Eu Quero a Verdade escrita por Kristain


Capítulo 1
Capítulo 1 - Máquina do Passado


Notas iniciais do capítulo

Mas uma original que veio do nada mesmo, eu já tinha essa a imagem da capa a muito tempo e estava me arrumando para sair quando fiquei olhando para ela e de repente uma ideia surgiu. Nada muito complexo, mas conforme fui escrevendo ia me divertindo e foi, saiu o primeiro capítulo.
Espero agradar.
Boa Leitura!
XD



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O futuro pode ser muito surpreendente, acredite. A tecnologia de nós, humanos, se desenvolveu em uma velocidade sem igual. Admito que até hoje tenho medo do que a mente humana é capaz. No entanto, os inventos do futuro são louváveis. Você já imaginou sair para o trabalho e quando chegasse à sua casa, seu androide pessoal já houvesse arrumado a mesma e preparado um banquete para você se deliciar? Realmente, há séculos parecia uma coisa de outro mundo, de pura ficção. Nós ainda não temos carros voadores ou coisa do tipo, mas estamos bem mais avançados do que éramos no século XX.

Eu sou uma garota comum de dezesseis anos, que porventura do destino achou o que nunca deveria ter sido descoberto. Em meios devaneios pelo World Trade Center II, o edifício no qual meus pais me deixaram um apartamento como herança, entrei em uma sala aparentemente normal. Recordo-me de viver aqui desde pequena, mas infelizmente não pude conhecer meus pais. Se os conheci, nem me lembro dos mesmos. Ouvir falar que eles foram grandes escritores, meu pai ficou famoso por escrever uma série intitulada “Terrara”, enquanto minha mãe escreveu as mais lindas histórias de amor. Eles faturaram, se casaram, tiveram uma linda menina de olhos esverdeados e cabelos de cor de terra, a qual deram o nome de Melinda. Eu.

Não sei como meus pais morreram e ninguém nunca fala sobre os mesmos. Minha tia Beatriz sempre vem me visitar aqui no edifício. Quando ela viu meu corpo de menina se transformando em de uma mulher, ficou apreensiva. Ela pensava que eu iria sair beijando todos os garotos por aí. Isso apenas porque eu usava um short jeans e um top. Desde então ela me deu um sobretudo acastanhado, dizendo que fora do meu pai. Talvez ela só tenha dito isso porque sabia que eu iria usar por ter sido do meu pai, ou simplesmente porque queria me agradar. Não sei ao certo. Mas o uso desde então.

Também era visitada por meu tio Matheus. Ele sempre trazia doces para mim, sempre mesmo. Era legal, admito. Eu adorava marshmallow e ele sabia muito bem disso. Entretanto, um dia, pedi um livro dos meus pais, um livro que eles haviam escrito juntos. Afinal se os dois foram escritores e se amavam tanto, uma hora ou outra eles teriam feito uma parceria. Mas como sempre, meu tio negou o pedido. Dizendo que o único livro que meus pais tinham escrito juntos era um tal de “Peripécias de Um Casal”, o qual era para maiores de idade. De certa forma irei-me, mas o meu tio me comprou com um pacote de marshmallow de um quilo. Não me pergunte como ele arranjava isso, ele simplesmente arranjava quando eu queria.

Mas então, voltando à misteriosa sala que eu entrei.

O que eu não sabia na época, era que o World Trade Center II não era só uma dos edifícios mais caros do mundo, mas sim o local onde as maiores pesquisas tecnológicas eram feitas. Como percebi isso? Bem, quando você uma televisão LCD pairando no saguão do seu edifício e não vê isso mais em lugar nenhum, é de se imaginar que seu prédio não é normal.

E foi nesses estranhos acontecimentos que sempre via um homem por perto. Ele tinha cabelos morenos, bem curtos, e usava óculos, o que lhe dava uma aparência mais intelectual com seu jaleco alvo. Seus olhos acastanhados percorriam cada detalhe da televisão voadora e ele balançava a cabeça e gesticulava sua mão, afirmando:

- Muito bom.

No seu jaleco havia uma plaqueta que dizia “Prof. Dniester Amorim”. Eu tinha uma pista de quem ele era, e com essa única pista fui pesquisar no site de busca da empresa mais rica do mundo, a Google. Haviam vários relatos que mencionavam o nome daquele doutor. Muitos o apelidavam de Tyras, não entendi o porquê, mas continuei lendo. Ele tinha doutorado em Ciências da Computação e tinha sido o inventor de muitos mecanismos úteis ao mundo inteiro. Seus trabalhos da atualidade eram desconhecidos, o que me instigava mais.

Todavia, admito mais uma coisa. O rosto daquele homem me era familiar, por isso tamanha curiosidade.

Logo no outro dia o vi novamente, e quando dei por mim, estava seguindo-o. Todo santo dia ele entrava naquela bendita sala, a qual tanto me deixava curiosa. Quando ele saía da sala, eu tentava entrar, mas ela trancava automaticamente assim que ele a batia. Mas por obra do destino ou se preferir, por intermédio de Deus, uma caneta escorregou do seu bolso e assim que bateu a porta, a caneta impediu o seu fechamento, deixando a porta destrancada. O professor pareceu não notar, pois continuou a andar. Então a passos largos me acheguei até o local e adentrei a sala, pegando a caneta e fechando a porta.

E aqui tudo começou, na sala que tanto falei para vocês.

De início um laboratório eletrônico muito comum: havia diversos computadores, notebooks espalhados por grandes mesas retangulares e alvas, as quais abrigavam amontoados de papéis e algumas peças mecânicas. A sala era bem iluminada por luzes fluorescentes, e existiam caixas de papelão no lado da sala e todas transbordavam pedaços de metal. Vi um androide aos pedaços debaixo de uma das mesas e na outra vi uma cafeteira mais ao fundo, ou pelo menos parecia uma, mas na verdade era uma máquina particular de Coca-Cola.

Até então, tudo perfeitamente normal, eu teria saído dali sem qualquer problema, se não fosse uma foto que pendia no mural de uma parede mais ao fundo. Havia dois homens: o da esquerda era idêntico ao professor de outrora, mas com feições mais novas, enquanto o da direita também usava óculos, sustentava um sorriso sincero e carregava em mãos um livro intitulado “Terrara: A Família Perdida”.

Nesse momento gelei, fiquei pasma literalmente. Afinal Terrara era o que meu pai escrevia, mas isso não importava. Pois eu estava vendo pela primeira vez o meu pai, uma foto dele. Minha tia sempre dizia que eu parecia com minha mãe, enquanto meu tio dizia que eu tinha o sorriso do meu pai, contudo eles nunca haviam mostrado uma foto deles, nunca mesmo. Eu estava em choque.

Peguei o retrato e fiquei olhando meu pai, só podia ser ele.

O fato de que o professor conhecera meu pai começava a tomar mais espaço em minha mente. Eu poderia questioná-lo sobre meu pai.

Mas após pegar o retrato, percebi que no seu verso havia outra foto. Desta vez, meu pai e o professor estavam ao lado de uma mulher de cabelos castanhos e olhos verdes, a qual segurava um livro com o título de “A Terra Prometida – As Profecias da Borboleta”.

E sim, agora sim eu fiquei completamente pálida. Eram meu pai, minha mãe e o professor, todos só em uma foto. Era muita coisa para um dia só.

- O que está olhando? – uma voz grave ecoou atrás de mim.

Virei-me derrubando o retrato sobre a mesa e vi o professor de antes.

- Como entrou aqui? – ele continuou sério.

- A porta estava aberta, eu...

- Entrou sem permissão. – o professor me interrompeu. – Peço que, por favor, se retire.

- Mas você...

- Eu nada. Por favor, saía.

- Não! – gritei e nem acredito que fiz aquilo, fiquei toda corada e tampei minha boca.

O professor me encarou perplexo, franziu uma sobrancelha e suspirou, jogando uma pasta sobre a mesa, a abrindo e folheando diversas folhas.

- O quê quer? – perguntou.

- Você conheceu meus pais.

- Não, Melinda. Não conheci.

- Você sabe meu nome! – apontei para ele.

Ele parou de mexer nos papéis por alguns segundos, como se eu o tivesse vencido. Mas o professor virou para mim e afirmou com sua típica seriedade:

- Ora, quem não conhece Melinda Martins Miranda, a garota que mora apenas com androides no vigésimo quinto andar?

Eu odiava quando falavam de mim, ainda mais porque ele fez parecer que eu era uma garota solitária e infeliz.

- Pois bem, professor Amorim, - sorri vitoriosa. – como explica estas fotos? – lhe mostrei o retrato.

- Ah sim, são fotos do meu irmão gêmeo.

- Você não tem um irmão gêmeo! O Google não disse nada sobre isso!

- Andou pesquisando sobre mim?

- Sim, senhor. Dniester Amorim, doutorado em Ciências da Computação, quarenta e três anos e que recentemente ficou noivo.

- Casado. – ele me corrigiu, mostrando a aliança na mão esquerda.

- Pois bem, você conheceu meus pais.

- Não. Não conheci.

- Admite logo que conheceu!

- Ou o quê? – o seu olhar ficou severo. – Eu não lhe expulsei do meu laboratório, sinta-se feliz por isso.

- Mas você está mentindo para mim! Mentir é pecado!

O professor riu, como se tivesse lembrando-se de algo.

- Diga a verdade. – insisti. – Ou irei falar para a mídia que você tem uma máquina do futuro.

- De fato, tenho. Mas ela não está em pleno funcionamento, é o mesmo que nada. Ainda faltam testes.

- Você tem uma máquina do futuro?! – arregalei os olhos.

- Não! – ele pigarreou, voltando aos papéis. – De maneira alguma, isso é totalmente impossível, vai contra as leias da física. Nem a tecnologia atual pode ir contra isso!

- Ah, sei. – sorri maliciosa com a mão no queixo. – Mesmo assim, se não me disser a verdade, vou sair daqui agora, espalhando que você tem uma máquina do futuro e está prestes a usá-la.

- Mentir é pecado! – lembrou-me. – Quem mente não vai para o Céu.

Eu o encarei, incrédula.

- Então você já tá no inferno. Não para de mentir para mim!

Ele riu mais uma vez.

- Realmente você tem tudo dos seus pais. – afirmou.

- Então admite que os conheceu?

- Sim.

- Finalmente! Já estava na hora de parar de mentir.

Sorri para ele, agora com os olhos brilhando. Ele conheceu meus pais, e acho que, diferente dos meus tios, iria falar sobre eles.

– Me conta tudo que sabe sobre meus pais, tudo mesmo!

Ele voltou a exibir sua feição inexpressiva e voltou a folhear os papéis. Por um segundo fitou a foto do meu pai e ele na minha mão, e afirmou:

- Um grande amigo me disse uma vez que “existem coisas ocultas que é melhor deixar do jeito que estão, ocultas”.

- E esse “grande amigo” foi meu pai? – indaguei.

E ele assentiu fracamente.

- Meus pais morreram e eu não sei como. – afirmei, lhe encarando séria. – Sou única nesse mundo, não tenho irmãos, animais de estimação, nada. Só uma herança enorme, a qual eu sei que veio de livros vendidos pelos meus pais. E essa é a única coisa que eu sei que eles fizeram. Vivo com androides que não sabem o que é amor, a maior parte do meu tempo passo em casa sozinha ou na escola. Até meus próprios tios escondem a história dos meus pais. E por quê?! Eu tenho todo o direito de saber!

- Você tem a determinação da sua mãe. – ele sorriu para mim. – Segue o que acredita mesmo que seja a escolha errada.

- Você faz isso parecer ruim.

- Eu não disse que é ruim. Mas também não disse que é bom.

- Pare de fazer joguinhos! Você está querendo mudar de assunto, não é?!

- Seus pais eram ótimas pessoas. – ele voltou a ficar sério. – Lembre-se disso. – e ele voltou a folhear os papéis.

Calei-me por um momento. Afinal o professor era esperto e parecia conhecer meus pais. Eu sabia que ele podia me contar mais, no entanto, ele afirmou que tinha a máquina do futuro, mas ainda não estava perfeita. Talvez fosse presunção minha, mas eu queria usar aquela máquina, se ela existisse. Queria voltar para o passado. Mas agora fiquei confusa. Será que máquina do futuro vai para o passado? Eu me perdi. Acho que não, certo? Se não ela seria chamada de máquina do passado. Isso é muito confuso, porque não simplesmente chamar de máquina do tempo? Assim seria menos complicado e faria mais feliz.

Tudo bem, chega de pensar muito. Hora de agir.

- Sabe? Sua máquina do futuro vai para o passado? – perguntei, fingindo interesse.

- Mas é claro! – ele afirmou com seus olhos brilhando. – É só removermos a cápsula do plasma e colocá-la ao contrário no receptor e também reverter a polaridade no sistema. Assim teremos uma máquina do passado. Todavia esse termo não causa tanto impacto, visto isso prefiro chamar de máquina do tempo.

- Penso do mesmo modo. – sorri para ele. – Máquina do tempo é muito mais impactante. Entretanto eu fico curiosa porque ainda não lançou tal invento.

- Ah minha jovem, ainda há testes a fazer, eu preciso testar em humanos ainda e tudo mais. Há todo um processo meticulosamente interligado.

- Em suma, precisa de uma cobaia?

- Em termos vulgares, sim. – ele sorriu.

- Ótimo! Eu vou ser a sua primeira cobaia!

- Não mesmo. – ele continuou sorrindo, o que me parecia bem cínico dessa vez.

- Porque não?! Com isso eu poderia conhecer meus pais!

- E isso poderia afetar todo o futuro em qual vivemos. Pois com toda essa sua vontade, suponho que não ficaria bem só vendo o passado dos seus pais.

- Eu prometo que ficarei! – me ajoelhei, implorando.

- Não.

- Eu prometo! Tem que assinar em algum?! Eu prometo que faço qualquer coisa!

- Sério? – ele arqueou a sobrancelha.

- Sério! – fiquei mais feliz.

- Ótimo! Então saía do meu laboratório e não me perturbe pelos próximos cem anos.

- Engraçadinho. – o encarei, emburrada.

- Não vou deixar você viajar no tempo, você pode virar poeira espacial.

- Assumo os riscos!

- Quer ficar vagando pelo espaço por toda a eternidade?

- Sempre quis ser astronauta em tempo integral.

- Isso não é brincadeira, Melinda.

- Ah, por favor.

Ele deu as costas para mim e eu fiquei em pé. Realmente o professor era bem difícil, mas eu tinha que dar um jeito. Eu só tinha que achar a máquina, virar o plasma e reverter a Polônia, ou seria a Polinésia? Não sei, acho que era um nome maior. Hum... Reverter algo com a letra “P”, isso que importa.

O professor Dniester foi para a sua máquina de Coca-Cola, enquanto eu vasculhei todo lugar. Rondei meus olhos por cada canto, até achar uma estrutura circular coberta por um pano marrom e surrado. Deveras interessante.

Caminhei até ela no maior silêncio e puxei o pano vagarosamente para não causar nenhum ruído. Enquanto o professor se deliciava com a Coca-Cola, contemplei um das maiores máquinas da minha vida. O seu topo chegava a ter três vezes minha altura. Era um círculo mecânico com um grande vazia no centro, era semelhante a um portal. Do lado esquerdo da máquina vi uma cápsula a qual tinha escrito diferentes nomes de elementos químicos. Apertei um botão índigo do seu lado e a soltei, em seguida a virei assim como o professor disse e a encaixei de novo, apertando o botão e selando a cápsula novamente. Não foi nada difícil. Sorri vitoriosa e caminhei até o outro lado da máquina aonde havia um computador embutido. Percorri meus olhos pelo monitor e vi algo uma opção aonde havia escrito “Pluralidade”. Parecia bem com o que o professor dissera, mas a opção era seguida de quatro dígitos então não deveria isso para reverter. Deveria ser o ano que eu queria visitar. Então coloquei dois mil e dezesseis, deveria ser a data aproximada que meus pais tivessem se encontrado, algo do tipo, não tinha tempo de fazer cálculos, visto que o professor terminava o copo de refrigerante. Então logo quando vi “Polaridade”, marquei como reversa e apertei o botão vermelho ao lado do computador.

A máquina tremeu e no segundo seguinte liberou um estrondo. Um raio pareceu ter transpassado todo laboratório, pois tudo foi tomado por um clarão. A luz ia cessando aos poucos e na cavidade vazia da máquina havia um portal amarelado, o qual sugava os ventos e papéis do professor com violência.

- Melinda! Não faça isso! – vi o professor correndo em minha direção.

Consenti discretamente com a cabeça, como se pedindo perdão e disse:

- Eu preciso fazer isso.

Pulei sem titubear dentro do portal. Senti minhas entranhas apertaram contra mim, me senti sendo esticada, como se estivessem me esfolando viva. Tudo ao meu derredor era amarelo, por vezes via faíscas elétricas da mesma cor passarem por mim. Era tudo muito estranho: de uma hora para outro eu parecia uma liga sendo esticava, quando repentinamente virava uma bola sendo esmagada. Foi horrível, a dor era excruciante, pensei que ia morrer, quando enfim meu corpo voltou ao seu estado normal, a minha matéria, a minha massa, ou melhor, eu, não estava mais mudando de forma. A dor também parou e vi uma luz ofuscante chegando cada vez mais perto de mim.

Irrompi pela nuvem e me vi em pé. Em uma ponte em algum lugar no passado, isso eu podia ter certeza, pois não havia tantos prédios na cidade como na minha época. O sol estava se pondo e as luzes da cidade começavam a acender. Notei que meu corpo ainda emitia fagulhas amareladas, da mesma cor do portal, porém as mesmas iam se dissipando no ar.

Meu olhar fitou toda a cidade. Um rio atravessava a metrópole. Percorri todo o mesmo com os olhos até que me deparei com duas pessoas debaixo da ponte onde eu estava, um casal perto do rio. Inclinei-me mais na ponte para ver quem eram, e tirei minhas dúvidas: eram realmente meus pais. Eles riam alegremente, vendo o pôr-do-sol, sentados ao leito do rio.

Sorri feliz. Os cabelos morenos do meu pai brilhavam com a luz tênue do sol, seus óculos refletiam a mesma e ele sorria para minha mãe, acariciando a barriga dela. Sim, minha mãe estava grávida, isso era mais que evidente. Sua barriga estava alta e acho que estava prestes a ter o bebê. Com certeza devia ser eu.

- Qual vai ser o nome do nosso bebê, Minha Linda? – meu pai perguntou docemente.

- Lucas. Você sabe, Amor. – eu não entendi muito bem o que minha disse.

Foi “Lucas” mesmo?

- Eu sei, Minha Linda. Vou cuidar muito bem dele. – meu pai continuou a acariciar a barriga dela.

- Eu sei que vai. Uma vez você me disse que “Pai não é o biológico, mas sim, pai é aquele cria”.

Meu pai assentiu sempre sorrindo.

- HÃ?! – eu estava com um monstruoso ponto de interrogação na cabeça, precisava entender mais.

Eu até que queria. Mas minha pele começou a irradiar aquelas fagulhas amareladas de novo e a fusão delas formou o portal cor do sol na minha frente, o qual me sugou com violência. E depois de passar por toda aquela inimaginável dor, eu fui lançada para o laboratório do Dniester, caindo sentada no chão. Eu estava ofegante, mas encarei o professor, ainda incrédula e perguntei:

- Eu tenho um irmão?!

O professor estava furioso demais para me responder, ele só me lançou um olhar daqueles de botar medo em qualquer um e eu soube que teria eventuais problemas.


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Notas finais do capítulo

Então? Mereço reviews? Não sei quantos capítulos a fic vai ter, mas creio que não será enorme.
Comentários são bem-vindos!
XD