Dead End escrita por morgan_volturi


Capítulo 11
Capítulo 12 -Assumindo os papéis




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“Aí sua maluca, to esperando uma explicação. Eve? Eeeeveee?”

Dean estava sentado em cima da mesa ainda algemado. Eu me encostei em uma parede e fiquei pensativa de braços cruzados, torcendo pra que ele ignorasse minha presença assim como pretendia fazer com ele.

Depois de alguns minutos cansada de ouvir ele repetir meu nome em diferentes entonações, decidi respondê-lo. Até porque, tinha coisas mais sérias pra resolver e não podia encanar nas minhas birras bobas e sentimentais.

“Já chega Dean, que droga!”

“Por que estamos presos aqui?”

“Castiel não me deixou ir até Lúcifer. Eu tinha um plano ,isso não é justo.”

“Estamos fora da jogada então? Que droga mesmo... Será que dá pra me soltar agora ô bonitinha?”

Sabendo que ele não ia a lugar nenhum mesmo, fui até ele e o soltei.

“Tenho que te dizer, você até que foi bem esperta por um lado. –falou sorrindo.Mas logo ficou sério e aumentou o tom de voz – Mas por outro, você é muito burra! Pegar meu carro pela segunda vez e me algemar aqui é muita estupidez até pra você.”

“Dá um tempo Dean.” – o esnobei me sentando em um canto.

Ele ficou olhando em volta, tentando achar uma saída:

“Tenho que encontrar o Sammy.”

Me perguntei se era a hora de contar a verdade a ele de uma vez, mas não mudaria nada.

Alguns minutos depois, ele se sentou ao meu lado.

“Eu é que deveria estar bravo com você sabia?”

“Custa me deixar em Paz?”- reclamei.

“O que eu te fiz?” ele me encarou muito confuso.

“Nada Dean, eu só quero pensar um pouco...”

Dessa vez ele ficou quieto, achei que tinha finalmente entendido. Mas não, ele não conseguia calar a boca:

“Achou mesmo que aquele plano idiota ia dar certo?”

“Vai dar certo.”

“Castiel não vai te deixar fazer isso e eu também não.”

E levantei respirando fundo para não surtar.

“Por que não?” –perguntei.

Ele se levantou pra me enfrentar :

“Por que eu não quero atirar em você.”

“Que diferença faz? –dei um riso nervoso e sarcástico – Eu sou só mais uma pra você.”

Ele riu deixando seu olhar cair e depois voltou a me encarar zombeteiro.

“Então é isso? Ainda bem que não ouviu a conversa até o fim.”

“Hã? Ai quer saber chega disso, agente têm muito mais o que fazer do que continuar com essa briguinha inútil que não nos leva a lugar nenhum!” –disparei a falar o que veio na cabeça.

Ele chegou mais perto com o olhar atraente, e um sorriso de canto da boca ,absurdamente lindo e disse baixinho.

“Mesmo que você fosse só mais uma, eu não te deixaria fazer isso.”

Me deu uma vontade louca de beijá-lo, de dizer tudo que estava sentindo,de me perder em seus braços... mas não podia.

“Agente...precisa sair daqui.” –meio que gaguejei me afastando.

Encarei a enorme porta de puro ferro e concentrei toda minha força mental contra ela. A única coisa que consegui foi fazê-la tremer um pouco mas parei quando senti uma pontada de dor na cabeça.

“Dean já parou pra pensar que talvez esteja na hora de aceitarmos nossos papéis nessa história e acabar logo com isso?” –perguntei entediada.

“Quer saber, acho que têm razão. Chega de fugir.”

Ele mal acabou de dizer e um barulho ensurdecedor entrou por aquele quarto quebrando o teto de vidro. Dean se abaixou ao meu lado tentando me proteger .

Quando os levantamos, já não estávamos mais lá e sim em um galpão velho e escuro na companhia de Zacharias e mais dois anjos.

“A quanto tempo adorável Eve.” –saudou ele com seu tradicional sorriso falso no rosto – Dean como vai?”

“Já se conhecem?” –Dean perguntou ao meu lado.

“Lembra de um tal anjo chato que te falei?” –respondi com uma pergunta. Eu não suportava desde que ele me ameaçou de várias maneiras e tentou me persuadir a ficar ao lado dos anjos assim que souberam de minha existência. –O que você quer?”

“Bom, agora que Lúcifer finalmente se encaixou em sua casca...” –disse em tom manipulador andando de um lado pro outro.

Dean o interrompeu, perplexo:

“O quê? Acho que não entendi direito.”

Zacharias parou , me encarou e sorriu:

“Vejo que sua namoradinha ainda não te contou. Seu irmão fracote já disse sim, agora é sua vez Dean.”

“Não, não pode ser.” –Dean ficou arrasado.

“È verdade Dean.” –falei me sentindo mal por não ter contado.

“Então bonitão, o que me diz?” –perguntou o anjo.

Nesse momento, percebi que as chances de algo não muito bom acontecer seriam enormes, então comecei me preparar. Fui lentamente para trás e me encostei na parede.

“O mesmo de sempre. Não.” –respondeu Dean saindo e lhe dando as costas. Depois de alguns passos, caiu ajoelhado em dor.

“Antes de me dar as costas –disse o anjo traiçoeiro provavelmente quebrando alguns de seus ossos ou retorcendo alguns de seus órgãos. – vocês deveriam saber que a partir de agora a temporada de caça está aberta. O exército do céu e do inferno atrás de vocês, principalmente de você Evellyn Woods.”

Enquanto ele discursava, cortei a palma de minha mão e desenhei um símbolo na parede atrás de mim sem que ele percebesse.

“Vamos Dean.” –chamei.

“Eu ainda não acabei!” – praticamente berrou o anjo arrogante.

“Mas eu já.” Respondi colocando a palma da mão no símbolo que desenhei, expulsando os anjos de lá. Mais um truque que aprendi com Castiel.

Dean se levantou já sem dor, e então pensamos em sair de lá, mas tudo que havia lá fora era uma forte tempestade que caia sobre um enorme campo de árvores deserto.

“Onde estamos?” –perguntei.

“Não tenho idéia.”- respondeu Dean voltando para dentro visivelmente muito irritado com o cenho franzido.

“Dean eu não queria esconder de você mas Castiel me obrigou a não dier nada.” –expliquei.

“Isso foi culpa sua, se não tivesse inventado de me prender lá naquele quarto ....”

“Não mudaria nada. –o interrompi. – O encontro era uma armadilha de Lúcifer, já não era mais o Sam.”

“Não devia ter expulsado Zacharias”

“Da próxima eu te deixo agonizando se é isso que prefere.”

Tirei minha blusa de manga cumprida ficando apenas de regata e colete ,e a amarrei na palma de minha mão que não parava de jorrar sangue.

“Eu não posso virar marionete de Miguel, mas acho que é a única maneira de resolver isso agora.” –Dean refletiu.

“Não , não é.” – sai correndo de lá debaixo da chuva.

Corri o mais rápido que pude pela mata até que encontrei uma estrada. Um carro veio em minha direção e eu tive uma visão de que haviam demônios dentro dele.

O carro parou. De dentro dele desceu Dana, um demônio que há muito vinha me perseguindo,e mais dois comparsas. Logo eles vieram para cima de mim.

Tirei minha faca de dentro da bota onde a guardava e me preparei.

“Podem vim. – joguei a faca para longe. – Não vou lutar.”

Os dois homens me seguraram pelo braço e me colocaram dentro do carro.

“Está mesmo desistindo?” –Dana perguntou.

“Só estou começando.” –respondi.


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Notas finais do capítulo

Amores o que estão achando? Estou aberta a críticas e sugestões, não só elogios ok? Podem falar a verdade, eu aguento rs

beijos



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