Desde que Te Vi. escrita por LizzLongbottom


Capítulo 3
Os Olhos de Lizz.




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Chuvia aquela noite. Lizz acordou no meio da noite, depois de um pesadelo horrível.

Ela estava correndo em círculos até cair em um buraco. Ela caia, caia, e caia. Até que quando ela chegou no chão, viu Fred deitado no chão, frio, seu rosto feliz numa tristeza total. Fred estava morto.

Lizz acordou desesperadamente e agradeceu quando viu que havia sido um sonho. Tentou dormir novamente, mas havia se agitado demais. Pegou seu violão que estava escondido embaixo da cama, e foi para a Sala Comunal.

Ela olhou no relógio e viu que eram 5 da manhã. Se sentou perto da janela e ficou ali, olhando as estrelas. Fez um feitiço em volta dela para ninguém ouvir o violão tocar, só ela. E começou a tocar e cantar.

Ela estava compondo uma nova música, e escreveu seu último verso quando ele entrou na sala. Ele mesmo, Fred Weasley. Os olhos de Lizz brilharam por saber que ele estava bem e vivo. Abriu um largo sorriso e ele chegou perto dela.

– Bom dia. - Sorriu ele.

– Bom dia. - Ela disse desfazendo o feitiço.

– Não, não desfaça o feitiço. Eu quero ouvir você cantar.

Lizz corou e disse tímida:

– Acho melhor não...

– Não fique envergonhada, confie em mim.

Lizz o fitou e ele realmente queria ouvi-la. Ela fez o feitiço e se posicionou para tocar. Lizz ia guardando o papel da música que acabara de escrever mas Fred o pegou. Ela tentou pegar de volta mas ele era mais alto que ela.

– Quero que você toque essa. - Disse ele em tom de desafio.

– Me dá, é a minha música. - Disse ela pulando para alcança-lo.

– Exatamente. A letra é linda e eu quero que você cante essa.

– Porque tem que ser essa? - Perguntou ela, impaciente.

– Porque ela é sua. - Ele sorriu.

Lizz sabia que ele não ia descançar até ela tocar a sua música. Suspirou por cinco segundos, se posicionou de novo na cadeira, pegou a palheta e soltou os primeiros sons. Fred sorriu e Lizz corou. Lentamente, começou a cantar a música para Fred, corando mais ainda.

"Suspiros já não cabem mais dentro de mim, se eu nem te conheço e já me sinto assim. Eu não consigo te tirar do meu pensamento, o que é que eu faço pra ter aqui um momento? Se tento imaginar seu sorriso, me diz o que eu faço pra te ter aqui, comigo."

Ouve uma pausa no canto. Suas mãos só passavam lentamente a palheta nas cordas do violão e olhou rápido para Fred, que parecia encantado com sua voz. Lizz riu e continuou.

"Se eu te ver de longe e não me aproximar, eu juro eu vou morrer eu não vou aguentar. Faz tanto tempo eu imagino como seria, você me ligando para falar "Bom dia!". Mas só fico tentando imaginar seu sorriso, me diz o que é que eu faço pra te ter aqui, comigo. Uuuuuuuh."

Seu "Uuuuuh" era bem suave e quando começou o "nananana, ooh nananana", Fred sorriu e seus olhos brilhavam.

"Se eu te ver com outra eu passar mal, eu sei estanho mas eu nunca fui normal. Faz tanto tempo eu quero te dizer o que eu sinto, se alguém me perguntar se eu te quero eu minto. E volto a tentar imaginar seu sorriso, me diz o que é que eu faço pra te ter aqui comigo. Oooooh, cooomigo. Yeaah, comigo."

Quando ela soltou a palheta no violão fazendo o ultimo som tocar, Fred riu abobalhado e botou as mãos na boca.

– Sua voz é fantástica. - Disse ele, incrédulo.

– O-obrigada. - Disse Lizz, corando.

Eles ficaram um bom tempo só olhando um para o outro, em um silêncio. Fred olhou nos olhos de Lizz e sentiu um arrepio muito grande. Seus olhos o chamavam. Era algo belo, e imperfeito. "Os olhos dela... Queria guardar numa caixinha só pra mim." pensou Fred.

O sol amanheceu e Fred se levantou para olhar o nascer do sol.

– Ele está lindo hoje. Venha ver, Lizz.

Lizz se levantou e olhou para o sol se levantado atrás da Floresta. Colocou sua cabeça no ombro de Fred, e fechou os olhos. Fred tremeu, e não soube muito bem o que fazer. Envolveu seu braço direito na cintura de Lizz e a abraçou. Lizz estava com sono e Fred muito feliz de estar com alguém tão fascinante em seus braços. Lizz riu e o abraçou. E ficaram ali abraçados, olhando o Pôr-do-Sol.

Jorge quebrou o silêncio e veio correndo, descendo as escadas. Jorge olhou para os dois e o único que virou para trás para olhar Jorge foi Fred. Jorge fez uma cara de apaixonado, e mandou beijinhos para ele. Mas não ligou. Lizz o largou e abraçou Jorge.

– Bom dia, cabeçudo.

– Bom dia, chata. - Respondeu Jorge abraçando-a e rindo.

Ela mandou uma lingua para ele e riu. Eles ficaram um pouco mais na Sala Comunal, e quando deu umas 7:00 horas, eles foram para o Salão Principal e Summer estava lá se servindo de pão com geléia.

– Olá Sums. - Disse Jorge, tacando-lhe um beijo na bochecha.

– Olá querido. - Riu Summer.

– Bom dia Sums. - Disse Lizz e Fred ao mesmo tempo, e depois viraram um pro outro e gritaram - Eu disse primeiro! - depois começaram a rir um do outro.

– Olá. O hospício abriu hoje foi, Jorge? - Ironizou Summer.

Jorge riu, seguido de Fred e Lizz. Se sentaram na mesa da Corvinal e se serviram.

– E então Sr. Weasley, que aula temos hoje? - Perguntou Fred ironizando.

– Temos aula de Poções com o seboso do Snape, Sr. Weasley. - Jorge ironizou mais ainda.

– Isso é patético. - Disse Lizz, revirando os olhos.

Fred deu um beijo na bochecha dela, e ela corou.

– E vocês? Qual a aula de vocês agora? - Perguntou Jorge.

– Feitiços. - Disse Lizz.

– História da Magia. - Disse Summer, desanimada.

– Vixe... Você esta perdida. - Disse Fred em tom sarcástico.

– Com licença, ham ham. - Tossiu Lizz. - Quem é que vai ter aula com o Snape mesmo?

– ISSO-É-MALDADE! - Protestou Fred, e Lizz riu. Seu riso foi instantaneamente um remédio no desanimo de Fred.

– Parece que você está apaixonado, não é Weasley? - Disse Malfoy para Fred, que acabara de entrar no Salão Principal com sua namorada, Jullie Osbourne.

Draco Malfoy era um menino loiro com o rosto muito pálido. Jullie era muito bonita, com cabelos cabelo castanho claro, bem liso e olhos intesamente azuis. Jullie riu da piadinha de Draco.

– E se eu tivesse, o que você teria haver com isso hein, Draco? - Respondeu Fred, desafiando-o.

Mas Draco, se virou e foi para a mesa da Sonserina.

– Não que eu esteja... - Fred corou e se virou para Lizz.

– Não, eu sabia... - Lizz riu disfarçando uma cara triste.

– LIZZ, ME LEMBREI DE UMA COISA! - Jorge gritou e pulou do banco. - SEMANA QUE VEM É O TESTE DE QUADRIBOL!

– Sério? Que demais! - Disse uma Lizz sorridente. - Vou me preparar para semana que vem.

– Mas, perai... Angelina não me avisou isso. - Disse Fred, estranhando. - Ela disse que ia me deixar avisado para dizer para Lizz.

– Raciocine, Fred.

Fred raciocinou e lembrou: Angelina gostava dele e estava com ciumes. Não queria que ele dissesse a Lizz para ela não participar do teste.

– Ah...

– Raciocinar o que? - Perguntou Lizz. Desconfiava de algo.

– Nada. É que eu briguei com Angelina. - Mentiu Fred.

– Porque?

– Ah... Um papo ai.

– Sinto muito. - Lizz segurou a mão de Fred. - Estou aqui para qualquer coisa.

"É por isso que ela não avisou" pensou Fred.

Eles acabaram o café da manhã e foi cada um para sua aula.


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