I Hate My New Life escrita por Jeey


Capítulo 29
Benflogin?


Notas iniciais do capítulo

Oi gatas, eu queria dizer que esse capitulo era pra mostrar como era um pouco as festas que a Miranda ia antes de ir pro Canadá... Bom, ela ta meio comportada nessa então...



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Sabe quando alguém é o que os outros querem que ela seja mas nunca é o que ELA quer ser? Se não... sorte sua, se sim... Bem vinda ao clube.

Eu sou uma marionete desde meu primeiro suspiro no mundo, desde a cama do hospital, aquele lugar onde minha mãe se recusou a me segurar porque eu estava toda suja. Sim ela fez isso. Desde que eu falei minha primeira palavra minha mãe ditou o que saia da minha boca, ditou o que eu vestia, como iria me comportar, o que ia responder.

Ela me mandava usar aquelas roupas grudentas, que me incomodavam. Não deixava eu sair e brincar com as outras crianças, me obrigava a emagrecer, e não se importava que eu entrasse em coma... desde que ninguém soubesse que o sobrenome dela estava no meio da conversa. Minha mãe nunca se importou com meu bem estar, para ela o que valia era a opinião dos outros, opinião daqueles que achavam que eu era uma criança perfeita.

Só que ela não sabe o quanto doeu as palavras dela, o quanto esforço eu tive para entrar nos vestidos que ela me obrigava a usar, o quanto foi ruim ir para festas, ver as crianças rindo e se divertindo, comendo doces e se sujando, enquanto eu estava sentada sem comer nada debatendo sobre o quanto é bom ser perfeito.

Coisa que ninguém era, coisa que ninguém nunca vai ser... Eu me acostumei com isso. Bebi porque meus “amigos” queriam, porque me julgavam, julgavam quem não gostava de beber, me droguei e fumei pelo mesmo motivo.

Minha mãe brigava comigo, quando ela sabia que ninguém estava vendo, quando alguém estava presente ou escutando ela se fazia de inocente, como aquele dia antes da minha viajem para o Canadá, só para os vizinhos comentarem “coitada faz de tudo mas a filha não dar valor a nada”

Para não escutar as pessoas falando mal dela, aqueles intrometidos que me julgam por qualquer coisa. Busquei salvação, em coisas que eu recomendo que NINGUÉM faça o mesmo, por mais fundo que esteja.

E parar para pensar que existe alguém com Pattie. Sim, ela largou tudo pelo Justin, a adolescência dela, começou a trabalhar, quase não parava em casa, tudo para ter um sorriso no rosto do Justin, tudo para vê-lo feliz, nunca o julgou, nunca quis que ele fosse perfeito, o aceitou e amou do jeito que ele é...

Ai eu me pergunto, porque comigo não foi do mesmo jeito?

O local já estava com a musica alta, pessoas entrando e saído da festa de Lizzie, andei firme e devagar desfilando com meu look, as pessoas me olhavam não acreditando, não eu não voltei para a cidade

-Miranda gata, voltou para ficar?- Dereck perguntou entrando em minha frente

-Não- dei um sorriso sarcástico- Continuo no Canada, só vim para a festa de Lizzie- o olhei

-Todos sabemos que você estava vindo, estão todos aqui para te ver- ele piscou

-Sei que sou importante- dei ombros pegando uma bebida

-AMIGAAAA- escutei Lizzie atrás de mim

Virei meu corpo olhando a Barbie falsa correndo em minha direção, jogou os braços pelo meu pescoço, me dando um abraço. Suspirei retribuindo o abraço

-Pensei que não viria- ela sorriu

-Não ia perder sua festa de 16 Lizzie- pisquei sorrindo

-Que bom que veio- ela estava feliz a beça

Eu e Lizzie não nos falávamos muito, era raro, mas ela sabia que andar comigo ia ser bom para a imagem dela, todos daquela escola me conheciam, uns muito bem, outros sonhavam em conhecer

-Miranda você mudou- ela me olhou- Esta mais cheinha – disse rindo

Mandei um olhar de morte para aquela magrela

-Mas eu prefiro você assim- ela tentou concertar – Ter carne é muito mais gostoso- disse batendo em minha bunda

Dei ombros pegando novamente meu copo com alguma bebida, sai me misturando, reencontrei algumas pessoas do colégio, algumas me olhavam como se eu fosse algum fantasma.

-Miranda?- a menina me olhou de cima a baixo- Não acredito que estou perto da lenda da escola- riu

-Lenda?- perguntei rindo

-É depois de tudo o que você fez, menina você fez muita merda em sua vida- ela disse me olhando

-Que bom que a vida é minha né?- perguntei

-Se eu tivesse um papel eu pediria um autografo- ela riu- Sabe, Mike não quer nem mais saber de relacionamentos depois de você e você ainda consegue estar na mente dos meninos, mesmo em outro pais, me diga qual é o seu segredo- ela disse sorrindo

-Um bom mágico nunca revela seus truques- me fiz de misteriosa

A festa estava indo bem, eu me sentia livre novamente, bebendo até demais como eu sempre fazia enquanto estava aqui, olhei para os meninos que me secavam só com o olho, resolvi aprontar. Subi em cima da mesa no meio do salão, chutei os copos e peguei uma garrafa que tinha em cima da mesa, logo depois derrubando tudo, segurei em uma barra de metal que tinha lá, sorri, todos pararam para me olhar.

-Olá LA- gritei rindo

Todos gritaram

-Sou Miranda, acho que todos aqui presente me conhecem- dei mais um gole escutando todos gritarem- Ah vocês são uns amores- senti tudo girar, eu não estava medindo o que eu estava fazendo, tanto porque eu vou fazer merda- Por isso eu tenho um presente- virei a garrafa e ouvi todo mundo gritar

Joguei a garrafa no chão e comecei a me movimentar pela mesa no ritmo de S&M, eu rebolava no ritmo da musica e todos me olhavam surpresos. Comecei a tirar meu vestido de uma forma sensual, e os meninos começaram a gritar, logo eu estava apenas com uma blusinha e calcinha, dançando em cima da mesa, eu rebolava e atrai atenção até das meninas

-MAIS MAIS MAIS MAIS MAIS- todos gritavam

Quando eu ia tirar a blusinha, me lembrei de alguém no Canadá, me lembrei de Justin, recuperei meus pensamentos vendo a merda que eu estava fazendo

-ACABOU- gritei rindo e pulando da mesa pegando meu vestido

Gritos de decepção eram audíveis, Lizzi chegou ao meu lado rindo, estava tão bêbada como eu, comentou que eu era louca e eu fiquei rindo enquanto fechava o zíper do meu vestido

-Não é certo você fazer isso- Lucas chegou perto de mim- deixa todos os meninos excitados e para- ele disse rindo

-Querido, agora quem vai me ter desse jeito é somente um menino- disse o olhando rindo e fazendo o um com a mão

-Está apaixonada?- Lizzie e Lucas me perguntaram ao mesmo tempo

-Sim- dei ombros- muito bem apaixonada por sinal- disse rindo

-Uau, Canadá muda as pessoas- Lizzie riu

-Amor muda as pessoas- contrariei e os dois me olharam surpresos

Fui pegar um copo novamente com alguma bebida mas Lizzie me olhou sorrindo

-Não- ela pegou o copo de minha mão sorrindo- Tenho uma coisa pra você- piscou me dando outro copo

-O que é isso?- perguntei

-Meu amigo brasileiro que me mostrou são 100 gotas de benflogin- ela disse sorrindo- Isso te deixa maluca- sorriu

-Você já usou?- perguntei segurando o copo

-Sim- ela disse pegando outro copo- e vou de novo- piscou rindo

-Ok então- bebi tudo de uma vez

Senti meu coração acelerar, Lizzie olhou pra mim rindo, ri em respostas, comecei a olhar para os lados e ver as paredes mudando de cor e se mexendo

-CARA EU TO VENDO NARNIA- gritei apontando para Narnia

CARA COMO ASSIM NARNIA ESTAVA DIANTE DOS MEUS OLHOS? Sorri mais ainda apertando o braço de Lizzie

-EU TO VENDO CHICLETES CAINDO- ela disse rindo

-CHICLETE- olhei segurando no ar chicletes que caiam- Delicia- eles eram realmente bons

-Você sabe que está loucona quando vê que seu braço tem um troço branco- ela me olhou

Olhei para meu braço vendo algo branco, gritei feliz, o chão estava cheio de pontinhos azuis, caminhei até a pista, mas ela estava abrindo uma fenda, onde apareceu uma mão, ajudei a pessoa a sair de lá e fiquei surpresa com os outros não o ajudando, levantei minha cabeça e vi Johnny Depp

-O que faz aqui?- perguntei olhando para ele

-Vim te conhecer, eu te amo- ele disse me abraçando

-Eu também te amo Johnny- ri retribuindo ao abraço- Você é ótimo no que faz- disse rindo

-Obrigado- ele piscou

Olhei para o lado e vi uma borboleta, ela pousou no Johnny e ele caiu, era como se fosse uma roupa, logo o corpo dele se transformou em água e foi dissolvido pelo chão

-Tchau Johnny- mandei um chão pela mão

-Olá – alguém disse ao meu lado

Era um duende azul, peguei ele na mão, ele era muito baixinho, ri fazendo cosquinhas nele, era engraçado porque ele era bem azul

-Pare, você não pode fazer isso com o deus supremo- ele disse com raiva

-Deus supremo de que?- perguntei rindo

-Não tire uma onda com a minha cara- ele reclamou

Comecei a rir, toquei em seu nariz e ele mudou de cor, me dando um susto, ouvi ele reclamar e mandar eu parar, mas era engraçado vê-lo mudar de cor, roxo, amarelo, vermelho, rosa com bolinhas verdes, listrado...

-PARE- ele gritou saindo correndo de perto de mim

-NÃO ESPERA- gritei mas ele não me ouviu

Senti uma arrepio, olhei para o lado vendo um vulto, que me assustou, fui até o banheiro que estava vazio, de repente eu comecei a ver gente morta, eles começaram a falar comigo, eu não sabia o que estava acontecendo, eles só queriam conversar comigo, mas me davam medo.


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Notas finais do capítulo

Não usem esse benflogin, podem procurar videos no youtube que mostram como as pessoas ficam ao usar isso...
Gostaram?? Comentem até o próximo capitulo :)



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