I Not Believe I Love You escrita por Isadora, Jeey


Capítulo 28
That is how life you want to be.


Notas iniciais do capítulo

Ei, desculpem-me pela demora,mas dessa vez foi mais rápido,não? Espero que gostem desse capitulo.



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Sem POV

Entregava os documentos à moça do balcão, logo estaria na Carolina do Norte. Ansiedade. Nervosismo. Aflição. Um misto de sentimentos rondava a garota de cabelos lisos e castanhos avermelhados, não era seu primeiro filme, nem tampouco o último, mas nesse havia algo diferente, uma pontada de medo, essa seria a palavra certa, medo. Teria que mostrar que não era apenas Hanna Montana, esse era um papel onde ela teria que mostrar a si mesma e ao público que ela não era apenas uma atriz engraçadinha, mas que poderia ser além, teria que mostrar que era uma atriz de verdade, poderia mostrar a todos que poderia ser profunda, que poderia atingir os corações das pessoas, queria mudar o conceito que as pessoas tinham quando se ouvia o nome Miley Cyrus de “ a garotinha engraçadinha da Disney ” para “ a garota com a voz boa e a interpretação tocante ”. Fazia o Check-in e olhava as pessoas do aeroporto, havia pessoas chorando, famílias se separando, casais dando o último beijo até o momento da despedida e  ali encontrava-se ela, estava sozinha, seu empresário Ryan havia embarcado há alguns dias antes, sua mãe precisava ficar em casa para cuidar das suas irmãs, Demi estava ocupada com sua turnê, Logan assim como Alex também estava gravando, não ligou em ter que viajar sozinha, não que não quisesse companhia, é claro que queria, mas não se importou, gostava de viajar sozinha, sentia-se liberta ao olhar as nuvens e as pessoas há milhares de quilômetros embaixo, parecendo formiguinhas, seus pensamentos corriam por sua cabeça e as vezes se perdiam no vento, era boa a sensação de liberdade, gostaria de compartilhar esse sentimentos com seus fãns, mas não podia, o avião estava próximo a decolar e já havia guardado seu iphone no bolso da parte detrás da sua calça jeans. Retirou da bolsa um livro, querido John, estava encantada, fascinada, com a narração de Nicholas, já se sentia intimida dele e na próxima vez que o visse, que seria em breve, diria a ele que ele era o melhor autor do mundo, afinal Rowling, é mulher, não desmerecendo Sparks, longe disso, mas Harry Potter era um clássico, não haveria filme ou livro algum que desbancasse-o.

_Gostaria de comer alguma coisa? – a aeromoça tocou os ombros da garota e a ofereceu, que impulsivamente levou um susto.

_Oi? – disse com a mão no coração, tirou-a de lá e encarou a adulta de pele morena e cabelos em um coque – Ata, gostaria apenas de uma água.

_Aqui está. – pegou a garrafinha em mãos, brincou com o barulho que as unhas faziam ao tocar no plástico, tentando fazer uma espécie de batida, riu de leve, estava simplesmente feliz.

Enquanto a água descia, garganta adentro, a garota pode perceber que estava feliz, animada, como há tempos não se sentia, não era uma felicidade, de sair a plenos pulmões e contar para todo mundo, a garota não se sentia assim desde o termino com... Mas estava feliz, uma felicidade estável, onde ela era o motivo daquilo, onde ela havia conquistado aquilo, uma felicidade propriamente dela, uma felicidade sem nome, sem pessoa, sem coração acelerado.

A garota adormeceu, não sonhou, fazia tempos que não sonhava, ou se tinha não se lembrava. As pessoas dizem que quando se sonha, é por que você quer algo e/ou alguém, a garota já não sonhava mais, isso queria dizer que ela já não precisava de mais nada ou de mais ninguém? Talvez, para todos os outros seria assim, mas para ela, não. Em seu consciente sabia que faltava algo, sentia essa sensação sempre que se pegava sozinha em sua cama de noite, deixara muitas vezes de dormir, talvez não por falta de sono, mas por excesso de pensamento. Sentia um vazio, era engraçado, quanto mais vazio um coração mais ele pesa dentro de si, mas quando o coração está cheio ele fica leve, e o coração dela ultimamente pesava demais, seria falta do quê? De felicidade? De paz? De bons momentos? De amor? A garota recusava-se a concordar, mas era o ultimo quesito, depois que terminou com Bieber e Lerman, deixou as questões amorosas para ultimo momento, o amor já não era mais uma questão tão importante assim, o que tinha que ser feito, ela fez, fingiu namorar Justin Bieber era apenas isso que estava no contrato. Às vezes pegava-se pensando se não tivesse tido nada com Logan, se ainda estariam juntos, não que se arrependesse, depois do episódio, ela encontrou um ótimo ombro amigo nele e na sua namorada, era oficial Logan Lerman estava namorando Alexandra Daddario. Parecia que todos se acertaram menos ela. Menos quem realmente importava para ela mesma. Ela. Justin tinha Selena, Logan tinha Alex (não que ligasse para o namoro dos dois, realmente não tinha sentimentos escondidos por Logan) agora que tinha Alexandra como uma de suas melhores amigas, talvez a melhor, Demi e a garota haviam feito às pazes, mas Miley ainda tinha certa desconfiança, talvez fosse bobeira, mas ainda sim, a tinha. Já com Alex  era diferente, tinha algo que a dizia que podia confiar completamente nela, talvez por ela ser afastada de toda essa situação. Talvez por se entenderem.

Acordou, o voo estava no seu fim, não era demorado, era uma distancia pequena até. A aeromoça avisou no autofalante que haviam pousado, fechou o casaco, desceu o celular no bolso e procurou a bagagem de mão. Após ter pegado tudo desceu as escadas do avião, procurou a mala no desembarque e a levou junto de si, procurando Ryan, ele que a buscaria, olhava para os lados, tentava ver a feição do empresário. Sentiu um toque nos ombros e se chocou para frente, acabara de levar um susto.

_Me desculpe. – a voz masculina atrás de si, disse. Não era Ryan, sabia pelo timbre da voz, virou-se e pode ver melhor quem era.

_Ah, oi. – ela disse encarando o garoto a sua frente.

_Ei, o Ryan ficou ocupado com a reunião do filme e pediu para que eu viesse te buscar, espero que não se incomode.

_Claro que não. – sorriu sem jeito e o acompanhou até o carro.

_Anh, eu me esqueci, sou Liam, prazer. – esticou  a mão para a garota.

_Sou Miley. – a garota sorriu, e por um leve instante seu coração deu um pulo novamente.

_Animada para começarmos a gravar My? – ele disse e ela riu.

_My? Minha? Eu não sou sua, eu sou da minha mãe. – a garota disse rindo e o garoto a acompanhou.

_Se você diz, não vou discutir. – ela sorriu e assentiu com a cabeça numa espécie de dizer “bom mesmo”

_Chegamos. – o garoto disse parando o carro no estacionamento do hotel, a garota viu Ryan e foi correndo o abraçar, deixando para trás o celular no carro.

_Ry. – a garota disse o abraçando.

_Miles, toma a chave do seu quarto, você vai amar. – a garota não precisou escutar duas vezes, foi procurar seu quarto na mesma hora.

_Ryan, cadê a Miley? Ela deixou o celular no carro e não pegou as malas. – Liam disse com a mala em mãos e o celular.

_Ela foi ao quarto.

_Meu empresário me chamou, será que você pode entregar essas coisas a ela?

_Claro. – disse pegando as malas para si e observando o celular.

_Obrigado. – Liam disse indo embora. Ryan ficou sozinho no Hall do hotel, observou as malas em sua mão e resolveu ir logo entregar a Miley suas coisas, mas naquela hora o celular acendeu a tela e mostrou o nome “Jus” tomar forma, o garoto há 709 quilômetros de distancia mandou uma mensagem. E mesmo fazendo algo errado, Ryan abriu e pode ver o conteúdo.

“Precisamos conversar. Não ignore. Me responda  se for – Justin”

O empresário sabia que era errado, sabia que não devia, mas Miley era como uma filha para ele e sabia o quanto a garota havia sofrido, resolveu dar um basta nisso, apertou o botão e o número do garoto discou, o telefone do garoto tocou o coração do garoto de olhos caramelos, deu sinal de vida, deu um pulo, o estômago se contorceu,sentiu o que não vinha sentindo há tempos.

_Alô? – o menino disse, com um fio de esperança na voz. – Miley?

_Não, Justin, aqui é o Ryan, acho que você se lembra de mim. Bem, sem mais delongas, eu gostaria que você parasse de procurar pela Miley, quando vocês terminaram, mesmo com aquela pose de forte, só quem conhece a Miley de verdade, sabia que ela não estava bem, que ela estava completamente desolada, os olhos dela mostravam dor desigual, e mesmo te provocando, fingindo não ligar, ela ligava, eu sei que ela chorava quando dizia que ia dormir cedo e eu sei que quando via noticias suas na TV, ela se corroia por dentro, e agora que você seguiu em frente com Selena, deixe a Miley em paz, para tentar seguir em frente. Se você gosta da Miley, ou tem o mínimo de consideração, deixa ela e não retorne a ligação, vou apagar essa ligação e a mensagem.

_Mas-s eu a a-amo. – o garoto disse com a voz arrastada.

_Se você a ama, você tem que a deixar ir.

Miley nunca saberia daquele telefone, muito menos daquela mensagem, o destino, Jesus, Deus ou qualquer divindade que você acredita, não queria que o romance dos dois desse certo, ou talvez só esperasse a hora certa. Ninguém nunca irá saber, ou logo as respostas viram, a vida é assim, um eterno “talvez” uma montanha de “e se” uma rosa com muitos espinhos, só resta a você nunca perder as esperanças.


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Notas finais do capítulo

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