Fome Insaciável escrita por Shadow


Capítulo 9
Get out Alive


Notas iniciais do capítulo

Capitulo fora parte....
Ja vou logo avisando esse capitulo ta meio (muito) estranho....é um pouco (d+) ruim.
Mas por favor perdoem essa pobre criança sem inspiração....
Só to postando pra não deixar vcs na mão (mais do q ja tavam).
E sim ele ta incompleto.....



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Meu medo


Por um instante o medo toma conta de mim

E eu tento correr, fugir, em vão..!!!

Minha mente ordena que minhas pernas dêem longos passos

Mas meu corpo parece não querer responder,

Então eu tento ignorar as evidências do que me persegue e me pertuba,

Mas mesmo assim eu ainda tenho o medo..

Tão frágil, tão pequeno,

Assim eu sou..!!!

O frio na barriga talvez indique algo,

Talvez indique a ansiedade,

Talvez indique que você está perto,

Eu não sei, eu não posso saber,

Meus passos não fluem, o meu corpo não sai do lugar,

E por mais que eu me esconda de mim,

Eu ainda sinto o medo

http://sitedepoesias.com/poesias/17057

O que é o medo?

O medo é um sentimento que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. Pavor é a ênfase do medo.

O medo pode provocar reações físicas como descarga de adrenalina, aceleração cardíaca e tremor. Pode provocar atenção exagerada a tudo que ocorre ao redor, depressão, pânico, etc.

Medo é uma reação obtida a partir do contato com algum estímulo físico ou mental (interpretação, imaginação, crença) que gera uma resposta de alerta no organismo. Esta reação inicial dispara uma resposta fisiológica no organismo que libera hormônios do estresse (adrenalina, cortisol) preparando o indivíduo para lutar ou fugir.

A resposta anterior ao medo é conhecida por ansiedade. Na ansiedade o indivíduo teme antecipadamente o encontro com a situação ou objeto que lhe causa medo. Sendo assim, é possível se traçar uma escala de graus de medo, no qual, o máximo seria o pavor e, o mínimo, uma leve ansiedade.

Sul da Geórgia

Vernonburg a 15 km de Garden City

P.O.V Desconhecido

Os trovões enchiam o ar da noite, eram como leões rugindo em busca de carne fresca e sangue, clarões repentinos iluminavam o caminho escuro e sombrio, mas ainda assim não afastavam os braços gélidos que nos envolviam em um abraço fatal que o anjo chamado morte nos proporcionava alegremente.

A cada curva de um corredor qualquer, nossos corações batiam angustiados com a ameaça iminente e oculta em trevas, as marteladas frenéticas e urgentes eram como algum tipo de relógio que corria adiantado, a cada batida estávamos cada vez mais próximos de nosso inevitável e trágico fim.

Os corredores vazios eram óbvios avisos de mau agouro, eles cheiravam a pólvora, sangue e vomito, toda vez que cruzávamos um em vez de alivio a tensão aumentava quase que palpavelmente.

Somente uma coisa nos impulsionava a seguir em frente eu gostaria de dizer que poderia ser uma gota mínima de coragem em um oceano de pavor, mas de alguma forma era o medo que nos sustentava, era o medo que nos mandava seguir em frente era ele que inegável e incrivelmente nos mantinha vivos. Pelo menos até agora, mas o medo passou de leal amigo para assassino cruel querendo arrancar a esperança de nossos corações e a vida de nossos corpos frágeis e cansados.

Suor se misturava com a água da chuva que nos empapava as roupas, o mínimo barulho assustava-nos como ratinhos fugindo de um gato feroz.

 Nossos passos marcavam o ritmo de uma canção funesta feita somente para nós. Agora estávamos tão próximos da liberdade quanto da morte. O céu escuro envolto por nuvens cada vez mais carregadas e espessas dava a cena aterrorizante um toque refinado de opressão. Podíamos ouvir os inimigos se aproximando em sua marcha torpe e desigual, eles não precisavam descansar ao contrario de nós que já estávamos cansados e com o ar faltando em nossos pulmões.

Meu corpo tremia de medo e frio, o pequeno ser ao meu lado tentava conter as lagrimas que teimavam em querer cair em uma torrente irrefreável de desespero.

“Vamos ficar bem” “Tudo dará certo”, eu tentava convencer a mim mesma apesar de que em meu intimo a verdade se mostrava imutável e irrevogavelmente cruel, eu só queria ao menos uma única chance que fosse para poder salvar nossas vidas ou ao menos a vida de minha pequena filha, mas tudo eu vão eu sabia.

Mas ainda sim não me deixaria apanhar ao menos que fosse restritamente necessário, contudo eu me sentia tremendamente derrotada como se me faltasse o chão e caísse num abismo profundo e solitário, e não mais me levantasse.

Era um conto de terror com um final macabro, éramos inimigos travando uma guerra sem vencedores, dois lados dos mesmos lutadores e, no entanto inimigos naturais. O frio aumentava gradativamente chegava a congelar os ossos, meus cabelos ensopados davam dolorosas chicotadas em minha face. Havia chegado à hora, era matar ou morrer. A escolha estava em minhas mãos e a agora era o momento da decisão, matar ou morrer?

Eu não saberia dizer se conseguiria matar alguém ainda que fosse alguém cuja alma não mais habita em seu corpo, mas talvez houvesse uma pequena chance de conseguir essa brutalidade.

Minha filha tentava manter-se forte apesar de ainda ser praticamente um bebe pelo menos para mim, estávamos fugindo dessas criaturas a mais de 12 horas ininterruptas, pode parecer loucura mais era a verdade. Não parávamos para comer, beber, dormir ou tomar banho, simplesmente por que não havia um lugar seguro nesse inferno.

O cansaço se tornava cada vez mais insuportável, finalmente eu tomara uma decisão, escolhi matar e se for inevitável eu irei morrer também, farei de tudo para que ao menos Penélope sobreviva. Virei à esquerda em um corredor razoavelmente seguro, avistei uma porta no fim do corredor olhei em volta para as outras portas do mesmo, dentre todas as outras a porta nº 320 era a que mais me passava à impressão de que atrás dela não havia perigo, corri ate ela e entrei, conforme imaginei a sala estava vazia e diferente das outras estava limpa e arrumada como se a loucura do mundo do lado de fora do nº 320 nunca tivesse existido, abaixei-me em frente da minha pequenina, lhe afaguei os cabelos e depositei um beijo em sua testa, seria a ultima vez que veria seu rosto angelical.

-Querida a mamãe tem que fazer uma coisa. Para isso quero que você corra para o mais longe possível e o mais rápido que puder esta bem?

-Mas mamãe eu tenho medo!

-Não tenha minha pequena, mamãe sempre ira lhe proteger...

-Mas se você sempre ira me proteger, por que esta me deixando? É por causa do papai? Foi porque a culpa dele ter morrido é minha? – perguntou me interrompendo.

Suas palavras inocentes e angustiadas me cortaram o coração como navalhas mergulhadas em acido, seus olhinhos marejados me encaravam num pedido mudo de perdão. Perdão do qual ela nunca precisou merecer sempre fora inocente e sempre será minha criança que mais parece um mini adulto, agora derramava as lagrimas que tanto lutou para não derramar, provavelmente entendendo meu silencio de maneira errônea.

-Bebe você não tem culpa a morte do seu pai foi algo inevitável. Agora me escute, eu só vou deixá-la ir sozinha por que se fossemos juntas haveria pouca probabilidade de qualquer uma de nós chegarmos vivas ao portão.

-Mamãe, por favor, não me deixa. – implorou.

Os passos estavam começando a ficar perigosamente próximos, em menos de um minuto eles nos alcançariam e seriamos dizimadas e serviríamos apenas de alimento para esses cadáveres podres e esfomeados.

As batidas começaram e foram aumentando conforme os mortos iam chegando, as dobradiças tremiam sob a força grupal dos canibais, ela não iria suportar por muito tempo, forcei as palavras a saírem de minha boca, mas simplesmente elas ficaram ali entaladas em minha garganta e presas em um nó apertado.

Os gemidos mórbidos das criaturas a trás da porta se tornavam cada vez mais insuportáveis aos ouvidos, insegurança tomou conta de mim, eu havia nos trancado naquela sala, eu havia nos deixado vulneráveis, e agora não só eu como minha filha também morreria.

-Mamãe! – minha garotinha gritou amedrontada.

P.O.V 3ª pessoa

Aos urros e murros dos mortos-vivos a porta do nº 320 cedeu com um barulho alto e agourento e um impacto pesado logo em seguida os mortos começaram a adentrar a sala.  A mulher e a filha estavam acuadas entre a janela do quinto andar e o aglomerado de carne podre ambulante, um segundo de hesitação era o que elas necessitavam, e foi o que conseguiram, os mortos estavam surpresos e distraídos com a leve nuvem de poeira levantada por eles e a luminosidade ofuscante da sala branca.

A mulher agarrou firme a criança e correu empurrando os seres putrefatos de seu caminho, lentamente os mortos começaram a se “lembrar o porquê de entrarem ali”, rosnando e babando começaram a se mover, alguns eram rápidos outros eram lentos e tinha também os incapacitados, já que quando eram vivos ou tentaram escapar do que se tornaram e acabaram se quebrando pelo meio do caminho ou suas vitimas tentaram se defender lhes quebrando os ossos.

A mulher empregava mais intensidade a velocidade de sua corrida a cada passo dado por ela os zumbis se aproximavam, os corredores claustrofóbicos iam se unindo em um só como uma grande teia de aranha de onde os mortos iam se unindo com seus iguais

Já não havia para onde fugir, estavam cercadas e iriam morrer a tentativa da mulher para salvar sua filha foi inútil assim como ela supôs. O paredão de defuntos se fechava em torno delas.

Continua...............


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Notas finais do capítulo

Desculpem os erros e repetições......
E eu sei, demorei muito é so postei isso..... enfim...não tenho o q falar...
Mas deixem reviews!!!!