I Wanna Hold You escrita por josh_xx


Capítulo 1
Capítulo unico


Notas iniciais do capítulo

É uma one-shot curtinha, um surto de domingo x_x Espero que gostem ^^



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Eu odiava sonserinos, com todas as minhas forças.

Odiava o jeito arrogante como eles tratavam todo mundo e aquele ar de 'eu-sou-melhor-que-você' que todos tinham. Odiava aquelas vestes perfeitas com aparência cara e o jeito de mal que emanava deles. Mas os odiava, principalmente, por ele ser sonserino.

E ele fazia questão de me lembrar isso todos os dias - não que ele falasse comigo (na verdade, duvido que ele soubesse da minha existência) – quando entrava no salão principal todas as manhãs, acompanhado dos seus amigos e daquele cabelo platinado (que me tirava o fôlego, tenho que comentar) eu sabia que ele nunca seria meu.

Então eu o observava comendo seu café-da-manhã, indiferente a todos ao seu redor, enquanto seus amigos faziam piadas e riam. Via seus suspiros entediados e seus olhares de canto, e a minha vontade era levantar do meu lugar e ir sentar ao lado dele, para fazê-lo sorrir.

Aliás, ultimamente eu tinha várias vontades estúpidas, todas relacionadas a ele. A mais estúpida delas era o meu desejo de abraçá-lo. Isso mesmo, abraçá-lo. Eu me via várias vezes esticando meus braços e circulando-os em volta dele, imaginava seu cheiro e a sensação de ter seu corpo próximo ao meu. Eu imaginava tanto que até podia sentir isso.

Era oficial, eu estava viciada nele, tudo que eu pensava envolvia ele e a melhor parte do meu dia era a que eu vinha para o salão principal, para ficar olhando para ele.

Foi em um desses dias, quando desci cedo para tomar meu café-da-manhã, que tudo piorou.

Eu estava o olhando, como sempre, e ele parecia aborrecido. Tentava imaginar o que havia acontecido para ele estar tão irritado, quando ele olhou na minha direção - na verdade, ele me encarou – por breves segundos, antes de suspirar irritado e falar algo para o sonserino do lado, que riu alto e ficou me olhando. Senti minhas bochechas corarem e levantei da mesa rapidamente, começando a andar para fora do grande salão.

Me senti estúpida por ter saído correndo. Quer dizer, eu olhava para ele todos os dias, imaginando como seria olhar diretamente para aqueles olhos cinzas e quando isso acontece eu saio correndo. Perfeito, era uma covarde completa, me processe.

Fiquei tão distraída que nem percebi os passos que me acompanhavam, só me dei conta que não era a única naquele corredor vazio quando um par de mãos geladas com dedos finos, me puxaram para trás da estátua do Boris, o pasmo.

Estava prestes a gritar – super instintivo, ok? - mas uma das mãos que estava no meu pulso veio tampar a minha boca e a voz arrastada sussurrou um 'shiu, fica quieta!'.

Olhei para o dono da voz e dei de cara com olhos cinzas. Juro que quase virei suco de abóbora.

Ele estava ali, bem pertinho de mim. Eu podia sentir o seu perfume e te garanto que era mil vezes melhor do que eu tinha imaginado. Escutava meu coração batendo rápido e rezei para que ele não estivesse escutando também, eu não queria parecer... Lufana.

Quando o loiro teve certeza que eu não iria gritar – como se eu fosse conseguir gritar. Eu mal podia falar! – ele tirou as mãos da minha boca e me olhou de forma irritada.

- Sabia que você é muito chata? - ele perguntou, totalmente sem emoção na voz, e eu fiquei sem reação. O que você teria respondido? Sim? Fiquei o encarando ali no escuro, sem dizer nada, então ele continuou. - É muito chato ter você me encarando todo santo dia, por Salazar, cadê a sua coragem grifinória? No começo era até engraçado, mas agora encheu o saco. Dá para você me dizer qual é a merda do seu problema? - ele terminou. E a minha vontade era que o chão se abrisse embaixo de mim, para que eu não precisasse responder.

Como eu podia ser tão burra? Eu podia ter sido um pouquinho mais discreta. Era muito vergonhoso saber que ele havia percebido. Por isso, quando eu respondi, foi em um tom de voz baixo.

- Você.

Pronto. Eu disse. Aí estava toda a minha coragem, isso foi tudo que eu consegui falar.

E parece que bastou para ele, pois ele sorriu. Sorriu, de verdade. Não foi o sorriso sarcástico que ele sempre dava, foi um sorriso sincero e eu tinha certeza que se ele não tivesse segurado na minha cintura em seguida, eu teria caído no chão.

Então ele me beijou. Simplesmente isso. Colou nossos lábios de forma rápida e macia. Seu gosto invadiu meus lábios e eu senti o melhor gosto da minha vida, o gosto dele, um gosto leve de menta misturada com café. Naquela hora eu aposto que não saberia dizer o meu nome.

Assim como o beijo começou, ele terminou, rapidamente. Ou assim pareceu.

Eu me vi privada da melhor sensação do mundo, do gosto dele, do cheiro dele e do toque dele, me senti perdida. Senti como se eu não pudesse viver mais sem ele e...

Eu odiava isso. Eu odiava o fato de estar apaixonada por Draco Malfoy.

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Notas finais do capítulo

Fim :D reviews? ó_ò