08 – Que dia é hoje? - P.V Edward

Acordei pra mais um dia monótono, e eu ainda me sentia do mesmo jeito que a mais ou menos quatro ou será cinco meses?  Nem sei dizer, eu simplesmente tinha parado de contar os dias, mas eu estava extremamente obcecado desde o dia em que fui dar ‘‘uma volta’’por NY.

 Agora são o que? São exatamente 62 horas acordado, já estou começando a sentir o café no meu sangue, não consigo dormir direito, ou eu que não quero dormir?

 Desde que fui ver meus pais, ou pelo menos era nisso que queria acreditar, aparentemente eu não engano ninguém, eles sabiam como eu estava, sabiam também que eu estava  á  evitando. Eu tinha medo, mas ir à sua casa me fez ver e me sentir tão culpado por ela não estar mais com os outros, será que quando ela vai lá ela se lembra de nós?

Mas acima de tudo me faz rever meus atos, e se ela não tivesse mesmo me traído? Mas e se tivesse? Todos sabiam que ela era amiga do tal Black!

  Então por que Alice ainda pedia pra mim: ‘Parar com essa besteira e voltar!’ – palavras dela não minhas.

Todos esses sentimentos se resumem a uma só palavra: Amor.

Você se sentir inseguro, frágil até. Apaixonado - mais que tudo – E um novo sentimento: Abandono.

 Mas é tudo como se você estivesse sendo omitido, enganado de algo. Algo bem grande e essencial na sua vida. Talvez, e se Bella estivesse doente? Ou aconteceu algo com ela que eles não querem contar?

Eu a vi, e ela parecia extremamente feliz e bonita. Linda. O seu cabelo parecia maior e dava pra ver nitidamente as pontas meias vermelhas. Alice tinha me visto – aquele dia eu tinha voltado e ido falar com eu pai – Alice me viu, e eu esperei ela avisar a ela que eu estava ali, mas Alice me olhou fez uma careta e ainda fez questão de puxa lá pra longe. Longe de mim.

 Mais tarde naquela noite, a noite que descobrir onde ela morava Alice apenas disse:

_Foi pra evitar mais sofrimento, pro’s dois! O.k? Ela estava feliz e eu não há via assim já tem um tempo. Não iria ser eu que iria a desfazer.

Logo depois, escutei  alguém chamar, então depois Bella chamar e ela disse que eu precisava ir. Era um realmente você precisa ir. E bateu a porta.

 A casa na verdade era linda, simples e parecia ser tão nossa. E eu tive que voltar e parecia tão errado, mas tão certo.

Logo assim que vim pra Londres, Jazz veio atrás de mim pra mim convencer a voltar. Eu sentia sim a falta dela, mas aquilo – aquela viagem – era uma oportunidade única.

 Acho que a pior parte depois de tudo isso, foi minha conversa de boas vindas com mamãe. Havia acabado de chegar em casa depois de ter visto papai e era a primeira vez que a via em ‘casa’:

_Então Edward, querido você esta feliz? Bem pelo menos com tudo isso? – mamãe sempre foi bem direta.

_Mae, você queria que eu fizesse esse curso, não? – tentei desconversar.

_Queria sim, mas talvez você devesse ter pensado mais. Sabe na verdade faça o que quiser da sua vida filho!

_Haaa... Mamãe. – e me abraçou.

.

_Só não queria ver vocês assim, Bella é tão especial pra mim e ela precisa agora  tanto de você, ahhh querido seja Bem vindo. – me beijou e saiu.

As vezes acho que Bella é muito super dependente de mim, eu sei que eu fiz ela ser assim. Tão mais próxima da minha família e eu – por uns momentos – sinto ciúmes por ela ser assim e eles a amarem tanto, inclusive Jasper que apesar de ser meu irmão e melhor amigo estar mais sentindo e próximo dela e ainda estou o sentindo tão distante de mim como se tivesse  desistido de me ‘ajudar’.

Musica: pictures of you – The Cure.

Fotos Suas ( o que vale é a letra )

Me lembro de você

Ficando quieta na chuva

Enquanto eu corria para ficar perto do seu coração

E nós nos beijamos enquanto o céu desabava, na fixação de segurar você

Como eu sempre segurei, em seu medo

Me lembro de você, correndo delicada pela noite

Você era maior, e mais brilhante, e mais branca que a neve

Gritava como faz-de-conta, gritava para o céu

E você finalmente encontrou

Sua coragem para deixar tudo ir

Me lembro de você, caída nos meus braços

Chorando pela morte do seu coração

Você era pedra branca, tão delicada, tão perdida no frio

Você sempre foi tão perdida no escuro

Me lembro de você

Como você costumava ser

Lentamente afogada, você era anjos

Muito mais que tudo

Se segure pela última vez

Então, fuja silenciosamente

Abra meus olhos, mas eu nunca vi nada

Se eu tivesse pensado nas palavras certas

Eu poderia ter prendido seu coração

_Então por que não volta? – meu novo psicólogo perguntou.

Sim, eu ando me consultando, é meio que por que eu não tenho mais quase ninguém pra conversar. Em todas as minhas sessões eu nunca menciono o nome deles a minha família, faz meio que eu me senti melhor – menos traído ou sei lá.

_Eu, sei lá. Acho que é como eu não pudesse. Como se a família sentisse raiva ou como se a insegurança batesse de novo e tudo que aconteceu naquela noite fosse verdade – disse – se é que não é... Sem contar que é como se eu me sentisse culpado por ter sido assim, mas é como dizem: Uma imagem vale mais que mil palavras.

_Por que não conversa com ela? Não esclarece as coisas, tudo?

_Porque eu tenho medo de ouvi- lá dizer que não me ama mais ou que nunca amou. Por isso sempre pergunto como ela está e sei que apesar de tudo ela pode superar.

_Isso é antagônico, é como se você quisesse muito ela, mas não a queira perto.

_E é exatamente isso que eu sinto... É isso e um pouco de receio e culpa.

 É tudo muito novo pra mim...

_Pra mim você só tem duas opções: volta pra sua ‘namorada’ ou fica aqui e faz o que você quiser com esse sentimento.

E ficou aquele silencio no local eu o olhando e ele me olhando sentado no divã. Um silêncio constrangedor até. Como se fosse fácil a escolha.

Mil e um sentimentos com duvidas em cada um deles. Olhei pro relógio e constatei que já era hora do meu curso – o curso era basicamente como um estagio e eu ficava na área da emergência junto com mais dois cursanos.

_Já esta na minha hora... - disse

_Hora de voltar? – ele perguntou.

_Não, hora de ir estudar.

Sair sem deixar de escutar um bem baixinho ‘‘ cabeça dura.’’

Ia dirigindo trocando os canais do som, quando começou a tocar uma musica que eu e ela sempre escutávamos. Friday I’m in Love – The Cure.

 A letra podia ser tudo haver com a situação, mas parecia tão errada pro momento.

( O que importa aqui é a letra) Sexta-feira Estou Apaixonado

Eu não me importo se Segundas são tristes

Terças são cinzas e Quartas também

Quinta eu não me importo com você

É Sexta-Feira eu estou apaixonado

Segunda-Feira você pode despedaçar-se

Terças, Quartas quebram meu coração

Quinta não devia nem começar

É Sexta-Feira eu estou apaixonado

Sábado espero

E os domingos sempre chegam muito tarde

Mas Sexta nunca hesite...

Eu não me importo se as segundas são negras

Terça, Quarta ataque do coração

Quinta nunca olhe para trás

É Sexta-Feira eu estou apaixonado

Segunda você pode por sua cabeça no lugar

Terça, Quarta fico na cama

Oh Quinta, assista às paredes

É Sexta-Feira eu estou apaixonado

Sábado espero

E os Domingos sempre chegam muito tarde

Mas Sexta nunca hesite...

_Vamos Edward, está atrasado. – disse Eric que também fazia o curso, batendo no vidro do carro.

_ O que eu perdi? – disse saindo do carro.

_Nada de mais, só um carro que capotou com a família tooooooooda dentro. – ele parecia desesperado.

_Tá já entendi – o puxei e fomos direto pra ver como estavam as coisa. – Então o relato? – pedi pra Carol que também fazia o curso.

_Ham... – ela parecia constrangida, ficou me olhando e depois virou rapidamente o rosto para o papel e disse:

_ Quatro pessoas, o airbag do pai não abriu, ele tem um corte profundo na cabeça, uma das crianças esta com alguns ferimentos. Queria depois da cirurgia dele, que você fosse falar com a pequena, dá uns pontos nelas e essas coisas. Acho que você é mais calmo. Tem jeito pra crianças mais do que nós todos pelo menos. A mãe e o outro bebê estão na sala de espera, ah e ela parecia bem assustada.

_Ok, ok entendi.

A cirurgia foi bem rápida, mas de muito risco. Ele realmente tinha um corte bem grande e o Dr. Como eu pedir e deixou ajudar mais nessa cirurgia.

 _ Foi um sucesso – disse o Dr. Assim que acabei, fui falar com Carol.

_Enfermaria, perto do setor dois. 134 A. – ela disse

Troquei de roupa – ainda estava com a da cirurgia – e fui à enfermaria, o outro irmão não sofreu quase nada estava bem ‘preso’ cadeirinha.

  Ela parecia ter cinco, talvez seis anos. Era loirinha, mas seus cabelos ainda mostravam sinais do acidente, havia um pequeno corte na cabeça e no braço esquerdo onde havia sangue – provavelmente dos vidros – em toda parte. Ela tinha sardinhas na cara e grandes olhos assustados tom de chocolate. Chocolate, aquilo me assustou fiquei pensando nos olhos de Bella também assustados no aeroporto. Com esses pensamentos forcei a minha mente ao tempo presente, eu não podia perder o controle agora.

_Como é seu nome?- falei pra garotinha.

_Grace – ela respondeu soluçando.

_Grace, meu nome é Edward e eu vou cuidar de seus ferimentos ok?

_Não, eu quero meu pai – falou chorando, obviamente ela era apegada ao pai.

_ Grace, seu pai está descansando queria. E ele me pediu especialmente pra cuidar da princesinha dele! – menti, eles sempre as chamavam de princesinhas.

_Verdade? – ela perguntou com os olhos brilhando.

_Claro que sim. – isso não era errado? Mentir pra uma criança... – pensei

Agora parecia tão errado mentir...

Comecei a tirar os cabelos da sua testa e a limpar...

_Vai doer? – Grace perguntou

_Grace, só dói quando queremos e você não quer certo? – falei pra ela sorrindo

_Você tem um sorriso lindo – ela disse meio constrangida.

_Verdade? Se você acha, acho que devo um obrigado.

_De nada – ela disse – Esse anel no seu dedo foi sua mulher que ti deu?

_Eu não sou casado, ainda, eu ainda vou ser – disse a ela.

_Não? Hm, sua namorada então? – acho que ela fazia as perguntas pra matar a própria curiosidade e também pra distrair dos pontos que eu dava na cabeça dela.

_È, foi uma pessoa muito especial pra mim – disse.

_Na verdade ele é muito bonito, ela deve ser linda...

_Ela é sim... Muito.

_Como é o nome dela?

_Bella, só Bella.

_Ham, então ela deve ser mesmo bonita – falou com os olhinhos brilhando.

_Ela mora onde da cidade?

_Ela não mora aqui, ela esta em NY. – falei, agora eu queria muito mudar de assunto...

_Por quê? Vocês não se gostam?

_Ham bem, sim. Mas eu não moro aqui e ela vivi lá.

_Ah vocês, seilá brigaram? – ela demonstrou preocupação.

_Nem tanto...

_Vocês não se amam mais? – ela perguntou agora muito seria. Receosa até. Como se ela tivesse medo da resposta tanto quanto eu.

_CLARO que sim – disse. Querendo eu mesmo acreditar nessa resposta.

_Haaah – fez um som de alivio. – Mas então por que você não está com ela?

_Ahh é complicado eu quero uma coisa, mas sempre recebo outra em troca – disse.

_Como quando eu falo que estou com fome e a mamãe me da frutas, mas eu quero é biscoitos?

_È mais ou menos isso mesmo – disse sorrindo daquela comparação.

_Mas ai papai sempre me da um, talvez so não tenha aparecido ainda alguém pra ti ajudar – ela disse.

_È talvez... – o ultimo ponto e – Acabei.

_Legal, posso ir pra minha mãe agora? – ela perguntou

_Claro, você vai pegar esse corredor aqui direto e dobre a direita lá vai estar sua mãe. – disse.

Ela saiu da mesa, me beijou na bochecha e disse: “Você vai ser muito feliz” e saiu. Essa garota vai ser uma ótima pessoa...

Cheguei ao meu apartamento naquela noite, e fiquei lá pensando em tudo que eu poderia lembrar ou querer lembrar!  Eu me lembro de tanta coisa, de todos os nossos momentos juntos:

_Bella?

_Sim – ela falou com um sorriso zombeteiro.

_Por que simplesmente não para de estudar e vem pra cá?

_Porque amanhã tem prova? Dãa

_Sim, mas eu sei que você já estudou o suficiente pra porcaria dessa prova – zanguei.

_Ah ta senhor Cullen...

_Bella, vem logo pra essa cama – pedi

_Edward pelo o amor de Deus estamos na casa com seus pais nela, dá um tempo – ela disse.

_Ah você que sabe. – me virei e tentei dormir. Minutos depois sinto alguém me beijando: no rosto, testa e nariz...

_Eu já terminei de estudar amor... Agora acorda pra nós termos um tempinho só nosso. – agora ela quer, dá um tempo, me virei e fingir ainda está dormindo.

_Ah é assim, vou ligar pra Rosie vim me buscar... – sentir seu peso sair da cama.

_Ah Bella, não vai não. – abri meus olhos  e ela estava ali sentada na cadeira me olhando, tentando não rir.

_Sua... Ah sua tratante... – me levantei e fui até ela.

Que noite foi aquela.

Naquele outro dia, estávamos toodos – Rosie e Emm, Alie e Jazz, Bella e Eu no central park fazendo um piquenique. Que acabou com ninguém ficando junto e cada um pra cada lado. Rosie e Emm sumiram tínhamos nem idéia onde estavam, Alice e Jazz bem Alice levou o Jazz pras compras e eu e Bella ficamos aproveitando o ar e o pouco de sossego que ainda existia.

Estávamos deitados na grama com ela em cima do meu braço e olhávamos para o céu.

_Você vai querer ter filhos Edward? – Bella perguntou inesperadamente.

_Claro, um time de futebol – falei brincando.

Ela me olhou...

_Na verdade – comecei serio. – Quero sim, dois talvez três e todas meninas. Ou posso adotar depois um menino, sabe ta na família essa coisa de adotar. E quero meninas exatamente como você.

_Eu já sei um nome pra menina o outro nome você escolhe... – eu disse

_E eu já sei o do menino – ela disse, me contou o que me deixou surpresa tinha algo muito nosso ali

_O quê? Fica me olhando por quê?

_To pensando no porque dessa pergunta... – e o porque desses nomes também.

_Horas, só é bom saber. – ela disse. – Porque agente não vai ao Botonical Garden?

_Boa idéia, eles não vem tão cedo mesmo. – ela se levantou e me ajudou a levantar.

_Então e que tal aquela rosa ali? – mostrei pra ela.

_Não Edward, eu gosto de rosas. Mas quando eu for me casar com você ô seu coisa eu vou usar tulipas e muuitos lírios. – ela disse.

_Tulipas e lírios? Pensei que vocês mulheres só usavam rosas. – disse.

_Eu não sou qualquer mulher, e você sabe que eu amo esse local – ela disse.

_Essas rosas são tão lindas – sussurrei pra ela. – Você é tão linda Bella.

_Eu sei – ela riu – Edward, eu amo você muito ta? Muito...

Ela podia fazer tudo, e eu continuaria a ama la e a querer mais naquele momento. Nossos beijos eram como sussurros, eram como ventos e era uma execução de amor e fraternidade. Éramos amantes, amigos, enamorados e felizes. E isso eu sentia aqui ainda.

Eu estava perdido, estava louca de amor e não queria assumir. Nada se importa nesses momentos – Eu me pegava pensando nisso deitado ali na minha cama do apartamento, uma cama que parecia tão grande e solitário pra mim sem ela. Era uma cama, um quarto, e uma casa inteira solitária. Um lugar onde não se conta o tempo. Afinal que dia é hoje?

 Quem se importa? Se eu não tenho o porque de contar, mas eu sabia que dia era.

Limpava o resto das minhas lagrimas enquanto adormecia já pensando no outro dia, e que iria ser o dia em que ligaria pra Alice pra saber exatamente como ela se encontrava... Porque apesar de saber que dia é hoje, e do que possa ter acontecido entre esse tempo, eu queria muito dizer pra ela que nada havia mudado entre nós e que ainda a amava de todos os jeitos possíveis.

Porque no amor não se conta o tempo, nós vivemos intensamente o amor assim, sem mais nem menos. Obrigado pequena Grace. – e foi com esse pensamento que me deixei dormir e sem medo nenhum, medo igual aos das 74 horas atrás que fiquei acordado pensando no que fazer de mim, quando eu já sabia a resposta.