Segundo Passo escrita por Gyane


Capítulo 10
Capítulo 10




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Não me diga eu te disse isso não vai resolver.(brinquedo torto)

—Será que eu posso dizer que... – A Thifany começou olhando diretamente para o Michel.

— Não você não pode dizer. – Eu não era obrigada a ouvir aquela voz não mesmo.

Todo mundo olhou para mim, a Thifany abriu a boca como se tivesse super ofendida.

Quem ligava mesmo?

—Nossa quanta educação. – A Lauren disse com aquele sorriso debochado.

—Não gostou? Liga pra minha preocupação e vê se ela te atende.

—Arrasou. —A Nice falou e todo mundo olhou para ela. —Tá podem continuar. —Ela disse fazendo um gesto com a mão.

Ficamos em silêncio. O Michel olhou do chão para mim.

—Michel. —A Lauren chamou sorrindo. Ele não se virou para ela, apenas se levantou.

—Bom divirtam, pois eu e a Luiza vamos cair na água. – Ele disse me puxando pela mão.

Até quem fim ele tinha reagido.

Bum Bum, soltando fogos de artifícios.

— E eu? – A Nice gritou de repente. – eu não quero virar almoço de Naja.

— Acho que a piscina não vai esvaziar se nos três entramos nela. – O Michel disse me pegando no colo.

A Nice sorriu feliz.

Eu sabia o que o Michel ia fazer. Só que eu não protestei, eu queria que aquele espantalho abandonado visse. Ele estava comigo agora será que era tão difícil de entender,

No instante seguinte eu senti o meu corpo todo molhado e o ar sumir, meus pés tocaram o chão e então eu emergi no instante seguinte. Quase tocando o rosto do Michel.

Ficamos em silêncio nos olhando, eu sabia pela expressão dele que estava com raiva. Só que eu não sabia se era de mim.

—O que você estava fazendo com o Fred? —Ele foi direto,

— Foi por acaso eu não sabia que o Fred... A gente nem conversou. – Droga porque ele tinha que quebrar o silêncio.

— Eu não gosto de te ver perto dele. — O Michel foi bem claro. — Ele não é uma boa influencia.

— Você acha que a Thifany seja. – Quem ele pensava que era para falar assim. Ele não podia agir como se a culpa fosse só minha.

—Estamos empatados. – ele disse sorrindo.

—É eu acho que sim, mas o meu foi por um acaso, e o seu foi planejado pela sua prima você precisa parar ela. —Eu falei tudo rápido demais.

—Ei... – Ele disse prendendo mais meu corpo junto ao seu. — Eu não me importo com nenhum deles naquela mesa,  a única coisa que me importa somos nós dois, certo?

Eu suspirei, ele tinha razão.

— Certo. –Eu disse recebendo sua boca em um beijo.

— Hum aquele não é o Max? – Eu perguntei apontando para o garoto parado no outro lado da piscina como se procurasse por alguém.

—É sim. – O Michel concordou acenando com a mão para ele.

Então Max pareceu enxergar e caminhou até a borda próxima a nós.

—E ai cara tudo bem? – O Michel perguntou quando o Max se sentou na borda da piscina colocando apenas os pés na água.

— Oi Iza. – Ele me cumprimentou primeiro então se virou para o Michel e disse.— Emilia e eu terminamos.  

Uau aquilo realmente era inesperado. Tipo como assim?

—Terminaram? – O Michel também parecia não acreditar.

— Ela disse que desse jeito não dá pra ela. – Ele falou encarando a água.

Realmente o Max parecia bem mal. Eu senti dó dele naquele momento. E imaginei como a Emilia deveria estar se sentindo.

O Michel olhou para mim por um instante.

— Vocês conversaram direito? Tipo ela não disse no calor do momento? – O Michel disse tentando encontrar um motivo para termino.

— Não. Ela foi bem clara. – O Max olhou para mim e o Michel acompanhou seu olhar.
—Amor você...

—Claro. – eu sabia que eles queriam conversar sozinhos.

Provavelmente o Max não queria dizer os motivos de eles terminarem na minha frente. –Eu vou ao banheiro mesmo. 

O Michel me ajudou a sair da piscina e então eu olhei a minha volta a procura da Nice, em que buraco será que aquela coisa tinha se enfiado.

Eu dei uma volta pelo clube a procura dela. Será que aquela ingrata tinha ido embora e nem me avisou. Pensei em ligar para ela mais o meu celular tinha ficado no meio do ninho de cobra e pra lá eu não voltava nem que Tatu crescesse.

Como eu detestava ficar sozinha nesses lugares? Até parecia que todo mundo estava achando que eu era uma abandonada sem valor.

Eu fui até o banheiro, pensando qual seria o motivo do fim do namoro do Max e da Emilia ele pareciam se gostar tanto.

Eu abri a porta da cabine do banheiro para sair, quando vejo uma imagem do espelho que fez meu corpo todo estremecer, primeiro eu achei que era a loira do banheiro, mas então eu percebi que era a Thifany. Foi ai que eu me dei conta de como eu preferia a loira do banheiro.

Eu voltei para dentro e tranquei a porta novamente. Eu sabia que não precisava fazer aquilo, mas eu queria poupar meu estomago de ter que engolir a Thifany.

 Só esperava que nenhuma delas tivesse a síndrome do cú frouxo.

— Você viu a olhada que o Michel de deu quando você chegou à mesa? – A Lauren disse.

Novamente eu tinha que admitir que o meu celular estivesse certo. Eu tinha que ter ficado em casa. Eu não merecia ouvir um absurdo desses não mesmo.

Ignora Iza, Ignora.

— Você achou? – A Loira aguada perguntou com aquela voz de taquara rachada.

—Vai dizer que não percebeu?

Será que era assim que ela se consolava, mentindo. Senhor eu não preciso disso.

—Não. – Meu estomago dava cambalhota só de ouvir aquela voz. – Eu estava relembrando ontem à noite.

— Ontem à noite? – Uma voz que eu não conhecia, provavelmente do aprendiz de loira aguada perguntou curiosa.

—Ele foi à minha casa ontem à noite. – Ela contou rindo. À medida que as palavras chegaram ao meu ouvido era como se o ar fosse expulso também.

—Como? – A mesma voz de curiosidade perguntou.

— A Lauren ligou para ele, e ele foi simples assim. Nem precisamos pedir duas vezes...

Ligou. Claro que ela tinha ligado.

—Ele já começou a sentir minha falta.

Eu dei um passo para trás trombando no vaso e me sentando fazendo mais barulho do que gostaria.

—hum é melhor irmos antes que isso comece a feder. – A Lauren disse batendo na porta rindo e saindo.

Eu fiquei ali fitando a porta trancada, eu não sabia dizer por quanto tempo. Tentando inutilmente negar a verdade. Só que não havia como negar. Ela realmente tinha ligado, e como eu não quis... O pedido de desculpa daquela manhã não era porque ele tinha me pressionado era porque ele tinha ido até a casa da Thifany. Como ele podia ter feito isso comigo? Como ele conseguia agir naturalmente? E como eu não esperei por isso?

Eu era uma idiota mesma. Eu queria ir para casa mas tinha medo de encontrar com ele. Eu não sabia o que ia dizer ou qual seria minha reação eu precisava pensar, o seria melhor não pensar nisso.

Eu me arrastei para fora do banheiro, e caminhei rapidamente para saída. Por DEUS não encontrei ninguém.

—Já chegou filha? – Meu pai perguntou quando passei por ele na sala.

—Não estou me sentindo bem.— Eu menti e essa não foi uma mentira boa no instante seguinte ele me seguiu até o quarto.

— O que você tem? – Perguntou preocupado. Senti vontade de gritar, mas ao invés disso limpei minha voz e disse.

—Coisa de mulher pai. – foi o suficiente para ele me deixar sozinha.

Corri para o banheiro e tomei um banho, vesti meu pijama e me enviei debaixo da coberta as cinco das horas da tarde.

Então eu lembrei que na pressa de vir embora tivesse deixado tudo meu no clube. Liguei para Nice sabendo que isso não era uma missão fácil.

—Você esta em casa?— Ela berrou do outro lado. —Eu e o Michel estamos de procurando a horas.

Eu senti novamente o nó se formar na minha garganta.

— Nice me escuta. – eu pedi seria. Ela parou de reclamar na hora. – Eu tive que vir embora, e eu deixei minhas coisas ai você guarda pra mim.

—Claro mais o que aconteceu?

— Cólica. —Eu menti.

Eu não sabia por que estava mentindo para ela. Quem sabe eu não quisesse ouvir “eu te disse” isso não ia ajudar nada e não ia diminuir a sensação idiota que eu estava sentindo.

—Tudo bem. Eu vou pedir para o Michel levar para você.

—Não. —Eu falei rápido demais, e eu tinha certeza que isso tinha alertado a Nice para algo.

—Vocês brigaram?

—Eu só não estou muito bem pra ver ele hoje.

—Tudo bem então.


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