New Generation escrita por InesTMM


Capítulo 4
Pequeno almoço em casa dos Fong


Notas iniciais do capítulo

Sorry for late.



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Pov da Hanako:

Acordei contentissima vamos mudar de casa!!

Eu mal acredito, adoro visitar novos paises, é super emocionante. Já visitei a França, Alemanha, Brasil, Portugal, Grécia, China, Espanha, São Tomé e Principe, nunca percebo se a capital é São Tomé, ou Principe. Tomar nota da próxima vez que perguntar.

Bem continuando também visitei a Bélgica, a América, e o Egipto.

Acho que é tudo, pelo menos não me lembro de mais nenhum. Em todos os países a despedida foi o mais dificil, tanto eu como a Tsuki e a mamã deixamos imensos amigos para trás, o que vale é o facebook, por isso mantemos contacto uns com os outros. É facil porque aprendemos a lingua local, e temos sempre o inglês para nos safarmos.

O papá é que nunca faz muitos amigos, ele fica sempre gruado na mamã, e diz que a tem de proteger dos homens! Aff pais!

Mas pronto, ele também tá sempre alegre como eu a mamã e a Tsuki, nós duas temos a quem sair!!

Aliás na minha opinião a nossa familia é perfeita! Excepto numa coisa somos todos MUITO curiosos. E os pais não nos dizem para onde vamos! VOU DAR EM LOUCA! Só nos dizem que vamos adorar e para levarmos TUDO! Roupas de frio, de calor, os brinquedos que mais gostamos, os livros, notebook... TUDO. Por isso é que acho que desta vez é mesmo a valer, vamos mudar-nos defenitivamente, ah porque nos outros paises, ficamos um ano, seis meses, três meses, cinco semanas...

Bem penteei os meus caracóis morenos, a minha cor de cabelo é igual à do pai, e os meus olhos são castanhos iguais aos da mãe. A minha tonalidade de pele é igual à do pai, clarinha, muito clarinha. Ou seja do mais vulgar que existe. Tenho 13 anos, sendo um ano mais nova que a minha irmã, essa sim é linda. Tem a mesma tonalidade de pele como eu e o pai, mas nela parece ficar um anjo. Ela tem os cabelos ondulados loiros, iguais aos da mamã, e os seus olhos são cor de avelã, a perfeita mistura dos olhos castanhos da mãe, e os olhos cor de caramelo do pai.

Nós só somos parecidas pscicológicamente.

Uma coisa engraça é que eu ando sempre com um bloco de notas, e ela com uma máquina fotográfica. Os pais dizem que completamos uma à outra.

Porque quando eu invento uma história, eu descrevo os personagens, e ela desenha-os. Ah, sim ela também é ótima a desenhar. A base das minhas histórias, são frases mal feitas, expressões engraçadas, coisas interessantes que ninguém repara. Eu seria uma grande detective, daí o bloco de notas.

E quando eu relato as nossas aventuras/viagens, ela completa com as fotos que tirou. É genial! Ela costuma tirar tantas fotos, que costuma ter 4 rolos de reserva, apenas para 2 SEMANAS! Ok, eu também não posso falar muito, porque também levo muitos blocos de notas.

Desci para o pequeno almoço saltitando e com um sorriso na cara. Todos nesta casa sempre sorriamos verdadeiramente, e não como naquelas familias em que se sorri falsamente. É que aqui somos todos super felizes e gostamos de nos divertir. Como sempre encontrei-me a meio caminho, com a minha maninha, que também estava super feliz e bem disposta e juntas corremos para o jardim, onde sempre faziamos as refeições. Ah... ia ter saudades do Hawaii, cheio de ondas, areia e uma casa com vista para o mar da varanda, e um enorme jardim nas traseiras. Ia ter saudades dos meus amigos, que tanto eu como a Tsuki fizemos e nos despedimos ontem.

Quando chegámos à entrada, paramos de correr e começamos a andar lentamente apreciando o sol da manhã ou como a Tsuki lhe chama o sol despertador. É que, sempre acordamos às 7.45h, exactamente com o sol a entrar na janela.

Off do Pov da Hanako

–Bom dia maninha!- exclamou uma loira sorridente dando um beijo estalado na bocheca da irmã mais nova que somente riu.

–Estamos bem dispostas hoje!- exclamou Hanako rindo. Tsuki revirou os olhos mas sem deixar o sorriso desfazer.

–Normalmente as pessoas bem educadas costumam responder com um "Bom dia" "Para ti também" "Desejo o mesmo" "Uhmm" ou te ignoram, mas essa é nova.

Hanako riu-se, a irmã sempre tinha uma explicação, aliás a última palavra a dizer.

–Mas que pessoa bem educada é que te ignora?- perguntou a governanta da casa Marysa. Ela sempre ia com eles, para onde quer que fossem. Ela tinha 50 anos e não tinha familia desde que começou a trabalhar ali, dois anos antes da Tsuki nascer. O que era mentira, Marysa tinha uma familia sim, os Fong.

–Marysa!- exclamaram as duas meninas dando um beijo estalado uma em cada bochecha dela, o que fez a governanta rir.

–Vamos lá meninas, que os pais de vocês estão à espera.- disse docemente

Elas riram, desejaram um bom dia e foram ao encontro dos pais.

–Ah, estas jovens têm tanta energia, esta familia me faz lembrar os meus tempos de juventude, sempre a rir, a passear sem preocupações, sempre com a cabeça nas nuvens... ah eu escolhi a familia certa. Ou se escolhi.- declarou para o ar a velha senhora, doce, baixinha, com algumas rugas, mas com o sorriso tão cativante, generoso, doce e sincero que fazia toda a gente se apaixonar por ela. Começou a andar para os quartos, rindo de uma piada interna, ia checar se estava tudo pronto.

As duas irmãs foram pelo jardim adentro dando hipoteses sobre o lugar para onde iriam viver, estavam tão concentradas de que não viram os pais, bem não de imediato. Quando finalmente viram o casal este estava aos beijos sob uma mesa de pedra onde por vezes se reuniam todos para conversarem.

–Eca!- exclamaram as duas meninas cheias de nojo. Os pais estavam tão agarradinhos que só repararam nas filhas quando estas tão constragimente interromperam.

Tão rápido se largaram como sairam da mesa ajeitando as roupas. Taruto deu um sorriso envergonhado por ter sido apanhado, parecido ao de quando fazia uma traquinisse, tão parecido ao das filhas quando "traquinavam". Por sua vez Purin corou de vergonha e deu um sorriso constragido sendo imitada pelas filhas.

–O que vocês... a hãn... o que vocês viram?- perguntou o homem da casa ainda com a voz rouca devido aos acontecimentos anteriores.

–Vocês a beijarem-se.- responderam as duas em coro. O casal suspirou de alivio descontraindo-se rapidamente. «Ufa elas só tinham visto as bocas e não as mãos» pensavam os dois.

As meninas não percebiam o porquê de tanto relaxamento, e por muito que fossem curiosas, e elas, eram muito percebiam claramente que aquele era um assunto constragedor. Mas Hanako não aguentou a curiosidade. Obviamente as filhas já tinham visto os pais a beijarem-se, ou a trocar leves caricias, mas não em poses tão... posicionais.

–Porque se beija na boca?

Taruto só conseguia pensar que tinham chegado à fase das perguntas constragedoras, sim porque elas tinham sempre perguntas, tanto que não eram propriamente "fases"

Mas quem respondeu à pergunta foi a mãe.

–Porque é um carinho que se faz às pessoas que amas.- tentou explicar e não levar o assunto muito longe. Mas as garotas eram filhas das pessoas mais curiosas para além de terem 13/14 anos, onde queriam saber de tudo.

–Mas só quando forem mais velhas, muito muito mais velhas.-acrescentou o pai tendo medo do que elas intrepetariam com a vasta explicação que a sua mulher deu.

O que valia era que mais tarde iriam ter a "conversa" com a mãe.

–Ah...- elas obviamente não estavam satisfeitas com a explicação e mais tarde iriam perguntar.

Entretanto elas foram saudar os pais. A loirinha foi dar um beijo estalado ao pai enquanto que a morenina foi dar um na mãe, e quando correram para o lado oposto para saudarem o restante, as duas irmãs chocaram caindo de rabo no chão e fazendo rir todos, acabando com a tensão constragedora do momento. Levantaram-se e chocaram as testas caindo de novo.

–Auch!- exclamaram doloridas e esfregando o sitio machucado, mas os pais por muito que quisessem ajudar não podiam, pois estavam demasiado ocupados a rir e estavam fracos demais para conseguir. Marysa que chegara mesmo a tempo de ver o embate das jovens meninas também ria como uma perdida.

–É me-melhor ir u-uma de ca-da vez!- aconselhou a mãe ainda a rir.

As garotas aprovaram a ideia, ainda que tivessem a ser alvo de troça.

–Vai tu primeiro!- pediu a mais velha, ao que a mais nova negou.

–Não vai tu primeiro!- disse a mais nova educadamente

–Não tu.- insistiu a loira

–Não podes ir tu.- insistiu a morena

As duas desistiram de continuar de teimar uma com a outra, deram de ombros e levantaram-se ao mesmo tempo voltando ao chão. E a reação geral foi todos desatarem a rir quase não deixando intervalo para respirar.

Por fim os pais foram ajudar as suas crias porém depois da tentativa falhada das levantar e cairem com elas, eles deixaram de rir. Mas, a governanta contorcia-se de tanto rir.

–Talvez prefiram fazer um piquenique. -zombou a Marysa, mas eles até acharam uma excelente ideia, fazendo a pobre senhora andar três metros para levar as travessas de comida.

–Este deve ter sido o pequeno almoço mais londa da minha vida.- Taruto comentou comendo um scone com manteiga.

–Não senhor, teve aquele em que...- mas interrompeu-se corando levemente ao lembra-se de há treze anos, os patrões quererem ter tido o dia só para eles e mantiveram-se na cama. Mas como ingénua que fora, achara que eles estariam a dormir, com o cansaço que as pequenas bebés lhes tinham dado e por isso preparou umas travessas para levar.

E qual não foi a sua surpresa quando viu a sua patroa, a calvagar no pau do marido! Corou tanto que fechou logo a porta fugindo dali, só que infelizmente deixou lá o carrinho com as travessas, e claro teve de explicar tudo.

Purin lembrando-se do mesmo corou ficando rosa, e Taruto riu.

–Esse foi um dos melhores! Deviamos repetir.- disse sorrindo malicioso para a mulher.

–Só em lua-de-mel ou totalmente sozinhos na no da...– sussurrou baixinho, mas o Taruto sorriu e piscou-lhe o olho, fazendo-a entender que ouvira perfeitamente o seu comentário. Esta voltou a corar, por novamente ter passado mico. Marysa também corou, por relembrar a pose me que se encontravam, sorriu constrangida, e as meninas fitavam ora adultos ora os seus bolos. Tudo era muito estranho. A mãe e a Marysa não eram mulheres de corar facilmente, mas parecia que naquele assunto, pronto viaram vermelhas como a fatia de torta de cereja que a Hanako comia.

Elas queriam saber que assunto era aquele, e iam descobrir!


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