Melhores Amigas... ou será que Não? escrita por ChrisAguiar


Capítulo 4
IV.


Notas iniciais do capítulo

HOHOHOHOHO! Capítulo grandinho esse! #enxugaumagotadesuordatesta Prepare-se para altas emoções, com drama,comédia, sangue e... ooops. Sinopse errada! (ou não) Hahaha!Aproveitem ;D



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Fiquei chateada com esse comentário, mas deixei-a prosseguir.

- Era uma garota muito, muito linda. Seus cabelos eram ondulados e castanhos, e sua pele era branca, e vestia um uniforme do colegial. Não era do nosso colégio, então devia ser de alguma outra escola que viajava no mesmo dia. Eu fiquei alguns segundos admirando a beleza dela, então eu me lembrei que ela não respirava e comecei a chamar por socorro. Mas não tinha ninguém ali. Era comigo. Eu tinha que fazer alguma coisa. Então eu comecei a bater forte no peito dela.

- Sua mongol! – gritei com ela novamente – Não é assim que se salva uma vítima de afogamento! E além de tudo, por que você não me contou tudo isso quando você voltou de viagem?!

- Ah. Porque eu sabia que você ia ficar chateada por eu ter pulado no rio sem saber nadar direito, Bia. – respondeu ela como se isso não importasse.

- Ora, sua... - é lógico que isso importava!

- Ok, ok, gente. Voltando à história! – Ana já estava ficando impaciente.

- Certo. Aí eu percebi que aquele não era o jeito certo e tentei me lembrar daqueles salvamentos de filme, sabe, com aqueles salva-vidas bonitões? Então eu me lembrei: a respiração boca a boca!

Engoli em seco.

- Assim que eu me lembrei eu comecei a botar em prática. Mas fiquei com dúvida, já que a vítima era uma garota, e pra piorar MUITO bonita... Mas era uma vida que estava em jogo! Então eu me preparei e... A beijei.

- Bem, não era exatamente um beijo, já que a outra pessoa envolvida estava quase morrendo. – cortou Ana. – Mas continue! Qual era a sensação?

Carol parou para pensar um pouco. Fiquei apreensiva.

- Não lembro direito. Eu estava preocupada mais em salvar ela.

- Entendo... – eu disse meio que aliviada. Mas por que diabos eu me sentia assim?

- Ah, entãoessefoi o beijo? – falou uma Ana muito decepcionada – Mas isso não vale!

- Espera aí, eu não terminei de contar! – se defendeu Carol.

O quê? Tinhamais?

- Não deu certo da primeira vez. Então eu tive que fazer isso mais sete vezes!

- O quê? Oito vezes! – pelo visto Ana estava empolgada de novo. Eu não gostava nada disso.

- Então, quando eu já estava desistindo... Ela começou a tossir. Eu comecei a ajudar ela até ela conseguir tossir toda a água. No final, ela estava muito cansada, ofegante. Então... Foi quando ela olhou para mim.

- Naquele momento, eu não via nada mais do que um par de olhos verdes. Era a coisa mais linda que eu já tinha visto. E quando ela sorriu então! Eu já não prestava atenção em mais nada. Ela me abraçou e disse alguma coisa como “minha heroína”. Foi aí que finalmente os reforços chegaram. Professores e alunos vinham de todo lado, para socorrer ela (embora não fosse mais necessário, claro) e eles a levaram para uma espécie de enfermaria junto comigo. Ficamos um dia lá, e logo fomos liberadas.

- Então começamos a conversar, e descobri o nome dela: Emanuella. Logo ficamos amigas, e nos divertíamos bastante! Eu não estava sozinha, e ela também não. Ela também não tinha muitos amigos, como eu. Foram dias felizes.

Eu estava com uma cara de quem não gostava nada disso. E realmente não. Nadinha.

- Ah, mas você vai ser sempre minha amiga nº 1, viu Bia! – disse ela apertando minha mão. Fingi não me importar.

- Continue. – Ana estava quase implorando. Parecia que ela se interessava realmente pelo assunto...

- Então... Chegou o dia da volta. Foi muito difícil nos separar. Muito difícil mesmo. Anotamos o telefone uma da outra pra podermos nos comunicar. Decidimos ir à beira do rio para ser o nosso local de despedida, então nos abraçamos. Olhei para ela e sorri. Ela também. Quando eu fiz menção de nos separar, algo imaginável aconteceu: Ela me beijou!

- Quê?! – dessa vez eu me levantei tão rápido que quase derrubei os enfeites da casa. – Co-como?

- Ora como assim, Bia! Com a boca, claro! – respondeu Anamuito empolgada.

- Não, o que eu quis dizer foi... Por quê...?

- Ah, não sei. – disse Carol vermelha. – Talvez porque fosse um jeito dela se despedir, acho. Enfim. Depois disso (com eu bastante envergonhada), subi no ônibus e acenei para ela. Foi a última vez que eu a vi.

- Como assim? Você não tinha o telefone dela? – perguntou Ana.

- Sim, mas... Aquele celular foi roubado logo que chegamos aqui. Então não tinha como ligar pra ela nem ela ligar pra mim.

-...

Sr. Ladrão, onde quer que esteja, obrigada!

- Então é só isso, gente. Não é nada demais. Não sei por que vocês deram tanto valor a isso. Quanto à sensação, Ana, eu não sei. Esse foi o único beijo da minha vida, mas posso te dizer que foi maravilhoso. Quanto à diferença de garoto pra garota, não sei.

Ana pareceu um pouco desapontada, mas disse:

- Tudo bem. Até por que, isso é uma coisa que eu tenho que descobrir por mim mesma!

-...

-...

Ficamos olhando para ela durante algum tempo, até decidirmos que já era hora de acabar com o assunto. Até porque tinha aula amanhã. E já eram duas da manhã!

Fofoca cansa, como diz a Carol

Argh. Eu estou pensando muito nela. Aquela história do beijo... Bem, é melhor eu não pensar muito nisso. Afinal... Elas nunca mais iriam se ver, não é...?

- Bom dia, classe.

- Bom dia, professora!

A sala estava barulhenta como sempre. Carol estava aumentando a quantidade de bolinhas de papel na sala enquanto Ana estava lendo um livro. De vez em quando, ela olhava para em direção à Daniela, que estava a encarando o tempo todo com um sorriso nos lábios.

A professora tentava (em vão) controlar a sala:

- Ordem na sala! Carolina, se a senhorita quiser me fazer o favor, contribua com a natureza e pare de jogar papel nos outros. Tomas, pare de comer na sala. Você não come em casa não, menino? Francamente, nem parece que vocês são alunos do ensino médio...

Vendo que sua tentativa não conseguiria resultados totais, ela prosseguiu com a aula.

 - Bem, como todos vocês não sabem, hoje temos uma aluna nova. Ela foi transferida de um colégio que faliu semana passada.

Aluno transferido nessa época do ano? Isso era raro. Colégio falido, a professora disse. Que azar, hein? 

Olhei para os lados, todos estavam muito apreensivos. Carol parecia não se importar. Ana parecia se importar muito. Para mim, tanto fazia.

A professora continuou, enquanto chamava a aluna nova:

- Por favor, sejam legais com ela. Pode entrar, senhorita Lins.

Quando a garota entrou, todos na sala ficaram empolgados. Ela era extremamente linda, e familiar. Tive um pressentimento ruim, que foi confirmado quando a professora falou o nome dela:

- Pessoal, essa é Emanuella Lins. Por favor, sejam legais com ela.

Minha boca ficou seca. Nem precisei sentir um cutucão de Ana nem ver a cara da Carol para saber quem era aquela garota.

Definitivamente, era um anjo.


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Notas finais do capítulo

Uuuuuuuuuuuuh! A coisa tá ficando quente! E tudo indica que no próximo cap. a coisa vai ficar mais hot! #nemtecontoAu revoir, meus amados leitores! ;D