O assassino do Cantor escrita por Kitty


Capítulo 6
Capítulo 6




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/155241/chapter/6

Capítulo seis

1

Aquele era um lugar mágico. Um mundo de sonhos em cores cruas. Bege, predominantemente. Ali, homens, vestidos com os melhores ternos e consumindo as mais caras bebidas, eles esqueciam seus trabalhos, seus problemas, suas vidas e passavam momentos tranqüilos e agradáveis que podiam resultar em noites inesquecíveis com os jovens mais belos do país. A Casa de Show era famosa pela beleza de seus rapazes e por servir a classe mais alta da sociedade.

O som de vidro quebrando se espalho pelo ambiente, uma vez que o pianista interrompeu a sua música quando a confusão começou. Assim como os demais clientes e profissionais daquele clube, ele se virou na direção da voz alta e grossa dizendo:

– Como se atreve a dizer que não vai transar comigo? Quem você pensa quem é? Aliás, com quem você pensa que está falando?

Era um homem alto, robusto e era três vezes mais velho que o jovem que estava ajoelhado, recolhendo a garrafa de Dom Perignon que havia sido jogada com os copos no chão com o acesso de fúria do mais velho.

– Sumimasen. – rapaz disse, com a voz baixa e rouca, porém firme: – Mas eu não vou transar com o senhor. O senhor poderia ser meu avô, não tem vergonha? – e ele o fitou com seus arrogantes olhos escuros.

A mão foi erguida para um violento tabefe, que não se concretizou. O jovem chegou a fechar os olhos e esperou pela violência. Estranhou a demora e o burburinho que se formou e então os abriu novamente.

E o viu ali, ao lado do seu cliente, segurando seu pulso. Um homem que todos conheciam e admiravam. O jovem percebeu que ele era ainda mais bonito naquele ângulo, com um olhar justo e corajoso, defendendo-o.

A fama do seu herói era tanta que o cliente perdeu até a voz. O homem disse suavemente:

– Hayashida-san, certo? Acredito que Hayashida-san não vai se importar se eu comprar a hora desse menino, vai? Acredito que já tenha terminado o encontro de vocês. Ah, como um presente por termos nos conhecido, eu pagarei as suas horas desta noite.

Não esperou pela resposta, não que fosse existir uma. Ele andou até o rapaz e ofereceu a sua mão.

– Eu gosto de usar a sala do terraço, você se importa?

O jovem apenas piscou diversas vezes, tentando raciocinar.

2

A sala do terraço era a área vip do clube. Parecia uma estufa, já que as paredes eram de vidros para proporcionar uma bela vista da Lua, como naquele momento. Havia também um bartender exclusivo, que o cliente logo dispensou, dizendo que eles mesmos produziriam suas bebidas. Queria privacidade.

Ele sabia vagamente que aquele homem costumava usar sempre aquele espaço. Era uma pessoa rica e famosa, podia mesmo pagar pelo lugar. O jovem nunca tinha pensado que um dia seria convidado a ir até ali e ainda mais com aquela companhia. Estava tímido, por tudo o que tinha acontecido, e por estar ali, um ambiente tão restrito. E por estar na presença dele.

O homem fumava sentado no sofá a sua frente, um braço estendido no encosto. Ele parecia muito bem com aquele silêncio, parecia em paz enquanto fumava.

– Qual é o seu nome? – ele perguntou quando pareceu voltar a realidade. Sorria simpático.

– Akanishi Jin. – respondeu, tentando um meio sorriso – Nee~... Eu ainda não te agradeci... Desculpe pela confusão lá embaixo... Estou mesmo agradecido por ter me defendido.

Ele sacudiu a cabeça.

– Eu sou...

– Kimura-san, todos o conhecem. Gostei muito do dorama Long Vacation... Às vezes penso que deveria tirar umas férias como aqueles personagens... Acho que acabei entrando nessa profissão por isso e... Sumimasen, não deveria estar falando esse tipo de coisa.

– Não, não se preocupe. Gosto da sua sinceridade. Foi isso o que sempre me chamou atenção em você.

– Eh ~?  – Akanishi ficou confuso e sentiu seu coração bater mais rápido.

– Já faz algum tempo que eu freqüento este lugar, mas nunca consegui a sua companhia... Você é bastante requisitado...

Jin se sentiu lisonjeado e o seu ego inflamou, algo que podia ser facilmente identificado em seu sorriso de vitória. Kimura riu e depois se levantou. Caminhou até o bar e pegou uma garrafa de vinho.

– Vocês estavam bebendo isso certo? Não vamos misturar bebidas.

– Deixa que eu faço isso. – Jin pediu quando notou que o cliente estava lhe servindo.

Não era assim a ordem do seu trabalho. Era ele quem deveria servir a Kimura e, no entanto, no resto da noite, enquanto estiveram juntos, Kimura não agiu como se fosse um cliente. E nem nos encontros seguintes.

3

– Vai filmar em Hollywood?

O assombro naquela voz esganiçada o fez rir. Era engraçado como a voz dele sumia quando ele se mostrava surpreso, apesar de já ter saído da puberdade há alguns anos e de sua voz naturalmente ser rouca. Ainda assim, quando gargalhava e em momentos que era surpreendido, Akanishi Jin tinha uma voz esganiçada.

– Não é Hollywood. – ele riu – Acha que todos os filmes são de lá?

– Eu sei que não, mas você disse que era um grande projeto.

– É um grande projeto. Mas não vou sair da Ásia.

–... Mas vai viajar então? – perguntou triste, enquanto levava a taça de vinho aos lábios.

– Passarei duas semanas na China. – ele explicou.

– Tudo isso? E eu?

Era mesmo um rapaz mimado, Kimura concluiu, mas até isso era adorável. Na companhia de Akanishi, seu humor estava sempre no nível mais alto e ele era capaz de tolerar suas pirraças.

– Não há o que se fazer. Você pode me esperar?

– Claro que sim! E dessa vez vamos fazer sexo? – ele uniu os ombros e abriu um largo sorriso.

O modo direto dele também era algo que Kimura gostava. E invejava.

– Não. – disse tranquilamente, olhando para cima e admirando a Lua. Não viu, mas sabia que Akanishi agora estava com uma expressão de zanga.

– Eu não te entendo... Porque não quer transar comigo? Você sempre diz que me acha bonito, vem aqui toda noite, tem a minha preferência... O que está errado?

– Estou indo embora. – ele disse, sorrindo.

– Owe! Nós estamos no meio de um assunto sério!

– Amanhã tenho gravações cedo. Obrigado pela companhia. – passou pela poltrona de Akanishi e bagunçou seus cabelos.

– Takuya!!!Não me ignore, seu cretino!!

E ele apenas estendeu o braço e sacudiu a mão. Nem ao menos se virou para dar alguma atenção ao seu protesto. De joelhos na poltrona, Akanishi encheu a boca de ar e fez um enorme bico.

– Qual é o problema desse cara, afinal?

4

– Chegou mais um presente para você.

Era evidente o tom de desgosto em Yamapi e tudo o que Jin pode fazer foi se desculpar. Pegou o embrulho em cima da móvel da sala e foi para o quarto. Notou vagamente que o amigo aumentou o volume da televisão.

Desde que Kimura partiu para a China, ele recebia um presente por dia. Era muito gentil da parte dele e eram todos presentes que Jin gostava. Aquele homem parecia o conhecer muito bem, mas o frustrava que o contrário não era verdadeiro. Não entendia nada sobre Kimura Takuya. Ele sabia tudo sobre o cantor, mas não o entendia. Porque ele o cercava dessa forma, o enchia de mimos e presentes, mas nunca houve qualquer contato físico mais íntimo entre eles?

Eles conversavam muito. Akanishi desabafou tudo o que tinha lhe acontecido desde que chegara dos EUA. Contou até mesmo sobre aquele episódio em que, metido em dívidas, descobriu que Yamapi passou a trabalhar na Casa de Show para conseguir o dinheiro e que, por isso, ele achou que deveria fazer o mesmo pelo amigo. Mas Akanishi acabou caindo nas mãos de pessoas perigosas e foi com ajuda, de novo, de Yamapi e de Nagase que ele conseguiu deixar o antigo clube e foi aceito na Casa de Show. Essa era a sua história. E havia compartilhado com Kimura.

O cantor também o procurava para desabafar. Um casamento infeliz, as brigas com produtos, com amigos, com parentes. O que quer que fossem ele lhe contava tudo. As alegrias também. O orgulho que tinha das filhas, algo engraçado que alguma delas havia feito, mesmo quando elas aprontavam, sua voz era carregada de carinho. Era um bom pai. E se esforçava para ser um bom marido.

Akanishi não entendia qual era a relação entre eles. Seria o conceito primário de acompanhante? Seriam apenas amigos? Talvez ele o enxergasse como um irmão mais novo. Estava ali apenas para dar apoio a sua vida, sem qualquer interesse sexual? Era estranho e, de algum modo, isso o incomodava profundamente.

No quarto, ele desfez a fita branca e rasgou o embrulho verde. Encontrou o box do melhor filme de todos os tempos: O Poderoso Chefão. Um sorriso involuntário quando se recordou das suas cenas preferidas. Os seus DVDs estavam na América, havia deixado lá e pensou em comprar diversas vezes, mas sempre acaba deixando para depois. Kimura era mesmo uma pessoa atenciosa, ele só tinha comentado sobre isso uma vez.

Deixou o presente na cama e vasculho na caixa pelo envelope com o postal e uma carta contando como foi mais um dia no estrangeiro e que sentia saudades. Naquelas linhas, Akanishi sempre sentia o carinho do mais velho, mas não conseguia defini-lo.

Os seus sentimentos, entretanto, eram muito claros. Ele queria que Kimura voltasse o quanto antes.

5

Teve que ser aquele que rompeu a linha que os separava fisicamente quando o reencontrou na Casa de Show. Quando chegaram ao terraço e depois que o bartender foi dispensado, Akanishi se jogou nas costas do mais velho e afundou seu rosto ali. Como sentiu falta daquele perfume, daquele calor, que, mesmo nunca tendo tocado em Kimura antes, ele conseguia sentir apenas em estar ao seu lado. Como ele tinha imaginado, era muito confortáveis aquela costa e ele desejou nunca mais se afastar daquele homem.

Kimura estava incrivelmente mais bonito naquela noite – ou teria sido o tempo sem vê-lo que aumentou essa impressão? – com uma blusa de gola alta, preta, feita de um tecido macio que Jin gostou de esfregar sua bochecha ali. Seus cabelos tingidos estavam mais curtos por causa do personagem que tinha feito no filme e tinha ficado mais novo com aquele corte.

Akanishi não tinha pensado em suas ações. Assim que viu que estava sozinho com ele, deixou seus sentimentos livres. O abraçou sem pensar nas conseqüências, sem hesitar se o mais velho o repreenderia por essa atitude e diria que só o via como um amigo, que ele tinha entendido errado as suas gentilezas. Aos poucos, porém, essas dúvidas e temores foram preenchendo sua mente, já fora do estupor que a presença de Kimura havia lhe deixado.

Mas nada disso aconteceu.

Kimura gentilmente segurou em suas mãos para se libertar do abraço e se virou para encontrar o rosto do jovem. Jin mordia os lábios, agora sim, aflito. E encontrou um sorriso para ele. Aquele sorriso que seria para sempre seu.  Jin mal pode conter sua alegria, ele se inclinou na direção dele e se apoiou em seus ombros. Quis beijá-lo, mas Kimura o afastou.

Em poucos segundos, aquele homem o levou até o céu e agora o havia derrubado de volta a Terra. O que Kimura estava pensando?

– Eu preciso mesmo te dizer isso? Não quero fazer sexo com você. Não quero ser seu cliente. – ele disse. – Pensei que tivesse entendido isso.

Jin arregalou os olhos, confuso, totalmente perdido. E sentiu raiva. Quis socar aquele homem, ele estava apenas brincando com seus sentimentos, como podia ser tão repugnante?

Kimura riu, um riso de deboche, quando viu a expressão zangada de Akanishi.

– Você é muito transparente. – ele disse – Isso é tão raro hoje em dia.

– Vá embora! – ele rosnou e passou por Kimura, alcançando a janela e olhando para baixo, tentando recuperar a calma.

O jovem ouviu os passos atrás de si e novamente foi embalado por aquele calor e perfume quando Kimura o abraçou pela cintura.

– Você ainda não entendeu, não é? – ele sussurrou em seu ouvido – Não quero ser seu cliente.

– Takuya... – ele murmurou e fechou os olhos.

– Você me aceita?

Ele aceitava, era claro que aceitava.

6

Akanishi riu, um riso apaixonado quando ele beijou sua nuca e o abraçou por trás. Depois Kimura se encostou na cabeceira da cama e o puxou junto para deitá-lo em seu peito nu. Akanishi segurou seus dedos e os beijava enquanto falava, falava, falava. Eram coisas sem sentido, desconexas, misturadas ao riso. Não importava o que ele dizia e não importava se Kimura o escutava. Eles estavam felizes.

– Isso foi tão... Não sei... Foi legal...  – confessou, sentindo suas bochechas corando. – Nunca senti isso antes...

– Quer fazer de novo? – ele ofereceu, mordendo sua orelha.

– Eh ~~~? Quantas vezes você pretende repetir? Estou cansado agora... Mas vamos fazer mais vezes outro dia, não é? Digo, em outro dia e no outro também, mais de um dia e sempre... Não é?

Akanishi se virou sobre o corpo dele e o encarou. Era até injusto com Kimura, como ele poderia negar alguma coisa com aquele rosto corado e molhado de suor o fitando daquele jeito esperançoso. Quando ele mordeu os lábios foi o golpe de misericórdia. Kimura segurou aquele queixo com as mãos e o olhou apaixonado.

– Você realmente quer manter... Uma relação comigo? – ele subiu seu corpo mais um pouco, esfregando seu sexo no de Kimura.

Kimura sorriu e o esmagou em seu peito.

– Sim, Akanishi Jin! Eu quero ficar com você! – ele disse e ouviu a gargalhada do mais novo. –... Em outro dia... E no outro também... E em mais de um dia... E sempre!

Akanishi se soltou do abraço sufocante e subiu para alcançar os lábios de proporção saborosa e o beijou suavemente. Deixou sua língua molhar aqueles lábios e depois invadiu a boca de Kimura, que o empurrou delicadamente para o lado a fim de inverter a posição.

O beijo foi interrompido para Kimura admirar aquele rosto. Ajeitou a franja de Jin deslizando seus dedos pela testa dele, depois a bochecha e seu polegar percorreu os lábios.

– Eu te amo Takuya! – ele suspirou.

A resposta de Kimura foi levá-lo novamente ao êxtase.

7

Os dias se tornaram longos depois que Kimura deixou de freqüentar a Casa de Show. Era preciso, eles não podiam levantar suspeitas. Akanishi bolou um grande plano. Alugariam quartos em um motel que tinha credibilidade pela sua discrição. Mesmo assim, eles alugariam dois quartos. Um seria no nome de Hayami Minami e o outro no nome de Yabuki Hayato. Quando Kimura usando algum disfarce chegasse acompanhado de Minami, ele simplesmente seguiria para o quarto de Hayato, onde Akanishi o estaria esperando.

Era um plano perfeio. Ninguém descobriria. E eles seriam felizes para sempre.

Só havia um problema.

Kimura preferia que Akanishi deixasse a sua profissão. E Jin não queria deixar porque se sentia em divida com Yamapi e Nagase. E não era uma divida financeira, mas sim uma moral. Ele não podia romper com sua palavra e não podia deixar seus amigos na mão depois de tudo o que eles haviam feito por ele. O mais velho compreendia e, até certo ponto, admirava aquela lealdade de Jin com seus amigos, mas isso não impediu o seu ciúme desses amigos e dos clientes de Jin.

As brigas começaram.

Akanishi Jin experimentava um dos maiores conflitos que poderia existir: amar tanto uma pessoa, mas sentir repentes de ódio por ela. Isso porque era um amor tão forte, tão intenso, que doía.

8

– Não vai me comprar com um presente. – Jin arqueou a sobrancelha e empurrou o embrulho.

– Não estou tentando te comprar, não diga isso. – a voz de Kimura soou triste e cansada – Sabe que não te vejo como um objeto, diferente dos outros clientes... Eu só queria o seu sorriso.

Haviam discutido muito nos últimos dias e Kimura chegou a se arriscar em ir até a sua casa. Naquele momento Pi estava fora com um cliente e eles estavam sozinhos na sala do apartamento.

– Eu sei que eu não tenho o direito de te pedir nada... Eu peço desculpas por ficar exigindo que você ignore seus amigos e quebre sua palavra. Eu não tenho mesmo esse direito quando eu tenho uma família para sustentar.

– Takuya... Eu nunca quis que você largasse a sua família.

– Eu sei. E isso só torna ainda mais injusto os meus pedidos... É só que é difícil controlar o que eu sinto por você... É muito forte... Eu queria que pudesse existir uma realidade em que ficássemos juntos sem nos preocuparmos com trabalho, com outras pessoas, com a imprensa. Uma realidade em que não seriamos julgados pelo nosso amor. Uma realidade em que as pessoas parassem de tratar sentimentos como opções. Opção sexual? Não escolhemos a quem amamos, não é verdade? E eu te amo, Jin. Eu te amo muito! Me perdoe... Me perdoe de novo.

Jin também não conseguia negar nada a Kimura. E sabia que ele estava sendo sincero, mas também sabia, como nas outras vezes em que ele se desculpou, que bastaria alguns dias para seu ciúme inflamar novamente. Mas... Era tão bom ficar em paz com ele.

Desfez a expressão zangada e se aproximou dele no sofá.

– O que você trouxe pra mim? – ele engoliu os lábios e olhou curioso para o embrulho.

– Pode abr...

A frase não foi terminada e Akanishi já tinha rasgado o embrulho.

– Ei, isso é muito legal! Não acredito que comprou isso! – ele riu enquanto admirava aquele isqueiro – É muito bonito! Esse dragão é demais!! Arigatou!

Kimura o observou com um sorriso enquanto ele continuava encantando com aquele isqueiro.

9

– A minha mulher tem um amante.

Akanishi apertou a sua mão por baixo do lençol branco e olhou com tristeza para Kimura. Ele lhe sorriu.

– Não fique assim. Não é como se isso realmente pudesse me ferir... Acho que é justo. Espero que seja alguém que a ame, assim como eu encontrei você... Ela não tem culpa do nosso casamento não ter dado certo. Ela merece ser feliz.

– Tem certeza de que está bem com isso?

– Sim, desde que eu tenho você... Nada pode me fazer mal.

– Eu te amo, Takuya... Muito, muito, muito. Fique bem sempre, ok?!

– Então fique sempre comigo!

Akanishi apoiou seu queixo no ombro de Kimura e foi a sua vez de sorrir. Estalou seus lábios na bochecha dele.

– Como você descobriu sobre esse amante? Será que ela sabe sobre nós?

– Não acredito que ela desconfie que eu tenha alguém. Ela sempre me acusa de trabalhar muito e não dar atenção a ela. Mas nunca discutimos sobre traição... Eu descobri porque ela veio me pedir para ajudar um amigo com problemas financeiros. E é uma quantia extremamente alta... E o rapaz deve ter a sua idade. Eu emprestei o dinheiro e fechei meus olhos. Não é como se isso provasse qualquer coisa sobre eles, mas... Ela parece mais feliz. Se for o caso, isso é bom.

O mais novo concordou. Também se sentia mal em relação à esposa de Kimura e se ela havia encontrado a felicidade, era mais do que merecido. Acariciou o peito de Kimura e o encheu de beijos. Por sua vez, ele também queria a felicidade do cantor... E isso era algo que ele podia fazer.

Entrou por baixo do lençol para beijá-lo em sua parte íntima. Adorava escutar os gemidos curtos dele quando o tocava daquele jeito, era, afinal, assim que ela sabia se ele estava gostando ou não.  Akanishi sempre se dedicava para lhe dar o prazer supremo na cama e ser o seu principal apoio fora dela.

E ele teria cumprido esse papel se as brigas não tivessem recomeçado. E se Yamapi não tivesse piorado tudo quando foi se apresentar a Kimura e exigir que ele deixasse de fazer Jin sofrer.

A partir daí, já não houve um caminho de volta para a relação entre Kimura e Akanishi. Só houve discussões e discussões até o dia em que ele morreu. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O assassino do Cantor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.