Amalgamados escrita por Vick_Naomi, Samantha


Capítulo 6
Capítulo 5




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Novamente o mesmo sonho, só que agora pude ver, finalmente, o que estava me seguindo, não era quem, mais sim o que, não era uma pessoa que estava aparecendo na névoa escura, foi aí que percebi o que estava me seguindo, porém não conseguia olhar, não queria, mas tinha que ver o que sempre atormentava meus sonhos. Acabei me virando e cometendo um dos maiores erros da minha vida. Se eu não tivesse virado talvez aquele pesadelo tivesse acabado, parecia que algo me puxava ate ele.
Então eu o vi. O lobo. 
Um grande e majestoso lobo por entre as névoas. Um lobo negro e de olhos escarlates cor de sangue... 
Acordei novamente de madrugada, esses sonhos cada vez ficavam piores, e o pior de tudo é que sempre era com o mesmo lobo.
A escola estava muito diferente, não diferente com todos comportados, pois estava à mesma bagunça de sempre, mas, as pessoas... Elas pareciam mais felizes... 
Fui direto para minha sala, não tinha conseguido dormir direito, e sei que devia estar parecendo um zumbi, nem a maquiagem foi capaz de disfarçar minhas olheiras. 
Sentei na carteira mais distante da sala que, normalmente, servia para os alunos dormir na aula de história, e era exatamente o que eu estava pretendendo fazer. As duas primeiras duas aulas seriam história, então, teria bastante tempo para descansar. Cruzei os braços em cima da carteira e coloquei minha cabeça no meio deles, e pude descansar, sem nada de sonho e pesadelo.
Mas, logo a pessoa que eu menos queria ver, a que me acordaria, e também a que me devia muitas explicações. Wendy.
– Credo Sophie, você está horrível. – exclamou ela.
– Você acha? – sorri irônica, odiava quando me acordavam, e estava com um péssimo humor hoje. – Alias, acho que você me deve umas explicações... – completei.
– Desculpa... – disse ela com sinceridade – é que estão acontecendo muitas coisas ruins na minha casa... – dizia ela sem jeito, e percebi que a coisa devia ser séria mesmo.
– Me poupe dos seus problemas familiares, já tenho os meus para cuidar. – disse á ela, que sorriu de canto, pelo menos ela não teria que se explicar.
– Então, o Derek Tanner não está gato hoje?! – disse ela tentando mudar de assunto, a velha Wendy, pois ela sabia que eu adorava falar dos meninos, mas, hoje não.
– Ele sempre ta gato Wendy, agora me deixa dormir. – disse fechando os olhos.
– Nossa tá estressada hoje! Mas antes que eu me esqueça, você vai ao cinema hoje? – perguntou ela com animação. 
Fiz jóia com a mão e voltei para o meu brilhante sono.
Acordei com um idiota jogando papel em mim, estava prestes a xingar ele, quando vi que a professora estava entregando uns papéis na minha fileira e se ela me visse, com certeza estaria ferrada. Virei para ver quem tinha jogado o papel em mim, mas não tinha ninguém só à janela da sala, que estava aberta.
– Olá Srt. Prince. – disse a professora desconfiada, me entregando um papel, não disse nada, então ela continuou sua caminhada de entrega de papéis.
Olhei para o bilhete que dizia: “13 dias para o Hallowen”, suspirei, porque será que eu tinha que nascer em um dia tão movimentado? Percebi que a sala estava quieta demais, com certeza um milagre então olhei as horas, faltavam alguns minutos para bater o sinal, todos estavam querendo ir embora, sexta, e o fim de semana livre, sem trabalhos ou provas, quem não ficaria.
Sai da sala e fui direto para o meu armário, guardei algumas coisas e peguei outras, quando o fechei, vi Wendy chegando.

– E aí? Ás 21h00min? – perguntou ela, eu achei que estava meio tarde, mas lembrei que não teria aula no dia seguinte.
– Ás 21h00min. – concordei
– Qual filme nós vamos assistir? – perguntei
– O seqüestrador. – disse ela
– É de terror? – perguntei esperançosa, eu adorava filmes de terror, apesar dos meus pesadelos constantes.
Wendy assentiu.
– Então te vejo lá? – ela perguntou
– Nos encontramos em frente ao cinema. – disse me despedindo.

Estava cansada tentando por meia hora achar uma roupa legal para ir ao cinema. Lembrei que eu tinha um vestido muito bonito para sair numa noite como aquela. Procurei no guarda-roupa inteiro, e por fim, consegui achar. Ele era um vestido preto tomara que caia, lindo, um pouco acima do joelho com uma pequena fita lilás marcando a cintura, peguei um scaping preto para me arrumar, queria estar bem bonita.
Passei maquiagem básica com lápis de olho para destacar meus olhos. Peguei minha bolsa, as chaves, e sai. 
Estava uma noite muito agradável, estava com sorte, o tempo normalmente era dos melhores, sempre estava frio. Ouvi alguém buzinar e olhei.
– Entra ai! – disse Wendy no lado do motorista. 
Fiquei de boca aberta, desde quando Wendy tinha um Cross Fox?!
Abri a porta e sentei do lado do passageiro.
– Desde quando você tem um carro? – perguntei.
– Não é meu, peguei emprestado. – disse ela rindo.
– Nossa que sorte. – exclamei
Chegamos ao cinema e compramos nosso ingresso bem rápido. Sentamos nos nossos acentos, que ficavam próximos a tela, e eu odiava, mas, acabei aceitando, pois a sala estava lotada, e os lugares eram marcados. Na sexta-feira normalmente o cinema lotava, mas, hoje estava estranho, por não tinha encontrado ninguém, todos da escola gostavam de vir ao cinema, principalmente depois de uma semana de provas. O filme começou e de novo aquela sensação de estar sendo vigiada. Olhei para o lado, Wendy estava pálida, e o cabelo que normalmente era loiro ondulado estava quase branco, e seus olhos castanhos, estavam completamente arregalados.

–Tudo bem?- perguntei e ela me olhou como se acabara de sentir minha presença.

–Desculpe Sophie, mas tenho que ir, não estou me sentindo bem- disse ela muito rápido e saiu assim, sem mais nem menos.

Fiquei lá sentada eu vim para assistir o filme e era isso que eu ia fazer, estava cansada da Wendy sempre desmarcar o nosso “dia das garotas” como costumávamos dizer antigamente e sempre que isso acontecia, eu tinha que voltar pra casa e perder o meu dia...mas hoje não, hoje iria aproveitar o máximo que puder do filme.

Peguei o meu refrigerante e a pipoca dela, que mal tocara, e comecei a comer quando estou nervosa não paro de comer, muito diferente daquelas patricinhas da escola que não comem nada.

O filme foi bem legal.

Sai do cinema só que agora estava ventando muito e eu não tinha trago blusa.

– Droga – a Wendy que veio dirigindo, e agora não tinha mais carona.

Olhei no meu relógio e faltavam 5 minutos para a meia noite, olhei ao redor, parecia que eu tinha ouvido alguma coisa...

Abracei-me e continuei a andar ouvi alguns barulhos atrás de mim e por reflexo olhei para trás e um homem estava me seguindo, na verdade ele poderia estar só andando, mas do jeito que eu estava amedrontada, qualquer um era suspeito.

Andei mais rápido, louca para tirar o salto e sair correndo de lá, ele também começou a correr mais depressa e tentou pegar meu braço foi ai que tirai os saltos e comecei a correr mais depressa.

O cimento gelado tocando meus pés, e implorei para que não tivesse nenhum caco de vidro lá, se eu essita-se um pouquinho poderia ser meu fim.

Estremeci.

Virei na esquina em direção ao parque que ficava de frente ao meu prédio se eu consegui-se o ultrapassar, poderia chegar lá.

Por sorte as grades de lá estavam abertas, arisquei olhar para trás, só que ele estava praticamente a um braço para me alcançar.

Cai sentada, parecia que tinha trombado com uma árvore, quando fui levantar eu os vi; os olhos que estava tão familiarizada e ao mesmo tempo escondiam segredos incríveis, aquele quem eu não sabia o nome e só o conheço sendo o irmão de Miguel.

– Você esta bem?-perguntou.

Acenti.

–Fique atrás de mim.

Eu obedeci atordoada.

–Trevor- disse meu perseguidor e fez uma pequena reverencia- receio que tenho uma missão e você esta a atrapalhando.

–esta missão não é sua e sim minha- disse ele aparentando raiva.

–Eu sei, mas o Alfa pediu para ver o porquê de você estar demorando tanto, você nunca demorou tanto para completar uma missão – disse ele desconfiado.

– Eu tenho meus próprios motivos, ele sabe que sempre cumpro uma missão, e diga a ele para parar de mandar outros para que cumpram a minha missão- disse Trevor lançando-o um olhar mortal.

– O Alfa não vai gostar...

– Você não ousaria me enfrentar, ousaria?- perguntou com um sorriso maligno, pensei ter visto um brilho vermelho em seus olhos.

O homem recuou e começou a voltar.

Não conseguia entender o significado daquelas palavras; como assim missão? Alfa? Do que eles estavam falando e como o “Trevor”, se é que esse era seu nome, colocou tanto medo nele? Que parecia ser muito mais forte do que o Trevor.

Apesar de ainda estar em perigo, eu me sentia segura perto dele, uma coisa que eu nunca achei que sentiria.

–O que foi isso?-perguntei ainda aturdida pelas palavras- Quem era ele? Por que estava me seguindo? E da onde você o conhece?

–Você pelo menos podia me agradecer- resmungou ele.

–Desculpa... E obrigada- disse me sentindo um pouco culpada, mas só um pouco, eu queria respostas e ainda vou ter.

– Tudo bem, eu faço tudo por você, Princesa- disse ele voltando para o seu sorriso malicioso.

Revirei os olhos.

–Ainda quero minhas respostas- disse convicta.

Foi à vez dele de revirar os olhos.

– Sabia que você era insistente.

–Então por que ele estava me seguindo e como você o conhece?-perguntei autoritária.

–Bom uma menina indefesa como você a noite no meio do parque, é como dizer “Ei eu to aqui me roubem” – disse ele fazendo uma tentativa fracaçada de imitar minha voz- nem sei, nunca vi ele na vida.

Bufei. Claro que ele conhecia.

–E como ele sabe seu nome?

–Sabia que você está linda hoje, princesa. Tudo isso é para me impressionar? Saiba que deu certo - disse com aquele lindo irresistível e perfeito sorriso...

Concentresse, cansei de tentar conseguir respostas, mas eu não desistiria perguntaria em um momento mais apropriado, sai andando para casa deixando ele sozinho.

–Vou te acompanhar- disse ele me seguindo.

–Não quero- disse ríspida.

–Isso não foi um pedido – respondeu nervoso, até que me assustou um pouco, mas depois ele completou- vai que você precise de um príncipe para te salvar.

E de novo aquele sorriso.


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