Coalescência escrita por Lany


Capítulo 11
Sentimentos Em Conflitos


Notas iniciais do capítulo

To de volta!!! E dassa vez sem atrasos ou demoras disposta a postar um cap por semana como sempre.
Esse capítulo vai dedicado a duas super leitoras a Nyh_Cah que a insistência e compreensão me motivaram a continuar e a Nay-Adry Obrigado pela recomendação querida. Fico feliz em ver que está gostando.
Boa Leitura a Todas



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/154227/chapter/11

Adentrei o refeitório ao som das lamentações constantes de Kathy.

-Sinto muito Alice! Sinto muito mesmo. –Disse ela pelo o que me parecia ser a milésima vez.

 O motivo disso? Meu carro continua na oficina e Kathy ofereceu-me uma carona, no entanto hoje ela tem aula estra de química e iria sair bem mais tarde que o previsto.

-Sem problemas, eu pego um ônibus. Dou o meu jeito. –Afirmei tentando calcular mentalmente a distancia do ponto de ônibus mais próximo.

Peguei uma bandeja observando Kathy encher a dela com frutas, um pedaço de torta e uma caixa de leite.

-Nada disso, vou pedir a Andrew para lhe levar para...

-Nem pense nisso! –Cortei-a rapidamente recebendo um alhar questionador.

-Andrew pode ser bem insistente não é? –Conclui-o ela com um sorriso cumplice moldando seus lábios.

Assenti, prestes a mudar de assunto quando Jasper roubou toda a atenção.

-Olá. –Foi o que ele disse para meu coração pular descompassadamente.

Kathy acenou sorrindo abobada com o comprimento, passou por mim esbarrando em meu ombro e piscando em seguida. Ok, isso foi no mínimo muito constrangedor.

-Vai comer apenas isso? –Perguntou com as sobrancelhas erguidas gesticulando para a maçã em minha bandeja.

 Soltei o ar tentando acalmar as batidas frenéticas de meu coração. Verifiquei o escudo apenas por abito, pois a proteção em volta de meu corpo se tornou uma segunda pele.

-Não. –Disse-lhe já pegando uma garrafa de suco.

 As mãos de Jasper foram rápidas em colocar, um pedaço de bolo, uma fatia de pizza, duas sobremesas de chocolate e um mousse de maracujá sobre a superfície plana que sustentava.

-Espero que isso seja pra você!

-Precisamos conversar. –Sussurrou ele livrando-me do peso e nos guiando para uma mesa mais afastada. Afastada da mesa daqueles que eu começava a chamar de amigos, afastada da mesa de sua família.

Mordi o lábio inferior insegura, tentando ao máximo bloquear os vislumbres -de um futuro próximo. - Jasper era diferente e eu não sabia se isso era bom ou ruim, no entanto os gritos de alerta que meu cérebro mandava, sinceramente me assustava.

 Ele pôs a bandeja no centro da mesa, afastou uma das cadeiras esperado que me acomodasse. Sentei o observando fazer o mesmo. Ficamos cara a cara, a aproximação fez os pelos de meus braços eriçarem.

Abrir a boca pronta para despejar minhas perguntas no mesmo momento em que o sorriso singular de Jasper arrancou suspiros de praticamente todas as garotas no refeitório e me fez perder completamente o foco.

Droga. Detesto esse efeito que ele tem sobre mim.

-Por que me surpreendo em vê-la hoje? –Jasper empurrou o pedaço de bolo em minha direção.

-Realmente é algo extremamente complicado, mas, eu tento frequentar a escola os cinco dias necessários. –Fui um tanto quanto sarcástica, confesso que não foi propositalmente. Dei uma pequena mordida no bolo a minha frente, na tentativa de me manter calada.

-Você precisa de repouso, exatamente quinze dias!

Larguei a garrafa de suco jogando as mãos para cima.

-Eu repousei!

-Algumas horas? –Brincou ele.

-Pouco mais que isso. –E mais uma vez o louro me presenteou com um sorriso que me deixou sem folego.

-Adoro quando você faz isso. –A língua chutou as palavras antes que elas chegassem ao cérebro e fossem editadas ou até mesmo aniquiladas.

-Faço o que?

-Sorri desse jeito.

-É fácil quando estou com você!

 Sentir todo o sangue de meu corpo se concentrar em meu rosto. Porque as coisas não poderiam ser mais fáceis?

-E complicado.

-Muito.

-Você é diferente.

-Assim como você Alice.

 Ele estava certo! Ambos tínhamos segredos e nenhum de nós dois estávamos dispostos a dar o primeiro passo a revela-los.

-No dia em que passei mal –Fiz uma pausa observando e sentindo o clima pesar, a atmosfera que nos cercava ficou tensa. Jasper assentiu, incentivando-me a continuar. -Você não parecia disposto a me ajudar, eu apostaria que você sairia correndo na primeira oportunidade, sem hesitar.

-E mais uma vez, é complicado!

 Rolei os olhos demostrando descrença, sem a menor vontade de esconder a indignação.

-Por esse motivo, gostaria de lhe perguntar se tem planos para sábado a noite! –Conclui-o ele, deixando-me completamente confusa e atordoada. Demorei alguns segundos para processar as palavras que pairava sobre nossa mesa.

-Você está me convidado para sair? –Apoiei os cotovelos sobre a mesa, deixando o queixo cair sobre os dedos cruzados.

-E se for? –Jasper recostou-se na cadeira um tanto quanto relaxando. Tentando por seriedade na pergunta que sairá em um tom brincalhão. –Com toda certeza ele deveria usar esse tom mais vezes.

-Sinto muito! Não saio com estranhos. –Ergui as sobrancelhas esforçando-me para no rir. O sinal tocou.

Jasper levantou preguiçosamente, os olhos fixos em mim. Humedeceu os lábios e abaixou, sua boca perigosamente próxima a minha orelha e enfim sussurrou fazendo meu coração parar por meio segundo.

-Sorte sua que eu saio! Lhe pego as oito.

*_*_*_*

Sorte sua que eu saio... As palavras tamborilavam em meu cérebro e aquilo me fazia sentir incoerentemente bem.

  Meus pés deslizavam em uma lentidão exagerada a caminho da parada de ônibus mais próxima quando um Fiat Spazio –Se não me engano –Parou abruptamente, encarrei o automóvel com cores que variavam entre vários tom de azul e ferrugem. O carro deveria está em ótimo estado e até ser considerado o carro do ano a umas cinco seis décadas atrás.

A janela foi abaixando lentamente, e a figura que dirigia passou a tomar forma.

-Seth! –Exclamei sorrindo abertamente.

-Carona? –Nem cheguei a pensar duas vezes. Adentrei o carro apertando o sinto de segurança. –Eu sei, nem precisa agradecer. Você não seria nada sem mim. –Suspirou ele teatralmente o que arrancou gargalhadas de ambas as partes.

 Vinte e cinco minutos depois o Fiat estacionou na entrada de casa. Saímos do carro batendo as portas em sincronia.

-Está entregue! –Seth murmurou depositando um beijo em minha testa. –Se precisar do motorista aqui, é só ligar.

-Não quer entrar? Está com fome? Liz deve ter deixando alguma coisa pronta.

Seth alisou a barriga sobre a camiseta surrada.

-Ok. Entra. –Gesticulei para a porta aberta.

Adentrei a casa rumo a cozinha. Vasculhei os armários em busca de mantimentos... nada pronto, passei os olhos pela geladeira estava prestes a pegar o necessário para fazer sanduiches quando Seth gritou:

-Tem lasanha no forno!

 Ele ainda não havia chegado no cômodo –Continuava na sala – provavelmente se familiarizando ao ambiente, vasculhando e observando minuciosamente o lugar,  sentindo-se extremamente a vontade em um lugar que nunca esteve antes, esse é meu amigo.

 Abrir o forno e lá se encontrava uma enorme travessa de vidro. Minha boca encheu-se d´agua com o cheiro que inalava.

-Pensei que a vidente fosse eu!

-Não sou vidente, mas, sei lê. –Seth entrou na brincadeira entregando-me um pedaço de papel preso entre seus dedos.

 Era um bilhete de Liz, ela havia indo em Port Angeles fazer compras e buscar meu bebê –Sentir meus olhos brilharem –Era isso mesmo? Meu Porsche estava prestes a voltar?

-Parece que minha carreira de motorista acabou mais cedo do que eu imaginava. –Sibilou Seth tirando a travessa com lasanha e depositando-a sobre o balcão da cozinha.

 O bilhete terminava com um Ps: Tem lasanha no forno.

-Hey! –Gritei tentado impedir Seth de “Furar” a lasanha com uma colher de pau.

-O que?

-Tem pratos no armário.  –Ele fez bico encarando-me com uma cara de cachorro pidão, engoli o riso.

-Armário! –Repetir o contrariando.

 Quinze minutos depois eu não aguentava mais nem o menor pedaço que pudesse restar, ao contrario de me, Seth continuava raspando a travessa com o garfo.

-Eu lavo e você enxuga? –Propôs ele com o talher entre os lábios.

 Assenti.

Não demorou muito para lavarmos a pouca louça que havíamos usado. Seth lavou as mãos espirrando água em mim. Meus olhos arregalaram-se indignada. Molhei o pano em minhas mãos e o arremessei contra seu rosto, gargalhei sentindo-me vitoriosa.

 Seth sorrio juntando as mãos em concha para acumular o máximo de água possível. Antecipando seu próximo ato juntei minhas palmas, as separando em seguida.

-Água. –Sussurrei empurrando o nada com a mão direita no mesmo instante à água que Seth havia jogado congelou-se no tempo e no espaço vazio entre nós.

-Incrível. –Disse ele. –Injusto claro, mas não deixa de ser incrível! –Completou ele rosnando baixinho.

-O que? Vai me morder? –Tentei conter o riso.

Seth aproximou-se, um sorriso inocente moldando seu rosto enquanto ele encurralava-me contra a bancada da cozinha. Suas mãos quentes envolveram minha cintura e em um movimento que me deixou tonta me pôs sobre a mesma.

Ficamos praticamente na mesma altura, seu corpo estrategicamente colocado entre minhas pernas, o sorriso moleque nunca abandonava seu rosto.

-Seth! –O advertir.

-Alice! –Sussurrou ele docemente. Seus lábios tão próximos aos meus que causava-me calafrios.

 Seth pousou sua mão direita sobre minha perna, e a esquerda continuava presa em minha cintura. Xinguei-me internamente por deixar que essa situação chegasse a esse ponto. Seth era meu amigo. Apenas meu amigo.

-É melhor você ir. –Meu corpo foi tomado por uma eletricidade excitante quando a sua boca tocou meu pescoço.

-Para cá? –Disse ele seus lábios  passeando do meu pescoço para a mandíbula. -Ou para cá? –Dirigiu-se para meu ombro.

-Para... Para casa! –Afirmei finalmente. O empurrando para o mais longe possível, era visível que Seth não esperava por isso. -Vai embora Seth.

-Como?

 Pulei da bancada, a água que a pouco flutuava agora era uma pequena poça d´água.

-Vai embora! Agora. –Repetir

-Você gosta de me Alice, eu sei que gosta. –Ele tentou se aproximar mais uma vez.

Pousei as palmas das mãos em seu peito voltando a empurra-lo.

-Não desse jeito Seth! Por Deus não estrague tudo.

 O corpo de meu amigo tremeu, como por instinto as asas oscilaram atrás de mim, prestes a agir se fosse necessário.

-Seth, por favor vai embora, eu estou nervosa e não sei o que fazer. –Declarei tentando por em ordem meus pensamentos.

-Você pode está confusa agora, mas, cedo ou tarde você verá que eu sou melhor pra você.

 Como a situação chegou a esse ponto? Alguns minutos atrás éramos apenas dois amigos conversando em meios de gargalhadas e garfadas frenéticas, esquecendo qualquer tipo de esquesitices que assombram nossos mundos.

-Não é tão simples assim. –Soltei o ar com dificuldade.-Eu... Eu, Eu estou gostando de outra pessoa.

 Confessei com a inútil esperança de por um ponto final nessa historia, Seth surpreendeu-me rindo sem humor algum, jogando os braços para cima esbravejou:

-Pessoa? Pessoa? Você chama aquilo de pessoa? Eu transformado em lobo sou muito mais humano que aquilo. –As palavras de Seth atravessam-me furiosamente, e mesmo sem entender como ou porquê eu soube que ele se referia a Jasper.

 -O que você quer dizer com isso?

-Ele é um mostro Alice.

 Ouvi-lo o ofender dessa forma me machucou mais do que qualquer outra coisa que havia se passado aqui.

 A torneira a minha esquerda estourou em um jato de água indomável, o ventania lá fora ricocheteava tão intensamente que foi capaz de trincar algumas das janelas e explodir outras. Os olhos de Seth esbugalharam-se vidrados em minha próxima reação.

-Sai. Agora. –Sussurrei entredentes.

 Esforçando-me ao máximo para lembrar os exercícios que vovó havia me ensinado, tentando visualizar algo que me acalmasse e me controlasse.

 Somente quando meu pulso desacelerou, as batidas em meu coração voltou ao ritmo costumeiro, e a adrenalina e a raiva não corriam mais por minhas veias abrir meus olhos.

 Seth não estava lá.

  Sozinha, molhada, com milhares de pergunta vagando por minha mente, me sentindo horrível, com os sentimentos em conflitos e agachada no meio da terrível zona que a cozinha de Liz se tornou eu estava certa de três coisas. Primeiro Seth sabia o segredo que Jasper tanto lutava para esconder. Segundo Não importa o quão difícil seja, eu descobriria e Terceiro –Analisando mais uma vez o caos a minha volta – Liz vai me matar.   


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Antes de tudo, novamente, me perdoem pela demora minha vida está mais bagunçada que a cozinha da Liz e por mais que demore (Não espero demorar tanto assim pra postar novamente) NÃO VOU ABANDONAR A FIC, Tenho um compromisso com vocês minhas litoras, e vou honra-lo acreditem.
A gora é com vocês... Quero saber tudo o que acharam. Teve momento Alice e Jasper & Alice e Seth de qual vocês mais gostaram.
Bjoksss e Obg pelo carinho. :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Coalescência" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.