# Sam Winchester
A garota estava sofrendo, eu já havia passado pela mesma situação,mesmo não perdendo minha família de uma vez só, ma já perdi meu pai, minha mãe, e meu irmão – temporariamente.

Segui em direção de Victoria, sentei-me ao lado dela, e tentei a acalmar.

–Você devia se acalmar.

– É fácil dizer quando não é você que perdeu as pessoas mais importantes da sua vida – ela disse-me com hostilidade, eu a entendia, por isso não retruquei.

–Mas acho que as pessoas mais importantes da sua vida não gostariam de te ver assim.

–Desculpe por ser hostil contigo, é que agora que perdi minha família e minha casa, não tenho nem onde cair morta.

Dean fez um gesto com a cabeça para que eu fosse falar com ele. Deixei delicadamente Victoria.

–Descobri o que provocou o incêndio, consolador de garotinhas. – Dean disse-me.

–Você ainda não consegue perceber que não tem graça alguma! – retruquei.

–Cara, eu sou demais! – Dean disse cheio de si – Continuando, olhe o que encontrei, enxofre.

–Demônios – deduzi.

–Bela dedução Sherlock!

–E o que faremos com a garota?

Dean olhou por cima do meu ombro, para vê-la.

–A deixamos na casa de alguém que ela conheça.

–Esse é o problema Dean, ela só tinha a família, que acabou de perder. Podemos contar a ela, o que realmente aconteceu.

– Ficou maluco Sammy? A garota vai achar que somos loucos e não sei mais o que!

–E se ela acreditar Dean? Ponha-se no lugar dela, você queria saber.

–Tudo bem Sammy, mas se ela achar que “somos” loucos,eu digo que você está drogado.

Eu sorri de leve.

Fui até Victoria.

–Preciso falar com você.

Ela se levantou e passou a mão no rosto para limpa-lo das lagrimas, fomos juntos até Dean.

Ela nos fitava, esperando.

–Quem matou sua família foram demônios – eu disse rapidamente.

Ela calou-se, pensativa, e então falou indiferente.

–Como mato isso?

Dean olhou-me impressionado.

–Você não precisa saber disto agora, mas antes, você fica conosco.

Ela nos seguiu até o Impala de Dean, sentou-se no banco traseiro, Dean no de motorista e eu no carona.

–Vocês não são agentes do FBI, - Victoria disse, na afirmativa – O que são?

–Somos uma espécie de caçadores – respondi.

–De demônios?

–Não somente Demônios, fantasmas ,monstros...

–Qual o verdadeiro nome de vocês?

–Eu sou Sam, e esse é meu irmão Dean Winchester.

Dean estacionou no hotel em que estávamos hospedados Hot Hotel.

–Chegamos! – Dean anunciou.

Nós descemos do carro e fomos para o nosso quarto.

Victoria foi ao banheiro, foi quando Dean e eu nos assustamos com a presença inesperada de Cass.

– Olá Dean – Cass disse indiferente – Olá Sam, onde a garota está?

– No banheiro, o que tem ela Cass? – Dean disse incrédulo.

– Dean, – Cass respondeu- aquela garota corre perigo.

Nós nos fitávamos, incrédulos e assustados.

–Ela é filha, Miguel.

–Você-cê diz o anjo-jo ,Miguel ? – gaguejei.

–Sim Sam, foi por culpa disso que os demônios colocaram fogo na casa dela.

Victoria agora havia se juntado a nó na sala, eu, Cass e Dean a encarávamos fixamente.

–O que foi? – ela perguntou constrangida – E quem é ele ?

–Meu nome é Castiel, sou um anjo do Senhor.

Vistoria arregalou os olhos, pela primeira vez, eu a vira impressionada.

–Preciso falar com você, sente-se, por favor.

Victoria pode perceber que Castiel falaria para ela algo realmente serio, e sentou-se.

–Há algum tempo atrás – Cass começou – no Céu, houve um amor proibido,entre duas pessoas, ou melhor, o ano Miguel e uma alma humana,e desse amor foi gerado uma menina,que hoje tem cerca de 19 anos.

– E o que eu tenho haver com isso... Não está querendo dizer que... – Victoria travou no meio da frase.

–E, demônios a querem, e não é para algo bom, foi por isso que colocaram fogo em sua casa, mataram sua irmã, pensando que era você.

–Então quer dizer que eu sou meia anja e meio humana, que há demônios atrás de mim para me matar e meus pais não eram meus pais. E com que propósito os demônios me querem?

–Não faço idéia. Tenho que ir. – Cass disse e desapareceu.

Victoria permanecia imóvel, e fitava o chão.

Fui me sentar ao lado dela, para conferir se estava tudo bem.

–Ér... já fazem três horas que não como, vou ali – Dean disse e saiu.

Victoria ainda permanecia imóvel.

–Você está bem? - perguntei. Mas que pergunta foi essa?! Depois de tudo que acontecera com a garota, claro que ela não estaria bem.

–Sim, –  ela levantou o rosto e me olhou – Além de eu não fazer idéia do por que isso está acontecendo comigo.

Pensei em algo para distraí-la, então, raciocinei, que Victoria passaria muito tempo comigo e com Dean, e nesse tempo, teríamos de ‘trabalhar’, e Victoria poderia ajudar.

–Victoria, presumo que não sabe nada do que caçamos acenou em um ‘sim’ - e pensei que poderia te mostrar o ,máximo que sei.

Sua expressão era interessada.

Disse a ela da seguinte forma

1º Nome da criatura sobrenatural

2º O que fazem

3º Como matar.

Por exemplo: “Vampiro, matam pessoas sugando seu sangue, o ‘vírus’ do vampiro não é transmitido na mordida, e sim, quando seu sangue entra em contato com o dele, mate-o cortando a cabeça”

E prometi a ela que a ensinaria a se defender, como usar faca e atirar.

Consegui enfim tirar um pequeno sorriso de sua boca, que durou segundos.

–Você já esteve no Céu Sam? – ela perguntou curiosa.

–Sim.

–Como é lá?

–Como posso te explicar - pensei alto – O céu é um só,mas,para cada um ele é diferente,por que o paraíso para você,não é o mesmo paraíso para mim,entende ?

–Sim.

–Victoria, você é filha de Miguel, e Miguel é um anjo, você já teve alguma experiência fora do normal?

–Somente uma vez, quando tinha 7 anos,rezei antes de dormir, e ouvi em minha cabeça alguém me responder. Isso conta né ?

–Claro, claro.

Dean voltou após uma hora de quando havia partido, dizendo:

–Vamos sair da cidade, os Demônios devem estar por aqui, tiramos a garota daqui, à levamos para a casa de Bobby, voltamos para cá, pra ver se achamos algo.

–Não, não – Victoria se manifestou – Foram meus pais que morreram! Eu tenho o direito de ir!

–Se seu direito de ir significa o mesmo de dar você de bandeja aos demônios você fica na casa de Bobby. – Dean disse a ela.

–Ele tem razão, você deve ficar em segurança

Ela concordou contra sua vontade.

Saímos do Hotel,e entramos no carro de Dean.