Quando o Frio Encontra o Quente escrita por ladymalfoy


Capítulo 24
Capítulo 24 - Everybody Hurts Someday


Notas iniciais do capítulo

Everybody Hurts - Avril Lavigne > http://letras.terra.com.br/avril-lavigne/1621413/ é a primeira. Ouçam! É linda! Breathe Me - Sia > http://www.vagalume.com.br/sia/breathe-me.html perfeita essa musica! É a segunda



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POV Hermione

Até que os dias com o Malfoy dormindo no meu quarto nao foram ruins. Ele era bem legal e bem compreensivo, nao subia na minha cama nem nada. Eu admito, tentei algumas vezes tocar em seu cabelo enquanto dormia, mas foi em vão; ele se mechia e eu entrava em desespero. Digamos que foi bastante interessante. 

POV Autora

Draco e Hermione até então nao tinham brigado nem nada. Hermione fingiu que nada acontecera, que nada absolutamente nada acontecera. Eles conversavam numa gélida tarde de inverno no salão comunal no fim da tarde. Conversavam sobre Quadribol - que Hermione tentou o máximo de interesse, e quando viu que não davam, partiram para conversar sobre as comidas exóticas de alguns países que ambos tinham visitado. 

- Draco, acho que tem alguma coisa batendo no vidro - Hermione falou assim que ouviu algo ou alguma coisa batendo no vidro. Era uma coruja-da-torre. Draco imediatamente levantou e a trouxe para dentro do salao comunal. A coruja tinha uma carta presa em sua perna direita e estava endereçada à Draco, de seu pai

- Que estranho, ele nunca me manda cartas - comentou abrindo a carta escrita à caligrafia estreita e fina bem caprichada, e totalmente igual.

"Filho, preciso que venha à Mansão. Eu preciso conversar seriamente com você. É um assunto delicado. Eu já avisei à McGonagall e você estará partindo nesta tarde.

Malfoy olhou da carta para Hermione e de Hermione para a carta sem entender

- Meu pai me mandou ir à Mansao - ele repetiu em voz alta 

- Draco, mas seria tão ruim assim? - perguntou Hermione correndo atrás de Draco enquanto este corria velozmente para seu quarto arrumar suas coisas

- Hermione, nao conte à ninguem ok? Nos vemos amanha ou eu te aviso. - disse Draco pegando suas coisas depois de 10 minutos e saindo pela porta. Hermione ficou confusa.

Draco caminhava pelos jardins de sua mansão à tarde enquanto refletia sobre o assunto. O que seu pai queria falar com ele que era de tanta emergência e gravidade assim? Perguntou para si mesmo enquanto chutava uma pedra no riacho que tinha ao lado de um canteiro de tulipas. Hockey chegou. (N/A: gente, o elfo domestico dos malfoy agora é esse. nao lembro ql eu usei mas creio q tenha sido ele hehe se nao... kkkk ignorem minha falta de senso)

- Jovem Malfoy? - chamou Hockey com a voz meiga e esganiçada - eles já esperam - Hockey falou e saiu andando. Draco arregalou os olhos. Eles? Quem era "eles"? Deu de ombros e seguiu seu caminho até a sala. A sala era um tanto escura que a sombra que fazia dos enormes lustres pela sala e das cortinas pesadas e grossas cobria uma parte da sala, onde 3 pessoas estavam sentadas. Draco sentiu um frio na espinha ao se aproximar e ver um fecho de luz, que agora vinha da porta aberta, iluminar parte do rosto pálido do senhor á sua frente. 

Ele sentava numa pose esbelta, com as pernas cruzadas e a bengala com sua varinha dentro, sempre posta para o que acontecer, ao seu lado, tamborilando com os longos e finos dedos nela.

- Hum hum - Draco pigarreou e rapidamente o homem sentado fizera um sinal para alguém parar; esse alguém estava soluçando baixinho, mas mesmo assim Draco ainda ouviu. O homem se levantou

- Draco! - chamou para um abraço - Venha! Larga de ser tolo meu filho! - Ele chamou acenando com os braços para um abraço apertado que Draco aceitara e fora esmagado. Lucius o sentou. - Draco, entenda, nós precisamos lhe contar isso mas não sabemos como começar, então... - Ele estendeu o braço em direção à sombra e uma pessoa alta e com uma expressão de sentir cheiro ruim debaixo do nariz saiu da sombra. Era uma mulher acima dos 40 anos de idade, trajava um vestido esbelto de seda verde musgo e um sobretudo cinza. Tinha sua varinha, à mostra no bolso direito e deixava aparecer o diamante na ponta dela; Seus sapatos faziam barulho a cada passo que dava. Ela tinha os cabelos loiro platinados, que iluminavam a sala, seu queixo fino e sua expressão de pura arrogancia. Narcisa Malfoy acabara de limpar sua lágrima.

- Ma-mamãe? - Draco gaguejou. Ele não acreditava. Ela estava muito bem por sinal. Ele deixou as lágrimas rolarem mas se afastou de ambos. - NARCISA MALFOY! NÃO É VOCÊ! - ele berrou apontando para a cara da mulher. Ela chorou mais. 

- MEU FILHO! - Lucius chamou sua atenção - Sim! É sua mae! - Lucius abaixou a cabeça enquanto Draco soltava suas lágrimas e mágoas do passado - Era isso que tínhamos que lhe contar. 

- Voce sabia? - perguntou Draco com rancor

- Sabia - Lucius virou seu rosto, ainda abaixado. Ele estava mal por fazer seu filho sofrer. Por tantos anos fizera acreditar que sua mãe estava morta e tivera que torturá-lo a mando de Voldemort. Tempos difíceis. Ainda tivera que torturá-lo para que não desconfiasse de nada. - Olha meu filho, me desculpe! Não podia lhe contar! Aliás, nao tinha como, eu tinha que proteger sua mãe - Lucius engoliu seco, como contaria mais duas coisas a ele? 

- Mãe, - chamou Draco com dificuldade - Eu achei que estivesse morta! - disse azedo.

- Meu filho - Narcisa se aproximou dele mas este recuara - Eu fingi estar. Por que - 

- Porque tínhamos razões - interrompeu Lucius. Narcisa tossiu.

- Temos que contar a ele Lucius - confessou Narcisa 

- Contar o que? - perguntou Malfoy curioso e ao mesmo tempo com medo. Narcisa olhou para trás mas nada saíra da sombra.

- Eu tive que fugir, porque logo após que eu e seu pai casamos, e eu tive você, eu trai seu pai - ele sabe - respondeu Narcisa ao ver o olhar de Draco - com um nascido trouxa - Narcisa disse com naturalidade aquela palavra que por anos era razão de desgosto que Draco que assustou - e tive um garoto. Ele é da mesma idade que você, não é da mesma casa infelizmente - ela riu com lágrimas nos olhos - e está na mesma escola que você - Narcisa suspirou - Então, como Voldemort ainda estava no comando, eu não pude de nada fazer a nao ser fingir que eu estava morta e fazer me velório, que óbviamente fora dificil para voces. E sua tia ela tentou me matar diversas vezes mas nunca conseguira. E ela... - Narcisa olhou para Lucius à espera de ajuda que não veio - está viva em Azkaban. - Draco gelou. E agora? Mesmo depois da morte de Voldemort, Bellatrix ainda iria se vingar deles. - Calma, ela está com dementadores, gigantes, sem varinha sem nada. Ela iria ser internada no St. Mungus logo após a sua suposta morte na guerra ano passado, mas decidiram enviá-la com tratamentos médicos e camisa de força bruxa para Azkaban na cela mais alta e mais protegida. - Narcisa suspirou - Draco eu preciso que me perdoe, mas eu nao pude deixar de faze-lo. Eu nao queria - ela correu para abraçar Draco que a empurrou. 

- NAO ENCOSTE EM MIM! VOCE NAO SABE PELO O QUE EU TIVE QUE PASSAR NAS MAOS DESSE HOMEM! - apontou para Lucius - ELE ME TORTUROU! - gritou Draco até ficar vermelho - ELE ME TORTURAVA, ME CULPAVA ME XINGAVA! ESSA FOI A PIOR INFANCIA QUE ALGUEM DESEJARIA... EU ODEIO ESTAR NO MEIO DE VOCES! AH E VOCE - olhou para Narcisa - VOCE ACHA QUE SAINDO IA TRAZER O BEM PARA A CASA? POIS É, NAO TROUXE! SÓ TROUXE RANCOR E TRISTEZA! EU QUERIA MORRER, DESDE PEQUENO! EU JA TENTEI VÁRIAS VEZES - Draco estendeu a gola da camisa e lançou um feitiço que revelou várias marcas de enforcamento de longícoas datas. Seus pais levaram a mao à boca - AGORA NAO SE ASSUTEM! EU ODEIO VOCES! VOCES NAO PASSAM DE DOIS VERMES PARA MIM QUE NAO ME DEIXAVAM SER FELIZES! ME CRIARAM SOB INFLUÊNCIA, ME CRIARAM SOB O RANCOR, SOB O ÓDIO DE SANGUES RUINS! - ele lembrou de Hermione - E SE QUEREM SABER EU COMECEI A SAIR COM UMA! ESTOU SEGUINDO SEUS PASSOS MAMAE! SE É QUE POSSO CHAMAR ASSIM! - Ele respirou - VOCES SÓ ME DERAM, NADA ALÉM DO DINHEIRO E STATUS. EU NAO ESTOU INTERESSADO NISSO! NINGUEM QUERIA SER MEU AMIGO, NINGUEM QUERIA SAIR COMIGO, NINGUEM JAMAS QUIS SER MEU COMPANHEIRO. EU SEMPRE INVEJEI O POTTER, O WEASLEY E A GRANGER! ELES SEMPRE FORAM ÓTIMOS AMIGOS, ELES SEMPRE FORAM PERFEITOS, RIAM, RECEBIAM AMOR DOS SEUS PAIS, PRESENTES, CARÍCIAS... E EU? NADA ALEM DE CULPA, BERRO, RAIVA, DOR, DINHEIRO... - Lucius e Narcisa abaixaram as cabeças - EU ESTOU FARTO DISSO! NAO VENHA ME DIZER QUE VOCES SENTEM MUITO PORQUE NAO SENTEM! SE TIVESSEM SENTIDO NAO TERIAM FEITO O QUE FIZERAM COMIGO! - ele olhou pela sala - E QUEM É SEU FILHO POSSO SABER NARCISA MALFOY?

- Sou eu - Um jovem de cabelos castanhos saiu da escuridão da sombra e fora para onde a luz mais refletia. Tinha cabelos castanhos cacheados, um porto físico atleta de quadribol, alto e bonito. Ja vira ele num jogo... no 6º ano... num teste de quadribol... ele estava fazendo para ser g...

Don't know, don't know if I can do this on my own
Why do you have to leave me?
It seems, I'm losing something deep inside of me
Hold on, on to me

- CORMACO MCLAGGEN? - Draco levou um susto. Como assim Cormaco seria seu irmao? Um grifinorio metido a besta seria seu irmao? Ele engoliu o choro querendo ser forte. 

Now I see
Now I see

- Sim, sou eu Malfoy. - Ele disse envergonhado devido à situação

- Querido, nos escute - implorou Narcisa - isso tudo foi para te proteger! Eu queria te proteger, assim como seu pai! NOs entenda! O que voce faria se seu filho estivesse a ponto de morrer nas maos do maior bruxo do mundo por causa de um deslize meu? - Draco respirava ofegantemente ainda e estava vermelho e seus olhos inchados devido ao choro e a raiva 

- EU COM CERTEZA IRIA LUTAR POR ELE! DEFENDE-LO! TER CORAGEM E DAR A VIDA POR ELE! O QUE A MAE DO POTTER FEZ! ELA TEVE CORAGEM E A SENHORA nao... - Draco sentou no sofá chorando com a cabeça nas mãos apoiando-se nos joelhos - a senhora nao teve coragem de me proteger! O que eu significo para voce? Um deslizes também? Alguma coisa assim? A senhora não me ama o suficiente para isso? Nao me ama o suficiente para entrar na frente de uma varinha e dar a vida por mim? Nao me ama o suficiente para ficar comigo até o ultimo segundo de vida? - Draco limpou suas lágrimas que caíam fortemente e sem parar pelo seu rosto

Everybody hurts some days
It's ok to be afraid
Everybody hurts
Everybody screams
Everybody feels this way
And it's ok
La di da di da
It's ok

- Eu queria lutar por voce mas eu nao podia! Eu nao tinha como! - Narcisa nao sabia o que falar e olhou para Lucius pedindo ajuda, com lágrimas nos olhos, ajudou a mae de seu filho

- Draco, eu e sua mãe fizemos um trato que nos arrependemos profundamente... - Lucius falara demais. Draco se exaltara e chorava mais do que nunca agora. 

It feels like nothing really matters anymore
When you're gone
I can't breathe
And I know you never meant to make me feel this way
This can't be happening

- ENTÃO QUER DIZER QUE VOCES FIZERAM UM TRATO PARA FUGIR ENQUANTO O SENHOR FICAVA ME TORTURANDO? - Draco dizia com rancor - Por que o senhor me torturava? - perguntou com tristeza e mágoa. Sentia como se fosse um peso atrapalhando a vida perfeita de seus pais. Draco sempre achara que dinheiro trazia felicidade mas agora essa era a prova mais viva que mesmo o cara mais rico do mundo pode ser o cara mais triste. 

Now I see (now I see)
Now I see

Everybody hurts somedays
It's ok to be afraid
Everybody hurts
Everybody screams
Everybody feels this way
And it's ok
La di da di da
It's ok
La la la la la

- Eu nao... sei - A voz de Lucius saíra num sussurro inaudivel que logo virara sons de soluços de choro. - Meu filho me perdoe! Eu nao queria - Lucius foi abraçar Draco que agora estava sentado no chao chorando.

- SAI! -ele empurrou Lucius que caíra no chao - VOCE N-A-O É MEU PAI! E NUNCA FOI! UM PAI DE VERDADE NUNCA TORTURARIA UM FILHO NEM QUE FOSSE POR 5 MILHOES DE REAIS! VOCES NAO TINHAM AMOR!  - Draco apontava para seu pai e sua mae - Isso envolvia dinheiro, nao envolvia? - perguntou cuspindo as palavras - NAO ENVOLVIA? - Draco socou a mesa de madeira e esta quase quebrou. Seus pais recuaram quando ele passou furando o ar para pegar sua bolsa que estava jogada num sofa ao canto e fora para a porta de entrada - Eu realmente nunca pensei que voces fossem desalmados. Até uma pessoa paupérrima poderia ser mais feliz que eu. Se eu pudesse, nunca desejaria ser filho de quem sou. Isso não é vida, é inferno. É PIOR DO QUE A MALDIÇÃO CRUCIATUS! Nao me procurem NUNCA MAIS! - Draco finalizou batendo a porta da sala com um estrépito que fez um lustre balançar. Lucius correu para abraçar Narcisa. Córmaco continuou sentado na poltrona. 

So many questions, so much on my mind
So many answers I can't find
I wish I could turn back the time
I wonder why...

Draco foi andando pelos jardins chorando, querendo logo aparatar em seu quarto ja destrancado e nao dar de cara com Hermione. Entao, assim que bateu os portões, aparatou e já estava de volta na porta de seu dormitorio. Entrou e olhou pelo salao. Nao tinha ninguem. "Otimo" pensou Draco com a garganta doendo e o cérebro latejando. Se encaminhou direto para seu quarto mas assim que entrava bateu com alguém. Antes de xingar virou-se e viu quem era.

- Draco! - exclamou Hermione com as mãos na boca - o que houve? Meu Merlim! 

- Nada - resmungou tentando entrar no quarto

- Ele te fez mal de novo? - perguntou Hermione procurando feridas pelo seu corpo mas nao encontrando

- ELE SEMPRE FAZ MAL GRANGER! SEMPRE! - Draco berrara com ela e se arrependera. Logo a abraçou e chorou em seu ombro. 

- Draco - ela sussurrava passando as maos pela sua nuca em forma de consolo - o que houve? - perguntou ao seu ouvido - me conte, talvez eu possa ajudar 

- Nao, ninguém pode - respondeu Draco limpando seu rosto com as costas da mão ainda úmidas 

- talvez eu possa - Hermione segurou sua mao olhando para ele com um olhar de ajuda que fez Draco a levar para seu quarto e contar-lhe tudo. Segurando o choro ao máximo, ele se aproximou da janela e sussurrou:

"Se antes eu soubesse que minha mae teve um caso com um nascido trouxa, talvez eu estivesse com voce"

- Draco, eu sinto muito! - Hermione abraçou Draco e o esquentou. Ele tremia. Se sentia um carma na vida de seus pais. Talvez, se nao tivesse nascido, seus pais não estivessem infelizes e estivessem com a vida perfeita. 

Everybody hurts some days (some days)
Everybody hurts some days (some days)
Everybody hurts some days (some days)
It's ok to be afraid (afraid)
Everybody hurts
Everybody screams
Everybody feels this way
And it's ok
La di da di da
It's ok

- Draco, eu sinto muitíssimo mesmo - Hermione sussurrou para o loiro, ainda abraçando-o. Draco despertou de seus devaneios e se afastou.

- Hermione, eu preciso ficar sozinho. Não estou bem - Draco sussurrou implorando e Hermione assentiu

- Se precisar de alguma coisa, uma companhia ou uma amiga estou aqui - ela sorriu com pena. Nao sabia que a vida de Draco fora tão horrível e nem que Narcisa era mãe de McLaggen também. Tinha idéia, mas nem tanta. Ela saiu fechando a porta e deixando-o sozinho; depois de 5 minutos, ouviu um choro forte e soluços. Teve vontade de correr para abraça-lo e fugir com ele, dizer que tudo estava bem e que logo iria acabar ou que tudo nao passar de uma mentira... Mas nao dava. Tinham que entrentar a realidade. Nao adianta fugir de seus problemas. 

Hermione deu as costas e voltou para seu quarto e tentou dormir, por mais dificil que fosse, tentou e logo pegou no sono.

La la la la la
It's ok

Everybody hurts somedays
It's okay to be afraid
Everybody hurts some day (yeah we all feel pain)
Everybody feels this way but it'll be ok
Can somebody take me away to a better place?
Everybody feels this way
It's ok

La di da di da
It's ok
La la la la la
It's ok
La di da di da
It's ok
La la la la la
It's ok

Everybody hurts somedays
It's okay to be afraid
Everybody hurts some day (yeah we all feel pain)
Everybody feels this way but it'll be ok
Can somebody take me away to a better place?
Everybody feels this way
It's ok

La di da di da
It's ok
La la la la la
It's ok
La di da di da
It's ok
La la la la la
It's ok

Semanas depois do ocorrido - Draco nao mantinha contato com seus pais. Hermione via que tinha cartas deles na lixeira e sabia que Draco nem abria para ler - Draco já estava um pouco melhor, já pegava as garotas - esquecera total de Hermione, como o combinado - e já estava mais animado. Começara a ficar com Pansy. 

- O que o senhor fuinha anda escrevendo tanto hein? - perguntou Hermione, numa tarde quente de inverno, puxando um bilhete da mão de Malfoy, que estava endereçado à Pansy. Eles estavam ficando ha alguns dias. Malfoy se levantou derrubando a cadeira da escravaninha do salao comunal e correndo atrás de Hermione. Como ele fora estúpido de deixá-la pegar? 

- Granger! Devolva! - ele corria atrás dela - Eu estou falando sério! - ele estava indo atrás dela pela escada quando Hermione parou perto da mesa. Ela lia

"Hum hum - Hermione pigarreou fingindo ser uma leitora importante - Pansy, eu não posso sair hoje com voce pois estou meio atarefado. Que tal voce me encontrar aqui no quarto para fazermos alguma coisa, e quem sabe tomarmos uma cerveja amanteigada aqui? Estou com saudades de ter-te só para mim nas noites. Com amor, Malfoy" Hermione se engasgou com a saliva. Como assim Malfoy estava sendo amoroso com Pansy? Nem com Hermione ja fora... 

- Está feliz? - Draco disse estendendo a mão - Agora me devolva - na tentativa de fazer Hermione lhe devolver o bilhete... o que nao aconteceu - Volte aqui! - Draco corria atrás novamente de Hermione mas desta vez nao ficou para trás. Ele a puxou e caiu sobre a garota.

- Ai! - resmungou Hermione com as maos estranhamente pousadas sobre o sutia e um sorriso zombateiro no rosto

- Por que esse sorriso? - perguntou Draco olhando para sua blusa meio aberta - Ah nao... - ele lamentou profundamente nao poder pegar o papel. Olhava para o sutia de Hermione mas logo teve uma ideia. Nao precisaria enfiar a mao, bastava apenas...

- Malfoy! Para! Para! Para! Malfoy! Draco Malfoy! Para! Voce está louco? EI! - Hermione tentava parar Draco de rasgar sua camisa do uniforme. Mas logo conseguira. Draco arrebentou todos os botoes de Hermione para pegar o papel escondido em seu sutia. Algo fizera barulho na porta. Draco fechou os olhos e mordeu os lábios. Hermione ria.

Pansy chegara no quarto e presenciara a cena de Draco e Hermione, um em cima do outro, com a blusa arrebentada de sutia e um papel nas maos. 

- Pansy, nao é nada disso - disse Malfoy levantando as maos e apontando para Hermione, que ria ainda no chao de blusas abertas - essa louca pegou meu papel que era pra voce e escondeu dentro do sutia - Pansy bufou rolando os olhos

- Eu nao tenho nada a ver com isso - Hermione zombou e Pansy cerrou os olhos e se aproximou dela, que agora tentava fechar a blusa

- Olha aqui sangue ruim - Pansy apontava o dedo para Hermione enquanto segurava Draco pela gravata - Se voce chegar mais uma vez perto do meu namorado... voce vai ver só! - ameaçou Pansy, com a voz mais fina que de uma hiena. Hermione nao entendera por que o chamara de namorado. Só riu ainda mais, causando furia em Pansy e fora para seu quarto de blusa aberta. 

"Porque eles estao assim?" pensou Hermione "Deve ser por que Draco está realmente precisando de alguém ao seu lado e Pansy sempre esteve a sua disposição, nos sentidos malicioso e amigo. E nada melhor que alguém que conheça sua familia e seu jeito desde criança." Hermione refletia em sua cama ouvindo as vozes do casal la embaixo. Ela abrira uma fresta da porta para espiar e viu que eles estavam conversando animadamente e rindo, Draco estava precisando disso. Pena que Hermione nao podia dar isso à ele. Ele sempre precisou se amor, de alguém que o amasse do jeito que sempre precisou, que fizesse coisas por ele, que o ajudasse... Nada menos que um amigo, tampouco um melhor amigo. Uma namorada, uma companheira. NIngupem vive sem ser amado. Hermione se sentiu mal. Gostaria de estar lá com ele, o beijando e rindo com ele, o ajudando. Mas não podia, não por enquanto. 

Depois de sua refletida, assim que as vozes de Draco e Pansy pararam, ela se deitou e ficou observando o teto estrelado. Estava chorando assim que se deu conta. Estava chorando do Draco, nao por ele, mas dele. Como alguém conseguiu viver assim e aparentar tantos anos uma vida perfeita? Com certeza Voldemort e sua tia - Hermione sentiu um frio na espinha - ajudaram na influencia familiar, mas como seria possivel alguém ter uma vida tão infeliz como essa? Hermione suspirou pesadamente. Enquanto viajava sem seus pensamentos, adormeceu e sonhou com Draco.

Que ele estava feliz com uma morena ao seu lado. Estavam caminhando por um parque e se beijando, estavam rindo tão felizes que nada poderia estragar... Exceto Voldemort. Ele chegara matando todos e acabar matando Hermione. Draco berrava e chorava e seus pais apareceram contando toda a verdade que acontecera na vida real. Que ele nunca poderia namorar com uma sangue ruim e que ele teria que ser torturado até a morte, numa morte lenta e dolorosa. 

Bellatrix pegou 10 agulhas e foi enfiando nos dedos de Draco, entre a unha e o sabugo. Voldemort lançava maldições Cruciatus, seu pai ria e sua mãe... Ela tentava ajudar mas acabara sendo morta. Draco gritava ainda mais. Mas em alguns segundos os gritos ficaram distantes e uma voz de homem a chamava, a mesma voz gritante agora era calma. Ele sussurrava seu nome.

O coração de Hermione palpitava que seu peito explodia de dor e balançava nitidamente. Sua respiração ofegante e fora de ritmo era marcante e estava toda suada e assustada.

- O que houve? - perguntou Draco 

- Pesadelo - respondeu deitando novamente na cama e suspirando aliviada ao ver Draco cheio de marcas de beijos e radiando felicidade 

- Espero que tenha passado - Hermione assentiu - Eu estava indo dormir mas ouvi seus gritos e vim ver o que passava. Mas agora está tudo bem... - Draco a olhou e deu um beijo em sua testa - Boa noite - ele sorriu. Hermione sorrira de volta, mas aina tensa. Seus músculos doíam de tao rigidos. Mas ela pensou, se Draco está feliz agora, por que ela ainda pensava naquele assunto? Ela deu de ombros e voltou a dormir, com a cabeça apoiada nos braços e os joelhos em forma de concha, ela adormeceu e teve um sonho tranquilo e romantico com um loiro vizinho, chamado Draco Malfoy. Que há tempos, não era feliz assim.

Help, I have done it again
I have been here many times before
Hurt myself again today
And the worst part is there's no one else to blame

Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me, I am small and needy
Warm me up and breathe me

Ouch, I have lost myself again
Lost myself and I am nowhere to be found
Yeah, I think that I might break
Lost myself again and I feel unsafe

Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me, I am small and needy
Warm me up and breathe me

Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me, I am small and needy
Warm me up and breathe me.



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Notas finais do capítulo

eu chorei mt fazendo esse capitulo gente! E eu amei! mtu! espero que vcs tambem gostem, até o proximo!!!!



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