É difícil ser feliz sabendo que a pessoa que você ama não está por perto, é quase que impossível, dormir fica cada vez mais difícil, comer então fica pior ainda. Eu prometi que seria feliz e cumprirei minha promessa.

Andando a noite pelas ruas escuras de Albuquerque eu via casais felizes, sorrindo, brincando e se abraçando, era como um castigo. Às vezes eu penso que não deveria ter partido, porém essa era a única escolha, eu iria perdê-lo do mesmo jeito. Onde eu moro sei que não posso chamar de minha casa, pois não consigo me sentir a vontade, Klaus às vezes é cruel mais nunca tentou fazer nem um mal a mim, ele diz que eu devo mudar, mais eu não quero mudar, quero continuar sendo eu mesma, sempre.

Voltando para casa eu me sentia solitária, mais quando chegar a mansão terei que fingir ser algo que eu não sou e nem quero ser.

- boa noite minha querida, como foi o passeio? – Klaus estava sentado no sofá ouvindo musica

- não finja que se importa se precisar de algo estarei lá em cima, então não me chame – subi vagarosamente as escadas, até ser interrompida

- não seja tão arrogante, estou sendo gentil e você deve ser também – aqueles olhos verdes eram tão penetrantes – não me obrigue a controlá-la – sorriu gentil

- não pode me controlar e sabe disso, assim como não pode me matar, nem dormindo é possível me matar – terminei de subir as escadas

Entrei no meu quarto e apaguei completamente.

O que me acordou? Simples o som do meu celular tocando.

- alo?

- Bella?

Era o Damon só poderia ser ele, eu reconheço a sua voz, eu não poderia falar com ele, não agora, fazia apenas seis meses desde que eu parti. Optei por desligar o celular.

Desci as escadas e fui para cozinha, ao chegar depare-me com uma garota sentada na banqueta perto da mesa, seus olhos estavam um pouco inchados, ela parecia ter chorado muito, ela se encontrava cabisbaixa, lentamente andei em sua direção, a mesma levantou a cabeça e me olhou tristemente.

- o que houve? – perguntei

- não fique amiguinha dela – Klaus apareceu atrás da menina

- quem é ela? – perguntei

- seu café da manhã – sorriu

- não vou matá-la – eu não posso atar essa pobre garota

- o café da manhã é a refeição mais importante do dia, e terei que ameaçá-la – Klaus andou em minha direção e parou – vou tirara alguém muito precioso de você – o mesmo sorriu

- já tirou tudo de mim – respondi

- ou toma o seu café da manhã ou o pobre Charlie irá morrer

- está bem

Eu não estava feliz com o que ia fazer, nem no começo da minha fase de vampira eu matava pessoas, e agora isso.

Alguns segundos depois...

- viu não foi tão difícil, ou foi? – perguntou Klaus colocando as mãos sobre meus ombros

Sem pensar duas vezes eu o empurrei fortemente, fazendo o colidir na parede e o fazendo ficar ali mesmo.

- não sou assassina, não mato pessoas, não sou como você e nunca vou ser – Klaus só sabia rir

O mesmo me puxou e colocou as mãos em meu pescoço.

- não seja tola, podemos fazer isso varias e varias vezes mais me vencer, isso nunca irá rolar – Klaus me soltou e foi para sala – aproposito, vá visitar o Charlie pela ultima vez, por que depois disso você vai ser o que eu quiser, sem reclamar – gritou da sala

...

Bem vindo a Forks a placa dizia, é fazia um bom tempo que eu não vinha a Forks. Ao estacionar no local onde antigamente ficava a minha picape, notei que meu pai já havia saído.

- Desculpe-me mais creio que não possa estacionar aqui – Charlie estava com um pano de prato nas mãos, ele estava cozinhando?

Desci do carro e ele arregalou os olhos.

- Bells – correu para me abraçar

Ao olhar-me o mesmo notou que eu não havia envelhecido nem um pouco, ele estranhou no começo, porém depois se contentou em estar com a sua filha.

- estava cozinhando papai? – perguntei enquanto entravamos em casa

- estamos sempre cozinhando – o mesmo riu

- estamos? Por que tem plural nessa frase? – perguntei sem entender

Ao chegar à cozinha deparei-me com uma linda mulher cortado tomates, ela era ruiva, tinha a pele branca e parecia ser muito jovem.

- quero que conheça a Samantha Oliver – ao ouvir seu nome sendo citada a mesma virou-se e me olhou de cima embaixo, não parecia um olhar amigável

- Samantha essa é a minha filha, Isabella Marie Swan, mais pode chamá-la de Bella – Charlie estava feliz, ao contrario da tal Samantha

- é um enorme prazer – a mesma me abraçou – Charlie fala tanto de você – gentilmente eu a afastei

- é um prazer enorme conhecê-la também – menti

- vou tomar um banho, conversem e se conheçam – Charlie subiu as escadas

Sente-me perto da mesa e Samantha me olhou um pouco furiosa.

- só se sente quando todos estiverem sentados, então se levante – ordenou

Eu apenas sorri e continuei sentada.

- você não manda aqui, meu pai manda aqui, eu sou a filha dele e você é só uma mulher que está querendo me mandar embora para voltar a ficar sozinha com ele – Samantha riu e me puxou da cadeira

Ela estava me irritando.

- eu mando aqui, vá para outro lugar, não gosto de você – e com um simples empurrão ela cutucou a onça com uma tampinha de caneta

É eu exagerei um pouco mostrando meu verdadeiro eu, ela ficou tremendamente assustada, quando estava prestes a gritar rapidamente tampei sua boca e olhei em seus olhos.

- você não se lembra de nada, apenas me conheceu e me adorou, é só disso que se lembra – ela me encarava fixamente

- é só disso que eu me lembro – repetiu

Depois de almoçar na casa do meu pai e matar as saudades eu lhe disse que só ia ficar um dia, então ele me disse para visitar o Jake e eu o fiz.

Bati levemente na porta da Emily.

- cara eu to falando sério, tem algum vampiro aqui, eu sinto o cheiro – dizia Embry

- você está louco, seu faro esta ruim não tem vampiro nenhum aqui – Paul ria

Na hora em que Emily abriu a porta Paul e Embry me olharam.

- Bella – Emily me abraçou

- eu sabia que tinha uma sanguessuga aqui – o mesmo apontou para mim – eai Bella, o que faz aqui? – perguntou Embry

- vim visitar o Jake

- ele ta lá atrás da casa junto com o Sam

- obrigado – sorri

Corri bem rápido, cheguei lá mais rápido ainda, Jake estava de costas, quanto Sam e Leah já haviam me visto, olhei para Sam e fiz um sinal para que ele fizesse silencio.

- adivinha quem é? – perguntei com as minhas mãos sobre seus olhos

Jake nem sequer adivinhou ele apenas virou-se e me abraçou.

- Bella o que faz aqui? Pensei que tinha ido embora com os Cullen mais eu soube que a Alice morreu, é verdade? – Jake perguntou

Sentamos-nos na grama e eu lhe expliquei tudo.

- então quer dizer que você não é mais humana – Jake disse parecendo decepcionado

- olhe pelo lado bom, não estou com o Edward – nós dois rimos

- eu queria tentar uma coisa, será que posso? – perguntou

- claro – sorri

Jake colocou as mãos em meu rosto e me beijou.

...

PDV Damon

Devo admitir que ficar sem a Bella é insuportável, eu não agüento, não sei como ela está, não sei se está machucada, e o pior de tudo, não sei por que não me atendeu quando eu liguei. Sua carta eu sempre lia sua carta, varias vezes, era algo que me fazia lembrar ela.

- posso entrar? – perguntou Stefan

- pode

- como você está se sentindo? – perguntou

- ótimo nunca estive melhor, a mulher que eu amo se foi eu estou maravilhado com isso, a minha situação é perfeita eu amo ficar em casa – ironia essa continuava intacta

- vamos ao Mystic Grill, você precisa sair um pouco daqui, parece que está mais branco do que já é, e ola que isso não é possível – Stefan riu

- está bem, vou me trocar – disse o expulsando

Bella queria que eu fosse feliz, e eu vou ser feliz, afinal esse é o desejo dela, mais não significa que eu já a esqueci, isso nunca vai acontecer.