Segundo Passo escrita por Gyane


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Bom como prometi o prox cap...



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Tantas decepções eu já vivi
Aquela foi de longe a mais cruel
. ( Me adora, Pitty)

—Eu já falei para você tirar as mãos de cima dela. —O Michel repetiu entre os dentes, sua expressão não era nada amigavel.

—Ok cara. —O Fred disse levantando as mãos para cima.

Eu não tinha ouvido direito. O que ele achava que estava fazendo?

Primeiro eu achei que ir ter um mini ataque cardíaco depois eu percebi que meu coração ia parar de bater mesmo de vez.

—Você não manda em mim. —Eu disse recuperando do susto e deixando o clima de ódio estragar o meu coração.

—Eu sou o seu namorado. —Ele disse firmemente.

Agora ele tinha estuprado o meu cérebro. Só podia ser isso. Eu não conseguia acreditar que aquelas palavras tinham saído da boca dele.

—Não você não é meu namorado. —Eu o lembrei. —A gente terminou a noite passada.

—Não. —Ele continuava firme na resolução dele. Cara eu tava começando achar que ele sofria de transtorno bipolar. —Não, sem antes a gente conversar. Foi só uma briga.

—Iza eu vou indo, qualquer coisa me liga. —O Fred disse se levantando apoiando no meu ombro.

—Eu já te avisei para ficar longe dela. —O Michel praticamente gritou na cara do Fred.

—Isso quem decide é ela. —O Fred retrucou no mesmo instante e sua resposta foi um soco na cara fazendo com que ele cambaleasse para trás.

Um grito escapou de meus lábios.                    

—Parem com isso agora. — A Cida gritou no mesmo momento em que o Jerry e o Max pararam do lado do Michel pronto para segura-lo, quer dizer eu não acho que o Max realmente ia fazer isso.

—Vai embora. —Eu disse entre os dentes. Todos na lanchonete olhávamos para nós. Ótimo, agora eu tinha virando uma celebridade.

—Não a gente vai conversar.

—Qual a parte de eu não quero mais te ver você não entendeu. —Eu rebati furiosa.

Como depois de tudo ele se sentia no direito de cobrar algo de mim. Como senhor?

—Fred você esta bem? —Eu disse me voltando para ele.

—Eu não vou sair daqui enquanto não conversarmos. —Ele disse resolutivo.

Ignore Iza, ignora... Isso só faz parte de um terrível pesadelo.

—Vamos para com isso. —A Cida interrompeu novamente. —É melhor você ir embora. —Ela disse se virando para o Michel.

—Eu não vou sair daqui sem falar com a Ana Luiza. —Ele teimou.

—Tá. —A Cida disse impaciente. —Vai para área de serviço, vocês conversa lá, mas sem escândalo.

O que? Será que eu estava ouvindo. Eu arregalei meus olhos incrédulos. A Cida tinha bebido àquela hora do dia.

—Eu não vou. —Eu protestei assim que o Michel se virou.

—Eu não quero que seus pais saibam dessa confusão e aposto que você também não. —Porque ela sempre tinha a melhor maneira de me convencer. —Agora vai resolver isso que eu cuido dele. —Ela disse apontando para o Fred.

Eu segui seu olhar até o Fred, mas ele ficou detido no Max que provavelmente sabia de tudo que estava acontecendo, meu rosto queimou de ódio.

—Vai ajudar se eu disser que o incentivei a beber? — O Max perguntou, eu não sabia se ele estava dizendo isso por culpa ou para ajudar o seu amigo, mas para mim não importava.

—Não. —Eu tentei controlar minha raiva. —Ele não estava até chegar lá.

O Max assentiu com a cabeça enquanto eu caminhava diretamente para área de serviço, eu tinha passado metade da noite imaginado o que eu poderia ter dito para ele, tento milhares de conversa imaginarias que eu não sabia se valia a pena ter.

Quando eu entrei na área de serviço, o Michel estava sentado com a cabeça entre as mãos. Novamente eu me senti uma idiota por ainda gostar dele e por provavelmente saber que o que eu sentia não era o mesmo que ele sentia.

Eu bati a porta com força fazendo com que ele levantasse a cabeça para me fitar. Ele levantou sua cabeça e nossos olhos se encontraram, desejei poder abraçá-lo mais me mantive firme. Ficamos em silencio por alguns instantes.

—Luiza... —O Michel quebrou o silencio.

—Antes que você diga qualquer coisa, eu quero que você saiba de uma coisa. —Eu disse engolindo um nó que se formara na minha garganta. —Eu não vou te perdoar. Não porque eu não te ame, ao contrario eu te amo muito, mas eu sei... Mais eu vou lutar para sufocar um dia tudo que eu sinto por você. Porque a facada que você me deu... Eu mal consigo olhar para você sem me sentir mal...—Eu parei de falar minha voz estava embarcada pelas lagrimas, e eu estava lutando contras as malditas lagrimas.

—Para Ana Luiza. —O Michel disse se levantando e vencendo a distancia entre nós. —Não diz isso, por favor. —Ele segurou meu rosto entre suas mãos me obrigando a encará-lo. —Não fala que vai me esquecer. Eu não posso ficar sem você.

—E eu não posso... —Antes que eu pudesse terminar de falar o Michel colou seus lábios nos meus, foi um beijo suave, mas que fez meu coração pesar ainda mais. Eu tive que lutar para não me agarrar ainda mais a ele.

—Diz que você não sente falta disso. —Ele pediu em um sussurrou quando nossos lábios se separaram.

—Por quê? Porque com ela? —Eu não podia não perguntar. —Porque não qualquer outra?

—Eu não sei, eu não sei. —O Michel disse passando a mão entre os cabelos e andando de um lado para o outro. —Simplesmente aconteceu, não foi nada planejado.

—Eu sei. —Eu disse sentindo novamente a raiva me dominar por estar ali falando com ele. —Porque você gosta dela. Porque você sentiu saudade... E porque nosso namoro sempre girou em torno dela...e porque você nunca realmente esqueceu ela.

–Para com isso Ana Luiza. —O Michel ordenou irritado. —Você não pode saber o que sinto.

—Então me de uma explicação. —eu pedi com uma agitação feroz na minha mente. —Um único motivo para isso ter acontecido.

Ficamos em silencio.

—Não há uma explicação não é? —Certo vazio me corroeu por dentro

—Me desculpa. —Ele murmurou. —Eu estava com raiva de você eu sei que era idotice, mas não consegui me controlar e depois a Lauren me ligou e eu comecei a beber e quando me dei conta já tinha acontecido... Eu não queria te machucar.

Eu senti a raiva crescer dentro de mim.

—Mas machucou de um jeito que não tem mais concerto. —eu disse, mordendo meus lábios com força para bloquear as lágrimas que estavam brotando. —Agora me faz um favor, sai?—Eu disse apontando para porta.

—Não. —Ele negou.

—Sai, eu não quero mais te ver. —Eu gritei.

—Você não pode estar falando sério. —Ele rebateu furioso.

—Eu estou falando sério. —Eu disse impaciente. —A gente não tem mais nada, você esta livre para correr para os braços da Thifany.

—Eu não me importo com ela. —Seus olhos faiscaram de raiva. —Eu quero você.

—Mentira. Para de agir como se isso fosse verdade.

—Isso e a única verdade. —A veia no seu pescoço saltou. —Eu só quero você.

—Só que agora é tarde. —Eu não sei por que disse isso às palavras simplesmente saíram.

—Tarde? Como assim? —Ele perguntou com as sombracelhas erguidas, suas expressao ficando mais dura. —Por acaso isso tem alguma coisa haver com Fred?— Ele fechou uma mão em sua nuca como se tentasse se controlar sua raiva.

—E se tivesse? —Eu perguntei debochadamente.

Ele me encarou abruptamente. Um chacoalhar de descrença de sua cabeça.

—Você esta querendo dizer o que com isso? —Ele perguntou sombriamente. —Eu não quero você perto dele. —Ele disse em um tom de ordem que não deixava espaço para questionamento e isso só fez com que minha raiva aumentasse.

—Você não manda em mim. —Eu disse igual uma criança mimada. —Pelo menos o Fred me da motivos para ri e não para chorar.

—E deste de quando vocês são tão amigos. —Agora sua voz era de pura fúria, eu recuei um passo para trás assusta. —Hem Ana Luiza, deste de quando você anda se encontrando com o Fred.

O que ele estava insinuando? Ele não podia estar dizendo. Ah isso era jogo sujo dele.

—Não me compare a você. — Eu disse praticamente enfiando o dedo no nariz dele.

—Deste de quando você...

—Eu não te devo satisfação não somos mais namorados. —Agora ele tinha mandado minha paciência dançar macarena mesmo. —Mas até que isso não é uma má idéia. —Eu disse essas palavras querendo que ele sentisse a mesma dor que a minha. Eu queria machucá-lo o tanto que ele havia me machucado.

Michel me lançou um olhar que continha uma ínfima partícula de nojo. —Você não pode estar falando sério.

—Por quê? Porque você acha que é o único que vai gostar de mim...

—Aquele dia na boate vocês estão juntos? —Ele perguntou me segurando pelo braço e puxando com força para perto dele. —Anda me responde?—Ele ordenou entre os dentes.

Eu senti o peso da raiva me cegar.

—Sim eu estava com ele. — Eu gritei furiosa para ele.

O Michel soltou meu braço em um solavanco como se tivesse levado um soco, seu rosto ficou pálido... Eu levei minha mão à boca, o gosto amargo do arrependimento me dominando.

O Michel deu dois passos para trás. Sua boca se abriu como se ele fosse dizer algo mais então ele se virou e saiu batendo a porta com um violento baque.

Eu senti minhas pernas esmorecerem. Porque eu havia tido aquilo? Minha maldita e enorme boca, como eu havia feito isso como? Eu corri até a porta, eu tinha que dizer a verdade. Mas o Michel não estava mais lá.

Lagrimas quentes de arrependimento desceram pelo meu rosto, eu estava me sentindo um monstro destruidor. A vingança tinha um sabor amargo... que não valia apena.


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Notas finais do capítulo

O que vcs acharam da mentira da Iza???
Espero reviws....