"Chore, grite, ame.
Diga que valeu, que doeu, que daqui pra frente só vai melhorar.
Perdoe, insista, ame novamente.
Não leve a vida tão a sério.
Descomplique.
Quebre regras, perdoe rápido beije lentamente.
Ame de verdade, ria descontroladamente e nunca lamente nada que tenha feito você sorrir..."

– VINICIUS DE MORAES

ANNABETH CHASE

Já fazia um bom tempo que eu não bebia. Mas eu ainda reconhecia o gosto. E a boca de Percy tinha aquele gosto, de uma bebida forte.

– Não! - ele disse. - Sim.... um pouco - ele admitiu.

Ele tinha bebido. No primeiro dia de aula e ainda não era nem nove da amnhã. Claro, por que não?

– Mas que droga Percy! - eu disse me afastando dele.

– Calma Annie, não é para tanto! - ele disse.

– Não é para tanto? - eu repeti.

Como eu podia acreditar nas palavras dele se ele tinha bebido?

Me senti de certo modo traida, como se não pudesse acreditar em nada que ele tivesse falando, porque ele não estava completamente sobrio.

– Desde quando você bebe? - perguntei.

– Desde quando você foi embora sem dar noticias? - ele rebateu.

– Ah tá! Agora a culpa por você beber na escola é minha?! - eu disse indignada.

– Annie, estavamos tão perto de nos acertar. Não estrague isso. Por favor. - ele disse.

Algo se mexeu dentro de mim, dizendo que eu devia ouvir ele. Mas algo martelava denrto da minha cabeça falando que não devia dar ouvidos ao que ele dizia.

Emoção x Razão

– Vamos conversar depois, tudo bem? - eu disse. Ele estava certo, estavamos tão pero de ajeitar tudo, não seria eu a estragar tudo.

– Você está triste comigo. De novo - ele disse afetado.

– Não estou triste com você. Estou decepcionada com o que você fez. - disse eu , sincera.

– Eu não queria ter bebido!! Rachel chegou lá com a garrafa de vodka, e então o Nico me desafiou e....

– E você simplesmente começou a beber. - eu completei.

Ele tinha tentado se explicar, se justificar para que eu não ficasse mais magoada com ele. Mas não ajudou. Ele disse logo o nome de duas pessoas eu que odiava. Rachel e Nico.

– Sim! Isso mesmo! - Percy disse aliviado pensando que eu tinha entendi a situação.

– Pensei que você fosse mais forte do que isso Percy.

PERCY JACKSON

Eu tinha estragado tudo. De novo.

Dentro do Salão Principal, risados explodem o silencio que se estendia até agora. Os Stoll atacam novamente.

– Pensei que você mais forte do que isso Percy - Annabeth disse, triste. Eu podia dizer quantas vezes quissesse que não estava triste.Mas seus olhos não mentiam.

Aquelas palavras me atingiram como um tapa na cara. Ela me achava fraco. Um Maria vai com as outras. Ou seria um João vai com os outros? Enfim.

Foi como um soco direto no meu orgulho.

– Também pensei que você fosse o bastante para não fugir - rebati sem pensar. - Pensei que você fosse o bastante para não tentar desistir de nós.

E me arrependi no mesmo instante. Eu não devia falado isso.

Por que me arrependi? Era isso que pensava. Era isso que eu sentia.

– De novo isso?! - ela disse irritada. - O que aconteceu com deixar tudo para tras e começar novamente?! - ela estava quase gritando. Eu não desisti de você. Nem tentei direito! Eu não consigo. Eu te amo! - ela disse tudo tão apresadamente, tão estressada com a situação, que duvido que ela percebeu que disse que amava.

– Então... você me ama? - eu disse procovando.

– É, amo, droga - ela disse ainda estressada. - E odeio quando as gente briga, e quando a gente esta longe, e quando algumas nos separa...

– Já falei que você fica linda irritada? - perguntei. E ficava mesmo. Ela cruzava os braços na frente do corpo, batia o pé esquerdo no chão, olhava para todos os lados, mordia o labio, e lançava aquele olhar irritado para mim algumas vezes.

Não sei porque, mas eu adorava.

Ela não respondeu,apebnas lançou aquele olhar de " Você é idiota"

– Você me ama.Eu sabia - eu disse puxando-a para meus braços.

– Sai pra lá - ela disse dando uns socos no meu peito para solta-la - Me deixa.

– Eu nunca mais vou deixar você - eu disse.

Puxei para beija-la, e logo ela parou de me bater.

Eu precisava beija-la. Eu precisava ter seu corpo em meus braços, sua boca na minha, sentir seu cheiro, que era doce sem ser enjoativo, brincar com seu cabelo, olhar naqueles olhos cinzas tempestuosos, e esquecer que o mundo inteiro existe, pensar que apenas nós existimos em nossa bolha de felicidade.

Meu folego de nadador não pareci o bastante para beija-la, nosso beijo sempre parecia acabar cedo demais, não importasse quanto tempo nossa bocas ficassem juntas.

Nos abraçamos. Eu amava o modo como sua cabeça se encaixava na curva do meu pescoço, e seus dedos se entrelaçavam aos meus tão perfeitamente.

– Promete? - Annabeth perguntou. - Que nunca mais vai me deixar?

– Eu prometo - eu disse, sem pensar. - Você promete que nunca mais vai embora?

– Eu prometo. - ela disse, e mais uma vez ela me deu aquela sensação que o mundo podia acabar que eu estava pouco me imporanto, ela estava do meu lado e era só isso que importava.

ANNABETH CHASE

– Promete? - eu perguntei. - Que nunca mais vai me deixar?

Eu podia ouvir as batidasdo seu coração, e eu tinha certeza que ela podia ouvir as do meu também. Era impossivel não ouvir. Pareciam batidas de um tambor em pleno uso. Era tão confortavel sentir o calor nos braços de Percy, sentir seu cheiro que sempre me deixava de certo modo embriagada, me fazia lembrar coisas boas, ouvir sua voz, grossamas agradavel, sentir sua mão segurando a minha firmemente, olhar em seus olhos, tão verdes, tão lindos.

– Eu prometo - ele respondeu imediatamente. - Você promete que nunca mais vai embora?

Ir embora? Novamente? E sentir toda aquela dor da solidão, sentir aquela necessidade louca de vê-lo e não poder? Querer ouvir ele falando alguma coisa idiota e rir, e não conseguir?

De jeito nenhum.

O buraco no meu coração curou-se instantaneamente enquanto eu estava nos braços de Percy.

– Eu prometo - eu respondi e aquela não era um prometa só a Percy, eu prometia a mim mesma também.