Dead End escrita por morgan_volturi


Capítulo 5
Capítulo 5 - Urian


Notas iniciais do capítulo

Dois dias se passaram do capitulo anterior para este e volta ao Pov da Eve. Como sempre fica mais um misteriosinho aí que depois será explicado melhor.

Boa leitura!



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Eu estava me sentindo mais muito mais leve depois de desabafar com Dean, até deixamos nossas desavenças bobas de lado para tornar a viagem menos desagradável.

“Posso dirigir?” –tentei outra vez quando saímos de um hotel meia boca no fim da tarde.

“Quem sabe um dia.” –Dean respondeu aumentando minhas chances de um dia comandar aquele clássico.

Fazia algum tempo que não tinha alguma visão ,o que era tranqüilizante por um lado já que costumava ter apenas visões trágicas. Mas por outro, eu não conseguia ter mais pistas sobre Sam e estava sendo atormentada pela última vez que o vi em minha mente. Seria melhor contar ao Dean o que eu vi? Eu não tinha certeza, por isso, continuei guardando pra mim.

Assim que anoiteceu, paramos em um barzinho de madeira ,no meio do ermo, onde havia algumas motos paradas em frente.

“Não se anima não, não estamos aqui pra beber.” Provocou Dean com um meio sorriso charmoso no rosto.

“Fale por você. –brinquei. –Mas então, o que vamos fazer aqui?”

Logo que entramos, uma garota loira ,jovem, aparentemente minha idade, uns 19 anos , veio em nossa direção.

“Dean!”

“Oi Jo, Ellen.” –Dean cumprimentou a ela e a uma moça que tinha os mesmos traços, porém era mais velha. Devia ser sua mãe.

“Quem é ela?” a tal de Jo perguntou assim que me notou, com certa insegurança em sua voz.

“Sou Eve.” Respondi com um sorriso falso.

“A filha de Charles.” –disse Ellen, a mãe dela. Devia conhecer meu pai na época de caçadas.

Jô não parecia muito amigável.

“É caçadora?”

“Sou a caça.” Respondi transbordando ironia.

Dean e Ellen soltaram um risinho. Já ela não achou a menor graça, e com razão, já que aquela era a mais pura verdade.

Me sentei no balcão e pedi uma cerveja. Jô veio me servir enquanto Dean e Ellen foram para uma sala nos fundos conversar reservadamente. Em uma mesa logo atrás de mim, quatro motoqueiros bebiam e falavam alto.

“Então Jô, você é caçadora?”

“Sim, eu minha mãe e meu pai também era. É um negocio de família.” Respondeu esfregando um pano nervosamente contra o balcão de madeira. “Para onde estão indo, você e Dean?”

“Provavelmente para o inferno.”

“Estou falando sério.” –ela me encarou.

“Eu também.”

Ela parou de limpar para conversar olhando para mim.

“Vocês dois devem brigar o tempo todo com esse ...excesso de ironia.”

“Na verdade não, estamos nos dando bem. Mas não precisa ficar com ciúmes, apesar de aparentemente ele ser meu tipo, não estou interessada.” –dei alguns goles em minha cerveja e depois um sorriso provocativo a ela.

“Por que eu ficaria com ciúmes?”

“È, por que você ficaria?”

Ela não respondeu, pegou seu pano e foi limpar as mesas. Um dos motoqueiros, alto, magro, com um cabelo escuro um pouco cumprido e um pouco de barba se sentou ao meu lado. Vestia jeans surrado, uma jaqueta de couro e coturno.

“Você está mais linda ainda desde a ultima vez que nos vimos.” –a principio parecia só um papo de bêbado, mas depois estranhei.

“Já nos vimos antes?”

“Não está me reconhecendo?” –ele piscou e então seus olhos castanhos passaram a vermelhos.

Tentei manter a calma e não me desesperar. Precisava tirar alguma informação sobre Sam.

“Quem ou o que é você ?”

“Não acredito que já esqueceu nossa longas noites sangrentas ...”

“Urian? Mas não pode ser. –falei confusa. – Eu mesma te matei, não pode ser.”

“Eu sempre volto.” –seu tom me assustou.

“O que você quer?” perguntei olhando em volta para tentar planejar alguma coisa. Primeiro, me perguntei se os outros motoqueiros também estava possuídos, mas não parecia. Jô ainda limpava as mesas distraída e Dean continuava sua conversa com Ellen pela porta aberta.

“Sabe meu amor, sua linda cabecinha está valendo mais a cada dia.” –ele tomou minha cerveja enquanto falava descontraído.

“Que gentileza vir me avisar.” – me levantei pra acabar logo com aquilo,mas ele segurou meu pulso.

Dean viu a cena e veio em nossa direção. Em seguida tudo aconteceu em questão de segundos. Fui atirada e prensada em uma pilastra por aquela mesma força sobrenatural que me paralisou no outro dia. Só tive tempo de fechar a porta com os olhos para Dean não sair ou acabaria sendo morto. Urian jogou Jô contra uma parede assim que ela pegou uma faca ,batendo a cabeça e desmaiando. Os outros motoqueiros fugiram rapidamente. Covardes.

Eu estava imobilizada outra vez .O demônio se aproximou , seus olhos que estranhamente estavam vermelhos e não mais pretos como de costume , brilhavam em uma mistura de luxuria e ódio.

“Vai me levar como fez com Sam?” –berrei com ele, assim como Dean berrava tentando abrir a porta. Eu precisava ser rápida antes que ela cedesse a seus chutes.

Urian foi se aproximando cada vez mais de mim até quase encostar seus lábios nos meus.

“Já está na hora de você voltar pra casa Eve. O inferno te quer de volta.”

Tremi com suas palavras, me senti tonta só de lembrar quando... Mas não era hora pra enfraquecer, eu precisava de forças naquele momento.

No alto de uma parede no bar, havia um quadro e logo em cima, um tipo de espada. Fui a movendo lentamente com os olhos em nossa direção, mas ele segurou meu rosto e o virou para si, fazendo com que minha única chance caísse no chão.

“Nem pense em usar esses seus olhos azuis contra mim. Vamos, está na hora.”

Sua força estranha me soltou , aproveitei esses poucos segundos para chutá-lo para longe ,mas ele logo se levantou e me agarrou pela garganta me levantando do chão.

“Você ainda não aprendeu a não dar uma de corajosa comigo não é. Mesmo sabendo que isso nunca dá certo.”

Nesse instante, algo o acertou e eu cai em pé no chão. Jo lhe acertou com um pedaço de madeira e derrepente Dean estava rolando com ele no chão. Ellen jogou uma arma que ele não conseguiu pegar pois atirado na parede e ficou paralisado. Peguei a arma e a apontei para Uriel.

“Vá em frente, se não for eu , vai ser outro, mas você acabará no inferno de qualquer maneira. Ainda mais agora, sem seu anjinho da guarda.”

“Castiel? O que você fez com ele seu desgraçado?” –gritei. Ele não respondeu. –“Eu vou acabar com você!”

“Nos veremos em breve.”

Atirei com toda a raiva que estava dentro de mim. Mas tudo que acertei foram algumas garrafas que estavam sobre o balcão. Novamente ele desapareceu  misteriosamente.

Foi como se o chão tivesse desaparecido dos meus pés. Deixei a arma cair da minha mão e tentei encontrar ar para respirar. Dean veio até mim.

“Eve? Eve responde? Ele não estava falando sério, talvez não seja verdade.” –disse atencioso, segurando meu rosto com uma mão.

Saí de lá dentro , precisava de ar. Lá fora ,uma fina chuva começou cair ,engrossando aos poucos. As gotas caíam em meu rosto e se misturava as lágrimas descontroladas a sair de meus olhos.

“Ei se acalma.” –disse Dean atrás de mim, com uma mão em meu ombro.

“Me acalmar? Eu acabei de saber que não tenho mais nada Dean, Castiel era a única pessoa que me restava , era o pouco que restava de meu irmão. Como se não bastasse tudo ...” –perdi a voz.

“Você não está sozinha.” –ele me abraçou.

Enterrei meu rosto em seu peito e chorei tudo que estava preso a muito tempo. 


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Notas finais do capítulo

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