Melhores Amigas... ou será que Não? escrita por ChrisAguiar


Capítulo 14
XIV.


Notas iniciais do capítulo

(Ai, já to me embolando com esses números romanos o.o')

E aí gente! Aqui está mais um capítulo pra vcs!!! o/

Eu não tenho muito a dizer hoje, só que o dia está lindo na minha cidade, e que estou atualmente odiando o SBT. Mas isso não é muito importante agora xD

Então, vamos ao próximo cap, que será BEM longo!

PS1: Quem tá narrando é a Ana.
PS2: Aos fãs de DanixAna e BiaxCarol, por favor não me matem. Eu tenho q viver pra continuar a história xP

Aproveitem! ;D



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Não importa o quanto eu queira, eu não posso faltar aula para sempre.

- Onde já se viu! Filha minha não fazer suas obrigações... – meu pai resmungava enquanto nosso motorista dirigia em direção à minha escola.

Suspirei, olhando pela janela. Eu estava no canto esquerdo do banco de trás, enquanto meu pai estava no direito, e eu evitava olhar para ele. Hoje cedo, tivemos uma grande briga, porque eu não queria ir à escola hoje e ele insistia que eu fosse, mas eu disse que não iria de jeito nenhum. O meu motivo? Simples: eu não queria olhar para a cara da Dani de novo.

Ugh. Só de pensar no nome dela, lembranças daquele dia instantaneamente invadiram meus pensamentos. Aquilo ela fez comigo foi... Horrível.

Não me entendam mal. Não foi como se eu nunca pudesse ter gostado... Eu até poderia ter amado, se ela não tivesse feito isso naquela situação, do jeito que ela fez. Ela parecia uma... Psicopata. Tive muito medo dela.

Eu queria ter contado isso para a Bia ontem, mas acabei por desistir. Ela não parecia bem... Pelo contrário, ela estava muito mal, e eu acho que ela teve uma briga com a Carol. Pensando bem agora, talvez eu deva descobrir o que aconteceu e ajudá-las, já que elas são amigas há tanto tempo...

Acabei por pensar na Dani de novo. Dessa vez, eu suspirei mais profundamente. Agora é que eu tinha certeza de que as coisas nunca dariam certo entre nós.

- E... Você está me ouvindo? – meu pai elevou a voz, irritado. Parecia que ele estava falando comigo a um tempão.

Em vez de respondê-lo, tudo o que fiz foi reparar no rosto cansado de meu pai. Seus cabelos loiros estavam cuidadosamente penteados para trás, o que dava a ele um ar de executivo importante, o que ele era. Seus olhos azuis já não tinham aquele brilho dos tempos de mocidade, e sua barba estava bem feita como sempre. Ele sempre era extremamente sério.

- Não vai falar nada, mocinha? – perguntou ele, já muito irritado. Ele odiava quando as pessoas não faziam o que ele mandava.

Eu não queria falar nada, mas já estava com medo dele. Por (muita) sorte minha, o motorista anunciou que já tínhamos chegado à escola, e eu quase pulei do carro em movimento. Meu pai ainda continuava tentando falar algo comigo, mas eu tão saí rápido que apenas dei um ‘tchau’ sem olhar para trás. Eu não queria encarar a Dani, mas enfrentar meu pai seria bem pior...

BEEEEEIN.

Cheguei à sala de aula quase morta de tanto correr. Eu não era uma pessoa muito atlética... Fiquei em frente à porta por algum tempo – perguntando se deveria abrir ou não, até que finalmente criei coragem e abri. Mas o problema foi que no mesmo instante, outra pessoa abriu pelo lado de dentro. Como tentamos atravessar a porta ao mesmo tempo (e como dois corpos não ocupam o mesmo espaço), logicamente esbarramos uma na outra. Eu caí de bunda no chão, e fiquei ali sentada, gemendo. Meus olhos estavam fechados de tanta dor que eu sentia, então eu os abri lentamente para ver quem era a pessoa que eu tinha esbarrado – e pedir desculpas. Quando os abri totalmente, eu pude perceber quem era. E deu vontade de correr.

Era a Dani.

- Você está bem? – ela perguntou com sua voz calma, mas havia algo de diferente nela...

Ora, mas era claro que sim! Considerando o que ela tentou fazer comigo...

Desviei meu olhar dela e tentei entrar na sala, mas ela não deixou. Pegou pelo meu braço e sussurrou desesperada:

- Eu preciso falar com você...

- E eu não tenho nada pra falar com você – respondi friamente, livrando meu braço do dela num puxão.

Eu pensei que ela ia insistir, mas ela permaneceu parada, me encarando triste. Não parecia a mesma Dani confiante e provocante de sempre. Eu me sentia terrivelmente mal em fazer isso, mas ela merecia! Merecia muito! Não se fazia aquilo com quem se gosta...!

Enquanto eu entrava, percebi que a Bia não tinha chegado. E provavelmente não chegaria mais hoje, já que era a primeira a chegar. Pelo visto a briga dela com a Carol foi mais que séria...

Falando na diaba (ai que expressão triste!), ela estava conversando alegremente com a Manu em sua carteira, e eu notei que elas estavam íntimas demais. Entre carícias e toques, Carol percebeu que eu tinha chegado e deu um pequeno aceno, que retribuí.

Toda aquela situação me intrigava. Hum... Definitivamente eu iria descobrir o que tinha acontecido!

Mas enquanto não descobria, eu sentei em minha carteira, abri meu livro de biologia em uma página qualquer e fingi estar extremamente interessada naquele assunto; o que não era verdade, já que outras coisas estavam prendendo minha atenção. Como por exemplo, eu sentir que a Dani estava olhando para mim e ignorá-la completamente.

- Ah, esse assunto é bem legal.

A voz de Tomas me tirou completamente do meu mundo paralelo. Ele estava em pé, perto da minha carteira e me olhava sorrindo. Ele era realmente simples, e foi esse seu jeito que me fez sorrir também.

- Qual assunto? – perguntei, olhando para o livro. Uma lombriga me encarava.

Eu quase gritei de nojo, mas segurei meu ataque de patricinha e vi o título da unidade: Vermes.

Oh...

Ele achava vermes legais...?

- É... Hehehe. – ri, tentando disfarçar o quanto eu estava horrorizada.

- Bom dia, classe! – a professora Fátima entrou divando como sempre. Todas as garotas diziam que ela era a professora mais fashion de toda a cidade, e eu concordava plenamente com elas.

Diferente das aulas da professora Maria, os alunos se comportavam estranhamente bem na aula de biologia. Geralmente ela fazia bastantes experimentos em duplas, o que tornava a aula muito mais dinâmica.

Ela pediu que os alunos se acalmassem e começou a falar:

- Bem, classe, hoje eu tenho uma boa e uma má notícia para vocês. O que querem que eu conte primeiro?

- A MÁ! – os alunos gritaram em unanimidade.

- Mas como vocês são pessimistas, hein? – a professora fingia estar decepcionada. Digo isso por que tenho certeza que ela conhecia bem as abomináveis criaturas que habitavam essa sala.

- Bom, a má notícia é que... Eu vou ter que me afastar da escola para cuidar de uma tia doente minha... Por quase todo o semestre.

Todos os alunos gritaram “AAAAAH” tristemente, o que era compreensível, pois a Fátima era a nossa professora favorita! Eu achava isso porque ela não reclamava quando eu lia Capricho na aula, contanto que tirasse 10, o que eu sempre fazia.

Vários alunos tentaram reclamar, mas ela os impediu e continuou falando:

- Eu sei que vocês já estão morrendo de saudades de mim, por isso que eu trouxe uma boa – não, ótima notícia.

Ela fez suspense e, quando a sala estava toda calada (o que NÂO era normal), ela soltou de uma vez:

- Nós vamos fazer uma viagem de uma semana para o Amazonas!

Não foi nem preciso dizer o que aconteceu em seguida. Uma explosão de “’ÊÊÊÊÊs” ecoou pela sala, e as abomináveis criaturas começaram a fazer baderna, gritando palavras de amor pela professora, e essas falsidades de sempre. Mas isso não queria dizer que todo mundo estava feliz. Eu não estava.

O porquê? Simples: viagem de uma semana é igual a ser obrigada a passar uma semana com a Dani. Em uma floresta. E provavelmente há a chance de ficarmos sozinhas. Em uma floresta, repito.

Entendeu agora porque eu definitivamente não queria ir a essa viagem...?


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Notas finais do capítulo

#Eu quero ir pro Amazonas ='(

Minha nossa! =O Parece que essa viagem veio a calhar bem para as nossas protagonistas, ou não! Bem, uma coisa temos certeza: isso NÃO vai prestar!

Até amanha, gente linda! ;*