até que a Fama nos Separe. escrita por bieberpizzabr


Capítulo 1
Um (Bom?) Começo


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês gostem do desenrolar da história, e conforme for indo, vou adicionar personagens. O primeiro capitulo é só uma passagem pra voces entenderem a história :)



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- Agora é a sua vez – disse o menino, descendo do brinquedo mais alto da escola. Ele era louco?

- É muito alto. Meu pai disse que não é pra mim subir aí... – na verdade, ele nem sabia sobre o que se tratava. Só queria arrumar uma desculpa para me livrar logo daquilo.

- Ah, então você tem medo? Eu venci! – ele correu para perto dos seus amigos para contar a mais nova aposta ganha. E eu fiquei lá, parada, observando...

Foi assim que eu comecei minha amizade com Justin.

Vendo ele me desafiar a subir no brinquedo mais alto da escola... e perdendo.

Sim, era um começo de amizade muito estranho, mas que com certeza renderia boas risadas depois.

- Ei, você não ficou magoada, não é? – no horário da saída, o garoto, um pouco desajeitado, veio falar comigo. – é que ninguém antes quis apostar isso comigo e bem, eu não perco uma. Me desculpe... Como você se chama?

- Não precisa pedir desculpas. Me chamo Suzanna.

- Ah, sim, eu me chamo Justin. Aonde você mora? – ele disse, distraído com sua tentativa de não pisar nos mesmos quadrados da calçada, sempre pulando um.

- Moro a 2 esquinas daqui...

- Sério? É perto da minha casa. Na verdade, deve ser do lado. Que tal se nós fossemos embora juntos da escola? Mas, peraí. Eu nunca te vi por perto de lá.

- Eu sou nova. Vim de Boston. Mudei a 2 semanas. Papai disse que é por pouco tempo, só até mamãe voltar.... – Eu disse, em dúvida. Mamãe voltaria?

- Sua mãe mora fora? Ou foi só viajar?

- Eu não sei bem... Acho que ela foi morar um tempo fora. Meu pai nunca disse, mas eu acho que é para trabalho. Bom, chegamos.

- Sério que você mora aqui? Bom, eu moro ali, na casa do lado. Vem, vou te apresentar para a mamãe, ela vai gostar de saber que nós temos vizinhos novos.- ele correu para uma casa branca com telhado vermelho, onde uma senhora regava as plantas do lado de fora.

- Vó, olha só quem eu encontrei na escola, uma nova vizinha! – Ele entrou na casa e largou a bolsa no sofá, voltando rápido para fora.

- Justin, já disse que não é para jogar suas coisas no sofá. Ah, sim, que bom, como você se chama, querida? – A senhora, que parecia simpática, se direcionou a mim.

- Suzanna, mais pode me chamar de Suzzie.

- Bem Suzzie, vou dar uns biscoitos que assei agora para levar para a sua mãe. Espero que sua família goste, e...

- Vó, ela mora com o pai dela. A mãe dela ta em uma... viagem. – ele olhou confuso para a avó, tentando avisar.

- Ah, mas isso não é problema. Leve para sua casa, aposto que você e seu pai vão gostar. – Ela esboçou um sorriso, e embrulhou os biscoitos cuidadosamente em uma cesta.

- Vó, cadê a mamãe? – disse Justin, subindo as escadas rápido.

- Ela saiu, querido,  foi para uma entrevista de emprego em outra cidade. É provável que ela volte a noite.

- Eu acho que vou indo agora –Eu disse, pegando a cesta de cima da mesa. – Obrigada pelos biscoitos, Sra...? – De lá de cima, se ouvia um som de bateria.

-  Diana, querida. Volte para dizer o que achou sobre eles, viu? – a senhora apontou para os biscoitos. – vou ficar triste se não souber como ficaram.

Fui andando para casa, pensando naquele menino competitivo, e como eu havia feito amizade rápido com ele.

Os anos passavam, eu e Justin sempre voltávamos juntos da escola. Ele era o meu melhor amigo, e eu, a melhor amiga dele, apesar de ele sempre estar acompanhado por outros garotos. Descobri que Justin era sensacional em esportes, mas o que ele gostava mesmo era de música, e cada vez mais ele se envolvia com isso. Percebi também que sua situação financeira nem sempre foi boa, e que sua mãe havia ido morar em outra cidade, e ele, havia ficado com a avó. Apesar de tudo isso, eu gostava muito de Justin, e sempre foi assim.

As coisas em casa não iam muito bem: óbviamente, depois de uns meses, descobri que minha mãe na verdade havia deixado meu pai, mas me recusava a acreditar nisso. Nessa parte, eu podia sempre contar com Justin, que me ajudava a esquecer isso e a pensar em outras coisas, como em meus planos para o futuro: entrar em uma faculdade de direito. Crescemos juntos, e meu pai, como sempre, não era muito presente em minha vida. Não o culpo, pois ele trabalhava até demais para nos sustentar, mas admito que visitava mais a casa de Justin do que a minha.

Foi assim até que tudo começou a mudar.


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