumia)

E a única coisa que estragava esse momento perfeito era o fato de eu me sentir como um cretino por ter duas namoradas e não poder ficar nem deixar nenhuma das duas.

Então quando sai do hospital me impuz um ultimato: Eu só procuraria Annabeth novamente quando terminasse com Rachel.

Annabeth era incrivel, não merecia o titulo de A Outra. Ela merecia o titulo de Primeira e  Única. E apesar de todos os defeitos, Rachel não merecia ser chamada de corna por ai.

Se eu continuasse com isso eu só estaria machucando as duas e talvez até perdesse Annabeth. Por mais idiota que parecesse essa decisão e com Luke por perto, eu senti que isso era a coisa certa ase fazer.

Eu conversei tnto com Annabeth. Ela tinha me contado como começou a gostar de mim. O que mais gostava em mim, historias de quando seu sentimento ainda secredo. Tudo aquilo só me deixou mais apaixonado por ela.

E foi dessa paixão que eu tirei forças para manter minha decisão.