Expressões de Amor escrita por Sereny Kyle


Capítulo 1
one-shot


Notas iniciais do capítulo

essa é a terceira fic da série "Os Quatro Reis e o Forasteiro"
boa leitura



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                Sakura estava agitada na cama, temendo que Amyoma não dormisse até as 23hs, se isso acontecesse, que desculpa daria? Que ia tomar água? E se a princesa aguardasse sua volta acordada? E se sugerisse ir junto?
                O relógio parecia ir lentamente de um minuto para o outro, aumentando a ansiedade de Sakura.
                Hajime tinha se comportado bem durante o dia, sem tentar uma aproximação suspeita, mas todos repararam na estranha felicidade que ele demonstrava.
                Quando o relógio mostrava 22hs 55min, Sakura levantou-se decidida, pois enlouqueceria esperar ali o que provavelmente seriam os 5 minutos mais longos de sua vida.
                Ela colocou o robe por cima da camisola e olhou atentamente pra ter certeza de que Amyoma não tinha visto seu movimento e continuava dormindo profundamente.
                Fechando cuidadosamente a porta, ela começou a atravessar os corredores com passos rápidos, quase correndo pra biblioteca com um sentimento em seu peito que crescia a cada suspiro e ela desconhecia a origem de tanta ansiedade.
                A biblioteca de Kinotto ficava no segundo andar do castelo, no final de um longo corredor, que de noite era iluminado por algumas tochas.
                Quando chegou ao início do corredor, porém, Sakura parou abruptamente com um pensamento horrível que ainda não tinha lhe ocorrido até o momento: e se tudo não tivesse passado de uma brincadeira? E se ele aparecesse de repente atrás dela, divertindo-se com a ilusão da pobre dama de companhia? Ou pior, e se ele não aparecesse? Hajime era um dos reis e sua bela aparência sempre o fez muito popular entre as mulheres do reino, por que alguém que poderia ter qualquer mulher escolheria justo ela? E se tudo o que dissera na noite anterior tivesse sido apenas o meio que ele usava pra ter um pouco de diversão?
                Com aqueles terríveis pensamentos pesando em sua cabeça, Sakura se dirigiu lentamente pra biblioteca, com uma grande vontade de dar meia volta e correr para o quarto. Seus pés pesavam como chumbo e ela sentia um peso no estômago e uma tristeza profunda no coração.
                A biblioteca não era bem iluminada; durante o dia, eram os raios solares que clareavam o lugar. Era um lugar amplo, de teto alto e com muitas estantes recheadas de livros de diversos assuntos. Kinotto era um estudioso de várias ciências e passava grande parte de seus dias naquele lugar.
                Ainda tomando cuidado pra não fazer barulho, Sakura caminhou pela escura biblioteca, pronta pra fugir correndo caso suas piores suspeitas fossem confirmadas.
                Quase alcançando a última estante, Sakura sentiu sua cintura ser segurada por braços muito fortes e sentiu a pressão de lábios muito quentes contra a pele de seu pescoço.
                -- Pensei que você não chegaria nunca – ele sussurrou em seu ouvido e aquela voz varreu pra longe todas as preocupações dela.
                Hajime virou-a para encará-lo, sem soltar sua cintura. Tinha novamente a camisa aberta, como se fosse uma provocação aos olhos dela, como se quisesse fazê-la olhá-lo.
                -- Foi tão difícil disfarçar hoje, deve ter percebido que não fui muito bem sucedido. Até mesmo Kyuske, que não se interessa por coisas desse gênero, comentou que meu sorriso estava um pouco mais largo que o normal. Mas nada que ligue nós dois foi notado!
                Ela sorriu, mas ele percebeu o tom preocupado dela.
                -- Por que está tão silenciosa? Ainda deixando aquela bobagem de que não devíamos estar juntos perturbá-la?
                -- Não. Por um momento... Achei que você não viria...
                -- E por que eu não viria? Não me aguentava esperando, parece que foi o dia mais longo de toda a minha vida! Eu desci pra cá meia hora antes, porque morreria dentro do quarto.
                Sakura se aconchegou nos braços de Hajime e ele afagou seus cabelos carinhosamente.
                -- Achou que eu estava só brincando, é? – ele perguntou, sorrindo maliciosamente, mordiscando a orelha dela.
                -- Por um momento, achei sim – ela respondeu, ruborizada.
                -- Vem cá – Hajime foi puxando Sakura, sentou-se numa cadeira, colocou-a em seu colo e começou a beijá-la louca e apaixonadamente.
                Ele deslizou a mão delicadamente no braço dela, por baixo da manga do robe, Sakura ajeitou-se no colo dele, colando seus corpos, passando os dois braços pela cintura dele por baixo da camisa, acariciando o peito dele.
                -- Por que você se tornou dama de companhia? – Hajime perguntou curioso, enquanto Sakura estava encostada no peito dele, brincando com seus fios castanho claros.
                -- Eu não sei... Acho que é a única maneira de estar sempre com Amyoma, não é mesmo?
                -- E você não é daqui, né?
                -- Não. Sou de Sasachi.
                -- Aposto que você tinha muitos pretendentes em Sasachi.
                -- Não tinha não – ela disse rindo.
                -- Eu duvido disso. É melhor que eu não veja nenhum engraçadinho se aproximando de você. Não vou conseguir me controlar...
                -- Há, há! E como poderiam? Eu mal saio do castelo...
                -- Não sei, mas, acho melhor espalharmos o boato de que você é a favorita do rei e aí, nenhum homem tentará se aproximar! – Hajime apertou a cintura dela mais forte, escondendo o rosto na curva de seu pescoço.
                -- Quer dizer que, agora, eu sou propriedade sua? – Sakura perguntou em tom de graça.
                -- Não. Mas eu não suportaria perdê-la – Hajime aproximou os rostos dos dois e colou seus lábios aos dela, puxando a nuca de Sakura com mais força, pra aprofundar ainda mais o beijo.
                Seus corpos estavam colados, encaixados um no outro. Ele enlaçou os dedos da mão dela e fixou aqueles orbes cor de chocolate nos de Sakura. Aquele olhar penetrante fez suas maçãs rosarem.
                -- No que está pensando? – ele perguntou, aproximando mais uma vez o rosto do dela e mordiscando sua bochecha, fazendo o corpo da dama de companhia se arrepiar.
                -- Que eu provavelmente estou sonhando – ela ofegou, acariciando as mãos que seguravam as suas.
                -- Sabe como foi que eu me apaixonei por você? – ele sorria, descontraído, quando percebeu a alteração na expressão dela ao ouvi-lo. – O que foi?
                -- Se... Se apaixonou? – ela gaguejou, espantada.
                Hajime puxou o rosto de Sakura pra perto do seu e teceu um pequeno caminho pelo rosto dela com sua boca, até encontrar os doces e macios lábios que ele adorava beijar. Ele mordeu delicadamente o lábio inferior dela, antes de adentrar sua língua e tocar cada canto daquela boca. Enquanto ela permitia aquele beijo ousado, sentiu uma de suas mãos ser abandonada e a mão dele descer de sua cintura até sua perna.
                -- Eu a amo – ele sussurrou ao ouvido dela.
                Sakura inspirou, amedrontada e piscou repetidas vezes, como se tentasse assimilar algo incompreensível. Apesar de seus lábios terem se soltado, Hajime continuava com a mão pousada sobre a perna dela, num sensível movimento que a acariciava e puxava a barra de sua camisola.
                -- Você não parece muito contente com isso – ele disse rindo e ela percebeu que tinha passado muito tempo em silêncio.
                -- Não, eu... É que... Não é isso... Só...
                Ele riu do desespero dela em se explicar. Pousou o dedo sobre os lábios dela, fazendo-a se calar e acariciou sua bochecha.
                -- Foi no primeiro dia do verão – ele começou, fazendo-a pousar cabeça em seu ombro, como se estivesse ninando-a. – Quando você lia embaixo de uma árvore do jardim. Eu a vi sorrir tranquilamente, ali sozinha, livre de qualquer compromisso. Foi quando me apaixonei. Passei a observá-la cada vez mais, sempre atento aos detalhes para descobrir cada vez mais sobre você. E então, tive a sorte de encontrá-la ontem.
                -- Eu...
                -- Sei o que vai dizer. Acho que vai declamar milhares de vezes a cartilha de regras que Kinotto impôs e que eu imprudentemente gosto de ignorar. Dirá que eu não devia me apaixonar por uma dama de companhia e que essa é a coisa mais insensata que já me passou pela cabeça. Mas antes que me repreenda, quero que sinta meu coração batendo desvairadamente e veja o quanto eu sou humano. Eu sou um homem, Sakura, rei ou não, e você é uma mulher e é a coisa mais normal do mundo existir amor entre nós dois. Porque, por mais recatada que você seja, não estaria aqui se não me amasse também. Eu me sinto bem com você, me sinto feliz, vivo e me sinto um homem, porque você produz em mim desejos e fantasias que eu não atribuo ao rei Hajime!
                Ela sorriu um pouco constrangida e desviou os olhos dos de Hajime, quando ele afastou seus cabelos e lhe deu um novo beijo.
                -- Eu também sou completamente apaixonada por você, Hajime! E sempre me condenei tanto por isso... Mas, é verdade que eu o amo mais que tudo e que quero ficar pra sempre com você – ela acariciou o rosto dele e ele beijou a palma de sua mão.
                Ele começou a beijar o pescoço dela entusiasmadamente, arrancando suspiros descontrolados dos lábios dela, fazendo seu corpo inteiro se arrepiar. Sakura fechou os olhos e reprimiu um gemido que sairia particularmente alto mordendo os lábios, seu corpo amolecendo aos toques de Hajime, obrigando-a a se agarrar em seu pescoço para não cair. A mão dele voltou a alisar sua perna e encaixou o quadril dela no dele.
                -- Você... Vamos lá pro meu quarto, meu amor? – Hajime ofegou, sussurrando ao pé do ouvido dela, agarrando sua cintura e subindo delicadamente a mão pelo tronco, parando contrariado antes que pudesse tocar os seios dela.
                -- Pro... Seu quarto? – ela perguntou, assustada, segurando a mão dele antes que ele continuasse a subir.
                -- Pra gente poder ficar mais a vontade – Hajime mordeu delicadamente a orelha dela, fazendo-a gemer.
                -- Eu não... Não acho... Que seja uma boa idéia...
                Ele sorriu malicioso ao perceber como ela corara com seu convite. Voltou a beijar-lhe o pescoço e foi desamarrando o robe dela, enquanto sentia a mão espalmada da garota deslizando em seu peito em uma carícia muito excitante, que estava atiçando e enlouquecendo Hajime. Com o robe dela aberto, ele foi descendo os lábios do pescoço para o colo dela e se demorou deliciosamente entre seus seios.
                -- Ji... – Sakura sussurrava, sua respiração completamente descompassada, delirando de prazer àquela carícia.
                Ele a ergueu em seus braços e foi caminhando com ela para a saída da biblioteca, os lábios dos dois encaixados. Tentando resistir aos carinhos dele, Sakura interrompeu o beijo e desceu de seu colo, arfando, sem fôlego pra falar.
                -- Espera um pouco, Hajime. Não posso... Ir pro seu quarto...
                -- E por que não? – ele voltou a puxar a cintura dela, beijando seu pescoço.
                -- Por que... Bom, por que... Hoje não, por favor. Hoje não, Ji...
                Ele sacudiu a cabeça, concordando, com um sorriso muito malicioso no rosto. Segurou o rosto da garota nas mãos e beijou-a desesperadamente. Quando se separaram, Sakura sorriu sem jeito pra ele.
                -- Acho melhor voltarmos pras camas...
                -- Por que você sempre quer ir embora quando nós dois estamos quase lá? Deixa de ser medrosa, vai – ele segurou-a mais forte em seus braços.
                -- Podem nos ouvir, Ji... Você sabe como Kinotto pode ouvir tudo a quilômetros. Se ele nos pegar aqui, Ji...
                Mas ele pressionou os lábios dela com o dedo indicador e fez calar com um sorriso.
                -- Adoro quando me chama de Ji! – ele disse, mordendo o lábio inferior.
                Sakura voltou a corar e ele deslizou a mão dos lábios até sua nuca, puxando o rosto da garota até encontrar o dele.
                Ele segurava o quadril dela preso a seu corpo e sentou-a em cima da mesa que havia próxima a eles. Ela apoiou as mãos pra trás e ele encaixou-se entre as pernas dela, beijando avidamente os lábios de Sakura, o tronco dos dois unidos, o robe dela deslizando pelos braços, deixando-a com o colo e os braços a mostra. Uma das finas alças de sua camisola escorregava pelo ombro.
                Hajime deslizou os lábios pelo pescoço dela, chegando a seu ombro e distribuindo beijos por toda aquela região, descendo pelo colo e arqueando o corpo dela pra trás para beijar entre seus seios novamente. Sakura acariciava as costas dele, contendo gemidos altos e ofegando muito, sua boca aberta em concha e seus olhos apertados de prazer.
                Puderam escutar o relógio soando até as duas horas da manhã, antes de começarem a se despedir. As despedidas prolongaram-se até as três horas e eles não conseguiam se descolar. Sakura parecia mais relaxada nos braços de Hajime e ele parecia mais insaciável.
                Quando alcançaram o andar dos quartos, em silêncio trocaram as últimas carícias e os últimos beijos ocultados pela escuridão do corredor, o corpo dele prensando o dela contra a parede.
                Sakura entrou no quarto, as faces muito coradas, os lábios vermelhos. Jogou o robe no baú ao pé de sua cama e olhou que Amyoma estava do mesmo jeito de antes.
                Ela se deitou e puxou o lençol, mas custou a pegar no sono, sentindo descargas elétricas de excitação percorrendo seu corpo, que tremia inteiro. Ela abafava com o travesseiro risinhos que escapavam de seus lábios incontroláveis. Ainda podia sentir as carícias de Hajime em sua pele.
                Ele deitou em sua cama, com as mãos atrás da cabeça, sem sono nenhum. Em sua mente, repetiam-se todos os beijos e carinhos que ele tinha recebido da mulher que amava naquela noite, podendo ainda sentir o gosto daquela boca, daquela pele, em todo o seu corpo sentia ainda as expressões daquele amor.


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Notas finais do capítulo

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