Dead End escrita por morgan_volturi


Capítulo 15
Capítulo 16 - Apenas o começo.


Notas iniciais do capítulo

Então é isso galera, esse o ultimo pra valer!

Como de costume, boa leitura!



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“Mamãe?Acorda mamãe!”

Eu não podia querer mais nada ... Acordar com minha filha chacoalhando meu ombro me chamando de mamãe com sua voz doce era algo que eu jamais tinha imaginado. Ainda mais com DeanWinchester me trazendo café na cama!

“Bom dia meu amor.” –ele me deu um beijo e se sentou ao meu lado com uma bandeja cheia de coisas gostosas.

Assim eram minhas manhãs três anos após o apocalipse.

Depois de quase perder minha vida, comecei viver uma nova, diferente e melhor que qualquer vida que eu poderia ter sonhado ou imaginado. Dean e eu nos mudamos para a antiga casa que ele morava com seus pais depois de ele fazer o maior esforço para comprá-la dos novos donos. Eu já havia decidido largar a vida de caçadora, mas achei que mesmo com uma criança a caminho ,Dean não faria o mesmo, mas ele estava mesmo disposto a levar uma vida normal.

Sam conseguiu entrar em uma faculdade em Chicago. Ele chegou a pensar em sossegar também no começo, mas sempre aparecia um caso misterioso ,ele não resistia e ia investigar. Ele percebeu que nos fim das contas, ele já estava preso á aquilo. Confesso que nos primeiros meses me sentia tentada também, mas Dean me proibiu, aliás, proibiu a nós dois de nos aproximarmos de qualquer coisa sobrenatural para a segurança de nossa filha.

Uma coisa que me intrigava era o fato de eu não ter mais visões. Eu tinha me acostumado tanto a prever o futuro que ás vezes me sentia meio cega. Não sei o porquê disso, apenas não via mais nada além do meu presente.

Apesar de tudo estar muito bem, eu sentia saudades de Castiel. Ele nunca mais apareceu. O corpo de meu irmão também não, então deduzi que ele ainda continuava vagando pela terra em forma de humano. Quando a saudade batia, eu me lembrava de suas ultimas palavras e de certa forma, me reconfortava, pois sabia que se precisasse, era só chamá-lo.

“Então, o que vamos fazer hoje minhas gatinhas. Eu to de folga, sou todinho de vocês.” –brincou Dean com a boca cheia.

Ele estava trabalhando em uma concessionária de automóveis antigos, o que era bem a cara dele. No meu último aniversário, ele me deu um Karmanguia conversível , um clássico  http://farm3.static.flickr.com/2290/2332838169_eaeae43613_o.jpg

Já eu, que não sabia fazer outra coisa a não ser matar fantasmas, demônios, etc, ficava cuidando da casa e da nossa pequena Mary. Escolhemos o nome em homenagem a mãe dele, que eu infelizmente não conheci.

“Eu quero passear papai.” –pediu Mary, falando de seu jeito peculiar, com pouco mais de dois anos de idade.

 Ela era uma mistura perfeita de Dean e eu. Tinha os cabelos loirinhos como o do pai, que iam  na altura do ombro formando alguns cachinhos nas pontas e os olhos esverdeados como os de Dean.Já as bochechas gordinhas e a boca bem desenhada eram cópias minha. Ela era falante, alegre, vivia sorrindo. Era também muito inteligente, adorava o tio Sammy e o vovô Bob, e também era o xodó deles.

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Enquanto Dean fazia a barba no banheiro, nós duas fomos nos arrumar para passearmos. Mary era minha bonequinha, eu adorava arrumá-la.

Naquela tarde, almoçamos em uma lanchonete fast food que os dois adoravam. O gosto por comida, ela herdou do pai. Depois fomos a um parque em uma pracinha e levamos nosso cachorro –um Golden Retriver enorme – Led (de Zepellin, escolhido por Dean obviamente) junto.

Enquanto ele corria com Mary de um lado pro outro na grama, Dean e eu nos sentamos debaixo de uma árvore e ficamos abraçadinhos conversando.

“Mal dá pra acreditar que hoje já faz três anos desde o apocalipse...”- Dean comentou.

“Você se arrepende de ter dito sim?Assim como Sam?” –perguntei.

“Não, não me arrependo. E acho que ele também não devia, o que teve que ser foi. Além do mais, Lúcifer pegou pesado levando ele para o futuro assim como Zacharias fez comigo.”

Sam nos contou tudo que aconteceria se ele ainda insistisse em dizer não. Mas claro, Lúcifer distorceu muita coisa, o levando a acreditar que seria melhor acabar logo com aquilo. E talvez tenha sido mesmo, afinal, tudo acabou bem.

“Não vamos pensar nisso, as coisas estão bem...” –meu amor disse me dando um beijo maravilhoso.

Eu não queria estragar aquele momento, mas eu já não agüentava mais e precisava contar algo que estava guardado, precisava botar pra fora.

“Eu sei meu amor, mas eu estou com medo.”

“Medo do que Eve?”

“Depois de todos esses anos sem ter nenhuma visão, nenhum sonho estranho, de uns dias pra cá... –eu não gostava nem de me lembrar. – Dean, Lúcifer apareceu em meu sonho. Não acho que tenha sido apenas um sonho bobo, quer dizer, foi muito real, muito mesmo.”

“Por isso você têm acordado assustada no meio da noite?”

“Sim. Castiel me disse da última vez que  o vi que ainda não tinha acabado. Aquele não foi o fim.”

“Não se preocupe com isso, Lúcifer, Lilith, eles estão presos outra vez.”

“Mas Dean, eles podem querer voltar.”

“Isso vai levar séculos Eve.”

“Talvez não.” –rebati ficando nervosa.

Ele bufou.

“Com o que você sonhou?”

“Com Lúcifer me dizendo que já está se preparando pra voltar. Ele disse que vai soltar Lilith outra vez para quebrar novos selos se for preciso.”

“Eu não vou deixar ela te pegar outra vez, não vou.”- ele disse com firmeza em sua voz.

Eu confiava totalmente nele, mas...

“Mas Dean, não é comigo que estou preocupada.”

“Então com quem?”

“Mary.”

“Ela vai ficar bem, nenhum mal vai acontecer a ela.”

“Você não percebeu? Nossa filha já estava em meu corpo quando tudo aconteceu. Ela têm meu sangue Dean, o sangue das descendentes de Lilith. Se ele quiser voltar, Mary pode ser a próxima e eu não ...” –comecei chorar descontroladamente enquanto observava minha filha brincando, temendo sequer um tombo dela.

Ao pensar em tudo aquilo, meu coração ficava a mil, minha garganta se tampava. Dean me abraçou e limpou minhas lágrimas com as costas da mão.

“Isso não vai acontecer. Até por que pra ela servir de corpo pra Lilith ela teria...”

Derrepente ele se calou. Eu sabia como terminar aquela frase. Olhei para ele:

“Ela teria que tomar sangue de demônio.”

“Essa não...”

“Quando tudo aconteceu , Mary já estava crescendo aqui. Lilith bebeu litros de sangue Dean.” –me apavorei.

“Ei, olhe pra mim. –ele segurou meu rosto em suas mãos. – Nada disso vai acontecer. E se acontecer, nós vamos jogar eles no inferno de novo. Afinal, eu ainda sou Dean Winchester, o melhor caçador de demônios que já existiu.” –brincou me fazendo rir, como sempre.

Me levantei.

“Ei filhinha, vamos?”

“Pra onde mamãe?” –ela correu até mim com seu sorriso radiante.

“Pra casa.” –respondi a pegando no colo.

Dean passou um braço ao redor de nós duas e nos guiou ate o Impalla, onde tudo começou.

Eu não sabia como seria dali pra frente. Sem minhas visões, eu me limitava a saber apenas meu presente e a partir daquele momento, agradeci por isso, afinal, não importava o que viria a seguir, eu só queria aproveitar o quanto pudesse ao lado de minha filha e do amor de minha vida.

Por mais que possa parecer o contrário, sempre há uma saída.


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Notas finais do capítulo

Já vou avisando, que o fim me inspirou um novo começo.
È bem provavel que eu escreva uma "parte 2" pra essa história, mas vai levar um tempinho.

Quero agradecer as minhas leitores e leitores pela atenção de vocês, obrigado a todo mundo que deixou reviews me incentivando,

Até a próxima!

beijos



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