World Of Chances escrita por Semi_Forever


Capítulo 1
Monster


Notas iniciais do capítulo

Monster - Paramore;*



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- Selly! – gritou Megan, pulando em mim.

- Meg! – gritei em resposta, a abraçando com toda minha força.

- Minha irmãzinha esta de volta. – cantarolou em meu ouvido.

- E minha irmã mais velha continua não sabendo cantar. – ri, me afastando.

- Isso não vem ao caso. – ela arrancou as malas de minhas mãos. – Pronta pra se divertir como nunca.

- Nem tanto, não é. – reclamei. – Vou ficar vendo minha irmã de drogar.

- Prometo que não faço na sua frente. – ela beijou minha bochecha e seguimos para fora do aeroporto.

- Resposta errada. – disse. – Eu esperava um: “nunca mais vou fazer isso Selly, por você.”

- É, concerteza resposta errada. – riu.

Tinha vindo passar meus dois meses de férias com minha irmã e meu pai, já que minha mãe anda muito ocupada com seu novo romance. Afinal, ela merece uma folga de mim e é a oportunidade perfeita para ver essa parte na família.

Nós sentamos no carro e junto com o som do motor no carro veio um toque de celular.

Apalpei o meu em meu bolso.

- É o meu. – sorriu, mas logo seus dentes sumiram ao ouvir a pessoa do outro lado da linha. – O quê? Aonde? No hospital? Sua... já vou, me espera. Cuidado pelo amor de Deus.

Ela desligou o aparelho pisando no acelerador.

- Quem esta no hospital? – perguntei preocupada.

- Selly, eu sinto muito. – disse ela honestamente. – Eu sei que você esta super cansada e posso te deixar em casa se não quiser, mas minha melhor amiga esta no hospital e... Droga aquela idiota! Até que estranhei seu sumiço por três dias...

- Calma Meg, fica tranqüila. – acariciei seu ombro. – Vamos, eu te acompanho. Nem estou cansada, afinal, só fiquei duas horas no avião.

- Obrigada Selly. – ela suspirava impaciente, a preocupação e insegurança tomando sua face. – Ela é muito importante para mim.

- Percebesse. – sorri também insegura, limpei a garganta antes de continuar, hesitante. – Ela é uma de suas... desculpa a linguagem: amigas drogadas?

Ela sorri levemente.

Em seu olhar eu via a verdade. Era.

Suspirei com medo.

- Calma Selly, eu... – eu a cortei.

- Porque você se importa com essas pessoas?

- Porque... – ela hesitou. – É minha culpa. No conheço desse ano eu a conheci e viramos melhores amigas instantaneamente e eu... eu não cuidei dela direito e ela me seguiu.

- Não acredito Meg, você a levou para as drogas? – disse indignada.

- Eu não queria! – contrapôs. – Quando eu vi, nós estávamos usando juntas. Podemos continuar essa conversa em casa?

Ela parou o carro em me olhou nos olhos.

Encarar aqueles olhos mudados era difícil. Eram tão diferentes dos de três anos atrás, secos e sem vida. Só não corria para longe dessa estranha pois ali, quase imperceptível, havia um brilho familiar. O brilho de seu bom coração, o verdadeiro brilho da minha Megan.

Assenti.

Nós saímos do carro com pressa caminhando para a grande porta do hospital, mas nem estávamos no meio da praça que o cercava e Megan parou.

- O que foi? – perguntei.

- Tinha que ser ela mesmo. – sorriu. – É ela ali.

Ela apontou para uma garota seguida de uma mulher.

- Mãe, eu já ‘to bem. – bufou a garota, nos avistando. – Olha a Megan ali, até mais mãe.

Não via a menina direito, mas o cabelo preto era a primeira coisa que notei.

- Demi, você acabou de sair do hospital, vamos para casa. – insistiu a mãe da garota, segurando seu braço.

- A senhora já me abraçou milhões de vezes, já me beijou trilhões de vezes e ficou olhando pra minha cara três dias. Deveria estar dando graças a Deus que vou me mandar. – ela beijou a testa de mãe. – Te vejo depois.

A senhora ia retrucar tentando convencer a filha, mas desistiu quando percebeu que seria inútil.

Ela virou para nós e caminhou em passos rápidos.

Ao ver sua face minhas pernas oscilaram ligeiramente.

A pele branca gritava em contraste com cabelo negro e a camiseta vermelha vibrante que usava só ajudou no destaque, uma calça jeans preta levemente rasgada descia apertada em suas pernas encontrando um all-star comum.

- Meg, ‘to tão feli... – ela foi interrompida pela mão de Megan em sua cara. – AAI!

Segurei o braço de Megan, impedido-a de dar-lhe outro tapa.

- Pensei que ela fosse especial. – repreendia-a.

- Pior que é. – respondeu ela, brava. – Isso é pra você aprender a avisar sua amiga que teve overdose!

- Aaah claro, eu deveria ter acordado do coma pra te ligar e seria uma conversa bem interessante: “Oi Megan, sim é a Demi e a propósito eu estou em coma por que apliquei uma dose tripla sem perceber. Beijo amor!” – ironizou a garota, ainda com a mão na bochecha. – Poxa, mão pesada hein.

- E realmente deviria ter acontecido isso. – gritou Meg. – Vem cá, retardada.

Ela duas se abraçaram e eu pude ver o sentimento de culpa expresso no contado de corpos.

- Uma retardada que você ama. – disse a de cabelos negros num sorriso sem dentes.

- Demais até. – elas se afastaram e eu me encontrei sorrindo para a cena. – Aaah ok, Selly essa é a...

- Demi. – completou a outra. – E você deve ser a Selena, irmã mais nova dessa coisa. Você foi o assunto da sua irmã nos últimos meses.

- Fui? – olhei de relance para Megan.

- Talvez... – começou, mas foi cortada novamente por Demi.

- Talvez? – brincou. – Como era mesmo: “Você precisa conhecer minha irmãzinha Selena ela é tão linda e canta tão bem!” e também: “Sabe o que isso me lembra? A minha irmãzinha brincando com seus fantoches”.

- Você contou pra ela sobre meus fantoches? – bati em seu braço.

- Isso é só o começo. – completou Demi. – Mas ela tinha razão sobre ser bonita, agora vamos ver a teoria da cantoria.

- O quê? Eu não canto. – corei. – Mas, obrigada. Você também é... você sabe... bonita.

- Opa, vamos cortar esse clima. – Megan entrou entre nós. – E você Lovato, fique longe da minha irmãzinha.

Ela riu falsamente.

- Suponho que a senhorita vai conosco, não é? – disse Megan.

- Pra sua casa? Claro, pra minha mãe eu não volto. – confirmou ela.

- Então vamos. – disse ela dando a volta no carro.

- Aqui, entre. – Demi abriu a porta no passageiro para mim.

- O-obrigada. – gaguejei entrando.

- Estou falando sério sobre ficar longe dela Demi. – cuspiu minha irmã, quando Demi sentou-se no banco de trás.

- Ela só foi gentil Meg. – disse.

- Até você ‘ta do lado dela Selly? – queixou-se.

- Deus, cale a boca Megan. – Demi tinha as mãos na cabeça. – Minha cabeça parece que vai explodir.

- Tem certeza que o médico te deu alta? – perguntou Megan.

- Não. Eu fugi. – disse simplesmente como se não fosse nada. – Digamos que ele vai ter uma surpresa quando não me encontrar ligada aos aparelhos.

- O quê? – exclamamos em uníssono.

- Não me levem de volta! – adiantou Demi. – Eu vou fugir de novo.

- Se vai fugir melhor que seja com agente. – suspirou Megan com riso. – Já é a segunda vez que você me manda te buscar no hospital do nada, eu fico preocupada.

- Segunda vez? – encarei Demi pelo retrovisor.

Deu um sorriso tímido.

- Digamos que eu me meto em muita robada.

- Isso é verdade. – concordou Meg. – Se não é no hospital é na delegacia.

- Vamos mudar de assunto? Odeio quando falamos sobre mim. – disse ela. – A propósito, alguém tem um óculos de sol?

- Não acredito, você se drogou no hospital! – gritou Megan espantada. – Você acabou de sair de um coma!

- Não enche Meg, foram só três cigarros de maconha. – contrapôs. – E meus olhos já estão começando a ficar avermelhados.

Megan deu seus óculos a ela.

- Aaaaaaah minha cabeça! – gritou de forma dramática, nos fazendo rir. – Sério gente, dói.

- Então suba pro meu quarto e durma, eu vou ajudar a Selly. – Megan estacionou na frente de casa. Realmente não tinha mudado nada.

- Eu sempre sou a excluída mesmo, não é? – ela pulou para fora no carro abrindo a porta para mim novamente.

- Alem de os olhos vermelhos você vai ganhar um deles roxo se você não parar de ficar encima da minha irmã. – brigou Megan.

- Não estou dando em cima dela. – riu Demi. – Estaria se fizesse isso.

Ela bateu a porta, me empurrando contra ela. O espaço quase insistente entre nós, os quadris roçando um no outro. Senti o cheio de limão que seu cabelo exalava, mas foi um momento rápido.

- Eu te avisei. – disse Megan para uma Demi com óculos quebrados.


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Notas finais do capítulo

Desculpem os possíveis erros de digitação e, por favor me diga sua opinião. Estou muito insegura para com essa história, pois já esta em minha mente a tempos mas... não tinha coragem de coloca-la no papel por seu ligeiramente pesada.Obrigada novamente e, sim, eu vou agradecer toda hora. UAHUASHSAUHSAReview ?