Acidentalmente Apaixonados escrita por luisalanajacs


Capítulo 3
Capítulo 1- Poções, furúnculos e uma surra


Notas iniciais do capítulo

Ai, estou tão feliz com os reviews que venho recebendo, que já estou com dois capítulos prontos além desse!

Bem, os nossos irmãos confusão só vão aparecer a partir do terceiro capítulo, e é aí que a coisa vai ficar interessante...

De qualquer forma, espero que gostem desse!



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No dia seguinte, Rose acordou no dormitório das meninas sentindo suas pálpebras pesarem uma tonelada e se perguntando como uma cama poderia ser tão tentadora.  Mas as aulas começariam naquele dia, e ela nunca perderia a chance de esculachar Malfoy em tudo que tivesse oportunidade.

Levantou-se, e foi até o banheiro, esforçando-se com afinco na tarefa de fazer sua enorme cabeleira cor de fogo tomar jeito. Como seu cabelo parecia impossível naquele dia, resolveu prendê-lo num rabo de cavalo e saiu do cômodo já a tempo de ver as meninas se levantarem.

_Nossa, Rose, seu cabelo está impossível hoje!_ exclamou Amara Parkinson.

Rose não tinha muitas amigas, era mais próxima dos meninos, sempre fora, mas mesmo assim nutria uma amizade de longa data pela loira de expressão arrogante, mas com um coração bondoso e astuto.

_Ah, ele é um leão! Estou pensando em mandá-lo pra Grifinória. Não é o símbolo de lá, um leão?_

_Acho que sim..._ela bocejou._Pelo menos eu tenho mais sorte que você; meu cabelo é escorregadio como uma serpente._

As duas se vestiram com as vestes negras de Hogwarts e desceram para o café da manhã,  encontrando a mesa da Sonserina já muito cheia; imediatamente Rose se espremeu entre Albus e uma menina de cara azeda, dando-lhe um belo e brilhante sorriso.

_Albus!_

_Ah, Rose, tudo bem? Fiquei preocupado com você, está um pouco atrasada._

Malfoy, do outro lado da mesa, fingiu vomitar.

_Ah, tinha que conter meu cabelo, não é? O desgraçado tem vida própria._

Albus riu, e começou a comentar com ela sobre as notas que obtivera no N.O.M. Ele parecia imensamente feliz com seu resultado, tendo conseguido sete N.O.M.S em nove, mas Hermione ficara decididamente irritada ao ver que  filha só conseguira passar em oito dos onze que prestara.

De qualquer forma, a mania perfeccionista da mãe não a afetava mais. Parecia decididamente calma quando Blás Zabini, diretor da Sonserina, começou a selecionar as matérias que prestaria para o N.I.E.M.

_Bom... Tranfiguração, Defesa Contra As Artes Das Trevas, Herbologia, Poções, História de Magia, Feitiços... Sua matéria na minha nota foi péssima, estou seriamente desapontado, Srta. Weasley._

_Mas ficar lendo Runas Antigas não é a coisa mais divertida que existe, professor Zabini._ replicou ela, displicente.

Um sorriso retorceu-se nos lábios do diretor enquanto ele lhe entregava um formulário com suas matérias.

_Se continuar pensando assim, Weasley, pode deixar de ter ambições... E um sonserino sem ambições não é um sonserino, diga-se de passagem._ 

Ela deu de ombros, e sem se importar com aquela lição de moral, saiu andando pelos corredores, e entrando na sala de poções, a única matéria na qual conseguira um “ótimo” no N.O.M.

Poucos alunos da Sonserina conseguiram continuar no nível N.I.E.M, e para a infelicidade de Rose, Scorpius era um deles.

_Ah, Srta. Weasley!_ disse o professor Nott com um sorriso de prazer. _Fiquei contentíssimo com sua nota na minha matéria! Contentíssimo! Agora sente-se com o Sr. Malfoy, e abram seus livros na página 34..._

Scorpius sorriu provocativamente pra ela, num desafio, e ela, corando consideravelmente, postou-se ao seu lado, rígida e tensa. A aula foi um desastre. Sentados em dupla, enquanto ela preparava com atenção uma poção mata-cão descente, ele acabou explodindo o próprio caldeirão, jogando toda a sua poção em cima da Weasley e fazendo brotar, em seu rosto, vários furúnculos bastante doloridos.

_Ah, meu Deus, Srta. Weasley!_disse o professor empalidecendo, enquanto brotava um enorme furúnculo nos lábios da ruiva, que gemia controlando a dor.

_Malfoy, quando eu me livrar disso, eu mato você!_ sibilou ela, com dificuldade, enquanto ele ria, sem nenhuma piedade.

Afinal, o professor Nott correu para misturar um antídoto, que jogou rapidamente na boca da Weasley que engoliu sentindo uma dor lancinante; afinal, as feridas começavam a avançar pra sua garganta.

Então, acabou que tiveram que levá-la para a enfermaria, aonde Madame Pompfrey estourou dolorosamente todos eles e passou uma ardida pomada, que lhe fez brotarem lágrimas nos olhos.

Ficou ali o dia inteiro, pensando em milhares de formas de matar Scorpius, que incluíam lhe cortar em pedacinhos e colocá-los no caldeirão, jogá-lo na floresta proibida, ou, no auge de sua raiva,mandar-lhe uma Avada Kedavra.

Às oito da noite, a porta se irrompeu de chofre, e Amara entrou, seus cabelos esvoaçando pra trás, e ofegou ao ver a aparência deplorável de Rose.

_Rose!_

_Olá, Mara._

_Mas o que o Malfoy fez com você? Eu estava na aula de Runas Antigas quando aconteceu, cheguei à sala comunal hoje e ouvi ele falando de você, fiquei preocupada!_

_Não precisa se preocupar, Mara. Ele só fez brotar furúnculos no meu corpo todo, que a desgraçada da enfermeira estourou com aquela merda de varinha. E ainda passou essa pomada, to sentindo meu corpo todo queimar!_

_Poxa, então era por isso que ele estava rindo... Ele não tem coração, aquele Scorpius._

_O que ele disse de mim, Mara? Você disse que ele estava falando de mim quando chegou à sala comunal._

Rose viu a amiga empalidecer, e ficou imediatamente preocupada.

_O que ele disse? Fala logo, Mara!_

_Ah... Depois a gente conversa._

_Mara..._ seu tom se tornou baixo e ameaçador.

_Ele disse que tinha dado uma boa lição em você. Depois eu ouvi ele dizendo que você poderia muito bem ter batido nele, mas que não bateu porque gostava dele. Aí depois eu ouvi..._

_Ouviu o quê?_ Rose já não pedia, praticamente exigia por uma resposta.

_Er... Ele disse que apostava quinze galeões com o amigo dele que se ele chamasse você pra sair, você hesitaria muito pouco pra aceitar._

Imediatamente Rose levantou-se da cama, sem se importar muito com a dor nos furúnculos dos pés e começou a andar decidida pelos corredores do castelo, pouco ligando para as expressões de surpresa dos estudantes.

_Pelo amor de Merlin, Rose, não faz isso, por favor!  Não faz isso!_ gritava Amara, vindo atrás dela, amedrontada.

_QUEM ELE ACHA QUE É? _ berrou ela, enfática.

Entrou na sala comunal Sonserina e parecia não enxergar as pessoas rindo de sua aparência desgastada. Sua visão se tingiu de vermelho ao ver Scorpius rir para o amigo.

Ela andou decidida até ele, e, quando o Malfoy a viu, seu rosto empalideceu um pouco. Ele fez menção pra se defender,  mas ela não lhe deu tempo.

_Tarantallegra!_ berrou.

As pernas de Malfoy ficaram descontroladas ele não pode fazer nada quando ela, com sua força esmagadora, forçou-o na parede pelo pescoço.  Scorpius parecia assustado e confuso, juntamente com toda a Sonserina, que se juntava pra ver o resultado do desfecho.

_Você realmente não pode pensar que eu um dia aceitaria sair com você._ sibilou ela.

Ele encarou-a, e apesar do tom doente de sua pele, não pode deixar de retrucar:

_Ah, sim, e no dia em que eu sair com uma retardada como você, Hogwarts vai vir à baixo!_ 

Tudo o que se viu no segundo seguinte foi a mão machucada de Rose chocar-se com força no rosto de Malfoy, e o barulho desagradável de um osso que se quebra.

Eles nunca poderiam ter começado o ano de forma diferente.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?