A Pianist Love escrita por NaSooIl


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Então, eu demorei pra postar não é? Peço perdão. A internet parece estar com um complô contra mim. Minha beta não estava recebendo o cap. então teve um pequeno atraso. Eu vou tentar me adiantar e mandar pra ela ainda amanhã, ok?



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BARO P.O.V.

– Baro, você não tinha algo a me contar? – Ela disse depois de se esforçar pra lembrar o nome da loja de doces do tal “herói”.

– Oh, isso...

– Acaso é alguma namorada que você arranjou e tá querendo meu alvará?

– Aigoo noona, não, não é nenhuma namorada. Quer saber? Eu esqueci já...

– Aish! Como pode esquecer? Se até a um minuto atrás estava todo querendo me contar! Me fez esperar o dia todo pra esquecer? – E você não sabe o quanto que eu espero...

– É~É~É.. Esquecendo noona. Você falou muito ai e eu acabei esquecendo, vamos.

– Não vai mesmo se lembrar?

– Ennie, o Zhohae já deve ter notado a minha falta – E saí empurrando ela.

– Haa, quem manda ser um dos melhores garçons daqui? Todas as garotas & senhoras preferem o seu atendimento ao de qualquer outro. – e parou se virando na minha frente de um modo que ficássemos bem perto um do outro. – Todas elas querem apertar essas bochechinhas fofas que só eu posso, haha. – Tive vontade de ali arrancar um beijo dela, mas isso seria muito confuso, optei por só tirar a mão dela e ir saindo na frente. Quando chegamos já na porta pra primeira ala ela me segurou pela mão e me fez prometer que se eu lembrasse eu iria contar a ela. (Como poderia lembrar uma coisa que eu nunca vou esquecer?).

Ela estava feliz e agora eu sabia o motivo, era por conta desse tal “herói”, desse salvamento de hoje. Por isso “Love Again” essa noite. Eu dizer a ela tudo essa noite não parecia fazer muito sentido, iria causar muita confusão na cabeça dela e ela não estava com ar de que iria me responder bem, isso iria acabar comigo. Não. Hoje não... Vou esperar a poeira baixar e essa alegria toda acabar.

Deixei a Ennie com sua ajumma e voltei a atender minhas mesas, ou pelo menos tentei.

A noite não terminou boa. Eu quase deixei a bandeja cair em cima de um cliente, isso pra não falar nos pedidos das mesas erradas, aiyoo. Não sei como o Sr. Eunk Ki não me despediu. Ele é um patrão realmente bom.


–---XX----XX-----


Cheguei em casa e não quis outra coisa a não ser deitar na cama e dormir. Não tive cabeça pra ligar pro Jinyoung-hyung. Amanhã eu ligo pra ele confirmando o horário de sábado. Eu fico feliz por ele. Ele realmente merece essa oportunidade. Tenho certeza que o Sr. Eunk Ki não irá se arrepender de dar essa chance a ele.


“Mas quem será esse? Porque teve que vir logo agora? Eu já estava decidido em falar com a Ennie... Aish! Esse cara... Ela nunca mais vai ver ele, tenho certeza. Vou esperar a poeira baixar e essa animação toda acabar. Quando ela esquecer essa história eu conto o que realmente queria te dizer hoje.” O sono ainda demorou de aparecer e eu ainda me rebati na cama aquela noite.


ENNIE P.O.V.


Eu voltei pra casa pensando e lembrando como foi o meu quase acidente. Eu nunca pensei que isso poderia acontecer na vida real, sabe? Que só era coisa de cinema e que não daria tempo de chegar até o outro lado da calçada se alguém se atirasse pra me salvar, pior, eu nunca imaginei que ALGUÉM PUDESSE PULAR PRA ME SALVAR!

Como ele conseguiu isso? Será que ele é algum agente de polícia? Ta, não voe tão alto na sua imaginação Ennie. Essas coisas até podem existir, mas não com você. Só deve ter sido um mero acaso. Ele estava no lugar certo na hora certa pra me salvar. Eu realmente serei grata a ele pra sempre.


–--XX No outro dia de manhã XX-----


– Ah~ - Me espreguicei e os ossos estralaram quase todos – OH!~ - Doeu ein... – Acho que agora sim voltaram todos aos seus lugares.

Levantei-me e tomei meu banho, café, ajeitei as coisas e logo fui pra minha primeira jornada de trabalho, – Se é que posso chamar a Hanni de trabalho. Ela é tão calminha, não me dá quase trabalho. (Amém)

Incrível como eu não tenho nenhum arranhão, exceto um de leve na mão, pois depois do impacto eu ainda me apoiei no chão, afim de não ter todo o meu -grande- peso em cima do pobre rapaz, tadinho... Será que ele se machucou muito? Eu preciso encontrá-lo. Preciso saber se está tudo bem com ele. Foi tudo tão rápido... – Eu dizia à Hanni. Ela não entendia uma palavra, me olhava com aquela cara de “Quê?” e babava... Blé~!

– Pareceu cena de novela. Eu me senti assim, como uma atriz... – A Hanni só ria da minha cara, aquela coisa gostosa. Saí rodopiando com ela pelo flat. Ela amava. Aquela ali vai ser pé de valsa quando crescer...

Coloquei Shrek pra ela assistir, enquanto eu fazia as coisas da casa. Ela dava muitas risadas com o burro e eu tinha mais tempo pra poder arrumar as coisas da casa.


–--XX Algumas horas depois XX-----


Deu hora e eu cheguei ao LaChaTa.

– Laralara~ Hello, Hello ♪ Olá Tana linda, como foi seu dia até agora? Hã? Hã? Hã? – me aproximando e a encarando – Almoçou bem? – me abaixando e alisado sua barriga.

– Ih... Posso saber o motivo dessa felicidade toda? – com certa ironia e sorrindo pra mim.

– Ah unni, hoje o dia está tão lindo, não acha?

– Não vejo nada de mais, só mais um dia de trabalho, como os outros. – disse ela resmungando.

– Taí, você não aprecia o dia, Tana, é por isso que está desse jeito, sem ninguém.

– E você é alegre desse jeito todo e também está sem ninguém, qual é mesmo a diferença?

– Que ver as coisas do meu jeito deixa tudo mais colorido e melhor, tenho certeza que se você desse mais valor ao dia e que acordou bem, com saúde e principalmente tem um trabalho pra poder ir, estaria bem melhor e sempre de bom humor. Além do que você trabalha ao lado de uma pessoa linda como eu.

– Vish, já vi tudo, vai começar a se achar agora.

– Claro que não, Tana, você sabe que não sou disso. – nós duas rimos.

– Mas é sério, você está muito feliz hoje, tem alguma coisa diferente. Aconteceu algo?

– Pra falar a verdade aconteceu sim, mas não vou te contar – me virei colocando a bolsa no cabide.

– O quê? Ah Ennie, não faça isso! Você sabe como eu sou com essa coisa de curiosidade. Não faça isso comigo, me conta vaaaaaaaai...! – E fez o seu aegyo com beicinho. Quase fui convencida.

– Nanão noona, vamos esperar a Yoi chegar que assim eu conto tudo de uma vez só.

– Aish, essa garota... O que pode ter acontecido de tão grave? – e saiu resmungando, e com certeza imaginando um monte de coisas. Ah, como eu adoro deixar a Tana-unnie morrendo de curiosidade. Ela fica louca querendo saber, me sonda de tudo quanto é jeito, tadinha. Mas eu realmente não estava a fim de contar tudo duas vezes. Esse negócio de repetir não é comigo mesmo. A sorte da Tana foi que a nossa dongsaeng resolveu chegar cedo nessa quinta, disse ela que não tinha nada demais pra fazer.

– Pronto unni, a Yoi já está aqui. Você pode falar agora. – Tana jogou o paninho dela bufando de curiosidade. Ela esperou até a lanchonete ficar calma pra podermos então conversar.

– Falar? Falar o quê, unni? – Disse a Yoi interrompendo o seu kimchi jjigae*.

– Ah, o motivo dessa felicidade toda que a unni tá, não percebeu? até parece que é grande coisa... – (e não é?).

– Wa~ E esperaram eu chegar para ela contar? – acenei que sim – Ah unni, que lindo! – fazendo o aegyo dela – Agora vai desembuchando logo tudo, vamos! – esqueça o aegyo agora.

– Ok! Ok! Não me sufoquem mais! Não sabia que vocês eram tão curiosas meninas! – risos – Eu vou contar, mas sentem-se. – As duas sentaram e eu comecei a contar tudo sobre o meu quase acidente. Elas ficaram loucas, acho que esqueceram que estavam no trabalho, mesmo a Tana sendo filha do Sr. Eunk Ki, não era comportamento de estar no seu ambiente de trabalho, foi sorte ele não estar lá naquele momento. Foi então que elas começaram a me encher de perguntas.

– Oh~ - um coro surpreso.

– Mas unni, você está bem? Não acha que deveria ir ao médico pra ver se não quebrou nada? – Tana perguntou preocupada. Ela era realmente como uma irmã mais velha pra mim, se preocupando até com uma unha, se quebrasse.

– Não, unnie, não é preciso, eu estou bem. O máximo foi um arranhão na mão que nem da mais pra ver.

– Claro, o seu herói amorteceu a queda. – Fui interrompida por uma Yoi já cheia de coisas na cabeça – Unni, como ele era? Era branco, moreno, alto? Era estrangeiro, latino, americano ou daqui mesmo? Ele era loiro e de olhos azuis? Ou era normal mesmo? – Disse ela fazendo cara de quem estava imaginando seu rosto.

– Ele era forte? – Já veio Tana e essa mania de músculos. Você tem que ver quando algum dos nossos artistas preferidos tira fotos sem camisa, ela fica contando as covas que tem no abdômen deles! E também tentando adivinhar os centímetros dos músculos... Nunca vi!

– Aigoo meninas, eu não tive tempo de reparar tantas coisas, afinal eu estava atrasada e também estava um pouco escuro – (Maldito poste de luz que estava quebrado justo naquele ponto da rua!). Mas respondendo algumas coisas, ele era mais alto que eu e com menos corpo, tanto que eu me apressei em sair de cima dele para não esmagar o garoto.

– Ah, não exagere Ennie. Você sabe que não é tudo isso que você diz.

– É unni, você é linda, muito linda nesse estado em que está. – Essas duas são do mesmo time que o Zohae, me amam com minhas gordurinhas e dizem que não saberiam viver sem meu abraço de urso. Eu mereço!

– O fato é que fora isso eu não me lembro de muitas coisas. Foi tudo muito rápido e eu nem soube o nome dele.

– Telefone, email, nada?

– Nada Yoi! – fiz cara de desânimo ao tentar lembrar o seu rosto. – A única coisa que sei é que pelo o que ele falou comigo ele deve ser daqui, não é?

– É uma possibilidade. Mas será que você não tem nada que possa se lembrar de que pode servir como pista pra encontrar ele?

– É, teve uma coisa que me chamou atenção, a blusa dele. Tinha um pirulito, ou melhor, dois pirulitos cruzados assim no canto esquerdo, na altura do coração.

– Uma loja de doces. – Tana pensou rápido.

– Foi o que eu pensei.

– Mas existem milhões de lojas de doces em Seul! – a Yoi e suas hipérboles**.

– Eu sei! Não há como achar ele. Eu não vou sair procurando em cada uma delas alguém que eu nem sei o nome.

– Tem que ter um jeito, sempre tem... – Yoi não desistia.

– Ah, quer saber? Eu já desisti dessa idéia. É o melhor que eu tenho que fazer, esquecer essa história. Vou ser grata eternamente à ele por salvar minha vida, mas eu nunca mais vou ver ele e eu tenho que me conformar com isso, é.

– Ah~ , desistindo muito rápido unni.

– É o melhor que eu tenho a fazer. Eu não posso ficar presa a uma coisa que foi tão rápida. Eu já estou bem, estou viva e é isso aí. Acabou.

Foi rápida sim, mas que eu não iria esquecer tão cedo, e o pior é que elas sabiam disso. Principalmente a Tanaia.



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Notas finais do capítulo

* - Kimchi jjigae (Acho que todo mundo já sabe, mas na dúvida) É o nome do macarrão com carne que vocês vêem tanto os nossos meninos e meninas comerem. É um dos pratos mais comuns do povo da Coréia quando se está reunido com os amigos ou simplesmente pra passar o tempo. Pode ser preparado de inúmeras formas.
** -- Hipérbole - A arte do exagero; definição da língua portuguesa para frases exageradas.
Desculpem pelo capítulo fail e sem muita coisa. A cabeça não funcionou bem. Prometo um capítulo mais elaborado na próxima vez e quem sabe maior, ok? *o* REVIEWS?