OBS: por algum motivo que desconheço o link do vestido da Bella e da Rosalie não funcionou capítulo passado. Aqui estão  eles em todo caso:

Bella: http://www.dress4sale.co.uk/wp-content/uploads/2011/05/57.jpg

Rosalie: http://www.cocktaildressesfashion.com/wp-content/uploads/2011/03/long-red-cocktail-dresses-2011.jpg

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– Confesso que estou um pouco decepcionado por Renesmee não estar aqui com vocês. – Aro disse se sentando em uma poltrona de couro vermelho de frente para nós.

– Ela quis aproveitar nossa saída para visitar o avô materno. – eu disse simplesmente.

– Entendo. – ele disse e depois um meio sorriso formou em seus lábios. “Desprotegida, eu suponho”.

Aro pensou distraidamente não se importando que eu estivesse ouvindo. Eu não me dei o trabalho de responder. Nessie não estava desprotegida, é claro, mas ele não precisava saber disso.

Quando decidimos vir ao baile Nessie ficou muito aborrecida por não vir também e decidiu que iria passar um tempo com Charlie, já que há dois anos não o via, apenas falava por telefone. Esme então pôde vir conosco, mas Jake fez com que grande parte dos metamorfos ficasse nas redondezas da casa de Charlie tomando conta dela, por precaução. Ela não ia gostar nada quando descobrisse, era tão teimosa e cabeça dura quanto a mãe.

Charlie quando viu Nessie ficou realmente feliz. Ele queria que Bella ficasse também, pois sentia muito a sua falta, mas entendeu que tínhamos algo importante a fazer. Ele não deixou de ficar decepcionado e Bella prometeu que iria passar uma semana com ele quando voltasse. Ele deveria estar louco para ter um tempo com a filha, afinal, nós visitávamos ele e Renné a cada dois anos por causa das nossas viagens pelo mundo. Charlie achava que Nessie deveria ficar em uma escola e depois fazer essa viagem, Renné adorava a ideia.

– Bem, e como vocês andam lidando com a fama? Espero que não tenha ocorrido mais escanda-los ou situações que gerassem mais problemas. – Aro disso dando um falso sorriso amigável.

– Estamos lidando bem. Mudamos nossos nomes e estamos morando em outro Estado. Não houve mais problemas, se houvesse tenho certeza que saberiam. – Carlisle disse.

– Isso é muito bom. – Aro disse forçando um sorriso. – Mas isso ainda não resolve todo o problema.

– O prazo está acabando, já pensaram no que vão fazer? – foi a vez de Marcus dizer.

– Não há o que fazer, afinal, a história está espalhada por todos os cantos. Se tivéssemos que dar um fim nisso teríamos que matar pelo menos 1/3 da população. Sabemos que autora não irá publicar mais nada, restarão agora apenas os filmes. – Carlisle disse com o semblante um tanto triste.

– Sim, isso é verdade, não há o que fazer. – Aro disse sorrindo. – E sabem me dizer como uma humana ficou sabendo dessa... linda história de amor?

– Ela tem um dom, pode ver o passado das pessoas, o motivo de ter escolhido Bella nós desconhecemos. – eu disse e pude ver o interesse na mente de Aro pela humana.

– Um dom? Ainda humana? Isso é curioso. Para não dizer fascinante, só não vejo utilidade nesse dom. Talvez transformada, ela o desenvolva... – Aro disse a última frase mais para si mesmo. “Será? Talvez devêssemos...” Aro interrompeu seus pensamentos, guardando-os para si mesmo. Ou melhor, guardando-os de mim.

– Bem, pelo que vejo o que nos resta agora é impedir que os outros filmes sejam feitos. Já pensaram a respeito? – Caius disse nos olhando com malícia. Ele sabia que não havia nada a fazer.

– Sim, bem lembrado Caius. Carlisle, meu amigo, já pensaram no que vão fazer a respeito dos filmes. – Aro disse não realmente se importando com a resposta.

– Não vejo o que possa ser feito, uma vez que muitos já leram os livros e sabem da história. De qualquer maneira seria um tempo e trabalho perdido, as pessoas continuariam sabendo do mesmo jeito.

– Sim, concordo com você meu amigo. Acho que não há solução para esse problema. – Aro sorria abertamente. – Mas tenho certeza que com o tempo, trabalhando juntos, saberíamos o que fazer.

– Eu não vejo o porque disso ser um problema para vocês. – Alice disse e eu a olhei a repreendendo. O que aquela baixinha doida estava fazendo?

– Oh, minha querida, acho que todos sabemos que exposição não é algo muito bom para nós. – Marcus disse com sua habitual voz rouca.

– Mas não há exposição. Nenhum humano acredita que essa história seja verdade, estamos muito bem camuflados, ninguém nos perturba mais. Além disso, se acabássemos de uma vez com isso a caça não seria mais divertida e fácil para vocês. – Alice disse com um sorriso doce nos lábios e Aro por um momento demonstrou um pouco de receio. “Eles sabem!” Aro pensou.

Por um momento eu vi na mente de Aro que ele não esperava que descobríssemos que eles utilizavam a saga para conseguir seus banquetes. Ele sabia que isso não pegaria bem se os outros vampiros soubessem disso. Aro disfarçou seu incomodo bem, e logo seu rosto estava tomado por um sorriso presunçoso.

– Sim, é verdade que usufruímos dessa história para as nossas caças. Mas alguma coisa boa essa confusão tinha que nos proporcionar. Não vejo nada de mais nisso. – claro, não havia nada de mais, desde que ninguém soubesse.

– Claro. – eu disse com um sorriso cínico e Aro me olhou com um pouco de raiva.

– Bem, como sabemos, não há solução para isso. O prazo de vocês está acabando, e não posso der nem um dia a mais e me arriscar. Vejam bem, eu acho que seria prudente ficarem a partir de hoje por aqui. Estariam escondidos do mundo e nenhum outro imprevisto ocorreria. Providenciarei tudo o que precisarem, seu alimento especial, roupas, acomodações e, claro, Renesmee poderia vir para cá, teria os melhores professores e várias amigas para conversar. – Aro terminou de falar e olhou Carlisle esperando pacientemente pela resposta.

– Obrigado Aro, agradeço sua oferta, mas prefiro esperar até o término do prazo, se você não se importa. – a face de Aro ficou séria e logo depois se tornou suave, como uma máscara.

– Sim, claro meu amigo, tome o resto do tempo. Eu sou paciente. – Aro disse sorrindo satisfeito.

“Cedo ou tarde vocês farão parte de nós. Você sabe disso.” Aro disse olhando para mim e eu não retribui o olhar. “Alexia...” Aro pensou vagamente, mas logo encobriu esse pensamento. Quem seria essa tal Alexia?

– Temos que voltar para o salão. – Caius disse sério.

– Oh, sim, temos uma noiva para ser apresentada. Cavalheiros, damas. – Aro se curvou levemente e estendeu o braço em direção à porta.

Saímos na frente como Aro quis, logo percebi que Félix e Santiago estavam de olho em nós. Ficariam nos vigiando de perto até o fim da noite.

Aro, Caius e Marcus subiram em um pequeno palco. Aro estendeu os braços pedindo que a orquestra cessasse e todos viraram em sua direção.

– Boa noite meus queridos amigos. É maravilhoso ver que todos aceitaram nosso convite e se fazem presentes em nossa pequena festa de boas vindas à mais nova integrante de nossa família. Marcus, como todos sabem, passou séculos sozinho após ter perdido sua companheira. Mas esta noite, caros convidados, temos a honra de lhes apresentar sua noiva, a vampira que conquistou seu coração e passará a eternidade ao seu lado e no seio de nosso lar como a mais nova integrante da nossa guarda. Alexia, por favor querida, nos dê a honra de sua presença.

Uma vampira bastante alta, com cabelos muito longos, negros e encaracolados entrou no salão. Ela usava um vestido vermelho longo justo e seu olhar era frio como suas expressões. Ela era má, perversa, e eu nem precisava ler sua mente para saber disso. Aproveitei que todos estavam distraídos com sua entrada e vasculhei a mente de Aro. A união foi forçada, como prevêra Alice. Estavam interessados em seu poder: manipulação. Alexia, pelo que parecia, entrava na mente de quem ela quisesse e manipulava suas ações, vontades e até mesmo o que elas viam e sentiam. Ela era perigosa e já tinha um objetivo: nos obter para os Volturi.

Eu não entendia o seu interesse em Marcus, mas entrando mais em sua mente eu vi que era apenas uma conveniência. Marcus podia ver as relações emocionais que as pessoas tinham umas com as outras, eram como fitas coloridas que pairavam no ar e ela gostava desse poder. Assim ela poderia saber quem atingir para conseguir o que quer do outro. Ela tentou manipulá-lo, mas a sua mente estava muito vazia depois de tantos anos sendo forçado a ficar prezo aos Volturi por Chelsea. Então Alexia teve que pedir Aro sua ajuda e foi ai que Chelsea entrou no meio, unindo os dois. Era tudo tão sem escrúpulos que me dava nojo.

Aro fez o favor, mas com uma condição: nos conseguir para ele. Eu fiz um sinal para todos da minha família que se aproximaram mais para ouvir o que eu tinha a dizer. Sussurrei o mais baixo que pude, tomando o cuidado de ler na mente dos que estavam em volta para disfarçar quando necessário. Estavam todos em alerta agora, o pior que Jacob e os outros não estavam por perto para saber o que estava acontecendo. Só espero que esteja tudo bem.

– O que vamos fazer? – Bella perguntou alarmada.

– Eu não sei... – disse por fim e olhando para Carlisle que balançou a cabeça demonstrando que também não sabia o que fazer.

Marcus agora estava dançando uma antiga valsa com Alexia no salão. Ao terminar a valsa ele a levou para conhecer os convidados. Não demorou até chegar a nós, e dessa vez Aro estava com eles.

– Querida, quero que conheça os Cullen. – Marcus disse com um tom monótono.

– Oh, muito prazer. Ouvi muito sobre vocês. São realmente diferentes. – ela disse nos analisando um por um com um olhar gélido.

– Muito prazer, eu sou Carlisle. Essa é minha esposa Esme, e esses são meus filhos Jasper, Alice, Emmett, Rosalie, Edward e Bella.

– O prazer é meu. – ela disse acidamente parando seu olhar em Bella. “Será ela um problema? Acho que não. Tão simples, tão... insignificante.”

Eu tive que segurar um rugido com o seu pensamento atrevido.

– Alexia, querida, os Cullen foram convidados por nós a fazer parte da Guarda. Mas infelizmente eles se recusaram.

– Oh, é mesmo? Isso é realmente uma pena. – Alexia disse sorrindo cumplice para Aro. Era o sinal. Ela deveria agira agora. O que fazer? – Tenho certeza que ainda podem mudar de ideia, não é verdade? – Alexia disse olhando profundamente nos olhos de Carlisle.

Em sua mente eu pude ver que Carlisle estava ficando meio tonto, sua visão estava desfocada e palavras ecoavam em sua mente e ele em segundos estava cedendo à elas. Eu prendi a respiração. Ela o estava controlando.

– É claro... – um sorriso se formou nos lábios de Alexia, mas de repente sua mente voltou ao foco, as palavras desapareceram e Carlilse recuperou a razão. – ... que não minha querida. Nossa decisão já foi tomada. – Carlilse disse sorrindo educadamente e Alexia o encarou em um misto de confusão e fúria.

Eu o olhei sem entender. Como ele havia conseguido impedir o controle de Alexia? Seriamos fortes o suficiente também, ou seria ela muito fraca? Carlisle também retribuiu o meu olhar confuso e de repente eu ouvi um leve suspiro de alivio ao meu lado. Era Bella, e ela tinha um leve sorriso nos lábios. Claro! Como eu pude me esquecer? Estava tão preocupado com o que poderia acontecer que não lembrei do dom de Bella. Ela com certeza deve ter colocado um escudo em volta de todos nós mais uma vez esta noite. Fiquei aliviado de saber que seu poder funcionava com Alexia.

– Claro, entendo. – Alexia disse acidamente e dando um olhar mortal à Bella que apenas sorria. Eu não havia sido o único a perceber seu suspiro de alívio.

– O Baile está no fim, mas quero que fiquem até o final para uma ultima conversa. – Aro disse tentando manter a compostura mas estava falhando.

Ele contava com o poder de Alexia, achava que seria forte o suficiente para ultrapassar as barreiras que Bella construía. Percebi que em seu tom de voz não havia mais a falsa cordialidade, o imperativo em seu “quero” estava bem acentuado. Era uma ordem, não tínhamos escolha a não ser seguir. Havia algo que Aro estava planejando, mas pelo resto da noite eu não soube dizer o que é. Eu começava a temer.

Aos poucos os convidados foram embora, restando apenas nós. Quando notou que não havia mais ninguém para atrapalhar, Aro se dirigiu para o meio do salão e nos encarou com um pouco de raiva em seu olhar.

– Até agora, meus caros amigos, eu tenho sido misericordioso, lhes dando oportunidades além do que deveria. Tenho sido paciente lhes dando tempo para solucionar o problema que causaram e não entendo essa relutância em fazer parte de algo grandioso como os Volturi, além do mais vocês não tem outra opção. Então me digam, caros amigos, porque tanta relutância?

– Não gostamos de como vivem, de seus comportamentos, do falso escrúpulo, do egoísmo, da máscara que vocês usam com tanto orgulho. Máscara que usam para ocultar esse vazio que vocês sentem, essa falta de propósito e motivação. – eu disse sem medo.

Sabia que de nada adiantava manter as aparências agora. Além do mais, isso estava entalado na minha garganta ha anos!

– Ora essa Edward, isso não é bem verdade. – Aro disse se divertindo com a minha petulância.

– É bem assim. Desconfio que essa mania de colecionar vampiros com dons é justamente para tentar conseguir um propósito na sua existência. O vazio que vocês sentem eu nunca vi igual. – Jasper disse frio, calculista, sua pose de batalha começava a assumir.

Ele pressentia a luta e percebera que Santiago e Heidi se posicionavam atrás de nós, enquanto Félix, Demetri, Jane e Alec vinham pelas laterais. Eu pude ver um sorriso nos lábios de Jane e seu olhar se dirigia a Bella. Ela tinha rancor dela e ansiava por uma luta com ela. Teria que passar por cima do meu cadáver primeiro. Renata já estava ao lado de Aro. Chelsea e seu companheiro Afton também estavam no salão, mas mantinham distancia aguardando o momento certo de se aproximar.

– Sinto que pensem assim, mas receio que não há mais escolha. Para que prolongar os dias? Vamos decidir agora. Juntem-se a nós ou sofram com as consequências. – Aro esperou, olhando para o rosto de cada um de nós, mas a resposta não veio. – Edward, Bella, sejam razoáveis. Querem mesmo deixar a pequena Renesmee sem pais? – eu e Bella nos entreolhamos, seu olhar era pura angustia, mas ela se manteve firme, e eu também.

Aro soltou um suspiro contrariado e durante esses segundos eu pude ver Emmett tencionando os seus músculos e um sorriso surgir em seus lábios. “Eita, que essa briga vai ser boa!” eu ignorei o pensamento imprudente e me virei para o resto de meus irmãos. Seus rostos estavam aflitos, mas continuavam firmes. Estaríamos juntos até o fim, como uma família.

– É realmente uma pena. – Aro disse e cruzou os braços em suas costas e logo após baixou a cabeça.

Consentimento adquirido, todos os vampiros da guarda a nossa volta se aproximaram com toda a força que tinham. Emmett e Santiago estavam atracados em um abraço mortal, Alice e Esme estavam desviando graciosamente dos ataques de Felix e Heidi, Demetri estava furioso enquanto Jasper o dominava, Jane e Bella travavam uma briga furiosa, Alec acabava de ser arremessado por Carlisle, enquanto eu lidava com Chelsea e Afton que agiam em conjunto.

Afton ficara invisível para iniciar o seu ataque, mal sabia ele que eu sabia aonde ele estava pela sua mente. Chelsea estava em minhas costas tentando se firmar para finalmente conseguir arrancar minha cabeça, eu a tirei de lá e a atirei para longe. Afton tentou me atacar nesse meio tempo mas eu consegui interceptá-lo. O meu ataque o surpreendeu e sua proteção falhou me mostrando exatamente aonde estava sua cabeça que foi lançada para longe. Chelsea soltou um grito de dor e foi em direção ao seu amor desfalecido ao chão. Aproveitei sua distração e a ataquei arrancando também a cabeça de seu fino pescoço.

De repente uma ideia me ocorreu. Chelsea era uma das grandes responsáveis por várias coisas que os Volturi adquiriram. Seria uma tragédia e tanto se a perdessem para sempre. Fui até uma das tochas da decoração do baile e coloquei fogo em seu corpo e de seu amado. Não demorou muito e estavam carbonizados com a fumaça roxa enchendo o salão.

Olhei ao meu redor e vi que mais guardas haviam se aproximados. Santiago estava no chão sem a cabeça e Demetri estava sem um braço, assim como Felix. Mais guardas se aproximaram e Emmett ficou ainda mais animado, ele lutava com dois agora. Outro guarda se aproximou de mim, mas devia ser um novato inexperiente pois em questão de segundos ela já estava decapitado.

– Caius, pode chamar seus bichinhos. – Aro disse numa área mais distante do salão junto com seus irmãos.

– Com prazer. – Caius sorriu maligno mas antes que ele pudesse se mexer as portas do grande salão se abriram.

De lá apareceu grandes lobos que rugiam bastante furiosos. Reconheci Jacob, Seth, Quil e Embry entre eles, os outros, pelo cheiro, definitivamente eram lobisomens. Caius sorriu um pouco mas depois percebeu que havia algo errado. Os lobisomens estavam atacando a guarda agora e um deles, o mais alto de pelo preto com manchas brancas, foi em direção a Caius mostrando os dentes. Caius ficou furioso ao perceber que seus bichinhos estavam nos defendendo.

– VOCÊS ME DEVEM OEDIENCIA! – esbravejou Caius mas o lobo apenas rugiu e eriçou os pelos. Eu podia ver em sua mente o desejo grande de vingança.

Aro lançou um rápido olhar para Alexia que se virou para o lobo. Logo em seguida o lobo se virava e rugia para Alice que estava mais próxima a ele. Alexia o estava controlando.

– BELLA! – eu gritei para ela e olhei para Alexia.

Ela logo se desvencilhou de Jane e olhou para o lobo. No segundo seguinte ele se voltava novamente contra Caius ainda mais furioso.

– Sua maldita! – Alexia rugiu indo em direção à Bella que estava conseguindo imobilizar Jane.

Antes que ela pudesse aproximar de Bella, Jacob entrou na frente e a derrubou no chão ficando por cima dela, impedindo que ela se mexesse e logo depois esmagando sua cabeça com os dentes. Percebi que o vampiro com que eu lutava também não estava mais tentando me imobilizar. Os lobos tomaram conta da situação, cada um tinha um vampiro em seu domínio.

– Basta! – Marcus rugiu tentando não sair do controle. – Aro, mande-os parar.

– Irmão, sabe que...

– Eu mandei você parar! Já não causou sofrimento demais? Mande sua guarda se recolher agora.

Aro olhou o irmão espantado, ele nunca havia se comportado assim. Eu pude ver em sua mente que ele sentia que algo estava errado, com medo do que seria mandou que seus guardas parassem de lutar. E eles pararam. Os lobos os libertaram e eles aos poucos se aglomeraram perto de onde estavam Aro, Caius e Marcus. O lobo preto ainda olhava Caius com fúria mas se manteve afastado, ao lado de Seth.

– Vão embora. – Marcus disse com uma voz muito grave, diferente. Como se de repente ele estivesse cheio de vida.

– O que você está fazendo? – Aro perguntou para um Marcus sério e sombrio.

– Evitando um massacre. Tomando as providencias que eu deveria ter tomando séculos atrás, mas não pude, graças ao seu controle sobre mim através de Chelsea.

Aro o olhou espantado e de repente pareceu compreender o que se passava. Olhou ao redor mas não encontrou Chelsea, apenas uma pilha de cinzas. O laço havia sido quebrado, Marcus não estava mais à força com os Volturi, nada o prendia, nada o obrigava.

– Não podemos deixa-los ir. – Caius disse com fúria no olhar.

– Ouça Caius, Marcus. – Aro pedia.

– Deixe-nos em paz, deixe-nos ir embora! Você sabe que isso não tem nenhum sentido, a única coisa pelo o que você briga aqui é pelo seu egoísmo! – Bella disse tentando ajudar o nosso lado.

– Aro, você sabe que não pode ganhar essa luta. Não tem mais o controle sobre ninguém aqui. – Marcus disse e olhou em volta, Aro seguiu seu olhar.

Havia muitos olhares confusos. Muitos tinham arrependimento no olhar, e os pensamentos de vários se resumiam em “voltar para casa”. Aro percebeu que estava em desvantagem, a armada estava desfalcada e ele pressentia o caos ao olhar para seus guardas confusos.

– É melhor irem. – Aro disse em um sopro de voz.

Sem pensar duas vezes saímos pelos portões do grande Castelo Volturi. Logo estávamos do lado de fora. Era madrugada, não havia ninguém na rua. Acompanhamos os lobos à uma floresta que havia ali perto. Eles se transformaram em humanos novamente e roubaram algumas roupas que estavam no varal de algumas cabanas perto da mata.

– O que aconteceu lá? – Jacob perguntou quando se aproximou. – Ainda não processei as informações direito.

– Séculos atrás Marcus tinha uma companheira que foi morta em uma das batalhas sem sentido dos Volturi. Marcus, depois disso, desejava apenas a morte. Aro o impediu através de Chelsea, uma aquisição da mesma batalha que matou a companheira de Marcus. Desde então é assim que Aro faz para controlar todos à sua volta. Eu vi Marcus se transformar em algo vazio e sem emoção com o tempo, não duvido que o mesmo aconteceria com todos os outros que estavam sobre o poder de Chelsea. Assim que Chelsea foi morta os laços foram quebrados. Aro vai ter muito trabalho daqui para frente, terá que botar tudo em ordem e conseguir mais guardas, afinal, muitos ali tenho certeza que irão embora. Quanto a Marcus, temos sorte dele ter recobrado quem ele era, acho que a motivação da sua existência daqui pra frente será cuidar para que Aro não passe dos limites, como ele fazia, séculos atrás. – Carlisle disse e logo depois ficou pensativo.

– Então essa guarda só existia por causa dessa tal Chelsea? – Jacob perguntou ainda curioso.

– Não, alguns estão ali por vontade própria, mas muitos tiveram um empurrãozinho de Chelsea. – Esme disse acariciando os cabelos de Carlisle.

– Muito obrigado, a todos vocês. – um homem alto, extremamente branco e de cabelos pretos disse ao se aproximar. – Se não tivessem nos mostrado a verdade, estaríamos até hoje servindo de escravos. – ele disse e seus olhos ficaram cheios de fúria, desejo de vingança.

– Sabe, a vingança, nem sempre é um bom caminho. – eu disse ao lobisomem à minha frente.

Ele me olhou com espanto, mas depois lembrou-se de quando Jacob falou sobre nós a ele.

– Eu sei, por isso mesmo querendo não vou ter minha vingança. Ele não merece que eu tenha tanto empenho em mata-lo, de qualquer maneira. – ele disse e um sorriso cínico se fez presente em seu rosto. – Mais uma vez obrigado, principalmente a você meu amigo. – ele disse para Jacob e os dois apertaram as mãos. – Se um dia precisarem, vamos estar à disposição. – ele disse e olhou para seus companheiros que concordaram. – Vamos seguir nossos caminhos agora. Adeus. – ele disse e junto com seus companheiros foram mais à fundo na mata.

– Adeus Lucian! – Jacob disse depois que eles estavam mais distantes. Eles se viraram e acenaram recebendo acenos em retribuição meus e de minha família.

– Como você os convenceu? – perguntei curioso à Jacob.

– Passei pelo lugar em que você e Caius conversaram e percebi que tinha uma câmera ali. Deu trabalho, mas consegui chegar até a sala de segurança. O incrível que não tinha ninguém ali, eles devem confiar mesmo na segurança do castelo. Pegamos a gravação e mostramos para eles no notebook que achamos perdido na sala de segurança. Ficaram furiosos, achei que destruiriam toda a cela. Conversamos com eles, entramos em um acordo, tiramos eles de lá e salvamos o traseiro de vocês. – Jacob disse presunçoso.

– Ok. – eu disse revirando os olhos.

– Sabe, hoje foi tão sem graça. – Emmett disse com a cara amarrada. – Eu esperava mais emoção, aventura e rir na cara do perigo, mas não deu nem pra dar um sorriso na cara dele. – ele disse emburrado.

– Emm, querido, quem sabe outro dia. – Rosalie tentou consolá-lo.

– Fazer o que né? – ele disse fazendo um enorme bico.

– Olha, eu vou te falar, que festa mais caída. Se eu tivesse elaborado teria sido uma festa e tanto, e de bônus não teríamos estragado os vestidos. – ela disse fazendo uma careta para a barra de seu vestido rasgado e fazendo nós rirmos.

– Vamos embora. – Carlisle disse.

– Sim, vamos para casa. – eu disse sorrindo para Bella que retribuiu com um lindo sorriso.

Acho que finalmente teríamos um pouco de paz.