I Hate My New Life escrita por Jeey


Capítulo 20
É eu sou fraca




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O ódio a minha mãe a parte, tentei pensar em só curtir a festa, Justin passou a mão pela minha cintura colando nossos corpos, sorriu e começou a se mexer preguiçosamente, passei meus braços pelo seu pescoço e o segui, na pista só haviam casais, porque era uma musica romântica, eu nem me lembro qual foi a ultima vez que eu dancei assim. Justin puxou meu rosto para que eu o olhasse

-Uma boa dançarina presta atenção no seu parceiro, e não fica pensando no quanto ele é lindo e perfeito- ele soltou uma risada pelo nariz

Rolei os olhos e mostrei a língua para ele, e acompanhei a dança agora sem tirar meus olhos dele, ele me encarou com um sorriso, eu me controlava para não juntar nossos lábios, dei uma volta e a mão do Justin me puxou a seu encontro novamente arrancando um sorriso meu, aos poucos a musica acabou e a pista se encheu novamente. Justin me puxou e avisou que iria pegar algo para bebermos. Eu estava afim de algo mais pesado, algo com vadka, algo que desça rasgando pela minha garganta, pouco me importa se a bebida é proibida para maiores, eu queria e iria conseguir algo para beber. Justin parou em minha frente e estendeu um copo rosa em minha direção, segurei o copo e o encarei confusa

-Bebe é bom- ele disse dando um gole longo em sua bebida

-É o que?- perguntei

-Não sei, mas tem gosto de morango- Justin sorriu

Dei um gole, a bebida era boa, mas eu precisava de álcool, dobrei o Justin dizendo que iria para o banheiro, Justin assentiu e pegou a mesma bebida com outro garçom que passava

Desci e cumprimentei algumas pessoas que tinham acabado de chegar como Lea e Chaz, eu não sabia que eles tinham vindo juntos, pouco me importava se os dois estavam se pegando ou não, fui até o local onde os garçons saiam e abordei um

-Me de algo que tenha muita vodka- sorri

-Você tem mais de 18? Porque não parece- ele me olhou

-Eu sou a dona da festa e eu quero algo que tenha álcool agora, caso contrario eu lhe demito – sorri falsa

-Mas as ordens do seu pai eram de que...

-Olha eu não me importo com o que meu pai diz, ou você me da ou é demitido- falei sem paciência

-Não teria coragem- ele me desafiou

-Não contaria com isso- sorri- Eu posso começar pelo atendimento ou pelo fato de você ser folgado?- perguntei com um sorriso malicioso

Ele bufou e entrou para pegar a bebida, voltou com um copo parecido com o que o Justin tinha me dado, era vodka misturada com algo que eu pouco me importei, dei ombros subindo as escadas para aonde o Justin e eu estávamos

-O que tem naquela bebida?- perguntei a um garçom apontando para o Justin

-Aquilo é energético- o moço se retirou

É por isso que ele tá assim, na mesa que anteriormente só se encontrava eu e Justin, agora estava ocupada por Lea e Chaz, Ryan e alguma vadiazinha, Justin e outra vadiazinha, me sentei ao lado do Justin cumprimentando todo mundo. As conversas variavam na mesa eram conversas ora fúteis ora que não me interessavam, eu estava mais concentrada no meu copo que possuía um liquido que me liberava, que me deixava mais viva, que me deixava mais eu

[...]

Acordei escutando leves batidas na porta, cocei os olhos e olhei para o despertador que marcava meio dia em ponto, levantei meu corpo calmamente ainda me acostumando com a luz

-Pode entrar- gritei

Senti minha cabeça doer mas pouco me importei, era Pattie ela entrou no quarto com um sorriso enorme, sorri fraco e ela me fitou

-Seus presentes chegaram, estão todos no escritório – ela sorriu

-Hm, não quer abrir comigo?- perguntei tentando ser o mais gentil possível

-Eu serio?- não a vovó , desculpa não resisti- Sim! EU ADORARIA- ela disse bem animada

Me levantei fiz minha higiene e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, acordar me deixava estressada mas ao ver a quantidade enorme de presentes fez um sorriso surgir em meu rosto, eu amo presentes e amo festas mais ainda, encarei Pattie que observava tudo

-Por onde vamos começar?- sua voz era carregada de entusiasmo e alegria

-Por aquele- apontei para uma caixa enorme e azul  

[...]

Muitos papeis se encontravam no chão, a gente conversava sobre as pessoas, a decoração, o bairro e todas as conversas que rolaram na minha festa, eu ri verdadeiramente com ela, era bom estar com Pattie, agora eu estendia o porque as meninas amavam as mães delas, tinham umas que eram como Pattie, perfeitas.

-Ora, ora porque não me chamou?- girei minha cabeça dando de cara com minha mãe que estava na porta me encarando com a sobrancelha levantada

-Porque não queríamos te incomodar- Pattie sorriu

Minha mãe lançou um olhar para ela, aquele olhar que ele bem conhecia o único olhar que me deixava rebaixada, eu me sentia um lixo quando ela me olhava assim, abaixei meu olhar, ela encarou Pattie como se ela fosse um pedaço de sujeira no meio do quadro da monaliza, arrumou o cabelo e dei uma tragada no cigarro que estava em sua mão

-Porque acharia que me incomodaria?- perguntou

-Ah não sei, só achei melhor assim- Pattie tentou dar um sorriso

-É por isso que eu não deixo minhas empregadas pensarem, pessoas como vocês não tem capacidade para tal coisa- ela disse com um sorriso fraco no rosto

-Como assim? Quem você pensa que é? Não se esqueça que está na minha casa, não pode me ofender assim- Pattie se irritou

-Quem eu penso que sou? Tem coisa melhor do que ser eu?- ela não parava com aquele sorriso

-TEM- eu gritei e a atenção das duas voltaram para mim- Tem, ser a Pattie- eu senti meus olhos marejarem – Ela sim é a melhor mulher que eu conheci em toda minha vida, ela é cuidadosa, simpática, feliz, animada, uma mãe de verdade, não é como você, ela não me coloca pra baixo, ela me anima, ela é totalmente ao contrario de você, eu me sinto um lixo por pensar da mesma maneira que você, VAI EMBORA DAQUI, eu não quero te ver NUNCA mais, você pra mim foi um erro, como eu sou para você somente a passagem para a riqueza, você pra mim é um lixo, um nada, VAI EMBORA- as lagrimas caiam no meu rosto e o meu coração se quebrava, eu odiava aquela mulher

-Você fala como se fosse ruim- ela deu ombros- Como se eu me importasse com o que uma vadia como você pensa- ela disse me olhando

-SAI DAQUI AGORA- eu gritei

-Ok- ela riu da minha cara

Cai no chão, sentindo as lagrimas atrapalharem minha visão, ela conseguia destruir tudo, eu não quero vê-la nunca mais em toda minha vida, quero ela longe de mim, quero que ela morra

-Pattie eu vou para meu quarto, depois a gente termina isso ok?- tentei sorrir

-Ok, mas fique bem ok? Não ligue, você é uma ótima menina- Pattie sorriu

Assenti e fui em direção ao meu quarto, tranquei a porta ainda chorando, sentei na cama deixando as lagrimas cair, eu não podia ser fraca na frente da Pattie, eu não gosto de me mostrar fraca na frente dos outros, eu sou forte, eu tenho que pelo menos parecer forte, ninguém pode me ver fraca, ninguém pode ver quem eu realmente sou.

Entrei no banheiro procurando por todas as gavetas, o objeto eu era fraca, pouco me importava, mas eu era e sou fraca mesmo, e só uma coisa me fazia descarregar tudo, me cortar, eu sei que eu deveria parar com isso mas eu não consigo, não tem como eu parar com isso, eu sou fraca

Encontrei um estilete em meio as coisas da escola e o posicionei em minha perna, eu fechei os olhos e respirei fundo, uma imagem apareceu na minha cabeça, eu vi Justin sorrindo para mim, segurando minha mão, uma lagrima desceu pelo rosto, passei o estilete com força na minha perna, eu já tinha outros cortes, o sangue começou a cair, cai com meu corpo para trás sentindo tudo que eu sentia, eu era masoquista, eu tinha total noção disso, mas o masoquismo não saia de mim


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Notas finais do capítulo

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