Marcos Flich e o Segredo dos Grimpaus escrita por Jubs


Capítulo 5
Naso




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          Em pouco tempo de caminhada alcançamos a primeira cidade e foi lá que começaram os problemas, as pessoas começaram a se assustar ao ver os grimpaus

          - O que é aquilo – escutei alguém falar

          - Corram – gritou outra voz. Isso não nos surpreendeu, pois já sabíamos que iria acontecer isso, mas o que realmente nos surpreendeu foram os jornalistas tentando se aproximarem para nos entrevistar e tirar fotos dos grimpaus, mas é claro que eles não conseguiram chegar nem perto.

          - Isto esta chamando muita atenção – falou Carol

          - Eu sei, mas é o único jeito de chegarmos a Naso. Se quisermos acabar logo com isso é melhor irmos mais rápido – falei – Carol.

          - Oi – ela respondeu

          - Vai voando – ordenei – dois irão chamar menos atenção do que três.

          - Tem certeza? – Ela perguntou

          - Absoluta – respondi – espere agente um pouco distante da cidade, que daqui a pouco estaremos lá.

          - Gente – Rivan se intrometeu – é melhor irmos logo a polícia já esta chegando.

          Assim que ele falou isto e eu olhei para trás pude ver a multidão que se juntava atrás de nos, e quando voltei a olhar para frente Carol já sumia no céu. Ao sairmos da cidade e deixar toda a multidão para trás, percebemos que já era noite e então decidimos descansar em meio à mata fechada para que ninguém pudesse nos ver. Então montamos três tendas na tentativa de formar um circulo que não deu certo porque eram só três tendas... No meio das tendas nos tínhamos feito uma fogueira e estávamos fazendo a comida e conversando sobre um jeito de não chamar muita atenção.

          - É melhor contornamos as cidades que vierem pela frente – afirmou Rivan

          - Também acho, mas temos que tomar cuidado com os retardados que andam por fora da estrada – falei – e com esse negócio de satélite.

          - Esta bem - Carol falou – nos vamos por fora das cidades, mas sempre intercalando, uma hora agente contorna pelo lado direito e outra pelo esquerdo.

          Assim a conversa foi prosseguindo e eu percebi o quando estava cansado e então falei:

          - Estou muito cansado, vou ir dormir. Boa noite para vocês.

          - Mas não vai esperar nem o jantar ficar pronto? – perguntou Carol preocupada.

         - Não se preocupe, não estou com fome. – assim que falei isso virei de costas e entrei em minha tenda, não deu nem três segundos e eu já estava dormindo. Mais tarde eu acordei com um barulho em minha tenda e quando eu vi era Carol que entrara nela.

         - Oi - ela falou – desculpa te acordar, mas vim te trazer o jantar.

         - Oi – falei sorrindo – tudo bem, eu estou com fome mesmo, ei – falei tentando prender mais a atenção dela – senta aqui do meu lado, estou sentindo sua falta. Quando falei isso um sorriso largo abriu em seu rosto, ela veio andando com cuidado para não deixar a comida cair e sentou bem ao meu lado, passei um de meus braços em volta da cintura dela e dei um beijo em sua bochecha.

          - Abre à boca - ela pediu e eu obedeci então ela colocou uma colher de sopa em minha boca – você tem que comer para aguentar a viagem – Quando terminei de engoli falei:

          - Eu sei, mas agora quero ficar com você – falei beijando novamente sua bochecha.

          - Eu também quero ficar com você, mas se você não comer tudo eu vou embora agora mesmo – Ela falou num tom sério e ao mesmo tempo lindo.

          - Certo se é assim que você quer... – peguei o prato da mão dela e comecei a comer. Quando terminei coloquei o prato de lado e me virei para Carol que estava com a cara mais séria – o que foi?

          - Não é nada – ela falou – mas me explica direito o que você queria fazer... – ela falou me puxando em sua direção.

         - É melhor você ir para a sua tenda – falei me afastando dela – Rivan vai acorda daqui a pouco.

         - Você ta me evitando? – ela perguntou – e o quê que tem o Rivan saber de nós dois?

         - Não nunca – falei segurando nos braços dela – você sabe que eu te amo muito, mas não sei se Rivan aceitaria isto de boa. Eu não posso te falar o porquê, me entenda quero que você confie em mim e eu quero confiar em você, mas não posso te falar o porquê que o Rivan não aceitaria isso numa boa.

          - Então você não confia em mim? - perguntou, mas antes que eu pudesse responder ela falou – porque é isto que esta parecendo, você não conta porque ele pode ficar chateado? Porque ele ficaria chateado? Olha vamos fazer uma coisa. Só volta a falar comigo quando tiver as respostas para as minhas perguntas. – Depois disso ela se levantou e saiu sem olhar para trás, eu pensei em ir conversa com ela mais resolvi deixá-la esfriar a cabeça para conversa depois.

         No outro dia eu fui o primeiro a acorda, quando sai da tenda andei até a frente da tenda da Carol, mas não entrei fiquei ali parado sem saber como eu iria explicar tudo para ela, como eu iria falar que Rivan é o irmão mais velho dela, o irmão que estava perdido. Não sabia como, mas tinha que arrumar um jeito, não podia deixar a mulher que eu amo assim, tão perto e ao mesmo tempo tão longe.

          O sol já estava alto no céu quando levantamos as tendas. Saímos sem falar nada um com o outro, nem mesmo Rivan que não sabia de nada quebrou o silêncio, fomos fazendo o que Carol havia falado contornando ora pela esquerda ora pela direita, não encontramos ninguém durante cinco dias. O clima entre Carol e eu continuava o mesmo, eu não sabia como falar, e ela não chegava nem perto de mim para fazer as pazes.

          Depois de mais cinco dias andando encontramos os primeiros guerreiros no caminho a Naso, de longe dava para ver dois grimpaus enormes um verde que estava com um homem e um azul que estava com uma mulher. Assim que nos aproximamos falei:

          - Olá, onde vocês estavam todos esses tempos? – os dois me olharam com uma cara de quem olha um retardado.

          - Oi – falou o homem – não sei. Esse tempo todo quando? A deixa pra lá, estamos aqui porque vimos os noticiários e queríamos saber o que vocês estão tentando fazer andando tão expostos assim.

          Nas próximas horas Rivan explicava tudo sobre a era dos grimpaus esta voltando e sobre uma nova possibilidade de guerra, enquanto ele fala isso eu observava os dois, a mulher tinha os cabelos pretos até a cintura e os olhos igualmente pretos, sua pele era branca e toda delicada, o homem tinha os cabelos castanhos claros e os olhos também, sua pele era extremamente branca. Quando percebi que Carol olhava para mim com uma cara de raiva por eu estar olhando a mulher eu desviei o olhar rapidamente e fui para seu lado, e quando eu cheguei ao seu lado fui observa que o homem também olhava para ela, então chamei sua atenção para mim.

          - Mais que falta de educação a nossa – falei – nós nem nos apresentamos, bem eu sou Marcos Flich estes são Diogo Rivan e Caroline Montes.

         - Bom eu sou Thiago Curl e esta é Selena Felston eu não a conhecia, fui conhecer quando estava procurando vocês e por sorte do destino ela também os procurava então eu não tive mais que viajar sozinho.

         - Então vamos prosseguir o caminho vocês vão? – falei virando as costas e indo para o nosso destino, Rivan me seguiu e eu puxei Carol para que ela ficasse perto de mim, não queria aquele homem olhando para ela, e ela também não reclamou de que eu a ficasse com ela por perto, ela parecia estar querendo ficar perto de mim também.

          Depois de sete dias viajando comigo fazendo vista grossa para o Thiago para demonstra que ela já era minha finalmente chegamos a Naso. A cidade estava totalmente modificada, não sei se acharíamos mais guerreiros por ali, mas por enquanto era a única coisa que tínhamos.


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