Youre My Soul escrita por BiiaahOShea, CaahOShea


Capítulo 15
Enganados


Notas iniciais do capítulo

Olaaá amores!
Como vcs vão?
Estavamos morrendo de saudades!
Então, espero que todos tenham lido a MP. Mas ainda sim nos desculpamos pela demora. Bom, mas caprichamos bastante! Altas emoções como diz a Caah kkkkk
Ah, creditos a Caah por ter feito uma parte do capítulo! Ela fez a cena que vai até o primeiro pov da Peg.
Devo avisa-los que nesse capítulo terá muitas mudanças de povs, mas achei necessario para a emoção hehehehe
Agradecimentos super especiais a: Jmesquita, paulatays, Flávia, ThaiisOShea, Dorothy, LaisDias, allison, Luiza! Obrigaada! Amamos os coments!
Sem mais falatorios. hehe
Esperamos que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/154427/chapter/15

Corri até o corredor dos quartos, sentindo uma agitação familiar no estomago. Abri a porta com cuidado, não querendo acordar Ian com o ruído que ela fazia. Mas eu jamais pensei que me depararia com aquilo.

[...]

Algum tempo Antes...

POV. Fernanda:

Era hora de agir. A luz da lua penetrava pelas brechas do teto rochoso do meu quarto nas cavernas, iluminando o pequeno cilindro de vidro em minhas mãos. - Sabe que nada por dar errado dessa vez, não é? – Lucas murmurou atrás de mim. Eu assenti levemente e ele segurou meu braço me fazendo ficar de frente para ele. – Sabe o que vai acontecer se der errado, não sabe? Seremos expulsos e garanto que todos vão saber que você matou sua querida irmãzinha.

– Eu não a mateii! – Falei cerrando os olhos com força, tentando controlar minha voz. Não queria correr o risco que alguém nos ouvisse. As imagens daquele fatídico dia passavam em minha mente como um filme e eu podia sentir meu peito apertar.

– Tanto faz. Não me interessa – Ele disse dando de ombros.

Eu o olhei com cara de poucos amigos, sibilando um ‘’ Será que eu posso ir agora?!’’ Ele sorriu negando com a cabeça e meu puxando para mais perto dele, aproximando seus lábios dos meus, mas eu virei o rosto fazendo-o beijar apenas minha bochecha.

– Não está pensando em mudar de ideia, está? – Ele perguntou arqueando as sobrancelhas. Seus olhos brilhavam fortemente, febris, e o tom prateado dominava, pareciam faíscas que pareciam capazes de me ferir. Ferir com apenas um olhar.

– Eu não vou mudar de ideia. Eu sei o que eu quero e sei o que tenho que fazer para conseguir. – Falei seca tentando me afastar dele, guardando o cilindro de Dormir no bolso de minha jaqueta. Lucas sorriu segurando com força meu queixo, erguendo meu rosto para olhá-lo. Seus lábios pálidos escorregaram para o meu ouvido.

– Boa menina. – Ele disse com um sorriso cínico me fazendo revirar os olhos. – Agora vá, temos que aproveitar que todos estão dormindo.

Sorri involuntariamente. Era um plano praticamente infalível. Ian O’Shea hoje seria meu.

POV. Ian:

As cavernas estavam silenciosas, o sol ainda não havia nascido. Não havia ninguém perambulando pelos corredores rochosos, todos deviam estar dormindo em seus quartos.

Suspirei olhando para a garrafinha de água a minha frente, sobre o balcão. O liquido transparente e inodoro estava pela metade dentro da garrafa. Eu sentia minha garganta queimar pelo ar seco. Bom esse era um dos ‘’contras’’ de se viver numa Caverna. Eu ri com a linha dos meus pensamentos.

‘’ Histérico’’ minha mente completou. Eu estava ficando histérico. Há quanto tempo eu não tinha uma boa noite de sono? Há dois dias, quando Peg havia saído para a Incursão com Cal, eu não conseguia dormir direto, meu sono sempre era agitado. E o quarto parecia vazio demais sem ela. Eu não tinha o seu corpo para abraçar, sua respiração morna contra o meu rosto. Era tudo tão estranho sem Peg. Sem a minha Peg. Eu já não poderia imaginar um mundo em que ela não existisse.

– Noite agitada? – Uma voz feminina tilintada e forte ecoou ao meu lado. Virei meu rosto para encarar a morena parada ao meu lado, com as mãos na cintura e um sorriso que chegava a ser quase obsceno.

– O que faz aqui Fernanda? – Perguntei sério sentindo meus músculos enrijecerem. Eu não sei por que, mas não me sentia a vontade ao lado dela. Ela rolou os olhos sentando no banco ao meu lado.

– Nossa que ótima recepção, Ian! – Ela disse – Me desculpe por me preocupar com você... Só queria saber se estava bem. Eu vim beber um pouco de água e vi você aqui sozinho, só quis ajudar.

– Me desculpe, eu só... Estou um pouco nervoso. Só isso. – Respondi desviando os olhos. E agora, o que eu faria para me livrar daquela situação? Peg não iria gostar nada. Eu fechei os olhos e puxei todo o ar que podia. Eu realmente não estava no clima para conversas, não seria uma boa companhia.

– É por causa dela não é? – Ela perguntou – Está nervoso por causa de Peregrina?

– Sim – Confessei – Já faz quase três dias que eles saíram pra Incursão.

– Parece que nada será mesmo capaz se separá-los né? – Ela disse. Eu procurei algum resquício de maldade em sua voz ao pronunciar aquela frase, mas para minha surpresa não encontrei nenhum. Ela parecia mesmo estar sendo sincera – Eu sei que talvez esse não seja o momento certo, mas eu gostaria de me desculpar.

– Desculpar? – Perguntei arqueando as sobrancelhas.

– Sim – Ela disse esfregando as mãos uma da outra – Eu queria propor uma trégua. Por todo alvoroço que eu causei sabe. Todos vocês me receberam tão bem, e eu acabei dificultando as coisas entre você e Peregrina. Me sinto culpada.

– Eu... Realmente não sei o que falar. – Falei surpreso.

– Que tal que você me perdoa? – Ela disse estendendo a mão para mim em sinal rendição – E então, aceita a trégua? Eu a encarei incrédulo. Balancei a cabeça em negação, pensando se tinha escutado errado. O tempo congelou e só meu cérebro mexia suas roldanas.

Ela queria uma... Trégua? Minha mente parecia guerrear, como se uma batalha estivesse ocorrendo em minha mente. Minha mãe sempre me ensinara desde pequeno que deveríamos sempre dar uma segunda chance.

Isso aconteceu entre mim e Peg. No começo, quando ela chegara aqui no corpo da Mel, eu a odiei com todas as forças, eu queria vê-la morta a todo custo. Mas depois de muito pensar, eu passei a me sentir culpado por tê-la machucado. Afinal ela tão inocente quanto Mel em toda a história. E graças a isso, graças a essa segunda chance eu me permiti amá-la com todas as forças. Mas com Fernanda era diferente. E se ela estivesse blefando? Eu nunca saberia. E por mais que eu detestasse admitir, eu tinha que concordar com Peg, eu sentia que havia algo errado com Fernanda, algo nela não se encaixava. Talvez fosse a forma com que seus olhos castanhos chegavam a se tornar nublados como a noite quando ela me olhava. Me dava arrepios.

– E então? – Soou a voz de Fernanda me tirando dos meus devaneios. Pisquei algumas vezes atordoado e só então percebi que ela ainda permanecia com a mão estendida. Suspirei, cansado.

– Tudo bem. Trégua concedida – Falei apertando nossas mãos, selando nosso acordo. - Mas você terá de conversar com Peg também, pedir desculpas a ela.

– Claro – Ela disse sorrindo. – E Ian, muito obrigado mesmo por ter me dado essa segunda chance.

– Sem problemas. – Falei dando de ombros. Afinal que sou era pra julgar alguém? Somente Deus tem esse poder, certo?

– Obrigada – Ela disse se debruçando sobre mim e dando-me um beijo na bochecha. Antes mesmo que eu processar, a mão de Fernanda esbarrou na garrafinha de água, que tinha a tampa aberta, e o líquido derramou em sua blusa, encharcando-a. Fiquei constrangido ao perceber o efeito que causara. A blusa fina de Fernanda se tornara praticamente transparente, mostrando seu sutiã preto de renda. Desviei o olhar imediatamente, fitando o chão de pedra.

– Oh droga! – Ela reclamou – Que desastrada eu sou, você se molhou?

– Não, está tudo bem. - Falei me abaixando para pegar a garrafa no chão. E então foi tudo tão rápido que eu não tive tempo de reagir. Assim que eu levantei o rosto senti uma nevoa que vinha sobre meu rosto. E eu a inalei. Uma nuvem prateada com sabor de cereja.

– O que? ... - Eu quero perguntar, mas as palavras pareciam presas em minha garganta. Minhas pernas pareciam gelatina, instáveis e por mais que eu lutasse não conseguia me manter em pé. Minha mente estava confusa era como se eu estivesse bêbado ou algo do tipo. - Fica calmo Ian... Vai ficar tudo bem. – Foi à última coisa que eu consegui ouvir e aos poucos tudo foi se tornado escuro.

POV. Peg:

Corri até o corredor dos quartos, sentindo uma agitação familiar no estomago. Abri a porta com cuidado, não querendo acordar Ian com o ruído que ela fazia. Mas eu jamais pensei que me depararia com aquilo.

Senti meu estomago embrulhar, nauseadamente. Meus olhos pareciam não querer acreditar no que estava vendo. Não! Aquilo só poderia ser um pesadelo... Um pesadelo! Fechei os olhos novamente, abrindo-os rapidamente para ver se a visão mudava, mas não. Então não era um pesadelo. Senti meus joelhos fraquejarem. Eu queria correr, mas minhas pernas estavam irrevogavelmente decididas a ficar e assistir a cena. Meu queixo caiu, assim como o meu mundo. Ian dormia profundamente em nossa cama, mas ele não estava sozinho. Ele tinha companhia. Eu podia identificar facilmente duas formas emboladas entre os lençóis revirados. Roupas estavam espalhadas e reviradas pelo quarto. Senti meu rosto esquentar ao perceber que Ian estava coberto com apenas um lençol fino até a cintura, deixando seu tórax exposto. Era intimidade demais...

A mulher ao seu lado se mexeu inquieta abrindo os olhos devagar e eu prendi o ar estupefata. Escorei-me na porta sentindo tudo em minha volta girar em 365 graus. Era... Era Fernanda!

– Peg? – Ela praticamente gritou ao me ver no quarto, apertando o lençol ao redor do corpo. Entre lágrimas e soluços Ian acabou acordando, percebendo a minha presença. Seus olhos piscaram devagar, se acostumando com a claridade e se focaram em mim. Ele balançou a cabeça em negação. Ele deu um pulo da cama assustado, olhando tudo em sua volta, e seus olhos vagaram das peças de roupas no chão, depois para Fernanda, e por fim no meu rosto molhado pelo choro.

– Vou deixá-los a sós. – Falei irônica com voz embargada. Naquele momento, eu só queria sumir.

POV IAN

Eu não sabia o que tinha acontecido na noite anterior. Simplesmente não conseguia lembrar de nada. Minha cabeça latejava.

Despertei com um barulho de choro e abri meus olhos, piscando por causa da claridade.

Então eu a vi. Peg, na soleira da porta, me encarando, os olhos molhados. O que...

Vi de relance alguém se mexer ao meu lado, e pulei para fora da cama quando percebi que era Fernanda, coberta por apenas um pedaço do lençol. Vaguei meus olhos pelo quarto, vendo minhas roupas espalhadas pelo chão junto com as dela, como se... Virei-me aturdido para Fernanda, e depois para Peg. Mas que diabos...?

– Vou deixá-los a sós – Peg falou irônica, lançando-me um olhar de pura repulsa antes de sair correndo.

– Peg! – Minha primeira reação foi gritar seu nome e me sentir desesperado a ir atrás dela, mas a voz de Fernanda me chamou a atenção.

– Não adianta, Ian. Não vá atrás dela. Sabe que Peg não acreditará em nada que disser. Ela nos viu com os próprios olhos. Eu sinto muito; a noite passada foi um erro – Ela disse enxugando as lagrimas que caíam pelo seu rosto.

– O que? Espera aí, não aconteceu nada na noite passada. Não pode ter acontecido.

Por mais que eu soubesse que jamais seria capaz de trair Peg eu estava confuso. O que significava tudo aquilo? As roupas, o lençol... Fernanda na minha cama. Eu me sentia preso em um pesadelo.

– É claro que aconteceu, Ian. Eu não devia... Não podia ter feito isso. Não com você.

– Nós não fizemos nada – Disse com os dentes trincados – É algum engano. Só pode ser.

Andei até a gaveta e me vesti as pressas, colocando um shorts.

Fernanda levantou e apanhou suas roupas do chão, juntando-as no braço.

– Ela nunca mais vai querer falar com você. – Constatou.

Mas é claro. Fernanda, olha de quem estávamos falando. Ela era suja; poderia muito bem ter armado tudo isso. Quando dei por mim estava com uma mão em seu pescoço, comprimindo-a contra a parede.

– Como você fez isso?

– Fiz o que? – Ela disse estrangulada.

– Como armou tudo isso? Eu sei que não dormi com você.

– Ian, me solta! Está me machucando.

Diminui a pressão dos dedos, encostando minha testa na rocha fria. Minha cabeça estava a ponto de explodir; a dor era quase insuportável.

Deixei-me cair na cama e fechei os olhos, pressionando minha têmpora com os dedos. Quando os abri novamente Fernanda já estava vestida e me encarava.

Eu precisava falar com Peg. Precisava que ela me ouvisse.

Abotoei o meu shorts e saí em disparada pelos corredores da caverna.

POV PEG

Aquela imagem se repetia milhares de vezes na minha cabeça, como uma provocação. Como que para me fazer ter certeza do que acontecera ali.

As lagrimas caiam sem minha permissão enquanto eu tentava ao máximo segurar o choro, dizendo a mim mesma que de nada adiantaria chorar. Meus olhos estavam totalmente embaçados; tudo o que eu enxergava eram as formas indistintas das paredes da caverna enquanto corria em direção a sala de banhos.

Ajoelhei-me perto da borda do rio e vomitei tudo que tinha comido mais cedo. E deixei-me cair sentada no chão, perdida no escuro daquela sala.

– Peg? Peg onde você está? – Cal chamou – Eu te vi correndo, o que aconteceu? Onde você está?

– Cal! – Gritei.

– Peg, cadê você?

– Aqui – falei inutilmente.

Senti braços encostando-se a minha pele e me erguendo de onde eu estava.

– O que aconteceu, Peg?

– Só me tire daqui, Cal. Por favor, me leve para longe daqui. – Implorei.

Ele envolveu meus ombros com uma mão e saímos dali. Ele me levou até um bloco de pedra, para fora da caverna, onde sentamos.

– O que aconteceu, Peg?

Balancei a cabeça em negação, sem conseguir dizer nada.

Cal me trouxe mais para junto de si e me abraçou. E era tudo o que eu poderia querer naquele momento. O abraço de um amigo.

POV LUCAS

Há essa hora Fernanda provavelmente já havia sido descoberta. E finalmente eu poderia desfrutar de umas boas horas sentado sem pensar em nada, apenas com uma xícara de café na companhia do silencio. Tudo seguira como o planejado, sem nenhum erro e eu havia me certificado de que era a noite certa para prosseguirmos. Certamente não há duvidas.

– Ai, finalmente. – Fernanda irrompeu da porta, batendo-a em seguida. – Já não agüentava mais essa ceninha ridícula de drama.

Levantei-me.

– E então?

Ela deu um sorriso sádico.

– Mais do que bem. Tudo saiu exatamente do jeito que você queria. A alminha bobinha certamente ficou chocada ao ver que eu roubei o namorado dela.

– E ele não desconfiou de nada?

Fernanda bufou.

– É claro que o Ian acha que é tudo armação e que eu fiz alguma coisa para prejudicá-lo, mas não ele não tem como provar nada. E só mais um pouco de atuação de minha parte e ele acreditará que caiu em tentação. Por sorte a dose de Dormir foi forte o suficiente para fazê-lo esquecer de ontem.

Lembrei-me de como tudo tinha sido fácil. Fingir estar arrependida e flertar com Ian ao mesmo tempo foi incrivelmente simples. E tudo ficou ainda melhor quando o levamos para o quarto. Só de lembrar na bagunça que fizemos propositalmente me da crise de risos.

– Você é majestosa, Fernanda. Deveria ter sido atriz antes da invasão, não? – Ri alto – Em breve ela será minha. minha. E será ótimo ver o humano sofrer por algo que me pertence.

Fernanda riu.

– Sonha. Não vai ser tão fácil ter a Peregrina.

– Acha que eu não sei? Mas nada é impossível, minha cara.

– Meu segredo está seguro com você?

Sorri. – mas é claro que está. Dou-lhe minha palavra de que ele ficará trancado a chaves.

– Perfeito.

– E é aí que você se engana – Disse – Está mais que perfeito. Quando é que podemos fazer uma visitinha para o Jeb?

POV IAN

Eu havia procurado Peg em todos os lugares e cantos da caverna. O carro continuava na garagem, então ela não podia ter saído. A preocupação me consumia mais a cada segundo que se passava sem noticias dela.

Em breve as pessoas começariam a acordar e sabia que não só ficaria mais difícil de encontrar Peg como também elas pediriam explicações.

Vamos Ian, você tem de encontrá-la... Peg precisa saber da verdade.

– Ian, está tudo bem? – Uma voz perguntou atrás de mim.

Virei-me. Era Jared.

– Por favor, diga que você viu a Peg.

– Peg? Ela e Cal já voltaram?

Coloquei a mão na testa e percebi que estava suando. Mas é claro que ele não a tinha visto. Sequer sabia sobre seu retorno.

– Ian o que houve? Por que você está tão desesperado?

– Eu não posso contar agora, Jared. Só me ajude a acha-la.

– E por que está procurando Peregrina? Ian, me conte oque está acontecendo.

Suspirei. Eu sabia que podia confiar em Jared, e que minha cabeça estava quase explodindo com toda essa historia, mas ainda sim a aflição por não saber onde ela estava era grande demais.

– Quando Peg chegou – comecei, sussurrando – Ela foi direto para nosso quarto. Só que a Fernanda estava lá.

Jared quase engasgou.

– O que? – Gritou. Lancei um olhar que o fez abaixar o tom no mesmo segundo – Você... Você dormiu com a Fernanda? – Pela sua expressão percebi que estava a ponto de levar uma surra.

– Não! É claro que não! Eu nunca teria coragem de fazer isso com a Peg, pelo amor de Deus, jared. Mas pelo visto não é isso que ela pensa de mim.

– Espera um pouco. Eu não estou entendendo nada.

– Olha – Olhei para o lado me certificando de que ninguém nos ouviria – Eu não sei como isso aconteceu. Não tenho a menor idéia do que a Fernanda aprontou dessa vez, mas quando eu acordei ela simplesmente estava na minha cama. E eu vou descobrir quem tramou essa história. Mas agora eu só estou preocupado com a Peg e preciso encontrá-la.

– Estou me segurando para não te dar uma surra agora mesmo, O’Shea.

– O que? Você não acredita em mim, não é mesmo? – Dei uma risada rancorosa. – Eu não sou esse tipo de homem, Jared. Achei que poderia contar com você, mas já vi que não.

Dei as costas e antes que pudesse andar ele disse:

– Droga Ian, não é porque eu não acredito em você! E sim porque você se deixou levar por aquela vadia. Ela não presta. Não acredito que foi tão estúpido a ponto de deixá-la manipula-lo do jeito que quer.

– Isso não está ajudando – Murmurei encostando minha cabeça na pedra fria.

– Mas é a verdade, e eu sinto em dize-la. Sabe o que acontecerá agora, não sabe? Pode não passar de uma armação, mas não é isso que Peg está pensando agora.

– Eu sei. Por isso que estou tão desesperado para falar com ela.

– Estamos esperando o que então? Vamos encontra-la, Ian.

Assenti com a cabeça e fomos.

POV MELANIE

Eu ainda estava dormindo quando alguém bateu na porta do quarto. Tinha esperanças de que Jared já estivesse acordado e a abrisse, mas quando passei as mãos pelo lençol não havia ninguém. E as batidas continuaram ininterruptamente.

– Quem é? – Murmurei lutando contra a vontade de voltar para a cama.

– Melanie, sou eu. Cal.

Cal? Mas que diabos ele queria a essa hora da manha?

Abri a porta o suficiente para que pudesse vê-lo.

– Mel, me desculpa por tê-la acordado, mas preciso muito da sua ajuda. Quero dizer, na verdade não sou eu, mas Peg.

– Peg? Ela está bem? Cal, porque ela não veio aqui pessoalmente?

– Calma, ela está bem fisicamente.

– O quer dizer com fisicamente?

– Ela precisa de você, Melanie. É tudo que posso adiantar por enquanto.

– Me de um minuto. Já estou indo.

Fechei a porta e me vesti as pressas. Quando terminei, Cal ainda me esperava do lado de fora.

– Vamos. – Ele disse e me levou para fora da caverna. O sol, por mais que estivesse baixo, me fez fechar um pouco os olhos.

– O que estamos fazendo? – Perguntei enquanto subíamos em pedras que formavam a parte de cima da caverna.

– Mel? – Ouvi Peg dizer. Em pouco tempo cheguei até onde ela estava.

– Ela está melhor agora. Ela estava histérica. – Cal avisou e eu segui para vê-la.

– Peg o que houve? – Disse apreensiva.

Ela somente se levantou e me abraçou. Podia ouvi-la fungar, tentando segurar o choro.

– Peg...

Fiz com que ela se sentasse e coloquei suas mãos entre as minhas. Cal não estava mais presente; provavelmente tinha descido para nos dar privacidade.

– Por que você está assim?

– Eu não acredito que ele foi capaz de fazer isso, Mel. Eu nunca imaginei que ele o fizesse...

– Ele quem? Peg, do que você está falando? – As lagrimas rolavam pelo seu rosto.

– Eu peguei o Ian junto com a Fernanda no nosso quarto.

– Como assim? Você quer dizer... – Ela assentiu – Ah meu Deus. Eu não posso acreditar, Peg.

– Eu nunca desconfiei dele, Melanie. Nem por um segundo em pensamento. Depois de todas as vezes que ele disse que me amava... Por que ele tinha que ter feito isso?

– Você tem certeza?

– Eu os vi, Mel. E ele ainda teve a coragem de fingir que não sabia o que tinha acontecido.

– Peg, eu sinceramente não sei o que dizer. Estou chocada.

– Não diga nada, só fique aqui comigo, por favor. – Pediu ela.

– Eu vou ficar minha irmã, eu vou ficar. – Prometi e repousei meu queixo em sua cabeça enquanto ela deitava em meu braço.

[...]

Aparentemente – e por sorte – ninguém sabia da história. Cal estava se mantendo longe por enquanto para que ninguém saiba sobre o seu retorno e eu estava sendo cuidadosa com minhas palavras quando me perguntavam aonde eu tinha ido.

Pelo visto aqui era pior que cidade pequena. Ri internamente com esse pensamento.

Mas nesse instante eu só tinha uma prioridade que era conversar com uma pessoa. Ou melhor, com duas, sendo que a segunda provavelmente estaria envolvida, já que não deu as caras até então.

Levou tempo para encontra-los, mas quando finalmente os vi, não hesitei em saber o que queria.

– Eu quero que me conte exatamente tudo que aconteceu. Agora.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que complicação née
Tadinha do nosso casal...
Eeentãao, para compensar o tamanho do capítulo, que tal um mega review? hahahaha
Capítulo que vem eu posso adiantar que terá uma conversinha entre o Ian e a Peg. E aí, quem ficou ansioso (a)? kk
Vcs acharam que ficou confuso com mtos povs? Pq assim podemos melhorar os proximos capítulos ;D
E leitores fantasminhas, imploramos que apareçam! Queremos conhece-los!
Um beiiiijo a todos!!