Aprendendo a se Levantar escrita por Paulinhadcc


Capítulo 2
O acampamento meio-sangue




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Já diria fazia um longo tempo estive em silencio todo o tempo, Sebastian, de inicio, tentou argumentar algumas coisas ou puxar assunto, mas ou eu ignorava ou simplesmente era seco, talvez eu estivesse sendo rude demais, porem eu estava com medo de tudo aquilo, prometi a mim mesmo que não iria voltar para aquele lugar, onde as lembranças me consomem ate hoje.

- Você não vai falar não? – Sebastian perguntou.

- Não. – Respondi simplesmente.

- Pois deveria – replicou.

- É eu sei – confirmei.

- Então fala – insistiu.

- Não quero – confessei.

Ficamos mais um tempo em silencio, via a todo o momento Sebastian olhar para o transito que parecia estável, ligar o radio, movimentar o braço, o mesmo estava impaciente e eu também, mas tentava me controlar, já que não queria dar mais explicações. Já estávamos há uma hora em silencio quando ele ligou o radio e colocou um CD da banda preferida dele, aumentou no ultimo volume e por um impulso abaixei.

- Qual é? Se você quer ficar nesse silencio sem me dizer nada, também não interfira na minha música, isso aqui já ficou cansativo – irritou-se.

- O problema é que o carro é meu e eu faço o que bem entender – respondi rudemente.

Ele ficou algum tempo em silencio, sorri, ao constatar que tinha vencido, mas como sempre minha sorte não é tanta, pois no segundo seguinte ele tinha aberto a porta, freei bruscamente, a sorte que não tinha ninguém naquela rua.

- O que foi isso? – perguntou.

- Você abre a porta do carro, e me pergunta o que é isso? – falei fechando a porta rapidamente. Parei em um acostamento, descendo do carro e mandei-o sair logo em seguida- sei que não esta sendo fácil para mim, nem muito menos para você, mas você corre perigo ficando sem a ajuda necessária, mas é doloroso demais falar sobre o passado que estive naquele acampamento, então, por favor, se puder colaborar eu ficaria muito feliz – implorei.

- Tudo bem – disse entrando no carro, sorri e fiz o mesmo-, mas posso ligar o radio? – perguntou sorrindo eu assenti.

Fomos o resto do caminho conversando, dessa vez sem tocar no assunto acampamento, não estava muito confortável nem preparado para rever meus velhos amigos, se é que poderia chama-los de amigos, depois de tudo. Chegamos sem nenhum monstro na nossa cola, graça aos deuses. Todos olhavam para nós, espantados. Quando Sebastian chegou um raio cortou, como ele já era definido, não precisou ser reclamado, nem nada.

- Ora se não é Perseu Jackson e eu pensando que você tinha morrido – comentou senhor D.

- Quem ele, pai? – sussurrou Sebastian.

- É Dionisio, filho – respondi em outro sussurro.

- Percy que bom revê-lo, chegou bem na hora – Quiron chegou galopando, Sebastian ficou um pouco espantado, mas já esperava por isso.

- É bom revê-lo também – tentei soar um pouco feliz, mas acho que ele percebeu.

- O tempo passou, mas a magoa continua não é? – confirmei- Bom, por que não vai para o seu chalé, enquanto eu faço as apresentações para Sebastian?

- Tudo bem para você, filho? – perguntei.

- Claro pai – respondeu sorridente.

Quiron ficou um pouco confuso com o nosso tratamento, mas acho que depois Sebastian explicou a ele tudo. Fui direto para o meu chalé, não querendo ver ninguém, nem muito menos que ninguém me visse, afinal de contas, nada tinha mudado, pelo menos para mim, iria ficar por alguns dias, ate que Sebastian se acostumasse, depois voltaria para a minha vida normal, de solidão.

POV SEBASTIAN

Assim que Percy saiu, Quiron começou a me levar para os lugares me dizendo tudo do acampamento, mas eu nada prestava atenção, afinal de contas já sabia de todas as historias, que antes de morrer, minha mãe tinha me contado e Percy me contara outras, mas deixando muitas coisas em abertos.

- Ei meu jovem, pelo menos tenta fingir que presta atenção em algo – Quiron disse.

- Desculpa – sorri amarelo.

Olhei para os lados e meu olhar cruzou com o de uma garota, que parecia ser minha irmã, de tão parecida, fiquei estático, já que pelo que eu saiba só existia, eu e mais uma garota, que era caçadora, sendo filha de Zeus; a menos que fosse essa garota, mas não faria sentido ela estar aqui, faria?

- Vejo que ainda não fiz as apresentações, esta é Thalia Grace, sua irmã, filha de Zeus – apresentou.

- OH Claro – sorri estendendo a mão para a menina que tinha um sorriso amistoso nos lábios.

- Bom, agora vou deixa-los a sós, Thalia, por favor, apresente o resto do acampamento para o seu mais novo irmão.

- Então qual o seu nome, maninho? – ela perguntou tentando soar seria, mas vi brincadeira em sua voz.

- Sebastian– falei rapidamente.

Começamos a caminhar e ao invés da mesma explicar sobre o acampamento, iniciamos um papo sobre caçadoras, a mesma tinha dito que deixara a caçada há uns sete anos atrás e que há pouco tempo tinha descoberto estar gravida, por isso a mesma junto com seu marido, optaram por vir para o acampamento já que ambos eram meio-sangues.

- Você participou da ultima grande guerra que teve? – perguntei de repente.

- Sim, participei, mas como você sabe que teve uma guerra? – retrucou.

- É que o meu pai me contou – respondi sorridente.

- Zeus te contou? – ela parecia um pouco surpreendida.

- A não! Desculpe! Há sete anos, depois de a minha mãe ser morta, conheci um semideus que me adotou como seu filho e desde então o considero como um pai. Não dizem por ai, que pai é quem cuida? Pois bem – completei sorridente e ela assentiu- você poderia falar um pouco mais sobre a guerra, é que meu pai não me contou muito?

Ela então começou a falar sobre a guerra e como tudo tinha acontecido, eu prestava atenção com muito entusiasmo, pois pouco sabia, sobre a grande guerra, mas por conta disso eu quase tinha me esquecido do que queria perguntar.

- Você conheceu meu pai? – perguntei

- Se eu souber quem é seu pai, poderia responder a sua pergunta – respondeu sorridente.

- É Percy Jackson – falei também sorrindo.

Nessa hora ela arregalou os olhos, sua boca se abriu, mas logo se fechou. Ela ficou alguns segundos em silencio, não entendi o porquê de a mesma ter tido essa reação, obvio, que ela o conhecia, mas a pergunta é quem foi meu pai? Só o que sabia eram coisas em aberto, nada citando nomes.

- Você foi adotado pelo Percy? – falou por fim.

- Sim algum problema? – perguntei um pouco confuso.

- Nenhum, é só que fiquei um pouco surpreendida, já que ninguém tem noticias de Percy, desde a grande guerra nem Annabeth – quando ela citou esse nome ficou meio triste-, mas também depois da briga dele com ela e todos nós virarmos a cara para ele, inclusive seu pai, a atitude dele, faria o mesmo – completou com um semblante triste.

 Confesso que parei um pouco para pensar na citação dela, eu fiquei meio espantado, já tinha escutado meu pai dizer esse nome enquanto dormia, mas sempre que o perguntava ele nunca dizia quem era sempre desconversava e ficava com um semblante fechado como se tivesse recordações não tão boas.

- Quem é Annabeth? – perguntei de ressalto.

- Annabeth é bom – ela ficou um pouco receosa- ela foi a melhor amiga e a grande paixão de Percy – completou por fim.

- E ela ainda esta aqui? – perguntei mais uma vez, Thalia apenas assentiu.

Nessa hora as peças todas se encaixaram, por isso meu pai não queria voltar, pois assim como no acampamento o mesmo tinha sido tratado como um líder, este tinha brigado com todas as pessoas que amava, quanto mais ficava ali, mais queria descobrir sobre o passado dele e a cada segundo que se passava sentia que estava mais perto de descobrir.


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Notas finais do capítulo

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