-Então, meu caro Gerald, quem é essa Maria? – perguntou Tícarú muito curioso mirando o cientista.

         - Maria, é minha linda, porém doente neta... – começou o cientista, olhando para baixo e com lágrima nos olhos – Ela foi a razão pela qual me aprofundei em tantos estudos e convenci cientistas dos mais inteligentes a trabalharem comigo... – agora seus olhos cerraram-se e Gerald começou a sentir ódio – Mas, logicamente sempre há um ganancioso no meio de nós, e graças a ele minha pobre neta está lá em cima morrendo sozinha e eu não sei como voltar pra lá e nem como ajuda-la! MALDITOO WILSON!- Gerald começou a ficar fora de controle.

-Calma calma meu senhor! Eu o ajudei há poucos minutos e posso te ajudar agora, claro precisarei de uma mãozinha ou duas, mas sei que o senhor é uma boa pessoa e com certeza não medirei esforços para salvar a sua adorável neta. – confortou Tícarú animadamente. – Antes de tudo, você deve esfriar a cabeça, que tal uma volta por este planeta?

-Volta?! Minha Maria está morrendo!- gritou o cientista incrédulo nas palavras do inocente texugo.

- Dr., relaxe. Pense bem, Shadow ficará inconsciente por algum tempinho. O senhor não pode enfrentar uma nova forma de vida sozinho, com certeza Wilson..é este o nome né? Está com uma turminha pra ajuda-lo eee deve estar se afastando para que o senhor não o alcance. – explicou calmamente.

- Tudo bem...

-Venha! –Tícarú convidando-o e os dois saíram pela “porta da casa” e começaram a caminhar pelas redondezas.

         Primeiramente Tícarú levou o Dr. Para conhecer alguns vizinhos, depois estranhas plantações que tinham esquisitas formas de vida. Em um momento Gerald se assustou com um inseto vermelho que pousou em seu ombro, ele era meio grande para ser tal criatura e possuía uma cor muito viva.

         Voltemos ao laboratório:

         -Wilson?

         - O que foi Joe?

         - Para onde estamos indo?

         -Hunf, nenhum lugar em específico, na verdade quero negociar com outros alienígenas e estou à procura de outro planeta.

         - Mas, e Black Doom?

         -Black Doom já nos serviu no que foi necessário e se ele souber que Shadow está morto por aí não ficará nada contente... Ele não pertencia apenas ao Gerald, mas por direito pertencia ao planeta dele também.

         -Entendo, entendo. E o que faremos com Maria?

         - A alimentaremos para que continue viva até que consigamos separar a alma dela, ou melhor dizendo a mente dela, da de Kiseki.

         -Ah, entendo, entendo. E para quê o senhor quer tanto o Kiseki para si? Está pensando em ganhar algum dinheiro com ele?

         -Mais do que isso... – respondeu ficando sem muita paciência.

         -E o que seria exatamente?

         -Joe...chega, estou tentando entender como funciona a mente de Kiseki se não percebeu. – Wilson estava examinando Kiseki que estava deitado numa maca cheio de aparelhos.

         -Han, se estou trabalhando para o senhor, tenho direito de saber de tudo, não acha?

         - A única coisa que você deve estar ciente é que Gerald pensa muito pequeno para ter em mãos uma criatura tão maravilhosa como essa. Imagine, curar doenças? Essas criaturas tem muito mais potencial do que serem simples “médicos”, não acha?

         - Não penso em outra utilidade, mas achei que Gerald ficaria com os créditos e com as espécies só para ele após tudo resolvido.

         -Ah chega! Saia já daqui! – berrou Wilson empurrando Joe para fora de sua sala.

         - Ok, ok. Vou dar uma olhada na Maria.