Segundo Passo escrita por Gyane


Capítulo 2
Não pode ser ele!


Notas iniciais do capítulo

Oieeee Voltei e com maisssss *-*



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Se chão abriu sobre os seus pés

E a segurança, sumiu da faixa

Se as pessas estão todas soltas

E nada mais se encaixa.

Oh, criança, isso é só fim

Mas isso é só o fim (Só o fim, Pitty)

Eu tinha uma vasta experiência nisso para saber que aquilo não era apenas fruto da minha imaginação, como eu queria.

Ele realmente estava lá parado, com aquele olhar que dizia “Você me deve uma explicação”. E isso tudo por quê? Porque meu anjo da guarda devia ser primo distante do Cuck. Porque outro motivo seria.

Eu tentei buscar no meu cérebro alguma explicação, mais meus neurônios estavam congelados de pavor pela minha falta de sorte, então eu não podia contar com eles. Sério, qual era probabilidade disso acontecer com uma pessoa normal? Nenhuma. Uma em um milhão. Então porque céu tinha que acontecer comigo?

Eu caminhei lentamente em sua direção, na verdade parecia que eu estava batendo uma aposta com uma lesma para ver quem chegava por ultimo.

—Eu não sei se quero ouvir uma explicação sobre isso. —Ele mal esperou me aproximar.

Ok. E quem disse que eu queria dar uma explicação.

—Não é nada disso que você esta pensando. —Ótimo, agora parecia que eu tinha culpa.

—Não é.

—Você esta colocando uma imaginação para trabalhar a toa. —Eu o alertei.

—Ana Luiza. —Eu detestava quando ele fazia isso. —Se eu me lembro bem, aquele ali não é seu namorado.

—Não Pai aquele não era o meu namorado. —Ele sabia que não era. Porque ele estava me perguntando? Ele estava querendo me forçar a confessar alguma coisa?

—Então quem era? —Será que meu pai estava pensando em começar um interrogatório.

Ugh. Aquilo era totalmente humilhante. Não era o tipo de conversa que uma garota tem com o pai. Não mesmo.

—Ana Luiza. —Minha mãe me chamou abrindo a porta e balançando o telefone.

Eu nunca tinha fica tão feliz em escutar o grito agudo de minha mãe como naquele momento. Eu dei de ombro e sai correndo em direção do meu salvador. Eu amava aquele aparelho preto em suas mãos.

—Oi. —Eu disse pressionando o telefone contra minha orelha.

—Iza... Preciso clube... Agora. —A Nice murmurou tudo de uma vez em tempo recorde. Será que ela estava tentando brincar de adivinhação pelo telefone?

 —Você me ouviu? —Ela perguntou impaciente.

—Depende. —Eu disse ainda tentando decifrar.

—Depende do que? —Realmente ela estava sem paciência.

—Eu ouvi, agora não tenho certeza se eu entendi.

Eu ouvi a Nice praguejar do outro lado da linha. E me senti bem com isso.

—Iza você precisa vir aqui no clube agora. E uma coisa de vida ou morte. — Eu tentei imaginar o que poderia ser de vida ou morte para Nice, mas minha imaginação não levou nada a serio.

—Se for você que vai morrer então eu não vou.

—Depois não diga que eu não te avisei. —A Nice disse irritada desligando o telefone na minha cara.

E pensar que tia Susana tinha perdido tempo tentando educá-la.

Eu me joguei no sofá da sala e fitei o teto branco. Aquela não era uma boa cor, definitivamente.  Preto combinaria muito mais, tipo assim toda vez que eu acordasse e abrisse os olhos visse tudo preto eu poderia voltar a dormir porque ainda seria de noite...

Ok. Quem eu estava tentando enganar? A Nice tinha feito aquilo de propósito. Ela tinha plantado o bichinho da curiosidade dentro dos meus miolos e sabia que eu não ia resistir. Droga. Eu detestava quando ela vencia.

Eu caminhei até clube fazendo uma enorme lista do que poderia ser, na verdade eu não tinha nem chegado ao item cinco.

—Eu sabia que você vinha. —A Nice disse assim que atravessei o portão do clube.

—Você ligou para ela. —O Jerry apareceu e parecia bem zangado. Agora eu não estava entendendo nada. Não que antes eu estivesse.

—Ela é minha amiga. —A Nice disse dando de ombros e se virando par mim. —Quero ver se você não vai me dar razão agora. —Porque a Nice estava tão feliz assim?

Isso me dava medo.

O clube estava praticamente vazio, ao não ser por algumas poucas pessoas sentadas nas mesas da lanchonete de frente para a piscina vazia.

—Juro que se não for importante... —Eu comecei com minha ameaça de morte mais a Nice me interrompeu.

—Olha ali. —Ela disse apontando para uma das mesas.

Eu estreitei meus olhos. O quê? Aquilo era um sundae gigante. Um sundae gigante de morango.

—Você trouxe aqui para ver um sundae tamanho família? —Eu perguntei indignada para a Nice.

—Não a mesa e sim as pessoas da mesa. —A Nice disse agarrando meu rosto o erguendo ao nível das pessoas.

Ufa. Eu estava começando a acreditar que a Nice estava querendo corromper minha alma com os sete pecados capitais. Começando pela gula... Não, não era pela gula e sim pela ira.

Meu coração falhou uma batida para logo em seguida disparar dentro do peito. O garoto de camisa listrada de branco e azul não podia ser o Michel? Quer dizer, ele estava de férias na florida. 

—O que eu te disse? —A voz da Nice chegou até mim sem nenhum efeito. —Ele não deveria estar na Florida? Quando ele chegou?

Eu fingi não ter ouvido as perguntas da Nice apesar de ser exatamente as que eu estava fazendo para mim mesma. Um soco no estomago, era assim que eu me sentia naquele momento. O ar parecia que não ia atravessar meus pulmões, não que eu estivesse me esforçando para isso.

—É o que eu vou descobrir agora. —Eu disse decidida a tirar satisfação. A raiva estava começando a percorrer meu sangue... eu devia saber que uma vez idiota, idiota para sempre

—Pra que isso Iza? —O Jerry às vezes parecia um retardado, mas outras ele era um completo retardado.

—Anda Logo Iza coloca o Michel no lugar dele. —A Nice me aconselhou.

—Deixa pra lá, vê até onde ele vai com essa mentira. —O Jerry contra disse a Nice.

—Você esta louco. — A Nice olhou para ele como se ele tivesse pegado uma doença contagiosa.

Ok. Agora eu realmente estava confusa. O Batman e Robin discordando, era assustador.

Meus olhos começaram a queimar. Enquanto eu tentava entender o porquê dele não me procurar. Eu realmente entendia o que aquilo significava, mas isso não significava que não doía, doía ainda mais.

—Você tem que decidir. —A Nice pressionou.

—Acho que vou ficar com o Robin...

Os dois se olharam como se eu merecesse ir direto para o sanatório. E eu que pensei que agora as coisas finalmente estavam começando a dar certo para mim. Até parecia que eu tinha nascido numa sexta-feira treze.

—Iza seu celular. —A Nice disse balançando o aparelho na sua mão.

Eu atendi sem olhar quem era?

—Ana Luiza aonde você esta? —Nem precisava dizer que pela forma educada era minha mãe.

Droga. Eu tinha me esquecido de avisar ela sobre o clube.

—No quarto ouvindo musica. —Eu arrisquei, vai que algum santo tivesse sem fazer nada lá em cima e me desse uma mãozinha.

—Não seja engraçadinha. —Ela disse ainda mais furiosa.

Não deu.

—Mãe eu falei  para você do clube.

—Ana Luiza.

Também não deu.

—Tá eu tive um lapso momentâneo e esqueci-me de informar meu paradeiro, mas esta tudo sobre o controle.

—Cinco minutos para chegar em casa. —Ela nunca estava satisfeita.

—Só se eu pegar carona com o super homem.

—Pode até ser com o Batman deste que esteja aqui dentro de cinco minutos. —Oh, mania que minha mãe tinha de contar os minutos.

—Mãe o Batman não voa, ai vai levar mais tempo.

—Ana Luiza.

—Tudo bem, já entendi. —Ela sabia ser convincente quando queria. —To no portão já. —Eu desliguei antes que ela fizesse mais uma tentativa de me deixar surda.

—O que você vai fazer? — A Nice perguntou acompanhando meu olhar para o Michel.

Essa era uma boa pergunta. Pena que eu não tinha resposta. O que fazer?


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Notas finais do capítulo

Rá o Michel não podia deixar de aprontar né???? Shuahsuahsua
Mas então o que a Iza deve fazer???