Hell escrita por N_blackie


Capítulo 1
Capítulo 1




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O Dia D

Eu me odeio, eu me odeio, eu me odeio. Assim que entramos como "comissão unida" da formatura já sabia que tinha algo de errado – terrivelmente errado – comigo. Quero dizer, desde que me lancei à campanha para que o meu tema fosse aceito como oficial do baile, James – digo, Potter. POTTER. – Também começou a dele, e infelizmente parece que Hogwarts obedece à lei que reza que a porcentagem de mulheres deve ser superior a homens. Logo, o apoio está com ele. Claro que o fato de Marlene ter ficado furiosa com Sirius por ele ter prometido um beijo em cada um que gritasse o tema de James durante o sorteio ajudou a diminuir esse alvoroço em torno da escolha, mas mesmo assim fiquei nervosa.

- Boa- Noite a todos! – Dumbledore apareceu lá no púlpito (?) dele, todo alegre e feliz e bonitinho como ele sempre está. Acho que ele não sabe que a "comissão unida" de formatura está tão desunida que se não fosse a responsabilidade com os outros alunos já teríamos matado uns aos outros. Tudo isso por causa da escolha do tema, dá pra entender essa fraternidade, certo?

Para o sorteio não precisa dizer que Dumby decidiu usar um artifício meio antigo, mas que funciona quase sempre, uma touquinha de feltro meio usada com papeizinhos dentro. Magia pra quê, né? E na frente de todos nós, cada um com um sentimento assassino e mortal pela pessoa do lado, ele tirou o papel. Mas, como estamos falando do Dumbledore, ele não poderia simplesmente abrir o papel e ler, claro. Precisa ter um discurso que só vai servir pra me deixar mais nervosa e tensa em relação a isso. Preciso de um café.

Ah, sim. Graças ao Potter e às trapalhadas dele durante as férias de Natal agora eu desenvolvi uma compulsão por café, o que acaba com os meus nervos nesse tipo de ocasião e ao mesmo tempo me mantém acordada horas a fio em momentos indesejáveis – tipo na véspera das provas de Transfiguração – além de me dar sonhos proféticos e hilários de vez em quando.

- A formatura é o momento mais bonito na vida de um bruxo. Cada um sabe o quão importante e bonita foi sua passagem por nossa escola, e a forma de celebrar não vai nunca mudar o fato de que Hogwarts estará sempre aberta àqueles que recorrerem e precisarem. Para muitos, este castelo foi mais do que um ambiente de estudo e saber, e sim uma segunda casa, onde nossos professores e funcionários estiveram presentes como guias e mentores de mentes brilhantes que ,certamente, irão abrilhantar o nosso futuro.É com grande prazer que digo que o tema escolhido para a festa dos formandos do sétimo ano de nossa escola é: Dia das Bruxas Fora de Época!

Foi como se alguém – tipo o meu karma, que ama me sacanear – tivesse pegado todos os sentimentos que eu acumulei desde que nasci e jogasse num liquidificador emocional e depois me forçasse a engolir. Me senti frustrada, sim, porque era claro e óbvio que o meu tema era o melhor, mas ao mesmo tempo aliviada e feliz. Pelo menos Potter não venceu.

- É bom lembrar que a escola está contanto com vocês para que esse evento ocorra como o planejado e sem maiores problemas ou contratempos. – Professora Minerva falou para nós assim que pusemos os pés para fora do salão principal. – Srta. Evans, foi decidido que você e o Sr. Potter, como monitores – chefes, deverão colocar as ações necessárias em prática para que o tema seja bem aplicado. Os outros alunos da comissão unida deverão, da mesma forma, obedecer aos seus comandos. Quaisquer dúvidas me procurem ou a qualquer outro professor.

- Bom, Amy! – chamei a garota que tinha sugerido o tema e ela se aproximou, toda alegre e contente por ter podido ajudar em alguma coisa. – Escreva num papel tudo o que iremos precisar para essa festa. Kile, você vai me ajudar com a música, preciso deu uma lista de bandas, preços e afins para essa semana ainda. Potter, aonde pensa que está indo?

Me virei lentamente na direção dele, que - como o vagabundo que é – já estava correndo do serviço mais rápido do que se eu tivesse dito que o tema seria "vamos matar os ex-namorados traíras e sem moral que acabam com a autoestima e causam surgimento de compulsão por café".

- Você. – eu vociferei (vociferei mesmo, estou com ódio desse idiota), empurrando a prancheta no peito dele. – Vai me ajudar.

- Sim, Senhora. – ele ironizou, mesmo sabendo que estava brincando com perigo. – Mas eu achei que me quisesse longe daqui.

E eu quero, queria, sei lá, pensei. Potter conseguia ser bom e eficiente – quando queria, óbvio – e eu meio que quis dar o voto de confiança para ele dessa vez. Mas não que quisesse ele por perto, claro que não, seria até ridículo depois de tudo que ele me fez. De qualquer forma, dei de ombros e decidi que iria dar a melhor festa que o castelo já vira em todos os mil anos em que existiu.


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