Youre My Soul escrita por BiiaahOShea, CaahOShea


Capítulo 25
Notícias


Notas iniciais do capítulo

Heeeey! Finalmente nós voltamos!

Antes de qualquer coisa, eu quero agradecer a TODOS que comentaram no ultimo capítulo. A gente ficou muito feliz com os comentarios que voces deixaram!

E agora, a parte das explicações. Pessoal, eu realmente demorei demais para escrever esse capítulo. Mas nao foi por falta de tempo (claro que com a escola, provas e etc fica mais dificil) ou preguiça, mas sim por causa da criatividade. Eu quero dar andamento na fic, mas parece que eu nao consigo sair do mesmo lugar. Eu imagino que isso seja temporário, e como voces sabem, por causa de alguns acontecimentos eu acabei desanimando, mas eu vou levar a fic até o fim e fazer o possivel para que os capítulos seguintes satisfaçam voces todos.
Me desculpem =((

A Caah nao teve nada a ver com isso, ela sempre beta os capítulos rapidinho, entao nao a culpem, ok?

Bom, esperamos que gostem! Uma surpresinha no final haha

Até mais!



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POV CAL

- Senhor Cal? Acompanhante de Peregrina? – Uma Curandeira pergunta logo de manhã, assim que desço para tomar café.

- Sim. – Repondo.

- Temos informações sobre o estado da paciente. Por favor, me acompanhe.

É o terceiro dia que estamos nesse hospital, e nunca fui convocado a uma ‘’reunião’’. Ian continua esperando no furgão, o que ele concordou ser melhor após uma quase trágica tentativa de se mudar para o quarto onde eu estou ficando.

A curandeira se dirige a uma sala pequena, como um escritório, com as paredes na cor creme. O ambiente parece frio e tranquilo, e ela se senta na cadeira detrás da mesa de madeira. Eu me sento a sua frente.

- Temos boas noticias – Ela começa – Peregrina está respondendo bem aos nossos cuidados, e creio que em breve ela estará de volta a casa.

Eu respiro aliviado. Embora recebesse diariamente noticias sobre ela, todas eram muito vagas e difíceis de interpretar, o que me levava a pensar que a situação ainda era critica.

- Eu posso vê-la?

- Sim. O horário de visitas começa daqui a trinta minutos, mas ainda teremos que tomar alguns cuidados. Felizmente ela está mais lúcida, as manchas estão desaparecendo e conforme a febre vai baixando, os outros sintomas também. Se tudo ocorrer como o planejado, daqui a dois dias ela estará em boa saúde.

- Nossa, a senhora não tem ideia do quanto me sinto feliz ao ouvir isso. Muito obrigado, doutora.

Ela sorriu, gentil.

- Não há por que agradecer. Agora, recomendo que coma alguma coisa antes de vê-la.

Assim que sai do consultório fui correndo contar as noticias a Ian. É claro que eu só o visitava a noite – uma questão de segurança, apenas – mas isso era importante.

Como eu esperava, ele fez muitas perguntas e pela primeira vez pude perceber que ele respirava tranquilamente. Conversamos um pouco, e depois voltei para o hospital.

Dirigi-me a uma espécie de UTI, para onde os pacientes com casos mais graves eram encaminhados. Um Curandeiro me barrou, fazendo com que eu vestisse um jaleco de plástico, luvas cirúrgicas e uma mascara descartável. Recebi algumas precauções antes de adentrar a área. Cheguei ao leito de Peg e a encontrei comendo uma sopa com uma aparência nada boa.

Ela sorriu ao me ver e eu repeti o gesto. Depois de tanto tempo, era maravilhoso vê-la quase saudável.

- Cal! Como você está?

- Como eu estou? Você estava a beira da morte e quando me vê pergunta como eu estou? – suspirei.

Ela riu. Era visível que ainda estava muito fraca, com a pele repuxada no rosto magro. Mas ainda assim, era notável a cor rosada que tomava conta de suas faces. Eu tinha vontade de abraça-la, mas recebi ordens claras de que qualquer contato físico poderia me por em risco.

- Onde está Ian? E Mel e Jamie? Eles estão bem?

- Sim, todos estão bem. – Achei melhor não contar sobre o fato de Ian estar aqui – Todos eles estavam muito preocupados com você, Peg. Foi um susto e tanto.

- Eu sei. Eu sinto muito por isso, Cal. E agradeço muito por tudo o que vocês fizeram, de verdade.

- Eu sei, mas isso não foi bem uma coisa planejada, não é? – Eu ri. – Em breve você voltará a ser do jeito que era antes.

- Assim eu espero. – Ela sorriu levemente.

- Eu não posso ficar aqui durante muito tempo, você sabe. Ainda há riscos de infecção, mas eu prometo que se permitirem, amanha eu estarei de volta.

Ela concordou.

- Descanse um pouco – Pedi. Segurei sua mão entre as minhas durante alguns segundos e saí do quarto.

POV MELANIE

O dia não amanheceu bem para mim. No momento em que levantei do colchão tive de me apoiar contra a parede por causa de uma horrível tontura. Senti um pouco de medo, pois foram assim que começaram os sintomas de Peg, e mesmo que se eu estivesse doente isso já teria se comprovado há algum tempo, decidi ficar atenta para ver se isso aconteceria novamente ao decorrer do dia.

Estávamos perto da hora do almoço e tudo que me ocorria era um pequeno mal estar. Ainda assim, continuei a fazer meu trabalho na plantação, regando e enterrando as mudinhas que cresceriam e serviriam de alimento.

Jared tinha começado cedo o dia. Quando acordei, ele não estava mais no quarto, e quando o vi, notei que hoje a tarefa seria árdua: limpar a caverna. Quando aparecer um homem na face da Terra que goste de pegar um esfregão, um balde com água e um rodo para limpar o chão eu vou saber que é o fim da existência humana.

Concentrei-me em minhas tarefas até Jeb aparecer anunciando – em alto e bom som – a hora do almoço. Levantei-me e esfreguei minhas mãos em minha calça já suja de terra, seguindo para a cozinha.

Repy passou na minha frente, carregando um imenso balde de roupas sujas e eu ofereci ajuda. Peguei parte da roupa e a carreguei em meus braços.

- Quanto tempo você acha que vai demorar para eles voltarem? – Ela perguntou. Eu sabia que ela estava se referindo a Cal, Peg e Ian.

- Eu não tenho ideia. Eles vão voltar bem, Repy. Seu namorado é experiente em excursões. E se eles demorarem, é porque algo deu muito certo – Ou muito errado, minha mente lembrou, mas afastei esse pensamento. Não era o momento de dar lugar ao pessimismo.

- Tomara que eles tenham conseguido levar Peg até o hospital. Ficar sem noticias é tão agonizante que eu estou quase indo até lá.

Coloquei uma mão em seu ombro.

- Eles vão ficar bem, tenho certeza. Se tudo der certo, como eu sei que vai dar, em breve eles estarão de volta.

Ela aquiesceu com a cabeça.

- De quem são essas roupas? – Perguntei.

- Do Kyle. Ele me pediu para deixá-las aqui de molho, para facilitar quando ele for lava-las.

- Que folgado! – Exclamei atônita – Eu acho bom você não aceitar tudo o que ele pede, ou então ele vai começar a fazê-la de empregada!

Ela riu.

- Eu não sou empregada de ninguém, e nem serei. Só não vi mal em trazer isso para cá.

Revirei os olhos.

- Você me lembra muito a Peg.

Ela deu de ombros.

- É melhor irmos antes que o refeitório fique muito cheio. Vamos? – Ela perguntou.

- Vamos.

Quando chegamos à soleira da cozinha, senti um cheiro tão forte de comida e cebola que fez meu estômago revirar. Respirei fundo, mas isso não foi uma boa coisa. Tapei fortemente minha boca com uma mão e saí em disparada na direção das salas de banho. Ajoelhei-me e vomitei. eu definitivamente não estava muito bem hoje.

Quando meu estômago se acalmou, peguei um pouco de água entre minhas mãos e joguei em meu rosto. A água quente dali não fez o mesmo efeito que a água gelada teria feito, mas me ajudou a clarear um pouco a mente. Lavei a boca e já me sentindo melhor, voltei para a cozinha.

Aparentemente ninguém tinha percebido o que tinha acontecido, exceto Repy. Ela me olhou confusa quando apareci em ultimo na fila em frente ao fogão e eu balancei a cabeça, alegando estar tudo bem.

Eu não sei o que estava acontecendo, mas quanto mais eu olhava para o arroz, o feijão e o bife semi-cozido mais eu sentia meu estômago revirar. Decidi por fim pegar apenas um pouco de arroz e salada. Sentei-me e respirei fundo, apoiando minha cabeça nos cotovelos em cima da mesa. Jared sentou-se ao meu lado, denunciando sua presença ao me dar um beijo no rosto.

- Mel? – Chamou.

- Sim? – Perguntei, ainda com a cabeça abaixada.

- Está tudo bem?

- Uhum.

Levantei a cabeça e mesmo sem apetite nenhum, engoli uma garfada de arroz. Minha garganta estava travada, e quase engasguei, mas consegui fazer o alimento descer.

- Melanie, você tem certeza de que está bem? Você está um pouco pálida – Jared disse, franzindo as sobrancelhas.

- Sim, está tudo bem. Só estou sem fome – assegurei, mas ele não pareceu convencido.

- Então, o que Truddy disse sobre as alfaces? – Perguntei, mudando de assunto.

Começamos a conversar enquanto comíamos – ou melhor, enquanto ele comia. Desisti de tentar engolir alguma coisa e coloquei o garfo no prato, frustrada.

- Sunny, tem um pouco de pão? – Perguntei. Além de Jared e eu, ela era a única que estava ali. Todos já haviam almoçado ou estavam almoçando em outro lugar.

- Tem sim – Ela buscou no armário de madeira e me entregou metade de um pão velho. Tirei uma lasca e comecei a comer aos poucos.

- Você vai continuar na plantação? - Jared perguntou.

- Acho que sim. Ainda não decorei o novo horário que Jeb criou.

- Ok. Eu preciso ir, os panos e vassouras me esperam.

Eu ri e o beijei.

- Certo. Eu estou indo também.

Larguei o que sobrou do pão em cima da mesa e saímos da cozinha. Mais uma vez, aquela sensação de enjoo tomou conta de mim e me desvencilhei bruscamente da mão de Jared. Eu sabia que não daria tempo de chegar até a sala de banho, então me direcionei até a pia da cozinha, botando o pouco que comi para fora. Senti um par de mãos segurando meus cabelos, e a minha sorte foi ter chegado antes que Sunny colocasse a louça de molho. Respirei fundo e escorei minha testa com as mãos, aceitando automaticamente o copo de água que me fora oferecido. Bebi com calma e me virei, encontrando um Jared e uma Sunny preocupados.

- Eu estou bem – garanti – Foi só um mal estar. Acho que a comida não me caiu muito bem. – Tentei explicar.

- Você quase não comeu – Jared contestou.

- Vai ver foi por isso – Dei de ombros, me fazendo de desentendida.

- Isso aconteceu alguma outra vez ou essa foi a primeira? – Sunny perguntou.

- Foi a primeira – Menti. – Jared, avise o Jeb que eu termino amanha minha parte do trabalho, certo? Eu vou descansar um pouco... Acordei mal disposta hoje.

- Você quer que eu vá com você?

- Não precisa. Nos encontramos mais tarde. Eu estou bem, juro. É só uma indisposição.

Ele hesitou, mas por fim concordou comigo.

- Eu te acompanho até o quarto, então.

Assenti e seguimos de mãos dadas.

- Precisa de alguma coisa? – Perguntou, ao abrir a porta.

- Não – respondi e o beijei. – Pode ficar tranquilo. Eu só vou descansar um pouco.

- Está bem. Se precisar de mim mande alguém me chamar.

- Pode deixar. – Sorri e ele saiu.

Esperei que Jared desaparecesse nos corredores e cuidadosamente saí do quarto, andando em silencio. Eu precisava fazer algumas perguntas a Doc.

Assim que cheguei ao hospital, vi Doc entretido esterilizando algumas de suas ferramentas de trabalho. Bati na madeira que nos servia como porta e entrei.

- Oi Mel – Cumprimentou.

- Oi Doc, tudo bem?

- Tudo bem. A que devo a visita? Não está se sentindo mal, não é?

- Mais ou menos.

- Como assim? – Ele franziu a testa.

- Eu preciso te fazer algumas perguntas. Pode parecer meio cedo, porque na verdade eu também não tenho certeza, então é claro que eu posso estar errada, mas talvez esteja certa. Quer dizer, eu não estou dizendo que estou certa, eu preciso verificar antes, e é por isso que eu estou aqui, então...

- Melanie, respira! – Ele me interrompeu. – Eu não estou entendendo nada. O que aconteceu?

Respirei fundo.

- Doc, eu acho que eu estou grávida.

Um segundo depois um sorriso de ponta a ponta se abriu em seu rosto.

- Mel, isso é maravilhoso!

- Mas eu não tenho certeza.

- Me diga primeiro os sintomas. – Pediu.

- Já faz alguns dias que minha menstruação está atrasada. Isso nunca foi de muita importância para mim, pois meu ciclo sempre foi desregulado. Mas nunca atrasou tanto quanto nesse mês. Eu decidi ficar atenta, e aos poucos comecei a ter tonturas ao amanhecer e enjoos. Eu não consigo sentir o cheiro da comida sem que meu estômago revire...

Ele pareceu pensativo.

- Espera. – Disse. Doc correu até uma das gavetas e pegou um saquinho. – Faz tempo que eu tenho isso aqui, nem me lembrava mais... Tome. Vamos tirar logo essas duvidas.

Ele me entregou um teste de gravidez.

- Como você tem isso aqui, Doc?

- Há algum tempo atrás Peg trouxe junto com outros itens farmacêuticos. Não sei como ela sabia, mas se fez necessário.

Peg, sempre pensando em tudo...

- Eu já volto – Disse.

Saí quase que correndo para a sala de banhos.

Alguns minutos depois, consegui fazer o teste.

Deu positivo. Eu realmente estava grávida.


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Notas finais do capítulo

Melanie grávida o/
Será um menininho ou uma menininha? haha

Espero que tenham gostado!!

Beijoooooooooooooooossss!




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